Mundo Globalizado
1. Conceito de Globalização
Movimento articulador de unidades moleculares, visando a integração absoluta das partes com o seu todo.
Processamento celular ou molecular onde se caminha a curto, médio e longo prazos para uma completa totalização e generalização das partes relativas ao seu todo.
Cozinhamento singular, particular e geral, em que, passo-a-passo, as partes se integram, totalizam e generalizam em referência ao todo.
Caminhada, rápida ou lenta, de transformação das partes em um todo, a partir da locomoção de células, moléculas ou partículas integradas, tendo em vista constituir um campo universal de discurso.
2 . Globalização
A Explosão do Conhecimento
Observamos atualmente no mundo inteiro uma verdadeira Revolução do Conhecimento, que explodiu causando maior bem-estar às pessoas e melhor qualidade de saúde, trabalho e educação a todas as sociedades humanas locais, regionais e globais, proporcionando igualmente uma mais elevada consciência política, compromisso social, cultural e ambiental, aumento qualificativo do nível econômico e financeiro das populações mundiais tanto na Europa e América como também na Ásia, África e Oceania.
Os Povos e Nações do Globo Terrestre parecem crescer na sua conscientização maior e melhor dos problemas e dificuldades de suas regiões e na busca de respostas e soluções para estas contrariedades e controvérsias históricas, temporais, reais e atuais.
Sua conscientização maior e melhor favorece sua renovação interior e sua libertação exterior, viabilizando para suas comunidades, grupos e indivíduos de suas coletividades grande evolução material e espiritual, enorme desenvolvimento político, social e econômico, elevado progresso biológico, psicológico e sociológico, crescendo na prática do bem e na vivência da paz, na construção da vida e na criação do amor.
Homens e mulheres abrem-se a novas possibilidades, seguem tendências alternativas em seus caminhos e optam por estradas renovadoras de suas escolhas e libertadoras de sua liberdade feliz.
Globalizada, a humanidade se aproxima mais de Deus, o Senhor, seu Criador, Autor da Vida.
Globalizante, ela junta-se e se une aos seus semelhantes, aos pobres e menos favorecidos, trabalhando na sua emergência social, na sua emancipação política e na sua sustentabilidade econômica, comprometendo-se responsavel e respeitosamente com as novas atividades naturais, culturais e ambientais, destruindo as tentativas de guerra, maldade e violência, e praticando a fraternidade, a solidariedade e a generosidade.
Globalizadora, ela abraça a todos e cada um com otimismo e positivismo, com auto-estima e alto-astral, animando os pobres, motivando os sofredores e incentivando os trabalhadores na busca de melhores condições e relações de vida, saúde, trabalho e educação para todos.
Esta a Sociedade do Conhecimento.
3. Por um novo Modelo de Ciência
Parece-nos impossível o modo como se faz ciência hoje em dia, difícil de se suportar quando a experiência real, atual e histórica da prática cotidiana está a exigir um novo Modelo Científico aberto, renovado e liberto de seus próprios mitos, preconceitos e superstições cujos obstáculos mentais bloqueiam o verdadeiro trabalho, esforço e empenho científico de acordo com sua realidade hipotética, experimental, indutiva e dedutiva, intuicional, intencional, objetiva, metódica, sistemática, estrutural, metodológica, reflexiva, racional, real e atual.
Observamos que o novo Modelo Científico a se buscar deve basear-se em princípios relacionados substancialmente com:
1) O Conhecimento verdadeiramente possível
2) O Discernimento realmente global e diferencial
3) A Orientação moral e ética
4) A Luz da espiritualidade vivencial
A partir destes 4 princípios fundamentais podemos construir um novo estatuto ou paradigma de Ciência cujo Modelo possa se orientar conforme o seguinte caminho estratégico:
a) a Ciência das tendências
b) a Ciência das possibilidades
c) a Ciência das probabilidades
d) a Ciência das viabilidades
e) a Ciência das previsibilidades
f) a Ciência do futuro ou do amanhã
Pois então o Modelo Científico proposto aqui e agora por nós deve sair radicalnebte e fugir determinadamente da dependência apenas da matéria, de suas circunstâncias físicas e sensíveis, de sua situação somente temporal e espacial, de seus condicionamentos históricos, de tempo e lugar, de suas relações e relacionamentos condicionados local, regional e globalmente.
Desejamos que a Nova Ciência supere os limites do tempo e da história, ultrapasse a realidade do corpo material e transcenda as fronteiras da morte, do apego à matéria isolada e suas dimensões físicas, sensíveis e experienciais.
Seguindo os mesmos critérios científicos tradicionais, vistos acima, abrir-se desde agora a uma nova mentalidade cultural, com olhar acima dos limites dos preconceitos, tendo assim uma visão da realidade mais apurada, lógica, clara, lúcida, evidente e luminosa, capaz de buscar o bem e a paz, abraçar o amor e a vida, beijar a verdade, o direito e a justiça, em benefício de todos e cada um dos agentes sociais, políticos e econômicos, ou membros, participantes e comungantes destas sociedades humanas inseridas neste mundo em que vivemos.
Buscamos uma Ciência comprometida, respeitosa e responsável.
Queremos uma Nova Ciência que deixe Deus existir!
4. As condições de possibilidade do conhecimento verdadeiramente possível
A obtenção do conhecimento é resultado de atividades desenvolvidas pelo pensamento que, auxiliado pelo discernimento, seleciona o conteúdo essencial que se transformará em repertório cultural, conhecimento quantitativo e qualitativo, globalizado e diferenciado, racional e real, inteligível e experimental, mental e social, intencional e espiritual.
Esse conteúdo de conhecimento, como disse, precisa ser selecionado, adquirido diferencialmente ainda que se mantenha sua visão globalizada, construido portanto ao lado da capacidade intelectual do ser humano de saber fazer a diferença devida entre o que pode ou não ser conhecido, optando pois por material substancial no qual se privilegie o bom, certo e melhor conteúdo cultural, ignorando-se de fato idéias aberrantes e desviantes, alienadas e preconceituosas, corrompidas e supersticiosas, trabalhando deste modo a nossa racionalidade pensante e discernente de forma a se produzir, obter ou adquirir conteúdos essenciais de conhecimento identificados com o bom comportamento moral e ético de seus agentes educacionais e comprometendo-se ao mesmo tempo com respeito e responsabilidade com uma espiritualidade virtuosa cujas atividades, operações e exercícios reais, racionais, conscientes e experimentais colaborem verdadeiramente para uma sociedade presente e futura mais fraterna e solidária, globalmente organizada, racionalmente ordenada e eticamente disciplinada.
5. Por uma Nova Mentalidade Cultural
Abrir-se ao Novo, renovar as mentalidades e libertar-se de preconceitos e superstições, criando liberdade com responsabilidade, respeito pessoal e interpessoal, compromisso social, cultural e ambiental, política consciente com cidadania séria e responsável, prosperidade no trabalho construtor de novas tendências e possibilidades, superação de limites naturais e obstáculos culturais, transcendência de limitações de tempo e espaço, respeito às diferenças, compreensão de detalhes e valorização das boas e pequenas coisas, progresso material e espiritual, evolução de corporeidades, mentalidades e espiritualidades, crescimento de oportunidades e alternativas de trabalho estável, qualidade de saúde e bom desempenho na educação, desenvolvimento sustentável onde o presente garanta um futuro promissor, respeitável e admirável, compromisso com o bem-comum da sociedade e o bem-estar de indivíduos e pessoas, grupos de trabalho, associação de trabalhadores e comunidade de moradores, sociedades desenvolvidas e coletividades emergentes e em desenvolvimento.
Urge criar a novidade permanente na rua, no trabalho, na família, no cotidiano da nossa vida, no dia-a-dia da sociedade, na realidade concreta da experiência diária.
Abertura, renovação e libertação são o caminho certo para uma sociedade livre e feliz no presente e no futuro da humanidade neste mundo em que vivemos cultura do bem e da paz se façam presentes.
6) Educação Libertadora
Libertar-se de quê ? Libertar-se de prisões... Prisões preconceituosas, supersticiosas, ideológicas, epistemológicas. Libertar-se de bloqueios mentais. Libertar-se de irracionalidades, mitos(crenças), prisões imaginárias. Libertar-se, renovar-se, abrir-se ao conhecimento. Educar para o conhecimento. Conhecer a verdade possível. Educar para a liberdade. Libertar-se das prisões irracionais. Educar para a responsabilidade.Responsabilizar-se pessoal e socialmente. Educar para o respeito. Respeito a Deus, a si e aos outros. AEducação libertadora visa: a)conhecer a verdade b) libertar-se de prisões c) Respeitar. Educar o corpo, a mente e o espírito. Objetivos principais da Educação libertadora: a) libertar-se de prisões corporais, mentais e espirituais b) conhecer a verdade possível c) Responsabilizar-se pessoal e socialmente d) Respeitar a Deus, a si e aos outros.Ensinar o conhecimento, ensinar a verdade, ensinar a liberdade, ensinar a responsabilidade, ensinar o respeito. Esta é a base fundamental da Educação libertadora. O resto é conseqüência. Libertar-se, renovar-se, abrir-se à liberdade feliz.
7. Pensar e Conhecer
A Imaginação Criadora
Um Complexo de possibilidades
Quando a Imaginação se une ao pensamento e ao conhecimento verdadeiramente possível, um complexo de possibilidades se cria, se articula e se desenvolve produzindo novos conteúdos de conhecimento, novas metodologias de pensar e refletir, novas maneiras de criar e imaginar o que possa ser a realidade.
A Experiência real cotidiana é um fluxo fértil de conhecimentos que o pensamento reflexivo em união com sua capacidade criadora e criativa imagina elaborar, propiciando saúde mental e bem-estar racional e real, melhores condições de vida, trabalho, saúde e educação, o que resulta de fato em uma sociedade bem desenvolvida do ponto de vista ético, material e espiritual.
Com efeito, viabilizam-se deste modo a política do bem-comum social e coletivo, a economia do sucesso e da prosperidade, a sociedade da saúde pessoal e bem-estar popular e comunitário, a cultura do bem e da paz, do amor e da vida, a ética do respeito e da responsabilidade, o desejo real da liberdade e da felicidade, a prática da boa consciência, do juizo e bom-senso, o desenvolvimento da fraternidade e da solidariedade, a evolução da matéria e do espírito, o progresso fisico, mental e espiritual.
Tal complexo de possibilidades pois é consequência do esforço, empenho e trabalho interativo, integrado e compartilhado exercidos ao mesmo tempo pela boa imaginação, o bom pensamento e o bom conhecimento.
A partir de então, bons resultados se alcançam, novas oportunidades se abrem, outras alternativas se revelam.
A Humanidade pode assim crescer, progredir, evoluir e se desenvolver bem e para melhor, oferecendo a todos e a cada um dos humanos boa qualidade de vida, ótimo estado de saúde individual e coletiva, excelente desempenho social, político e econômico, e perfeito condicionamento biológico, psicológico e sociológico.
8. Preconceitos mentais e
Superstições religiosas
Obstáculos ao Conhecimento
Barreiras Educacionais
A Boa Educação exige abertura ao diálogo, que destrói os preconceitos; renovação interior, que supera a ignorância; e libertação ideológica, que vence as superstições.
Educar bem significa desenvolver o conhecimento, favorecer a ética e possibilitar a evolução espiritual dos esrudantes.
Seguindo tal Trilogia Pedagógica - ética, conhecimento e espiritualidade – observa-se no processo educacional um perfeito crescimento físico e mental por parte dos estudantes, uma maior conscientização de seu papel social, político e econômico dentro da sociedade, um melhor progresso na obtenção do conteúdo disciplinar e seu aproveitamento didático, desenvolvendo assim atividades artísticas, esportivas e recreativas capazes de fazê-los evoluir vocacional e profissionalmente, qualificando-os na produção de pensamentos e conhecimentos, aumentando sua auto-estima, elevando seu astral, reabrindo seus talentos e carismas específicos, renovando sua vida interior e exterior e revolucionando suas práticas sociais e suas vivências existenciais, ajudando então no desenvolvimento real, natural e racional do ambiente social em que estão inseridos.
Superar limites, ultrapassar barreiras e transcender obstáculos bloqueadores da evolução pedagógica e do desenvolvimento educacional devem ser os objetivos finais da boa prática de ensino-aprendizagem para a qual contribuem eficazmente o exercício interativo dos alunos e alunas, sua cooperação mútua, sua colaboração compartilhada, a integração de atividades estudantis, seu exercício animador, motivador e incentivador do bom relacionamento entre os membros mobilizadores das operações escolares, tais como estudantes, professores, inspetores, coordenadores, diretor, funcionários da escola e a comunidade local de moradores e trabalhadores ao redor da mesma escola.
Esta é a Educação Libertadora que todos nós desejamos realizadora da Escola do Futuro cujas características podem ser observadas na articulação desta mesma Pedagogia da Liberdade.
9) O Processo de Formação
da Consciência Pensante
O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).
10. A Genética Global
A Origem, construção e desenvolvimento
do processo de globalização universal
no seio da humanidade
O Mundo moderno cuja característica mais fundamental é o movimento de globalização que o envolve, tem nesse aspécto
real e atual, histórico e temporal, local, regional e global, do qual participam e com o qual comungam todas as sociedades humanas, com seus grupos, indivíduos e comunidades, trabalhando no seu dia a dia, lutando por melhores condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação, batalhando por maiores oportunidades de estudo e emprego, combatendo o bom combate do bem, para isso abraçando uma nova e permanente cultura da paz e de justiça, e também uma nova mentalidade de não-violência, de não-agressão, de não-divisão, de não-exclusão e de não-marginalização, sem as quais é impossível gerar amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade, novas e boas idéias com conteúdo de conhecimento de qualidade, uma ética baseada no respeito interpessoal, interativo e compartilhado, e na responsabilidade social, cultural e ambiental, uma nova e importante espiritualidade natural que tenha como princípio
original Aquele que é o Fundamento de todos os fundamentos, a partir de Quem se deve gerar, processar e buscar o verdadeiro progresso, sua ordem, disciplina e organização, do que designamos como Bio-Eustática e sua insofismática crítica com funções dialéticas que a acompanha. Tal é a Genética Global que a Bio-Eustática procura compreender, de onde articula arte e religião, ciência e tecnologia, filosofia e história, ética e espiritualidade, desejando assim tornar o ser humano em geral emergente e ascendente socialmente, emancipado politicamente e evoluido econômica e financeiramente. Deste modo, a estrutura da sociedade e seu sistema de comunidades, e todo o conjunto da humanidade, caminharão continuamente crescendo material e espiritualmente. Esse movimento globalizador das sociedades contemporâneas, com seu fluxo de possibilidades e seu complexo de alternativas e oportunidades, processando o tempo e a história com culturas novas e tradicionais ricas em repertório de conhecimentos, trabalhando cotidianamente no sustento da família, lutando pelo pão de cada dia, sempre despertando novas vocações e formando novas profissões, descobrindo novos talentos, satisfazendo ao mesmo tempo seus desejos humanos e suas necessidades naturais, tudo isso, enfim, identifica a dinâmica da globalização cujo motor, origem e princípio certamente são o homem e a mulher, dependentes é claro de uma Luz Superior e de uma Força Suprema a que chamamos de Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida.
11. Identidade Global
Propriedades específicas que caracterizam o processo dinâmico da globalização
Eis pois os elementos constituidores da globalização hoje, aqui e agora, neste mundo em que vivemos:
a) Intercâmbio cultural
b) Interatividade social, política e econômica
c) Compartilhamento de idéias e conhecimentos
d) Interdependência humana e natural
e) Polivalência científica e tecnológica
f) Multiplicidade racional, consciente e inteligente
g) Pluralidade artística e religiosa
h) Diversidade ideológica e psicológica
i) Variedade histórica e filosófica
j) Alteridade moral, material e espiritual
k) Projetos de generosidade, fraternidade e solidariedade
l) Cultura do bem e da paz, do amor e da vida
m) Mentalidade de não-violência, de não-crueldade e de não-agressividade
n) Movimento permanente de abertura, renovação e libertação interior e exterior
o) Processo histórico e temporal, real e atual, local, regional e global, de construção progressiva de melhores condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação para todos
p) Evolução mental, corporal e espiritual
q) Superação crescente de limites, como os preconceitos e superstições
r) Imanência temporal e transcendência espiritual
s) Emergência social, emancipação política e crescimento econômico e financeiro
t) Ética baseada no respeito e na responsabilidade, na liberdade e na felicidade
u) Produção constante de novas possibilidades de conhecimento, sentimento e comportamento
v) Mobilização social e política, moral, cultural e espiritual por parte das populações desenvolvidas e em desenvolvimento
w) Maior e melhor conscientização social, coletiva e comunitária
x) Enfraquecimento das injustiças sociais e diminuição da pobreza, da miséria, da exclusão e da marginalização
y) Amor, respeito e valorização de Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida
z) Tendências presentes e futuras de eternização da vida e da existência humana e natural, com urgente, emergente e ascendente respeito ao meio-ambiente, compreensão de suas forças naturais e poderes ecológicos, entendimento de sua importância para a vida da humanidade, do universo e da natureza criada
12. Globalizar
Fenômenos Globais
O Ato de Globalizar significa a nova estrutura sistemática mundial agora em vigor, com seus caracteres globais e diferenciais, sua nova mentalidade cultural, sua diferente opção pela fraternidade e a solidariedade, pela consciência social, coletiva e comunitária, sem ignorar as particularidades e detalhes de cada situação humana e natural, seus desejos de interatividade, compartilhamento de idéias e conhecimentos, seu intercâmbio de culturas e mentalidades diversas, sua polivalência ética e sua pluralidade espiritual, sua multiplicidade artística e religiosa, moral e filosófica, científica e tecnológica, temporal e histórica, social, política e econômica. Esses fenômenos reais e atuais da globalização indicam suas tendências futuras e seu fluxo de possibilidades, seu complexo de alternativas e oportunidades para todos e cada um, o que manifesta o novo conceito de sociedade humana onde sua unidade e diversidade trabalham juntas e unidas em torno do progresso material e espiritual de seu povo, seu crescimento econômico e financeiro, sua emergência social e sua emancipação política, sua evolução física e mental e seu desenvolvimento cada vez mais e melhor ordenado, disciplinado e organizado, identificando o reflexo da inteligência humana proporcionando soluções para os seus problemas, respostas positivas e otimistas para as suas dúvidas e incertezas vivenciais e existenciais, em um compromisso radical e responsável com a experiência real cotidiana. De fato, globalizar tem o sentido de cair na real, interagir com as pessoas, relacionar-se necessariamente com a problemática da vida, dentro de uma condição e relação interdependentes, como se realmente nós dependêssemos uns dos outros, característica essa que é um fenômeno bem próprio da globalização. Sim, somos dependentes uns dos outros. Precisamos, temos necessidade de intercâmbios culturais e sociais, políticos e econômicos, temporais e históricos, reais e atuais, locais, regionais e globais. Tudo isso representa o caráter personalizado da globalização. Essa é a sua cara, O seu Eu Global. A sua consciência de globalidades e diferenças. A sua razão detalhada e universalmente inteligente. A sua Mente Cósmica, natural, ambiental e ecológica. A sua Racionalidade real ou a sua Realidade racional. A sua experiência das ordens humanas e naturais, suas leis hierárquicas, institucionais e constitucionais, seu direito legal e legítimo. Tal o sentido da Globalidade Diferencial que caracteriza o mundo moderno. Eis pois o que significa globalizar.
13. Interatividade Global
Parece que o mundo atual se transformou em uma rede de interações complexamente disponibilizadas, onde se compartilham através de suas diversas regiões e localidades historicamente definidas e temporalmente determinadas espalhadas pelo Globo conhecimentos ricamente produzidos, relacionamentos eticamente bem ou mal orientados e comportamentos espiritualmente fracos e fortes, possibilitando ora boas ou más relações sociais e culturais, políticas e econômicas, intercâmbios de pessoas e interdependências de grupos e indivíduos, interagindo assim uns com os outros, a partir de suas diferenças interpessoais e ideais coletivos, tendo em vista a construção de um mundo melhor, em que as sociedades humanas, naturalmente constituidas e culturalmente desenvolvidas, possam usufruir dos benefícios de uma boa saúde física e mental, e de um ótimo bem-estar material e espiritual, todos enfim trabalhando em favor de uma humanidade mais feliz e pacífica, não-violenta e sem agressividade, mais ordeira e fraterna, mais livre e solidária, mais amiga e generosa, que propicie sempre o bem para os seus, habitantes da natureza criada e do universo sem limites.
Esse processo interativo caracteriza a globalização que vemos hoje.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A Escola das Tartarugas
A Escola das Tartarugas
Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.
Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
A Escola das Tartarugas
A Pedagogia das Tartarugas se baseia no silêncio interior, na paciência diante do sofrimento e no constante movimento físico, mental e espiritual.
Esse é o segredo de uma vida de muitos anos cheia de qualidade existencial para a qual contribuem as nossas boas idéias e ótimos conhecimentos, uma ética comportamental fundamentada no equilíbrio e no bom-senso, no respeito mútuo e interpessoal e na responsabilidade social, cultural e ambiental, e ainda uma espiritualidade natural cuja fonte é o Princípio da vida e Origem de todos os seres e todas as coisas, o Fundamento de todos os fundamentos, Deus e Senhor.
A partir desses 3 módulos de existência - silêncio, movimento e paciência - é possível a construção de uma vida de qualidade biológica e psicossocial, espiritualmente forte, justa e equilibrada, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, responsável e respeitosa, direita e transparente, verdadeira e autêntica.
A vivência desses 3 segmentos de vida faz das tartarugas, assim como nós que as seguimos, pessoas de boa saúde e bem-estar generalizado, com que pode-se construir de fato uma sociedade livre e feliz e uma humanidade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Tal é o objetivo central da educação cotidiana das tartarugas em seu vai e vem permanente das areias da praia onde vivem para as águas do oceano em que dilatam a sua existência e tornam duradoura a sua vida na Terra.
Aprendamos pois com as tartarugas.
É a escola da experiência unida à sabedoria da paciência, à cultura do movimento e à mentalidade do silêncio.
Vivendo assim viveremos bem, e muitos anos, com qualidade de vida e excelente existência cotidiana.
Sejamos portanto como as tartarugas.
Esse é o segredo de uma vida de muitos anos cheia de qualidade existencial para a qual contribuem as nossas boas idéias e ótimos conhecimentos, uma ética comportamental fundamentada no equilíbrio e no bom-senso, no respeito mútuo e interpessoal e na responsabilidade social, cultural e ambiental, e ainda uma espiritualidade natural cuja fonte é o Princípio da vida e Origem de todos os seres e todas as coisas, o Fundamento de todos os fundamentos, Deus e Senhor.
A partir desses 3 módulos de existência - silêncio, movimento e paciência - é possível a construção de uma vida de qualidade biológica e psicossocial, espiritualmente forte, justa e equilibrada, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, responsável e respeitosa, direita e transparente, verdadeira e autêntica.
A vivência desses 3 segmentos de vida faz das tartarugas, assim como nós que as seguimos, pessoas de boa saúde e bem-estar generalizado, com que pode-se construir de fato uma sociedade livre e feliz e uma humanidade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Tal é o objetivo central da educação cotidiana das tartarugas em seu vai e vem permanente das areias da praia onde vivem para as águas do oceano em que dilatam a sua existência e tornam duradoura a sua vida na Terra.
Aprendamos pois com as tartarugas.
É a escola da experiência unida à sabedoria da paciência, à cultura do movimento e à mentalidade do silêncio.
Vivendo assim viveremos bem, e muitos anos, com qualidade de vida e excelente existência cotidiana.
Sejamos portanto como as tartarugas.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Direitos sim, obrigações também
É importante lutar por nossos direitos, como igualmente cumprir os nossos deveres e obrigações.
Tal o sentido da cidadania.
Tal a razão do convívio em sociedade.
Não podemos fazer o que nos dá na cabeça.
Temos normas a cumprir e regras a realizar.
A vida é assim.
Seremos felizes apenas deste modo.
Essa a condição para a nossa liberdade.
Tal o sentido da cidadania.
Tal a razão do convívio em sociedade.
Não podemos fazer o que nos dá na cabeça.
Temos normas a cumprir e regras a realizar.
A vida é assim.
Seremos felizes apenas deste modo.
Essa a condição para a nossa liberdade.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Razões Extrapolares
Razões Extrapolares
Não somos o que os outros pensam de nós.
Embora muitas vezes sejamos pensados pelo pensamento de outros, ou desejados pelos desejos alheios, temos no entanto uma identidade própria, uma consciência de valores, virtudes e vivências voltados para o bem que fazemos e a paz que vivemos, uma experiência de comportamento cuja verdade é a nossa liberdade de opções bem definidas e de alternativas bem determinadas.
Assim pensamos e somos pensados dentro desse fluxo de racionalidades interativas ou de inteligências divergentes.
Somos o que somos e o que não somos.
Nossa identidade é esse complexo de convergências interpolares e de divergências extrapolares onde as consciências se relacionam complementando-se ou não umas às outras, enriquecendo-se ou não mutuamente, ou aperfeiçoando-se ou não no interior de uma reciprocidade que ultrapassa os limites de cada pensamento e transcende as fronteiras do conhecimento capaz de ser produzido.
Nossas racionalidades são pois extrapolares.
Estão separadas por sua identidade específica que cada qual assume em seu contexto próprio de saberes criados, pensados e discernidos, construindo assim um repertório de conhecimentos que caracteriza toda consciência pensante, discernente e cognoscente.
Sim, temos a nossa própria identidade.
Todavia não devemos nos esquecer que essa mesma identidade é construída pela convergência de valores e saberes que se encontram, ou pela divergência de idéias e conhecimentos que se isolam em si próprios, não cooperando com o crescimento interior da racionalidade alheia, ainda que sejamos quase sempre produzidos por essa colaboração dialética de consciências interagidas e compartilhadas, um ambiente em que se constrói as matrizes de nossas idéias e os conteúdos originais de nossos conhecimentos.
Pode-se dizer por outro lado que o que nos identifica verdadeiramente é esse jogo de interatividades pensantes, de cooperações discernentes e de colaborações cognoscentes, o intercâmbio de saberes construtores de uma personalidade própria e de um caráter diferente, novo em sua constituição original e diverso em seu mútuo relacionamento com outras inteligências específicas, que podem ou não ajudar na criação de nossa identidade própria.
De fato, somos pensados pelos pensamentos de outros.
Tal interatividade de saberes é que nos confere uma identidade específica.
Portanto, o que verdadeiramente nos identifica é o compartilhamento de idéias, valores e conhecimentos que formam as nossas virtudes e vivências, definem as nossas consciências e determinam os nossos comportamentos.
Com, efeito, somos produtos dos outros.
Eis o que nos identifica e caracteriza propriamente.
Não somos o que os outros pensam de nós.
Embora muitas vezes sejamos pensados pelo pensamento de outros, ou desejados pelos desejos alheios, temos no entanto uma identidade própria, uma consciência de valores, virtudes e vivências voltados para o bem que fazemos e a paz que vivemos, uma experiência de comportamento cuja verdade é a nossa liberdade de opções bem definidas e de alternativas bem determinadas.
Assim pensamos e somos pensados dentro desse fluxo de racionalidades interativas ou de inteligências divergentes.
Somos o que somos e o que não somos.
Nossa identidade é esse complexo de convergências interpolares e de divergências extrapolares onde as consciências se relacionam complementando-se ou não umas às outras, enriquecendo-se ou não mutuamente, ou aperfeiçoando-se ou não no interior de uma reciprocidade que ultrapassa os limites de cada pensamento e transcende as fronteiras do conhecimento capaz de ser produzido.
Nossas racionalidades são pois extrapolares.
Estão separadas por sua identidade específica que cada qual assume em seu contexto próprio de saberes criados, pensados e discernidos, construindo assim um repertório de conhecimentos que caracteriza toda consciência pensante, discernente e cognoscente.
Sim, temos a nossa própria identidade.
Todavia não devemos nos esquecer que essa mesma identidade é construída pela convergência de valores e saberes que se encontram, ou pela divergência de idéias e conhecimentos que se isolam em si próprios, não cooperando com o crescimento interior da racionalidade alheia, ainda que sejamos quase sempre produzidos por essa colaboração dialética de consciências interagidas e compartilhadas, um ambiente em que se constrói as matrizes de nossas idéias e os conteúdos originais de nossos conhecimentos.
Pode-se dizer por outro lado que o que nos identifica verdadeiramente é esse jogo de interatividades pensantes, de cooperações discernentes e de colaborações cognoscentes, o intercâmbio de saberes construtores de uma personalidade própria e de um caráter diferente, novo em sua constituição original e diverso em seu mútuo relacionamento com outras inteligências específicas, que podem ou não ajudar na criação de nossa identidade própria.
De fato, somos pensados pelos pensamentos de outros.
Tal interatividade de saberes é que nos confere uma identidade específica.
Portanto, o que verdadeiramente nos identifica é o compartilhamento de idéias, valores e conhecimentos que formam as nossas virtudes e vivências, definem as nossas consciências e determinam os nossos comportamentos.
Com, efeito, somos produtos dos outros.
Eis o que nos identifica e caracteriza propriamente.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Filosofática
Filosofática
A Ciência do Pensamento
Interpretativo
A. Compreendendo a Filosofática...
Filosofática é uma nova maneira de fazer filosofia.
É a Ciência do Pensamento Interpretativo.
É um outro e diferente olhar sobre a realidade que nos cerca, a partir do qual deseja explicar seus fundamentos, suas essências e aparências, seus princípios e suas manifestações racionais, simbólicas e imaginárias, conscientes e intencionais, de interesse daquela pessoa humana que realiza tal interpretação.
É a Filosofia Interpretativa.
É a visualização natural de como trabalha a racionalidade humana em contato com os fenômenos cotidianos e suas manifestações em forma de acontecimentos do dia a dia.
Então, aqui e agora, filosofar é interpretar, raciocinar olhando os diversos aspéctos da realidade, refletir observando os detalhes dos fatos e as diferenças dos acontecimentos do dia a dia.
Interpretando a realidade ao seu modo próprio, entende-se como a racionalidade humana tem um caráter individualizado, personalizado, característico de cada pessoa, ainda que suas reflexões, pensamentos e interpretações possam ser compartilhadas e interagir com outros grupos e indivíduos, diferentes comunidades e coletividades, tornando, enfim, a sociedade humana mais pluralizada, detalhada e diferenciada, sem perder é claro suas propriedades gerais, integradas e globalizadas.
Assim a Filosofática deseja ajudar o homem e a mulher a descobrir uma das funções mais características da racionalidade humana: a de ser intérprete da vida e da realidade, possibilitando com suas reflexões cotidianas e seu olhar real, racional e consciente, uma vida melhor para a sociedade, com condições de progresso e desenvolvimento, crescimento e evolução que são possíveis de serem alcançados.
Além disso, a Filosofática busca igualmente proporcionar ao ser humano em geral mais condições de exercer sua liberdade, meios mais fáceis, maiores e melhores de atingir a sua felicidade, a partir é óbvio dessa sua capacidade vocacional de interpretar os seres e as coisas, apontando pois tal caminho como o instrumento eficaz de libertação humana integral, com o qual fugirá de suas prisões ideológicas e escravidões psicológicas, excluirá de si e em si toda possibilidade de violência e agressão, maldade e divisão, opressão, exclusão e marginalização social.
B. A Filosofia propriamente dita
Contrariamente à tradição clássica aristotélica, segundo a qual a Metafísica ou Ontologia seria a própria filosofia, a Filosofática afirma ser a Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e a Insofismática – Ciência das Verdades relativas – a Filosofia propriamente dita. Ambas, ao lado da Filosofática, formam a trilogia filosófica com características essencialmente interpretativas, cujo trabalho hermenêutico é des-cobrir a substância dos acontecimentos, des-velar a essência dos fatos, fazer desabrochar os fenômenos da consciência real, racional e intencional, traduzidos em idéias e ideais, símbolos e imagens, intenções e interesses, valores, virtudes e vivências. Deste modo, trabalham a Filosofática, a Eustática e a Insofismática.
São a própria Filosofia original, sabiamente concebida pelos gregos, antes refletida pelos chineses e indianos, e, ao longo da história da filosofia da humanidade, no Oriente e no Ocidente, desenvolvida sob múltiplas faces, em diferentes áreas do conhecimento, em diversas manifestações da existência cotidiana, tais como: a Ética, a Política, a Estética, a Ontologia, a Axiologia, a Epistemologia, a Teleologia, a Lógica, a Fenomenologia, a Hermenêutica, a História da Filosofia e etc.
Todas essas revelações da Filosofia possuem caracteres reflexivos, investigativos e interpretativos.
Constituem pois o Pensamento Filosófico enquanto tal.
C. A Filosofia Científica
A Filosofática – Ciência do Pensamento Interpretativo – ao lado da Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e da Insofismática – Ciência das Certezas relativas – são consideradas pelos especialistas, mestres e doutores de filosofia, como Ciências Filosóficas onde os dados da abstração e da apreensão são fornecidos pela racionalidade humana, os dados da sensação e da observação são obtidos dos sentidos e os dados da experiência são conseguidos da realidade prática cotidiana.
Nesse sentido, o conhecimento verdadeiramente possível é alcançado quando a razão ou inteligência humana abstrai ou apreende da realidade concreta experimental, através das informações sensíveis e observáveis dos sentidos, tais matérias ou conteúdos de conhecimento de qualidade.
Assim se processa o conhecimento.
Deste modo se criam as idéias.
Desta forma são gerados os conteúdos cognoscíveis.
Portanto, para a produção do conhecimento verdadeiramente possível operam e trabalham juntas a racionalidade e a experiência, intermediadas pelos sentidos humanos.
Eis pois a Filosofia Científica.
Para tal, entram em ação a Filosofática – interpretando a realidade – e, ao seu lado, a Eustática – fundamentando a mesma realidade – e a Insofismática – autenticando tal conhecimento obtido desta realidade.
Logo, a Filosofia agora é também Científica.
1. Realidade e Interpretação
Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.
1.a. Realidade e Interpretação
Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.
2. Ponto de Vista
O Universo da Interpretação
1) Razão e desRazão
No processo articulador do discurso hermenêutico ou interpretativo pode-se encontrar tanto informações reais, conscientes e racionais como também informações irreais e irracionais, ambas apresentando os 2 lados da mensagem e seu conteúdo linguístico então estudados e pesquisados.
2) Lógica e Dialética
Por outro lado, o material que serve de estudo, análise e pesquisa hermenêutica ou interpretativa pode igualmente mostrar-se de forma lógica – quando há unidade e coerência no sentido da mensagem das palavras – ou de meneira dialética – quando o contexto linguístico surge com aparências contraditórias dentro si, havendo erros de conexão das palavras, falhas ortográficas, sintáticas e gramaticais, defeitos morfológicos, idéias contrárias e objetivos inalcançáveis.
3) Subjetivo e Objetivo
A Mensagem trabalhada pode se achar evoluida de modo subjetivo ou objetivo.
Sua subjetividade significa o reflexo do lado pessoal ou individual de quem produz seu conteúdo, sua criatividade, personalidade, individualidade, identidade, localidade, temporalidade, historicidade, cotidianeidade, espacialidade, contexrualidade, caráter, e seus pensamentos, sentimentos e comportamentos ali revelados.
Sua objetividade traduz-se em nele descobrir elementos universais, objetivos, necessários, absolutos, globais, metódicos, estruturais, sistemáticos e metodológicos.
4) Identidade e Diferença
A Pesquisa hermenêutica ou interpretativa ao analisar o conteúdo linguístico estudado identifica 2 modelos de abordagem literária: de um lado, a orgânica ou corporativa cujo desenvolvimento é linear, lógico, uno e unitário; por outro lado, a abordagem plural, distributiva, integral com uma evolução discursiva alternada, paralela, generalizada e globalizada. A primeira reconhece uma identidade no texto; a segunda apresenta um conteúdo diverso, diferente, ainda que não contrário ou contraditório.
5) Síntese e Análise
Verifica-se também que o autor de uma obra focaliza-o ora de maneira sintética ora de modo analítico.
No contexto sintético, a obra é visualizada em sua totalidade, de forma global e integral, universalmente distribuida.
No contexto analítico, a obra possui um visual diferencial, articulado em seus detalhes e diferenças, onde as partes se diversificam e se distribuem somando um todo completo, ordenado e organizado.
6) Global e Diferencial
Outrossim, a forma global e diferencial de se expressar enriquece a obra do autor, identificando suas características próprias e abrindo seu conteúdo com novas tendências e possibilidades que tornarão seu contexto literário mais perceptível, mais observável, mais abstraivel
e mais propagável.
7) A Hermenêutica e suas possibilidades
A Ciência Hermenêutica é aquela responsável pela interpretação do conteúdo linguístico e suas expressões textuais, sonoras e visuais, decifrando então seus caracteres originais, descobrindo seus dados e contexto históricos, analisando seu conteúdo discursivo e informativo, sintetizando seus elementos principais, abrindo suas possibilidades, superando seus limites, renovando suas tendências, desvelando sua originalidade, libertando-se de preconceitos e superstições, ultrapassando os obstáculos da palavra e da linguagem, transcendendo as barreiras bloqueadoras da nudez linguística.
O Trabalho hermenêutico se faz dentro de um contexto linguístico para o qual contribuem eficazmente o repertório cultural do intérprete ou interpretador, sua educação familiar, seus valores morais e religiosos, seus conhecimentos científicos adquiridos, sua experiência vivida, sua prática cotidiana, sua realidade do dia-a-dia, seus contatos e relacionamentos diários, sua condições e relações de trabalho, a lógica do discurso e a dialética do debate, a crítica dos especialistas e sua opinião própria.
Hermeneuticamente, é possível construir uma síntese global e uma análise diferencial do conteúdo estudado, realizando-se de fato um trabalho de pesquisa fundo e profundo, de caráter eustático e desenvolvimento insofismático, sem os quais a pesquisa hermenêutica interpretativa torna-se praticamente inútil.
3. Questão de Opinião
Hoje em dia, opina-se sobre tudo e todos.
É fácil dar a sua própria opinião.
Comentar um fato, refletir sobre um acontecimento, explicar certas coisas, eis a mera opinião no cotidiano da nossa existência.
Geralmente, a opinião não tem fundamento, não se apóia em certas bases da realidade ou da racionalidade, não assume um pensamento enraizado em certas fontes reais, racionais ou conscientes, embora possa ter o caráter de uma reflexão muitas vezes pensada, ser uma simples conjugação de palavras e frases sem estrutura lógica ou sistêmica, visto que seu objetivo é apenas manifestar o ponto de vista de uma pessoa ainda que sem raízes sistemáticas, sem bases fundamentais, sem princípios lógicos e ontológicos, sem fontes originadas na realidade ou no pensamento consciente e racional.
De fato, ao manifestar a sua mesma opinião sobre os seres e as coisas, sobre os diferentes momentos da realidade, sobre as diversas circunstâncias da vida, sobre variadas situações do dia a dia, a pessoa humana deseja simplesmente apresentar a linguagem da interpretação positiva, embora tal interpretação ou opinião relativa não se sustente por si própria, não esteja alicerçada sobre os princípios da razão consciente, não reflita a racionalidade característica de um indivíduo de posse de sua mente reflexiva.
Portanto, a opinião humana é efêmera, instável, relativa, inconstante, indefinida, indeterminada, incerta, incorreta, quase sempre duvidosa, muitas vezes parecida com o bom-senso natural, irrefletida em suas ocorrências linguísticas, não fundamentada na racionalidade, sem lógica e sem fontes consistentes.
Outrossim, percebe-se que opinar é a linguagem corrente do dia a dia, o acontecer da interpretação relativa, a manifestação do pensamento sem fundamentos lógicos, racionais e conscientes.
4. Uma nova visão da realidade
Todo indivíduo ou pessoa humana tem o direito natural de manifestar a sua visão da realidade, desde que em condições de respeito à liberdade alheia, sem ofender ou contrariar com abuso e violência os direitos dos outros, ou sua opinião ou sua diferente interpretação sobre os fatos.
É a chamada liberdade de expressão.
Liberdade com respeito e responsabilidade.
Ou seja, o direito natural de expressar as suas idéias em público ou não, manifestar sua opinião própria acerca dos acontecimentos, interpretar a sua maneira os fatos, os seres e as coisas, visualizar os fenômenos da realidade abertamente, até os limites da liberdade dos outros, não ultrapassando as fronteiras do juizo e do bom-senso, mantendo então a dignidade humana, o respeito mútuo, e a responsabilidade recíproca, sem apelar para atitudes maldosas e violentas, excluidoras das pessoas, marginalizadoras dos indivíduos e repressoras da livre opinião ou expressão de pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Portanto, sob condições específicas pode-se apresentar a sua própria visão da realidade, a sua opinião pública e aberta, a sua outra, nova e diferente interpretação da vida e da sociedade.
5. Um outro olhar sobre os acontecimentos
Uma das características da racionalidade humana mais importantes, além de sua capacidade interpretativa dos fatos da realidade, é sua possibilidade de interpretar diferentemente, de acordo com a consciência de cada um ou do grupo interpretador, o que na verdade proporciona diversas visões da realidade, novas visualizações dos acontecimentos, outros olhares sobre os fenômenos do dia a dia.
Assim, de modo crítico e dialético podem coexistir várias opiniões ao mesmo tempo, mostrando pois as diversas faces da realidade, as diferentes racionalizações que podem ocorrer em um mesmo debate, conflitando então as idéias, realizando uma verdadeira tempestade cerebral, o que de fato resulta em crescimento social, político, econômico e cultural, progresso material e espiritual, evolução física e mental, desenvolvimento ordenado, disciplinado e organizado da sociedade como tal.
Tais diferenças hermenêuticas ou mesmo suas contradições interpretativas na verdade possibilitam a clareza das idéias e a lucidez dos conhecimentos, coerência ética e fortalecimento espiritual.
Essa iluminação interior causada pelo debate crítico e dialético de pensamentos e conhecimentos diferentes propicia certamente uma qualidade sem igual às discussões empreendidas, excelência ao diálogo apresentado e certa perfeição ao modo de visualizar as opiniões manifestadas.
Todos crescem é verdade.
6. Uma diferente observação dos fatos
Percebe-se no dia a dia das pessoas que convivem em sociedade que elas, embora sendo muitas, possuem cada qual sua diferente maneira de observar os fatos da realidade concreta, diferenciando-se umas das outras, cada uma com detalhes próprios e novos acerca dos acontecimentos diários, personalizando pois ao seu modo a visão que têm das experiências cotidianas, particularizando igualmente sua interpretação dos fenômenos de cada instante, singularizando seu olhar específico diante das situações da vida, perante as circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, ao lado e em torno das condições reais de cada momento, construindo assim para si e em benefício dos outros sua visualização construtora, positiva e otimista, visto que o ciclo natural das coisas da vida de cada dia segue um curso para a frente e para o alto, a partir de que se conclui que a cada hora da nossa existência humana estamos sempre crescendo, progredindo e evoluindo, desenvolvendo cada vez mais e melhor nossas atividades pensantes, discernentes e cognoscentes.
Sim, somos diferentes.
E crescemos nessa diferença de olhar sobre a realidade que manifestamos a cada momento.
7. Visualizar ao seu modo
De fato, cada pessoa humana em particular tem seu modo próprio de perceber a realidade, interpretar os fatos de cada dia e olhar os acontecimentos, sempre fazendo a diferença entre seu mundo interior e a visão que os outros possuem, o que na verdade propicia-lhe um bom caráter comportamental, uma personalidade firme e forte, auto-estima elevada, alto-astral, mais otimismo em relação à vida, pensamento positivo diante da realidade que a cerca, maior senso de criatividade, responsabilidade pessoal, social e ambiental, grande capacidade de respeito interpessoal que mantém em referência aos outros, alto compromisso com as pessoas com quem vive e trabalha, satisfação vocacional e realização profissional bem apuradas, bom exercício de seus dons, carismas e talentos, mais entusiasmo com suas atividades cotidianas, mais animação em suas atitudes, mais motivação em seus empreendimentos e maior incentivo nos seus esforços por ajudar a construir um mundo mais humano, justo, pacífico, fraterno e solidário.
8. Interpretar a sua maneira
O ato de interpretar tem um caráter mais pessoal do que coletivo ainda que se possa fazer interpretações em grupo, o que não invalida o lado individual dos seus componentes.
Interpretar é apontar o seu ponto de vista sobre os fatos da realidade, ou acerca de quaisquer fenômenos subjetivos e objetivos.
À primeira vista, interpretar está mais de acordo com a visão própria e pessoal que o indivíduo mantém em relação à experiência cotidiana, podendo igualmente tal olhar individual conjugar-se com outros olhares pessoais, o que aumenta de certa maneira o ângulo de visão que o grupo passa a ter diante da realidade.
Logo, a ação interpretativa e interpretadora dos fatos pode ser individual ou coletiva, embora o lado pessoal, em ambos os casos, sobressaia com maior relevância e melhor consistência.
Mesmo integrado a um grupo, o indivíduo não deixa de manifestar sua própria visão pessoal sobre as coisas e os seres que estão ao seu lado e ao seu redor, contribuindo é verdade de fato para uma maior interpretação dos acontecimentos, interpretação qualitativamente superior, visto que muitos integrantes do grupo contribuem para um olhar maior e melhor sobre a realidade.
A Interpretação do grupo não deve ignorar a visão pessoal própria que cada um deve ter.
9. Ver as coisas e os seres a partir de uma perspectiva pessoal própria
Dar a sua própria opinião sobre os acontecimentos do dia a dia deve enriquecer a visão que a sociedade tem sobre os fatos, ajudar no discernimento e diferenciação e detalhamento dos vários aspéctos que a experiência concreta possui, o que na verdade aumenta a nossa perspectiva global e diferencial olhando assim com mais clareza, lucidez e evidência a verdade que essencializa e fundamenta os fenômenos do cotidiano.
Com efeito, emitir o seu próprio ponto de vista é o ponto de partida para um maior entendimento da realidade e compreensão de suas verdades mais fundamentais, somando-se então a outros olhares interpretativos e interpretadores, configurando assim uma maior visão do concreto e uma melhor experiência da realidade.
É importante portanto salientar o grau de relevância que representa uma opinião bem fundamentada, um ponto de vista essencialmente bem concebido, uma visão da realidade bem orientada, substancialmente bem construida e aparentemente bem de acordo com o ambiente onde deve se inserir o seu conteúdo pessoal ou coletivo.
Oferecer o seu ponto de vista sobre a realidade é fator de crescimento para todos, desenvolvimento da sociedade, evolução dos corpos e das mentes e progresso material e espiritual para toda a coletividade.
10. Enxergar os diversos ângulos da vida
A Realidade é única mas são várias as interpretações que se podem obter dessa mesma realidade.
A Vida real possui diversos ângulos de observação de onde se visualiza suas verdades e certezas de diferentes modos críticos, sintéticos e analíticos.
Com efeito, embora a vida e a realidade sejam sempre as mesmas, com identidades próprias, a maneira pela qual podemos olhá-las é múltipla, polivalente e pluridimensional.
Sim, realmente, a racionalidade é interpretativa e interpreta a realidade que nos cerca de diferentes modos, sob ângulos diversos de observação, o que na verdade nos ajuda a entender melhor tal realidade, compreender a vida que vivemos com mais autenticidade, globalidade e diferencialidade, com detalhes mais vivos e abertos, tornando nossa interpretação dos fatos mais verdadeira e transparente.
Tal possibilidade aberta de interpretação plural da realidade vem de fato nos enriquecer mentalmente, engrandecer os nossos conhecimentos e qualificar de fato nossa capacidade de discernimento, o que nos dá condições certas e corretas de sempre fazer a verdadeira diferença entre as coisas, separar o bem do mal, o verdadeiro do falso, a paz da violência, a vida da morte, o amor do ódio, e assim por diante.
Interpretar pois é saber fazer bem a diferença entre os seres e os objetos.
11. Os vários aspéctos do ser, pensar e existir
A Vida é interpretação.
Viver é interpretar.
Interpretando a vida do ser, a realidade do pensar e o fenômeno da existência neles descobrimos detalhes que aumentam a nossa compreensão de suas características fundamentais, neles desvelamos suas verdades essenciais bem diferenciadas, neles abstraimos sua globalidade de situações diversas, neles apreendemos conhecimentos necessários para o bom entendimento de suas circunstâncias de vida autêntica, certa, correta e verdadeira.
Assim nossa inteligência dos acontecimentos torna-se mais aberta e liberta, mais renovada a cada momento, já que nossa capacidade interpretadora dos fatos faz da novidade permanente a verdadeira realidade de nossa consciência, esta cada vez mais criativa, mais produtora de novas e diferentes possibilidades, geradora de condições de vida e trabalho mais condizentes com a realidade da existência humana.
12. Viver é Interpretar
Observa-se cotidianamente que a pessoa humana, homem e mulher, passam a vida inteira interpretando...
Interpretando os acontecimentos.
Interpretando a realidade ao seu lado e a sua volta.
Interpretando os seres e as coisas.
Interpretando os fenômenos reais com os quais vive, convive, mantém contato e se relaciona diariamente.
Interpretando a política e a economia.
Interpretando a cultura e a sociedade.
Interpretando a moral e a religião.
Interpretando o tempo e a história.
Interpretando a arte e a filosofia.
Interpretando a ciência e a tecnologia.
Interpretando aleatoriamente, sem definir seus objetos de pensamento, sem fundamentar sua opinião, sem refletir em bases sólidas da consciência ou da racionalidade, dentro ou fora da realidade em que se vive no dia a dia da sociedade dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
É próprio do ser humano em geral interpretar.
Emitir sua opinião sobre as coisas, ter seu ponto de vista pessoal sobre os fatos da realidade, possuir sua visão personalizada dos acontecimentos do dia a dia, olhar a sua maneira os fenômenos reais ou racionais, conscientizar-se dos problemas cotidianos ao mesmo tempo em que tenta solucioná-los, encontrar uma resposta às suas perguntas permanentes, resolver suas questões mais interrogativas, buscando assim um novo modo de viver a vida, com mais sentido e maior razão de ser, mais dinâmica e mais coerente com os objetivos existenciais a que se propõe realizar durante a vida diária de cada momento temporal e circunstancial e de cada situação problemática assumida no decorrer de cada dia.
Sim, realmente, vivemos interpretando...
Somos em essência intérpretes da realidade que nos cerca.
Somos interpretadores do cotidiano, de seus acontecimentos locais, regionais e globais, reais e atuais, temporais e históricos.
Somos criadores assim da história, da nossa história de cada dia.
Somos contadores de história e de estórias.
Interpretar portanto é algo natural e cultural à existência humana como tal.
De fato, nossos conhecimentos são resultado de reflexões interpretativas que empreendemos em relação à realidade cotidiana.
Todo saber, pensar e conhecer, sentir e se comportar são consequências de uma atitude reflexiva interpretativa do sujeito humano perante a realidade que o envolve, com a qual se relaciona e mantém contato no dia a dia.
Somos intérpretes.
Tal a nossa essência natural.
A razão do nosso existir e o sentido da nossa vida.
13. A Vida é Hermenêutica
Nós, seres humanos vivos, dentro e fora da experiência real cotidiana, estamos sempre fazendo e vivendo da Hermenêutica, ou seja, concebemos a vida, o ser e a existência a partir de nossa própria interpretação dos fatos e acontecimentos do dia a dia, de acordo é claro com o nosso repertório cultural adquirido até aqui e agora, o nosso grau, nível, volume e qualidade de conhecimentos obtidos até então, a educação familiar que recebemos, os princípios de vida que abraçamos, os valores morais e as virtudes éticas que guardamos até hoje conosco, as vivências espirituais e as experiências existenciais de que nos apropriamos diariamente, o convívio social que estabelecemos com as pessoas cotidianamente, os nossos relacionamentos de cada dia e as nossas relações sociais, políticas e econômicas com as quais somos e pensamos, vivemos e existimos, sentimos e nos comportamos diante da sociedade da qual fazemos parte dentro deste mundo cotidiano onde nos encontramos hoje.
Somos hermenêuticos.
Somos interpretação em pessoa.
Hermeneutizamos nossa vida de cada momento quando interpretamos os seres e as coisas a nossa maneira própria, deles tiramos algo bom para viver, neles visualizamos um outro, novo e diferente olhar sobre a realidade, com eles construimos uma ótima observação dos fenômenos diários, a partir deles criamos uma visão boa, legal e bacana sobre a vida, o ambiente em que estamos, o tempo e o lugar em que nos encontramos na situação presente, nas condições humanas, naturais e culturais nas quais nos realizamos e satisfazemos nossos desejos e necessidades, nas circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, locais, regionais e globais com que nos referenciamos dentro do Planeta Terra, estabelecendo então aqui e agora um ponto de contato, de relacionamento e de convivência com os grupos e indivíduos, comunidades e sociedades que se encontram ao nosso lado e ao nosso redor todos os dias e noites da nossa vida de cada hora, minuto e segundo.
Hermeneutizar é próprio da pessoa humana em geral.
Interpretar é o sentido da vida e a razão de existir.
Para isso fomos feitos.
14. Fé, Razão e Interpretação
É Natural o homem e a mulher terem fé.
Uma fé natural em Alguém Superior, Ser Supremo, Pensamento Maior e Existência Melhor do que a nossa natureza humana pode suportar dentro de seus limites propriamente naturais.
Igualmente, a pessoa humana em geral se utiliza dessa fé natural que ela possui para poder acreditar não apenas em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, mas também nas boas coisas da vida, no bem e na paz, na fraternidade e na solidariedade, em coisas que lhe atraem e em objetos que lhe são agradáveis e favoráveis, nos amigos que conhecem e nos familiares que lhe dão abrigo e o necessário para viver e existir, nas situações saudáveis que a vida tem e nas circunstâncias de amor e vida que o cotidiano lhe apresenta, nos momentos de alegria e de prazer, de saúde e bem-estar, de otimismo e felicidade, nas condições e relações de trabalho e de família que lhe oferecem alto-astral e uma auto-estima elevada, enfim, em tudo aquilo que é vida e que existe como reflexo e manifestação desse Alguém Supremo e Superior a tudo e a todos que chamamos de Senhor Deus, Princípio da Vida e Sentido da Existência.
Do mesmo modo, essa fé natural serve de suporte ao nosso pensar, ser e existir.
Ela de fato é o fundamento da nossa racionalidade.
A partir dessa fé natural, articulamos nossos raciocínios, sustentamos nossos pensamentos, desenvolvemos nossos argumentos, empreendemos nossas retóricas, baseamos nossa lógica, originamos nossa dialética, defendemos nossa eustática de vida, advogamos a insofismática de nossas boas idéias e bons conhecimentos, garantimos a nossa boa ética comportamental e seguramos firme e fortemente a nossa boa espiritualidade natural.
Sendo assim, a fé fundamenta não só a nossa racionalidade como ainda a nossa hermenêutica de vida e a nossa interpretação dos fenômenos cotidianos, dos fatos e acontecimentos do dia a dia.
Logo, a fé é indispensável ao pensamento interpretador da realidade humana, natural e cultural, global e diferencial, integral e universal, tornando-se com efeito o grande princípio da razão, origem do processo inteligente de racionalização de nosso cérebro, com o qual construimos a cultura, a política e a economia, a sociedade e o cotidiano da nossa vida, o ser e o saber, o pensamento e a existência, o corpo material e a alma espiritual, a ética e o conhecimento, a moral e a espiritualidade, a ciência e a tecnologia, a arte e a filosofia, o tempo e o espaço, a história e a eternidade.
Graças a essa fé natural do ser humano, dom de Deus às suas criaturas, é possível pensar e raciocinar com lógica e dialeticamente.
Assim nasce a nossa interpretação pessoal acerca dos seres e das coisas reais e atuais.
Acreditando pois produzimos nossos pensamentos de vida e realizamos nossas interpretações da realidade.
15. O Exame da Realidade
Ao examinarmos uma determinada realidade local, regional ou global, histórica, temporal e atual, o fazemos de modo crítico ou dialético, eustático ou insofismático, investigando suas origens momentâneas, situacionais e circunstanciais, seu contexto social, político, econômico e cultural, sua língua própria e suas linguagens simbólicas, textuais, imaginárias, sonoras e visuais, sua formação colonial, imperial e republicana quando houverem, seu fluxo esportivo, artístico e recreativo, seu complexo filosófico, científico e tecnológico, seus valores morais e suas virtudes éticas e religiosas, seu progresso material e espiritual, sua evolução física e mental, seu crescimento como realidade ordenada, disciplinada e organizada, sua sociedade naturalmente constituida e culturalmente desenvolvida, seus moradores e trabalhadores com seus grupos, comunidades e coletividades, sindicatos e associações, seu povo civil e militar, sua gente infantil e adolescente, jovem e adulta, idosa e mais velha, de aposentados e pensionistas, de homens e mulheres, de pobres e crianças, igualmente suas atividades e opções sexuais, seu quadro de saúde alimentar, suas doenças, moléstias e enfermidades, o bem-estar de sua população e o bem-comum de seus indivíduos e pessoas, suas fontes energéticas(solar, eólica, térmica, elétrica, hídrica, petrolífera, gás natural, biocombustíveis e etanol a partir do milho e da cana de açúcar, da soja e da beterraba), seus sistemas de transportes e locomoção, seus canais de mídia e comunicação social, sua estrutura de internet e informática, de rádio e televisão, de jornais, livros e revistas, de telefone fixo e celular, sua infra-estrutura de água e esgoto e saneamento básico, de gás e luz, de fogão e geladeira, seu setor imobiliário em evolução, seu cotidiano de ruas e avenidas, farmácias e jornaleiros, botequins e padarias, quitandas e armazéns, shoppings e supermercados, enfim, toda a sua mecânica diária de desenvolvimento cuja visão total ou parcial certamente haverá de nos ajudar na interpretação hermenêutica dessa realidade de vida experimentada em nosso dia a dia.
16. O Foco da Intencionalidade
O Sujeito que interpreta uma definida realidade o faz tendo como objetivo final uma certa intencionalidade, a qual dirige o caminho da interpretação focalizando o seu conteúdo conforme os fins ora almejados.
Buscar esses fins é a meta da hermenêutica que usa os mais diversos mecanismos para alcançá-los, seja através de sínteses concisas ou de análises precisas.
Na verdade, a boa intencionalidade empreendida e seus objetivos almejados trabalham construindo metas a serem alcançadas, em função das quais têm origem a matéria estudada, a realidade examinada, o conhecimento gerado, o conteúdo produzido e a racionalidade investigadora que, por meio de sínteses e análises bem feitas, é a responsável por todo esse repertório cultural inteligente criado justamente a partir da ciência dos fins desejados ou da boa intencionalidade querida.
Desse modo, de acordo com as boas intenções observadas acontece o processo investigativo e interpretativo com o qual se vai construindo o seu conteúdo de conhecimento de qualidade.
Por conseguinte, os objetivos definidos, ou as boas ou más intenções em jogo, determinarão a qualidade da interpretação e a excelência de seu conteúdo processado.
Sim, realmente, a intencionalidade é o foco da interpretação do qual dependem a perfeição ou a imperfeição hermenêutica.
17. O Clima Hermenêutico
e o Ambiente Interpretativo
O Mundo da Interpretação é rico em diferentes possibilidades identificadas com os diversos pontos de vista que se pode construir, as várias opiniões que são aceitas, as novas visões de mundo e de sociedade que são geradas, os muitos olhares sobre a realidade que são produzidos, as outras observações que se visualizam, enfim, um universo investigativo tal que posturas contrárias se chocam e posições adversas entram em conflito, todas essas sintetizadas em novas teses que por sua vez adquirem outras tantas antíteses gerando os mais interessantes e importantes campos de interpretação, em um esforço de lógica do pensamento, de crítica do conhecimento e dialética das alternativas de discernimento conjugados em um quadro hermenêutico único que engloba em si todos os diferenciais interpretativos e investigativos da realidade observada.
Tal ambiente de tendências múltiplas e possibilidades diversas, de opções variadas e alternativas semelhantes mas não iguais configura a região hermenêutica analisada onde a realidade observada e suas construções racionais integram o conteúdo de conhecimento abstraido e apreendido.
Nesse meio de aberturas, novidades e liberdades se encontram as condições indispensáveis ao surgimento da boa interpretação, garantia de segurança para as racionalizações assumidas e consolidadas.
Esse o meio-ambiente da Ciência do Pensamento Interpretativo.
18. A Ótica da Vida
No modo de olhar sempre positivo, otimista e construtivo - e jamais destruidor – que as criaturas humanas mantêm em relação à vida de cada dia, dando-lhe pois um caráter evolutivo e progressivo, construtor de novas possibilidades e alternativas de sucesso, de crescimento interior e exterior, de desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, de sua criatividade original carregada de imensos dons, carismas e talentos, propiciando então sua satisfação vocacional e sua realização profissional, o que, de certa maneira, pensando positivamente e com sua auto-estima elevada, seu alto-astral e otimismo animador de comunidades, motivador de grupos e indivíduos, incentivador de pessoas que geram ambientes de amizades e generosidades, fraternidades e solidariedades, enfim, nesse comportamento cotidiano produtor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, onde quase todos se sentem de bem com a vida, gozando assim das boas coisas que a vida tem, a partir é claro de uma experiência de fé em Deus em que fazem da oração seu remédio existencial e espiritual, confiando nesse Senhor e acreditando nesse Deus de forma absoluta, sem reservas e sem reticências, sem ignorância e sem irresponsabilidade, está portanto a Ótica da Vida que cada ser humano em geral traz dentro de si, criadora de liberdade e felicidade para todos e cada um dos que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que vivemos.
19. O Detalhe e a Diferença fazem
a Essência do Ponto de Vista
O que mais caracteriza a interpretação de um grupo ou de um indivíduo é a sua vocação natural de ser diferente em cada sujeito humano, com detalhes próprios que a personalizam, com particularidades que a determinam, com singularidades que a definem no meio da sociedade deste mundo em que vivemos.
Detalhar a opinião e diferenciar a interpretação, eis a essência fundamental do ponto de vista articulado por uma pessoa humana que tenta explicar uma situação vivida, ou deseja argumentar em favor das idéias que defende, ou procura
mostrar como suas certezas e suas verdades têm princípios básicos que sustentam o seu discurso, ou quer apresentar as fontes originais de onde surgiram seus conhecimentos agora visualizados.
Essencialmente, o ponto de vista é feito de detalhes que o diferenciam de outras opiniões.
Substancialmente, a interpretação é constituida de diferenças que a fazem divergir ou convergir para outras visões da realidade.
Todavia, nunca as opiniões são iguais embora aparentemente tenham o mesmo sentido.
Assim, observa-se que os discursos humanos, na sua essência, são divergentes ainda que possam convergir na sua aparência retórica ou argumentativa.
20. Fundamentação da Opinião
Para que uma definida opinião tenha bases científicas, ela precisa ser bem fundamentada tanto na sua parte teórica como no seu lado prático. Ou seja, em outras palavras, o ponto de vista de uma determinada pessoa quando enraizado em fontes conscientes em que são aprovadas pelo uso do bom-senso comum ratificado pela sociedade humana, ou confirmadas pela experiência da realidade cotidiana, apresentando pois origens sensíveis e inteligíveis, concretas e abstratas, objetivas e subjetivas, então, nesse instante, aqui e agora, pode ser admitido como possuindo um caráter científico, já que seus fundamentos podem ser considerados de fato universais, necessários, fundamentais, reais e atuais.
Fundamentando nossas interpretações pessoais ou coletivas adquirimos nesse momento diante da comunidade humana lealdade, legalidade e legitimidade, verdadeira credibilidade perante o juizo da sociedade e o tribunal da humanidade, o que na verdade nos possibilita créditos perante as autoridades constituidas, aprovação automática da parte de seus representantes institucionais ou não, confiabilidade para a propagação de seu repertório cultural, sustentabilidade para a assimilação por parte de outros membros da coletividade, e produtividade pensante, discernente e cognoscente por parte daqueles que assumem um compromisso responsável com suas soluções então cabíveis, possíveis e viáveis.
21. A Genética da Interpretação
Interpretar é um desejo humano e uma necessidade natural.
Dentro da sociedade, na família ou no trabalho, na rua ou no supermercado, na escola ou no hospital, no botequim ou na padaria, na farmácia ou no jornaleiro, estamos sempre manifestando a nossa opinião, ou explicando o nosso ponto de vista, ou apresentando a nossa visão da realidade, ou mostrando como interpretamos os fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais, ou como olhamos os seres e as coisas com que convivemos e mantemos contato, ou como visualizamos nossas idéias e as idéias dos outros.
O Fenômeno da interpretação é algo essencial à natureza humana, que, com sua reflexão pensante, discernente e cognoscente, ajuda o mundo a evoluir em suas bases reais e atuais, temporais e históricas, locais, regionais e globais, propicia progresso às consciências e desenvolvimento às suas experiências cotidianas, faz crescer a natureza e o universo, a sociedade e a humanidade, dando-lhes condições de obter maior e melhor saúde e bem-estar individual e coletivo.
De fato, a reflexão interpretativa nos ajuda a resolver os nossos problemas e a solucionar as nossas interrogações existenciais, materiais e espirituais, a satisfazer os nossos desejos humanos e a realizar as nossas necessidades naturais.
O Desejo interpreta e a necessidade explica o que é possível para a natureza humana.
Eis as origens da interpretação.
22. As características de
uma boa observação
Fazer uma boa observação, analisar um determinado aspécto da realidade, interpretar um fato novo ou um acontecimento diferente dentro do contexto histórico em que vive atualmente, visualizar bem as diversas faces do momento real ou da situação presente em que se encontra, eis algumas das circunstâncias filosofáticas que, para serem bem articuladas e desenvolvidas, necessitam de alguns caracteres que tornam a realidade hermenêutica bem definida e bem fundamentada em sua construção interpretativa. Vejamos alguns desses caracteres:
a) a interpretação deve basear-se em detalhes e diferenças, singularidades e particularidades descobertas pelo hermeneuta no interior da realidade analisada
b) o conjunto do discurso interpretativo e suas partes conectadas umas às outras devem ter uma intencionalidade própria e ao mesmo tempo objetivos finais a serem alcançados
c) o conteúdo de conhecimentos interpretativos segue interesses e intenções que o intérprete levanta para chegar aos resultados esperados de sua síntese e análise hermenêuticas
d) o ambiente da interpretação deve ser orientado pelo discernimento entre boas e más idéias, pela construção otimista e positiva, ou negativa e pessimista, de quem realiza a observação da experiência real cotidiana, base fundamental de toda e qualquer boa e verdadeira interpretação
e) a pesquisa hermenêutica e suas hipóteses e experiências interpretativas devem seguir o modelo ético comportamental do cientista filosofático, seus paradigmas de fé e espiritualidade natural, e sua transparência de bons conhecimentos, sentimentos e comportamentos
f) A Realidade da experiência cotidiana é o fundamento da análise e pesquisa filosofática, de onde se constróem suas conclusões positivas e otimistas, as respostas aos grandes questionamentos, dúvidas e incertezas de caráter real e racional, e as soluções necessárias para a gigantesca problemática da vida humana, natural e cultural
g) O Repertório de assuntos, conteúdos, idéias e conhecimentos a serem observados deve ser bastante variado e diverso, sempre novo e diferente, ainda que outras realidades e discursos tradicionais ou não possam ser examinados
h) Todo e qualquer exame filosofático precisa ser bem fundamentado, repousar em bases sólidas de conhecimento e discernimento, com os quais os instrumentos da interpretação podem ser usados com sucesso, prosperidade e tranquilidade
Eis pois algumas características da boa interpretação da realidade do dia a dia de nossas vidas humanas, que se sustentam verdadeiramente a partir da hermenêutica que empreendemos no contexto temporal e histórico, real e atual em que vivemos e existimos hoje aqui e agora em nosso presente e futuro.
23. Discernimento: a ferramenta
da interpretação
Ao se construir o conhecimento e seu conteúdo em forma de outras, novas e diferentes idéias, símbolos e valores, se utiliza da nossa capacidade de discernir os seres e as coisas e seus detalhes diversos e suas diferenças variadas para se obter a perfeita hermenêutica, uma boa qualidade de interpretação sobre a realidade dentro e fora de nós e uma excelente potencialidade de observação dos fenômenos da história cotidiana e seus fatos diários e acontecimentos sempre relativos à natureza humana e seu universo de realidades reais e racionais, conscientes e experienciais, e mesmo irracionais e inconscientes e irreais, frutos da imaginação descontrolada e sem domínio que articula pensamentos dialéticos sem lógica e coerência retórica e argumentativa.
Discernindo as palavras e as ocorrências mentais e temporais, e analisando suas boas possibilidades de interpretação, relativiza-se o conhecimento e faz-se da verdade um processo em construção permanente e progressiva, gerando-se então certezas dinâmicas e processuais que culminam com a obtenção de uma ótima hermenêutica de qualidade e excelência reconhecidas.
24. Fazer bem a diferença
Para que uma boa hermenêutica seja realizada e sua consequente interpretação das coisas tenha sucesso garantido é necessário um ótimo discernimento espiritual a partir de que se faça a devida diferença entre os seres que compõem o ambiente interpretativo.
De posse desses dados, então, o ponto de vista surge bem equilibrado, com bastante conteúdo de conhecimento, sempre detalhando em si, de si e para si, o que é certo e correto, distinguindo-o do que é duvidoso e não aceitável naquele preciso momento onde o pensamento discernindo os fenômenos da consciência constrói a sua opinião bem fundamentada, efeito de um raciocínio bem detalhado e bem diferenciado no que concerne aos objetos da análise hermenêutica sustentada.
Tal clima diferencial, que possibilita o processo interpretativo, constitui a fonte de detalhes responsáveis pelo bom discernimento de espírito.
Nesse movimento detalhador de palavras e diferenciador de mensagens, acontece o discurso hermenêutico e sua dinâmica interpretativa, em função de que é gerado o conhecimento analisado, e se obtêm as raizes de seu repertório de conteúdos e as consequências de sua reflexão contextual de acordo com o tempo e o lugar onde ele se manifesta.
Fazendo sempre a diferença certa, reta e correta é possivel um bom discernimento, razão de um ótimo conhecimento, fundamentos de uma razoável análise interpretativa, sentido da Ciência Hermenêutica.
25. A Verdade é Relativa
Toda e qualquer verdade construida no interior da experiência real humana e cotidiana é sempre relativa a mim. Pois então não existe a verdade, mas a minha verdade.
Observamos assim que os nossos conhecimentos obtidos no dia a dia da nossa vida, as idéias criadas e os valores concebidos, as imagens produzidos e os símbolos gerados, os interesses em jogo e as intenções propostas, as virtudes éticas e as vivências espirituais, existem sempre em função de mim mesmo.
Até o Sol, astro celeste, que brilha e esquenta o tempo e os espaços em volta de si próprio, têm sua luz e calor voltados para a minha pessoa, porque sou eu, cada sujeito em particular, que percebe que o Sol ilumina a mim e para mim, me abrasa e me fortalece, e nessa percepção de cada eu e de todos nós tem sentido a Fogo do Sol, cuja energia de vida funciona para mim e para cada ego, transformados em nós, razão da luz do Sol e sentido do seu Fogo enérgico.
Como também um determinado acontecimento social ou um definido fenômeno cotidiano, como por exemplo uma partida de futebol no Maracanã entre Flamengo e Vasco da Gama, no próximo domingo de tarde, somente existe ou tem razão de ser em referência ao meu eu, na relação que o jogo tem comigo, e generalizando a todos nós torcedores do Vasco e do Flamengo.
De fato, a verdade é relativa.
Ela é relativa a mim.
Ela se relaciona comigo.
Mentém sempre uma referência ao meu ego, a nós, aos nossos egos.
Tal o sentido da verdade e suas certezas dependentes da visão que eu tenho delas, pois precisam da minha interpretação de seus “fatos conscientes” que se dão a mim e a nós, que necessitam do meu olhar sobre elas, a fim de que eu as examine e avalie e então as considere ou não realidades autênticas e transparentes.
Logo, a verdade depende de mim.
Da minha racionalidade interpretadora de suas ocorrências em minha mente.
Da minha ótica interpretativa, portanto, depende a verdade da realidade e suas certezas fenomenais que se ligam a mim e de mim recebem a devida aprovação no que se refere a sua autenticidade real e transparência racional.
Com efeito, o que na realidade existe é a ideologia de Karl Marx, o niilismo de Nietszche, a teoria da relatividade de Einstein, o existencialismo de Sartre, a fenomenologia de Heidegger, o governo de Lula, o presidencialismo de Getúlio Vargas, os massacres de Hittler, o incêndio de Nero, a psicanálise de Freud, a teoria do inconsciente de Young, a filosofia de Deleuze, o realismo de Aristóteles, o iluminismo de Rousseau, o musical de Bethoven, e assim por diante.
De certo modo, as idéias antes são individualistas, personalizadas, e depois se tornam plurais, globais e universais.
Como também surgem de debates e discussões críticas e dialéticas.
Todavia, sobretudo são pessoais.
Relativas a mim.
Assim pois se constitui e sobrevive a verdade em nosso contexto social, político, econômico e cultural.
Depende por conseguinte do nosso ponto de vista.
Igualmente, Deus tem também a sua própria noção de verdade e visão da realidade.
Existem as verdades de Deus.
Relativas a Deus.
Em referência ao Senhor.
Desse modo, funcionam a vida, a natureza e o universo.
A Ciência do Pensamento
Interpretativo
A. Compreendendo a Filosofática...
Filosofática é uma nova maneira de fazer filosofia.
É a Ciência do Pensamento Interpretativo.
É um outro e diferente olhar sobre a realidade que nos cerca, a partir do qual deseja explicar seus fundamentos, suas essências e aparências, seus princípios e suas manifestações racionais, simbólicas e imaginárias, conscientes e intencionais, de interesse daquela pessoa humana que realiza tal interpretação.
É a Filosofia Interpretativa.
É a visualização natural de como trabalha a racionalidade humana em contato com os fenômenos cotidianos e suas manifestações em forma de acontecimentos do dia a dia.
Então, aqui e agora, filosofar é interpretar, raciocinar olhando os diversos aspéctos da realidade, refletir observando os detalhes dos fatos e as diferenças dos acontecimentos do dia a dia.
Interpretando a realidade ao seu modo próprio, entende-se como a racionalidade humana tem um caráter individualizado, personalizado, característico de cada pessoa, ainda que suas reflexões, pensamentos e interpretações possam ser compartilhadas e interagir com outros grupos e indivíduos, diferentes comunidades e coletividades, tornando, enfim, a sociedade humana mais pluralizada, detalhada e diferenciada, sem perder é claro suas propriedades gerais, integradas e globalizadas.
Assim a Filosofática deseja ajudar o homem e a mulher a descobrir uma das funções mais características da racionalidade humana: a de ser intérprete da vida e da realidade, possibilitando com suas reflexões cotidianas e seu olhar real, racional e consciente, uma vida melhor para a sociedade, com condições de progresso e desenvolvimento, crescimento e evolução que são possíveis de serem alcançados.
Além disso, a Filosofática busca igualmente proporcionar ao ser humano em geral mais condições de exercer sua liberdade, meios mais fáceis, maiores e melhores de atingir a sua felicidade, a partir é óbvio dessa sua capacidade vocacional de interpretar os seres e as coisas, apontando pois tal caminho como o instrumento eficaz de libertação humana integral, com o qual fugirá de suas prisões ideológicas e escravidões psicológicas, excluirá de si e em si toda possibilidade de violência e agressão, maldade e divisão, opressão, exclusão e marginalização social.
B. A Filosofia propriamente dita
Contrariamente à tradição clássica aristotélica, segundo a qual a Metafísica ou Ontologia seria a própria filosofia, a Filosofática afirma ser a Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e a Insofismática – Ciência das Verdades relativas – a Filosofia propriamente dita. Ambas, ao lado da Filosofática, formam a trilogia filosófica com características essencialmente interpretativas, cujo trabalho hermenêutico é des-cobrir a substância dos acontecimentos, des-velar a essência dos fatos, fazer desabrochar os fenômenos da consciência real, racional e intencional, traduzidos em idéias e ideais, símbolos e imagens, intenções e interesses, valores, virtudes e vivências. Deste modo, trabalham a Filosofática, a Eustática e a Insofismática.
São a própria Filosofia original, sabiamente concebida pelos gregos, antes refletida pelos chineses e indianos, e, ao longo da história da filosofia da humanidade, no Oriente e no Ocidente, desenvolvida sob múltiplas faces, em diferentes áreas do conhecimento, em diversas manifestações da existência cotidiana, tais como: a Ética, a Política, a Estética, a Ontologia, a Axiologia, a Epistemologia, a Teleologia, a Lógica, a Fenomenologia, a Hermenêutica, a História da Filosofia e etc.
Todas essas revelações da Filosofia possuem caracteres reflexivos, investigativos e interpretativos.
Constituem pois o Pensamento Filosófico enquanto tal.
C. A Filosofia Científica
A Filosofática – Ciência do Pensamento Interpretativo – ao lado da Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e da Insofismática – Ciência das Certezas relativas – são consideradas pelos especialistas, mestres e doutores de filosofia, como Ciências Filosóficas onde os dados da abstração e da apreensão são fornecidos pela racionalidade humana, os dados da sensação e da observação são obtidos dos sentidos e os dados da experiência são conseguidos da realidade prática cotidiana.
Nesse sentido, o conhecimento verdadeiramente possível é alcançado quando a razão ou inteligência humana abstrai ou apreende da realidade concreta experimental, através das informações sensíveis e observáveis dos sentidos, tais matérias ou conteúdos de conhecimento de qualidade.
Assim se processa o conhecimento.
Deste modo se criam as idéias.
Desta forma são gerados os conteúdos cognoscíveis.
Portanto, para a produção do conhecimento verdadeiramente possível operam e trabalham juntas a racionalidade e a experiência, intermediadas pelos sentidos humanos.
Eis pois a Filosofia Científica.
Para tal, entram em ação a Filosofática – interpretando a realidade – e, ao seu lado, a Eustática – fundamentando a mesma realidade – e a Insofismática – autenticando tal conhecimento obtido desta realidade.
Logo, a Filosofia agora é também Científica.
1. Realidade e Interpretação
Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.
1.a. Realidade e Interpretação
Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.
2. Ponto de Vista
O Universo da Interpretação
1) Razão e desRazão
No processo articulador do discurso hermenêutico ou interpretativo pode-se encontrar tanto informações reais, conscientes e racionais como também informações irreais e irracionais, ambas apresentando os 2 lados da mensagem e seu conteúdo linguístico então estudados e pesquisados.
2) Lógica e Dialética
Por outro lado, o material que serve de estudo, análise e pesquisa hermenêutica ou interpretativa pode igualmente mostrar-se de forma lógica – quando há unidade e coerência no sentido da mensagem das palavras – ou de meneira dialética – quando o contexto linguístico surge com aparências contraditórias dentro si, havendo erros de conexão das palavras, falhas ortográficas, sintáticas e gramaticais, defeitos morfológicos, idéias contrárias e objetivos inalcançáveis.
3) Subjetivo e Objetivo
A Mensagem trabalhada pode se achar evoluida de modo subjetivo ou objetivo.
Sua subjetividade significa o reflexo do lado pessoal ou individual de quem produz seu conteúdo, sua criatividade, personalidade, individualidade, identidade, localidade, temporalidade, historicidade, cotidianeidade, espacialidade, contexrualidade, caráter, e seus pensamentos, sentimentos e comportamentos ali revelados.
Sua objetividade traduz-se em nele descobrir elementos universais, objetivos, necessários, absolutos, globais, metódicos, estruturais, sistemáticos e metodológicos.
4) Identidade e Diferença
A Pesquisa hermenêutica ou interpretativa ao analisar o conteúdo linguístico estudado identifica 2 modelos de abordagem literária: de um lado, a orgânica ou corporativa cujo desenvolvimento é linear, lógico, uno e unitário; por outro lado, a abordagem plural, distributiva, integral com uma evolução discursiva alternada, paralela, generalizada e globalizada. A primeira reconhece uma identidade no texto; a segunda apresenta um conteúdo diverso, diferente, ainda que não contrário ou contraditório.
5) Síntese e Análise
Verifica-se também que o autor de uma obra focaliza-o ora de maneira sintética ora de modo analítico.
No contexto sintético, a obra é visualizada em sua totalidade, de forma global e integral, universalmente distribuida.
No contexto analítico, a obra possui um visual diferencial, articulado em seus detalhes e diferenças, onde as partes se diversificam e se distribuem somando um todo completo, ordenado e organizado.
6) Global e Diferencial
Outrossim, a forma global e diferencial de se expressar enriquece a obra do autor, identificando suas características próprias e abrindo seu conteúdo com novas tendências e possibilidades que tornarão seu contexto literário mais perceptível, mais observável, mais abstraivel
e mais propagável.
7) A Hermenêutica e suas possibilidades
A Ciência Hermenêutica é aquela responsável pela interpretação do conteúdo linguístico e suas expressões textuais, sonoras e visuais, decifrando então seus caracteres originais, descobrindo seus dados e contexto históricos, analisando seu conteúdo discursivo e informativo, sintetizando seus elementos principais, abrindo suas possibilidades, superando seus limites, renovando suas tendências, desvelando sua originalidade, libertando-se de preconceitos e superstições, ultrapassando os obstáculos da palavra e da linguagem, transcendendo as barreiras bloqueadoras da nudez linguística.
O Trabalho hermenêutico se faz dentro de um contexto linguístico para o qual contribuem eficazmente o repertório cultural do intérprete ou interpretador, sua educação familiar, seus valores morais e religiosos, seus conhecimentos científicos adquiridos, sua experiência vivida, sua prática cotidiana, sua realidade do dia-a-dia, seus contatos e relacionamentos diários, sua condições e relações de trabalho, a lógica do discurso e a dialética do debate, a crítica dos especialistas e sua opinião própria.
Hermeneuticamente, é possível construir uma síntese global e uma análise diferencial do conteúdo estudado, realizando-se de fato um trabalho de pesquisa fundo e profundo, de caráter eustático e desenvolvimento insofismático, sem os quais a pesquisa hermenêutica interpretativa torna-se praticamente inútil.
3. Questão de Opinião
Hoje em dia, opina-se sobre tudo e todos.
É fácil dar a sua própria opinião.
Comentar um fato, refletir sobre um acontecimento, explicar certas coisas, eis a mera opinião no cotidiano da nossa existência.
Geralmente, a opinião não tem fundamento, não se apóia em certas bases da realidade ou da racionalidade, não assume um pensamento enraizado em certas fontes reais, racionais ou conscientes, embora possa ter o caráter de uma reflexão muitas vezes pensada, ser uma simples conjugação de palavras e frases sem estrutura lógica ou sistêmica, visto que seu objetivo é apenas manifestar o ponto de vista de uma pessoa ainda que sem raízes sistemáticas, sem bases fundamentais, sem princípios lógicos e ontológicos, sem fontes originadas na realidade ou no pensamento consciente e racional.
De fato, ao manifestar a sua mesma opinião sobre os seres e as coisas, sobre os diferentes momentos da realidade, sobre as diversas circunstâncias da vida, sobre variadas situações do dia a dia, a pessoa humana deseja simplesmente apresentar a linguagem da interpretação positiva, embora tal interpretação ou opinião relativa não se sustente por si própria, não esteja alicerçada sobre os princípios da razão consciente, não reflita a racionalidade característica de um indivíduo de posse de sua mente reflexiva.
Portanto, a opinião humana é efêmera, instável, relativa, inconstante, indefinida, indeterminada, incerta, incorreta, quase sempre duvidosa, muitas vezes parecida com o bom-senso natural, irrefletida em suas ocorrências linguísticas, não fundamentada na racionalidade, sem lógica e sem fontes consistentes.
Outrossim, percebe-se que opinar é a linguagem corrente do dia a dia, o acontecer da interpretação relativa, a manifestação do pensamento sem fundamentos lógicos, racionais e conscientes.
4. Uma nova visão da realidade
Todo indivíduo ou pessoa humana tem o direito natural de manifestar a sua visão da realidade, desde que em condições de respeito à liberdade alheia, sem ofender ou contrariar com abuso e violência os direitos dos outros, ou sua opinião ou sua diferente interpretação sobre os fatos.
É a chamada liberdade de expressão.
Liberdade com respeito e responsabilidade.
Ou seja, o direito natural de expressar as suas idéias em público ou não, manifestar sua opinião própria acerca dos acontecimentos, interpretar a sua maneira os fatos, os seres e as coisas, visualizar os fenômenos da realidade abertamente, até os limites da liberdade dos outros, não ultrapassando as fronteiras do juizo e do bom-senso, mantendo então a dignidade humana, o respeito mútuo, e a responsabilidade recíproca, sem apelar para atitudes maldosas e violentas, excluidoras das pessoas, marginalizadoras dos indivíduos e repressoras da livre opinião ou expressão de pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Portanto, sob condições específicas pode-se apresentar a sua própria visão da realidade, a sua opinião pública e aberta, a sua outra, nova e diferente interpretação da vida e da sociedade.
5. Um outro olhar sobre os acontecimentos
Uma das características da racionalidade humana mais importantes, além de sua capacidade interpretativa dos fatos da realidade, é sua possibilidade de interpretar diferentemente, de acordo com a consciência de cada um ou do grupo interpretador, o que na verdade proporciona diversas visões da realidade, novas visualizações dos acontecimentos, outros olhares sobre os fenômenos do dia a dia.
Assim, de modo crítico e dialético podem coexistir várias opiniões ao mesmo tempo, mostrando pois as diversas faces da realidade, as diferentes racionalizações que podem ocorrer em um mesmo debate, conflitando então as idéias, realizando uma verdadeira tempestade cerebral, o que de fato resulta em crescimento social, político, econômico e cultural, progresso material e espiritual, evolução física e mental, desenvolvimento ordenado, disciplinado e organizado da sociedade como tal.
Tais diferenças hermenêuticas ou mesmo suas contradições interpretativas na verdade possibilitam a clareza das idéias e a lucidez dos conhecimentos, coerência ética e fortalecimento espiritual.
Essa iluminação interior causada pelo debate crítico e dialético de pensamentos e conhecimentos diferentes propicia certamente uma qualidade sem igual às discussões empreendidas, excelência ao diálogo apresentado e certa perfeição ao modo de visualizar as opiniões manifestadas.
Todos crescem é verdade.
6. Uma diferente observação dos fatos
Percebe-se no dia a dia das pessoas que convivem em sociedade que elas, embora sendo muitas, possuem cada qual sua diferente maneira de observar os fatos da realidade concreta, diferenciando-se umas das outras, cada uma com detalhes próprios e novos acerca dos acontecimentos diários, personalizando pois ao seu modo a visão que têm das experiências cotidianas, particularizando igualmente sua interpretação dos fenômenos de cada instante, singularizando seu olhar específico diante das situações da vida, perante as circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, ao lado e em torno das condições reais de cada momento, construindo assim para si e em benefício dos outros sua visualização construtora, positiva e otimista, visto que o ciclo natural das coisas da vida de cada dia segue um curso para a frente e para o alto, a partir de que se conclui que a cada hora da nossa existência humana estamos sempre crescendo, progredindo e evoluindo, desenvolvendo cada vez mais e melhor nossas atividades pensantes, discernentes e cognoscentes.
Sim, somos diferentes.
E crescemos nessa diferença de olhar sobre a realidade que manifestamos a cada momento.
7. Visualizar ao seu modo
De fato, cada pessoa humana em particular tem seu modo próprio de perceber a realidade, interpretar os fatos de cada dia e olhar os acontecimentos, sempre fazendo a diferença entre seu mundo interior e a visão que os outros possuem, o que na verdade propicia-lhe um bom caráter comportamental, uma personalidade firme e forte, auto-estima elevada, alto-astral, mais otimismo em relação à vida, pensamento positivo diante da realidade que a cerca, maior senso de criatividade, responsabilidade pessoal, social e ambiental, grande capacidade de respeito interpessoal que mantém em referência aos outros, alto compromisso com as pessoas com quem vive e trabalha, satisfação vocacional e realização profissional bem apuradas, bom exercício de seus dons, carismas e talentos, mais entusiasmo com suas atividades cotidianas, mais animação em suas atitudes, mais motivação em seus empreendimentos e maior incentivo nos seus esforços por ajudar a construir um mundo mais humano, justo, pacífico, fraterno e solidário.
8. Interpretar a sua maneira
O ato de interpretar tem um caráter mais pessoal do que coletivo ainda que se possa fazer interpretações em grupo, o que não invalida o lado individual dos seus componentes.
Interpretar é apontar o seu ponto de vista sobre os fatos da realidade, ou acerca de quaisquer fenômenos subjetivos e objetivos.
À primeira vista, interpretar está mais de acordo com a visão própria e pessoal que o indivíduo mantém em relação à experiência cotidiana, podendo igualmente tal olhar individual conjugar-se com outros olhares pessoais, o que aumenta de certa maneira o ângulo de visão que o grupo passa a ter diante da realidade.
Logo, a ação interpretativa e interpretadora dos fatos pode ser individual ou coletiva, embora o lado pessoal, em ambos os casos, sobressaia com maior relevância e melhor consistência.
Mesmo integrado a um grupo, o indivíduo não deixa de manifestar sua própria visão pessoal sobre as coisas e os seres que estão ao seu lado e ao seu redor, contribuindo é verdade de fato para uma maior interpretação dos acontecimentos, interpretação qualitativamente superior, visto que muitos integrantes do grupo contribuem para um olhar maior e melhor sobre a realidade.
A Interpretação do grupo não deve ignorar a visão pessoal própria que cada um deve ter.
9. Ver as coisas e os seres a partir de uma perspectiva pessoal própria
Dar a sua própria opinião sobre os acontecimentos do dia a dia deve enriquecer a visão que a sociedade tem sobre os fatos, ajudar no discernimento e diferenciação e detalhamento dos vários aspéctos que a experiência concreta possui, o que na verdade aumenta a nossa perspectiva global e diferencial olhando assim com mais clareza, lucidez e evidência a verdade que essencializa e fundamenta os fenômenos do cotidiano.
Com efeito, emitir o seu próprio ponto de vista é o ponto de partida para um maior entendimento da realidade e compreensão de suas verdades mais fundamentais, somando-se então a outros olhares interpretativos e interpretadores, configurando assim uma maior visão do concreto e uma melhor experiência da realidade.
É importante portanto salientar o grau de relevância que representa uma opinião bem fundamentada, um ponto de vista essencialmente bem concebido, uma visão da realidade bem orientada, substancialmente bem construida e aparentemente bem de acordo com o ambiente onde deve se inserir o seu conteúdo pessoal ou coletivo.
Oferecer o seu ponto de vista sobre a realidade é fator de crescimento para todos, desenvolvimento da sociedade, evolução dos corpos e das mentes e progresso material e espiritual para toda a coletividade.
10. Enxergar os diversos ângulos da vida
A Realidade é única mas são várias as interpretações que se podem obter dessa mesma realidade.
A Vida real possui diversos ângulos de observação de onde se visualiza suas verdades e certezas de diferentes modos críticos, sintéticos e analíticos.
Com efeito, embora a vida e a realidade sejam sempre as mesmas, com identidades próprias, a maneira pela qual podemos olhá-las é múltipla, polivalente e pluridimensional.
Sim, realmente, a racionalidade é interpretativa e interpreta a realidade que nos cerca de diferentes modos, sob ângulos diversos de observação, o que na verdade nos ajuda a entender melhor tal realidade, compreender a vida que vivemos com mais autenticidade, globalidade e diferencialidade, com detalhes mais vivos e abertos, tornando nossa interpretação dos fatos mais verdadeira e transparente.
Tal possibilidade aberta de interpretação plural da realidade vem de fato nos enriquecer mentalmente, engrandecer os nossos conhecimentos e qualificar de fato nossa capacidade de discernimento, o que nos dá condições certas e corretas de sempre fazer a verdadeira diferença entre as coisas, separar o bem do mal, o verdadeiro do falso, a paz da violência, a vida da morte, o amor do ódio, e assim por diante.
Interpretar pois é saber fazer bem a diferença entre os seres e os objetos.
11. Os vários aspéctos do ser, pensar e existir
A Vida é interpretação.
Viver é interpretar.
Interpretando a vida do ser, a realidade do pensar e o fenômeno da existência neles descobrimos detalhes que aumentam a nossa compreensão de suas características fundamentais, neles desvelamos suas verdades essenciais bem diferenciadas, neles abstraimos sua globalidade de situações diversas, neles apreendemos conhecimentos necessários para o bom entendimento de suas circunstâncias de vida autêntica, certa, correta e verdadeira.
Assim nossa inteligência dos acontecimentos torna-se mais aberta e liberta, mais renovada a cada momento, já que nossa capacidade interpretadora dos fatos faz da novidade permanente a verdadeira realidade de nossa consciência, esta cada vez mais criativa, mais produtora de novas e diferentes possibilidades, geradora de condições de vida e trabalho mais condizentes com a realidade da existência humana.
12. Viver é Interpretar
Observa-se cotidianamente que a pessoa humana, homem e mulher, passam a vida inteira interpretando...
Interpretando os acontecimentos.
Interpretando a realidade ao seu lado e a sua volta.
Interpretando os seres e as coisas.
Interpretando os fenômenos reais com os quais vive, convive, mantém contato e se relaciona diariamente.
Interpretando a política e a economia.
Interpretando a cultura e a sociedade.
Interpretando a moral e a religião.
Interpretando o tempo e a história.
Interpretando a arte e a filosofia.
Interpretando a ciência e a tecnologia.
Interpretando aleatoriamente, sem definir seus objetos de pensamento, sem fundamentar sua opinião, sem refletir em bases sólidas da consciência ou da racionalidade, dentro ou fora da realidade em que se vive no dia a dia da sociedade dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
É próprio do ser humano em geral interpretar.
Emitir sua opinião sobre as coisas, ter seu ponto de vista pessoal sobre os fatos da realidade, possuir sua visão personalizada dos acontecimentos do dia a dia, olhar a sua maneira os fenômenos reais ou racionais, conscientizar-se dos problemas cotidianos ao mesmo tempo em que tenta solucioná-los, encontrar uma resposta às suas perguntas permanentes, resolver suas questões mais interrogativas, buscando assim um novo modo de viver a vida, com mais sentido e maior razão de ser, mais dinâmica e mais coerente com os objetivos existenciais a que se propõe realizar durante a vida diária de cada momento temporal e circunstancial e de cada situação problemática assumida no decorrer de cada dia.
Sim, realmente, vivemos interpretando...
Somos em essência intérpretes da realidade que nos cerca.
Somos interpretadores do cotidiano, de seus acontecimentos locais, regionais e globais, reais e atuais, temporais e históricos.
Somos criadores assim da história, da nossa história de cada dia.
Somos contadores de história e de estórias.
Interpretar portanto é algo natural e cultural à existência humana como tal.
De fato, nossos conhecimentos são resultado de reflexões interpretativas que empreendemos em relação à realidade cotidiana.
Todo saber, pensar e conhecer, sentir e se comportar são consequências de uma atitude reflexiva interpretativa do sujeito humano perante a realidade que o envolve, com a qual se relaciona e mantém contato no dia a dia.
Somos intérpretes.
Tal a nossa essência natural.
A razão do nosso existir e o sentido da nossa vida.
13. A Vida é Hermenêutica
Nós, seres humanos vivos, dentro e fora da experiência real cotidiana, estamos sempre fazendo e vivendo da Hermenêutica, ou seja, concebemos a vida, o ser e a existência a partir de nossa própria interpretação dos fatos e acontecimentos do dia a dia, de acordo é claro com o nosso repertório cultural adquirido até aqui e agora, o nosso grau, nível, volume e qualidade de conhecimentos obtidos até então, a educação familiar que recebemos, os princípios de vida que abraçamos, os valores morais e as virtudes éticas que guardamos até hoje conosco, as vivências espirituais e as experiências existenciais de que nos apropriamos diariamente, o convívio social que estabelecemos com as pessoas cotidianamente, os nossos relacionamentos de cada dia e as nossas relações sociais, políticas e econômicas com as quais somos e pensamos, vivemos e existimos, sentimos e nos comportamos diante da sociedade da qual fazemos parte dentro deste mundo cotidiano onde nos encontramos hoje.
Somos hermenêuticos.
Somos interpretação em pessoa.
Hermeneutizamos nossa vida de cada momento quando interpretamos os seres e as coisas a nossa maneira própria, deles tiramos algo bom para viver, neles visualizamos um outro, novo e diferente olhar sobre a realidade, com eles construimos uma ótima observação dos fenômenos diários, a partir deles criamos uma visão boa, legal e bacana sobre a vida, o ambiente em que estamos, o tempo e o lugar em que nos encontramos na situação presente, nas condições humanas, naturais e culturais nas quais nos realizamos e satisfazemos nossos desejos e necessidades, nas circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, locais, regionais e globais com que nos referenciamos dentro do Planeta Terra, estabelecendo então aqui e agora um ponto de contato, de relacionamento e de convivência com os grupos e indivíduos, comunidades e sociedades que se encontram ao nosso lado e ao nosso redor todos os dias e noites da nossa vida de cada hora, minuto e segundo.
Hermeneutizar é próprio da pessoa humana em geral.
Interpretar é o sentido da vida e a razão de existir.
Para isso fomos feitos.
14. Fé, Razão e Interpretação
É Natural o homem e a mulher terem fé.
Uma fé natural em Alguém Superior, Ser Supremo, Pensamento Maior e Existência Melhor do que a nossa natureza humana pode suportar dentro de seus limites propriamente naturais.
Igualmente, a pessoa humana em geral se utiliza dessa fé natural que ela possui para poder acreditar não apenas em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, mas também nas boas coisas da vida, no bem e na paz, na fraternidade e na solidariedade, em coisas que lhe atraem e em objetos que lhe são agradáveis e favoráveis, nos amigos que conhecem e nos familiares que lhe dão abrigo e o necessário para viver e existir, nas situações saudáveis que a vida tem e nas circunstâncias de amor e vida que o cotidiano lhe apresenta, nos momentos de alegria e de prazer, de saúde e bem-estar, de otimismo e felicidade, nas condições e relações de trabalho e de família que lhe oferecem alto-astral e uma auto-estima elevada, enfim, em tudo aquilo que é vida e que existe como reflexo e manifestação desse Alguém Supremo e Superior a tudo e a todos que chamamos de Senhor Deus, Princípio da Vida e Sentido da Existência.
Do mesmo modo, essa fé natural serve de suporte ao nosso pensar, ser e existir.
Ela de fato é o fundamento da nossa racionalidade.
A partir dessa fé natural, articulamos nossos raciocínios, sustentamos nossos pensamentos, desenvolvemos nossos argumentos, empreendemos nossas retóricas, baseamos nossa lógica, originamos nossa dialética, defendemos nossa eustática de vida, advogamos a insofismática de nossas boas idéias e bons conhecimentos, garantimos a nossa boa ética comportamental e seguramos firme e fortemente a nossa boa espiritualidade natural.
Sendo assim, a fé fundamenta não só a nossa racionalidade como ainda a nossa hermenêutica de vida e a nossa interpretação dos fenômenos cotidianos, dos fatos e acontecimentos do dia a dia.
Logo, a fé é indispensável ao pensamento interpretador da realidade humana, natural e cultural, global e diferencial, integral e universal, tornando-se com efeito o grande princípio da razão, origem do processo inteligente de racionalização de nosso cérebro, com o qual construimos a cultura, a política e a economia, a sociedade e o cotidiano da nossa vida, o ser e o saber, o pensamento e a existência, o corpo material e a alma espiritual, a ética e o conhecimento, a moral e a espiritualidade, a ciência e a tecnologia, a arte e a filosofia, o tempo e o espaço, a história e a eternidade.
Graças a essa fé natural do ser humano, dom de Deus às suas criaturas, é possível pensar e raciocinar com lógica e dialeticamente.
Assim nasce a nossa interpretação pessoal acerca dos seres e das coisas reais e atuais.
Acreditando pois produzimos nossos pensamentos de vida e realizamos nossas interpretações da realidade.
15. O Exame da Realidade
Ao examinarmos uma determinada realidade local, regional ou global, histórica, temporal e atual, o fazemos de modo crítico ou dialético, eustático ou insofismático, investigando suas origens momentâneas, situacionais e circunstanciais, seu contexto social, político, econômico e cultural, sua língua própria e suas linguagens simbólicas, textuais, imaginárias, sonoras e visuais, sua formação colonial, imperial e republicana quando houverem, seu fluxo esportivo, artístico e recreativo, seu complexo filosófico, científico e tecnológico, seus valores morais e suas virtudes éticas e religiosas, seu progresso material e espiritual, sua evolução física e mental, seu crescimento como realidade ordenada, disciplinada e organizada, sua sociedade naturalmente constituida e culturalmente desenvolvida, seus moradores e trabalhadores com seus grupos, comunidades e coletividades, sindicatos e associações, seu povo civil e militar, sua gente infantil e adolescente, jovem e adulta, idosa e mais velha, de aposentados e pensionistas, de homens e mulheres, de pobres e crianças, igualmente suas atividades e opções sexuais, seu quadro de saúde alimentar, suas doenças, moléstias e enfermidades, o bem-estar de sua população e o bem-comum de seus indivíduos e pessoas, suas fontes energéticas(solar, eólica, térmica, elétrica, hídrica, petrolífera, gás natural, biocombustíveis e etanol a partir do milho e da cana de açúcar, da soja e da beterraba), seus sistemas de transportes e locomoção, seus canais de mídia e comunicação social, sua estrutura de internet e informática, de rádio e televisão, de jornais, livros e revistas, de telefone fixo e celular, sua infra-estrutura de água e esgoto e saneamento básico, de gás e luz, de fogão e geladeira, seu setor imobiliário em evolução, seu cotidiano de ruas e avenidas, farmácias e jornaleiros, botequins e padarias, quitandas e armazéns, shoppings e supermercados, enfim, toda a sua mecânica diária de desenvolvimento cuja visão total ou parcial certamente haverá de nos ajudar na interpretação hermenêutica dessa realidade de vida experimentada em nosso dia a dia.
16. O Foco da Intencionalidade
O Sujeito que interpreta uma definida realidade o faz tendo como objetivo final uma certa intencionalidade, a qual dirige o caminho da interpretação focalizando o seu conteúdo conforme os fins ora almejados.
Buscar esses fins é a meta da hermenêutica que usa os mais diversos mecanismos para alcançá-los, seja através de sínteses concisas ou de análises precisas.
Na verdade, a boa intencionalidade empreendida e seus objetivos almejados trabalham construindo metas a serem alcançadas, em função das quais têm origem a matéria estudada, a realidade examinada, o conhecimento gerado, o conteúdo produzido e a racionalidade investigadora que, por meio de sínteses e análises bem feitas, é a responsável por todo esse repertório cultural inteligente criado justamente a partir da ciência dos fins desejados ou da boa intencionalidade querida.
Desse modo, de acordo com as boas intenções observadas acontece o processo investigativo e interpretativo com o qual se vai construindo o seu conteúdo de conhecimento de qualidade.
Por conseguinte, os objetivos definidos, ou as boas ou más intenções em jogo, determinarão a qualidade da interpretação e a excelência de seu conteúdo processado.
Sim, realmente, a intencionalidade é o foco da interpretação do qual dependem a perfeição ou a imperfeição hermenêutica.
17. O Clima Hermenêutico
e o Ambiente Interpretativo
O Mundo da Interpretação é rico em diferentes possibilidades identificadas com os diversos pontos de vista que se pode construir, as várias opiniões que são aceitas, as novas visões de mundo e de sociedade que são geradas, os muitos olhares sobre a realidade que são produzidos, as outras observações que se visualizam, enfim, um universo investigativo tal que posturas contrárias se chocam e posições adversas entram em conflito, todas essas sintetizadas em novas teses que por sua vez adquirem outras tantas antíteses gerando os mais interessantes e importantes campos de interpretação, em um esforço de lógica do pensamento, de crítica do conhecimento e dialética das alternativas de discernimento conjugados em um quadro hermenêutico único que engloba em si todos os diferenciais interpretativos e investigativos da realidade observada.
Tal ambiente de tendências múltiplas e possibilidades diversas, de opções variadas e alternativas semelhantes mas não iguais configura a região hermenêutica analisada onde a realidade observada e suas construções racionais integram o conteúdo de conhecimento abstraido e apreendido.
Nesse meio de aberturas, novidades e liberdades se encontram as condições indispensáveis ao surgimento da boa interpretação, garantia de segurança para as racionalizações assumidas e consolidadas.
Esse o meio-ambiente da Ciência do Pensamento Interpretativo.
18. A Ótica da Vida
No modo de olhar sempre positivo, otimista e construtivo - e jamais destruidor – que as criaturas humanas mantêm em relação à vida de cada dia, dando-lhe pois um caráter evolutivo e progressivo, construtor de novas possibilidades e alternativas de sucesso, de crescimento interior e exterior, de desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, de sua criatividade original carregada de imensos dons, carismas e talentos, propiciando então sua satisfação vocacional e sua realização profissional, o que, de certa maneira, pensando positivamente e com sua auto-estima elevada, seu alto-astral e otimismo animador de comunidades, motivador de grupos e indivíduos, incentivador de pessoas que geram ambientes de amizades e generosidades, fraternidades e solidariedades, enfim, nesse comportamento cotidiano produtor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, onde quase todos se sentem de bem com a vida, gozando assim das boas coisas que a vida tem, a partir é claro de uma experiência de fé em Deus em que fazem da oração seu remédio existencial e espiritual, confiando nesse Senhor e acreditando nesse Deus de forma absoluta, sem reservas e sem reticências, sem ignorância e sem irresponsabilidade, está portanto a Ótica da Vida que cada ser humano em geral traz dentro de si, criadora de liberdade e felicidade para todos e cada um dos que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que vivemos.
19. O Detalhe e a Diferença fazem
a Essência do Ponto de Vista
O que mais caracteriza a interpretação de um grupo ou de um indivíduo é a sua vocação natural de ser diferente em cada sujeito humano, com detalhes próprios que a personalizam, com particularidades que a determinam, com singularidades que a definem no meio da sociedade deste mundo em que vivemos.
Detalhar a opinião e diferenciar a interpretação, eis a essência fundamental do ponto de vista articulado por uma pessoa humana que tenta explicar uma situação vivida, ou deseja argumentar em favor das idéias que defende, ou procura
mostrar como suas certezas e suas verdades têm princípios básicos que sustentam o seu discurso, ou quer apresentar as fontes originais de onde surgiram seus conhecimentos agora visualizados.
Essencialmente, o ponto de vista é feito de detalhes que o diferenciam de outras opiniões.
Substancialmente, a interpretação é constituida de diferenças que a fazem divergir ou convergir para outras visões da realidade.
Todavia, nunca as opiniões são iguais embora aparentemente tenham o mesmo sentido.
Assim, observa-se que os discursos humanos, na sua essência, são divergentes ainda que possam convergir na sua aparência retórica ou argumentativa.
20. Fundamentação da Opinião
Para que uma definida opinião tenha bases científicas, ela precisa ser bem fundamentada tanto na sua parte teórica como no seu lado prático. Ou seja, em outras palavras, o ponto de vista de uma determinada pessoa quando enraizado em fontes conscientes em que são aprovadas pelo uso do bom-senso comum ratificado pela sociedade humana, ou confirmadas pela experiência da realidade cotidiana, apresentando pois origens sensíveis e inteligíveis, concretas e abstratas, objetivas e subjetivas, então, nesse instante, aqui e agora, pode ser admitido como possuindo um caráter científico, já que seus fundamentos podem ser considerados de fato universais, necessários, fundamentais, reais e atuais.
Fundamentando nossas interpretações pessoais ou coletivas adquirimos nesse momento diante da comunidade humana lealdade, legalidade e legitimidade, verdadeira credibilidade perante o juizo da sociedade e o tribunal da humanidade, o que na verdade nos possibilita créditos perante as autoridades constituidas, aprovação automática da parte de seus representantes institucionais ou não, confiabilidade para a propagação de seu repertório cultural, sustentabilidade para a assimilação por parte de outros membros da coletividade, e produtividade pensante, discernente e cognoscente por parte daqueles que assumem um compromisso responsável com suas soluções então cabíveis, possíveis e viáveis.
21. A Genética da Interpretação
Interpretar é um desejo humano e uma necessidade natural.
Dentro da sociedade, na família ou no trabalho, na rua ou no supermercado, na escola ou no hospital, no botequim ou na padaria, na farmácia ou no jornaleiro, estamos sempre manifestando a nossa opinião, ou explicando o nosso ponto de vista, ou apresentando a nossa visão da realidade, ou mostrando como interpretamos os fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais, ou como olhamos os seres e as coisas com que convivemos e mantemos contato, ou como visualizamos nossas idéias e as idéias dos outros.
O Fenômeno da interpretação é algo essencial à natureza humana, que, com sua reflexão pensante, discernente e cognoscente, ajuda o mundo a evoluir em suas bases reais e atuais, temporais e históricas, locais, regionais e globais, propicia progresso às consciências e desenvolvimento às suas experiências cotidianas, faz crescer a natureza e o universo, a sociedade e a humanidade, dando-lhes condições de obter maior e melhor saúde e bem-estar individual e coletivo.
De fato, a reflexão interpretativa nos ajuda a resolver os nossos problemas e a solucionar as nossas interrogações existenciais, materiais e espirituais, a satisfazer os nossos desejos humanos e a realizar as nossas necessidades naturais.
O Desejo interpreta e a necessidade explica o que é possível para a natureza humana.
Eis as origens da interpretação.
22. As características de
uma boa observação
Fazer uma boa observação, analisar um determinado aspécto da realidade, interpretar um fato novo ou um acontecimento diferente dentro do contexto histórico em que vive atualmente, visualizar bem as diversas faces do momento real ou da situação presente em que se encontra, eis algumas das circunstâncias filosofáticas que, para serem bem articuladas e desenvolvidas, necessitam de alguns caracteres que tornam a realidade hermenêutica bem definida e bem fundamentada em sua construção interpretativa. Vejamos alguns desses caracteres:
a) a interpretação deve basear-se em detalhes e diferenças, singularidades e particularidades descobertas pelo hermeneuta no interior da realidade analisada
b) o conjunto do discurso interpretativo e suas partes conectadas umas às outras devem ter uma intencionalidade própria e ao mesmo tempo objetivos finais a serem alcançados
c) o conteúdo de conhecimentos interpretativos segue interesses e intenções que o intérprete levanta para chegar aos resultados esperados de sua síntese e análise hermenêuticas
d) o ambiente da interpretação deve ser orientado pelo discernimento entre boas e más idéias, pela construção otimista e positiva, ou negativa e pessimista, de quem realiza a observação da experiência real cotidiana, base fundamental de toda e qualquer boa e verdadeira interpretação
e) a pesquisa hermenêutica e suas hipóteses e experiências interpretativas devem seguir o modelo ético comportamental do cientista filosofático, seus paradigmas de fé e espiritualidade natural, e sua transparência de bons conhecimentos, sentimentos e comportamentos
f) A Realidade da experiência cotidiana é o fundamento da análise e pesquisa filosofática, de onde se constróem suas conclusões positivas e otimistas, as respostas aos grandes questionamentos, dúvidas e incertezas de caráter real e racional, e as soluções necessárias para a gigantesca problemática da vida humana, natural e cultural
g) O Repertório de assuntos, conteúdos, idéias e conhecimentos a serem observados deve ser bastante variado e diverso, sempre novo e diferente, ainda que outras realidades e discursos tradicionais ou não possam ser examinados
h) Todo e qualquer exame filosofático precisa ser bem fundamentado, repousar em bases sólidas de conhecimento e discernimento, com os quais os instrumentos da interpretação podem ser usados com sucesso, prosperidade e tranquilidade
Eis pois algumas características da boa interpretação da realidade do dia a dia de nossas vidas humanas, que se sustentam verdadeiramente a partir da hermenêutica que empreendemos no contexto temporal e histórico, real e atual em que vivemos e existimos hoje aqui e agora em nosso presente e futuro.
23. Discernimento: a ferramenta
da interpretação
Ao se construir o conhecimento e seu conteúdo em forma de outras, novas e diferentes idéias, símbolos e valores, se utiliza da nossa capacidade de discernir os seres e as coisas e seus detalhes diversos e suas diferenças variadas para se obter a perfeita hermenêutica, uma boa qualidade de interpretação sobre a realidade dentro e fora de nós e uma excelente potencialidade de observação dos fenômenos da história cotidiana e seus fatos diários e acontecimentos sempre relativos à natureza humana e seu universo de realidades reais e racionais, conscientes e experienciais, e mesmo irracionais e inconscientes e irreais, frutos da imaginação descontrolada e sem domínio que articula pensamentos dialéticos sem lógica e coerência retórica e argumentativa.
Discernindo as palavras e as ocorrências mentais e temporais, e analisando suas boas possibilidades de interpretação, relativiza-se o conhecimento e faz-se da verdade um processo em construção permanente e progressiva, gerando-se então certezas dinâmicas e processuais que culminam com a obtenção de uma ótima hermenêutica de qualidade e excelência reconhecidas.
24. Fazer bem a diferença
Para que uma boa hermenêutica seja realizada e sua consequente interpretação das coisas tenha sucesso garantido é necessário um ótimo discernimento espiritual a partir de que se faça a devida diferença entre os seres que compõem o ambiente interpretativo.
De posse desses dados, então, o ponto de vista surge bem equilibrado, com bastante conteúdo de conhecimento, sempre detalhando em si, de si e para si, o que é certo e correto, distinguindo-o do que é duvidoso e não aceitável naquele preciso momento onde o pensamento discernindo os fenômenos da consciência constrói a sua opinião bem fundamentada, efeito de um raciocínio bem detalhado e bem diferenciado no que concerne aos objetos da análise hermenêutica sustentada.
Tal clima diferencial, que possibilita o processo interpretativo, constitui a fonte de detalhes responsáveis pelo bom discernimento de espírito.
Nesse movimento detalhador de palavras e diferenciador de mensagens, acontece o discurso hermenêutico e sua dinâmica interpretativa, em função de que é gerado o conhecimento analisado, e se obtêm as raizes de seu repertório de conteúdos e as consequências de sua reflexão contextual de acordo com o tempo e o lugar onde ele se manifesta.
Fazendo sempre a diferença certa, reta e correta é possivel um bom discernimento, razão de um ótimo conhecimento, fundamentos de uma razoável análise interpretativa, sentido da Ciência Hermenêutica.
25. A Verdade é Relativa
Toda e qualquer verdade construida no interior da experiência real humana e cotidiana é sempre relativa a mim. Pois então não existe a verdade, mas a minha verdade.
Observamos assim que os nossos conhecimentos obtidos no dia a dia da nossa vida, as idéias criadas e os valores concebidos, as imagens produzidos e os símbolos gerados, os interesses em jogo e as intenções propostas, as virtudes éticas e as vivências espirituais, existem sempre em função de mim mesmo.
Até o Sol, astro celeste, que brilha e esquenta o tempo e os espaços em volta de si próprio, têm sua luz e calor voltados para a minha pessoa, porque sou eu, cada sujeito em particular, que percebe que o Sol ilumina a mim e para mim, me abrasa e me fortalece, e nessa percepção de cada eu e de todos nós tem sentido a Fogo do Sol, cuja energia de vida funciona para mim e para cada ego, transformados em nós, razão da luz do Sol e sentido do seu Fogo enérgico.
Como também um determinado acontecimento social ou um definido fenômeno cotidiano, como por exemplo uma partida de futebol no Maracanã entre Flamengo e Vasco da Gama, no próximo domingo de tarde, somente existe ou tem razão de ser em referência ao meu eu, na relação que o jogo tem comigo, e generalizando a todos nós torcedores do Vasco e do Flamengo.
De fato, a verdade é relativa.
Ela é relativa a mim.
Ela se relaciona comigo.
Mentém sempre uma referência ao meu ego, a nós, aos nossos egos.
Tal o sentido da verdade e suas certezas dependentes da visão que eu tenho delas, pois precisam da minha interpretação de seus “fatos conscientes” que se dão a mim e a nós, que necessitam do meu olhar sobre elas, a fim de que eu as examine e avalie e então as considere ou não realidades autênticas e transparentes.
Logo, a verdade depende de mim.
Da minha racionalidade interpretadora de suas ocorrências em minha mente.
Da minha ótica interpretativa, portanto, depende a verdade da realidade e suas certezas fenomenais que se ligam a mim e de mim recebem a devida aprovação no que se refere a sua autenticidade real e transparência racional.
Com efeito, o que na realidade existe é a ideologia de Karl Marx, o niilismo de Nietszche, a teoria da relatividade de Einstein, o existencialismo de Sartre, a fenomenologia de Heidegger, o governo de Lula, o presidencialismo de Getúlio Vargas, os massacres de Hittler, o incêndio de Nero, a psicanálise de Freud, a teoria do inconsciente de Young, a filosofia de Deleuze, o realismo de Aristóteles, o iluminismo de Rousseau, o musical de Bethoven, e assim por diante.
De certo modo, as idéias antes são individualistas, personalizadas, e depois se tornam plurais, globais e universais.
Como também surgem de debates e discussões críticas e dialéticas.
Todavia, sobretudo são pessoais.
Relativas a mim.
Assim pois se constitui e sobrevive a verdade em nosso contexto social, político, econômico e cultural.
Depende por conseguinte do nosso ponto de vista.
Igualmente, Deus tem também a sua própria noção de verdade e visão da realidade.
Existem as verdades de Deus.
Relativas a Deus.
Em referência ao Senhor.
Desse modo, funcionam a vida, a natureza e o universo.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
EaD
EaD
Ensino a Distância
Uma oportunidade para todos
Uma alternativa para muitos
Uma necessidade para alguns
A Problemática Educacional real e atual brasileira e a emergência do EaD no tempo e na história das práticas pedagógicas em vigor neste país como solução urgente para as dificuldades de aprendizagem por parte da maioria de nossos estudantes
A crescente crise das aulas presenciais no contexto do ensino universitário no Brasil faz soar bem alto os problemas reais e atuais da Educação Brasileira contemporânea, para os quais contribuem efetivamente as mudanças velozes e repentinas de nossas sociedades, as contrariedades econômicas e financeiras de muitos grupos e indivíduos, a exclusão social e a marginalização política de grande parte dos estudantes ativos, o ativismo descontrolado e a cultura do descartável de grandes massas de populações, submetidas ao desequilíbrio moral e espiritual de seus líderes, partidos e elites, o que reflete profundamente nas orientações pedagógicas que todos os Profissionais da Educação anseiam por direcionar aos seus colegas de trabalho, funcionários de instituições públicas e privadas e é claro os alunos e alunas dos cursos superiores do Brasil.
Esses antagonismos culturais da sociedade brasileira e a necessidade de um novo e diferente olhar pedagógico sobre as questões educacionais e suas interrogações mais agudas entre outros sintomas de dificuldade nessa área fez surgir, como uma indispensável alternativa para o Brasil, o EaD, que não deve é óbvio substituir a presença do estudante em sala de aula todavia complementar os seus conhecimentos até então adquiridos, enriquecer as suas idéias e seus conteúdos carregados de repertório cultural e aperfeiçoar os modelos pedagógicos que no momento presente tratam desse assunto a nós peculiar.
Muitas vantagens encontramos no EaD tais como a autonomia do aluno, a liberdade de opções, a elevação de sua auto-estima, o seu esforço de superação tendo em vista metas e resultados a serem alcançados, a sua livre iniciativa em dirigir o seu próprio curso de capacitação profissional ou de graduação universitária, a alternativa de tempo e lugar para estudar, sem esquecer o compromisso social que deve ter com as regras do ensino e as normas da universidade às quais precisa obedecer se é que aspira por chegar ao fim da caminhada.
Sinceramente, não vejo débitos ou prejuízos para quem escolhe o EaD.
Parece até que a Didática fica mais inteligente, a programação das aulas mais racional, o exame das matérias e disciplinas disponíveis mais equilibrado.
Creio que o EaD é e será daqui por diante um imenso crédito para o Brasil.
Créditos como uma Pedagogia mais realista e atualizada para a Educação Brasileira, a conscientização do povo brasileiro para a importância do ensino online e via internet, a libertação de preconceitos culturais em relação às urgentes necessidades de renovação de nossos modelos educacionais, o discernimento das diferentes práticas pedagógicas, o progresso do país nesse setor ainda tão carente de verbas e recursos financeiros, a qualificação das aulas ministradas pelos professores, a dignificação do magistério e demais profissionais ligados a esse campo, a melhoria das condições e relações trabalhistas entre patrões e empregados, o maior desempenho dos estudantes na sociedade, o bom relacionamento social e familiar da parte dos envolvidos, e o ótimo comportamento ético e espiritual que se pode esperar de todos.
Certamente, o EaD vai dar certo no Brasil, como vem acontecendo em outras nações no mundo inteiro.
Somente a sabedoria do tempo mostrará para nós a verdadeira identidade do EaD no Brasil.
Enquanto isso, vamos lutando para que a Educação Brasileira nessa área tenha já os razoáveis e positivos resultados esperados.
Sem batalha, não se vence a guerra.
Ensino a Distância
Uma oportunidade para todos
Uma alternativa para muitos
Uma necessidade para alguns
A Problemática Educacional real e atual brasileira e a emergência do EaD no tempo e na história das práticas pedagógicas em vigor neste país como solução urgente para as dificuldades de aprendizagem por parte da maioria de nossos estudantes
A crescente crise das aulas presenciais no contexto do ensino universitário no Brasil faz soar bem alto os problemas reais e atuais da Educação Brasileira contemporânea, para os quais contribuem efetivamente as mudanças velozes e repentinas de nossas sociedades, as contrariedades econômicas e financeiras de muitos grupos e indivíduos, a exclusão social e a marginalização política de grande parte dos estudantes ativos, o ativismo descontrolado e a cultura do descartável de grandes massas de populações, submetidas ao desequilíbrio moral e espiritual de seus líderes, partidos e elites, o que reflete profundamente nas orientações pedagógicas que todos os Profissionais da Educação anseiam por direcionar aos seus colegas de trabalho, funcionários de instituições públicas e privadas e é claro os alunos e alunas dos cursos superiores do Brasil.
Esses antagonismos culturais da sociedade brasileira e a necessidade de um novo e diferente olhar pedagógico sobre as questões educacionais e suas interrogações mais agudas entre outros sintomas de dificuldade nessa área fez surgir, como uma indispensável alternativa para o Brasil, o EaD, que não deve é óbvio substituir a presença do estudante em sala de aula todavia complementar os seus conhecimentos até então adquiridos, enriquecer as suas idéias e seus conteúdos carregados de repertório cultural e aperfeiçoar os modelos pedagógicos que no momento presente tratam desse assunto a nós peculiar.
Muitas vantagens encontramos no EaD tais como a autonomia do aluno, a liberdade de opções, a elevação de sua auto-estima, o seu esforço de superação tendo em vista metas e resultados a serem alcançados, a sua livre iniciativa em dirigir o seu próprio curso de capacitação profissional ou de graduação universitária, a alternativa de tempo e lugar para estudar, sem esquecer o compromisso social que deve ter com as regras do ensino e as normas da universidade às quais precisa obedecer se é que aspira por chegar ao fim da caminhada.
Sinceramente, não vejo débitos ou prejuízos para quem escolhe o EaD.
Parece até que a Didática fica mais inteligente, a programação das aulas mais racional, o exame das matérias e disciplinas disponíveis mais equilibrado.
Creio que o EaD é e será daqui por diante um imenso crédito para o Brasil.
Créditos como uma Pedagogia mais realista e atualizada para a Educação Brasileira, a conscientização do povo brasileiro para a importância do ensino online e via internet, a libertação de preconceitos culturais em relação às urgentes necessidades de renovação de nossos modelos educacionais, o discernimento das diferentes práticas pedagógicas, o progresso do país nesse setor ainda tão carente de verbas e recursos financeiros, a qualificação das aulas ministradas pelos professores, a dignificação do magistério e demais profissionais ligados a esse campo, a melhoria das condições e relações trabalhistas entre patrões e empregados, o maior desempenho dos estudantes na sociedade, o bom relacionamento social e familiar da parte dos envolvidos, e o ótimo comportamento ético e espiritual que se pode esperar de todos.
Certamente, o EaD vai dar certo no Brasil, como vem acontecendo em outras nações no mundo inteiro.
Somente a sabedoria do tempo mostrará para nós a verdadeira identidade do EaD no Brasil.
Enquanto isso, vamos lutando para que a Educação Brasileira nessa área tenha já os razoáveis e positivos resultados esperados.
Sem batalha, não se vence a guerra.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
A Idéia de Deus
A Idéia de Deus
A Consciência humana e a construção histórica
das diferentes visões-de-Deus no interior da humanidade
Primórdios
Deus é uma idéia ?
Ou Deus é uma realidade ?
Deus é uma Energia ?
O Pensamento ?
Uma possibilidade ?
Deus criou o homem, ou o homem criou Deus ?
O Fato é que no decorrer da história da humanidade até os dias atuais o ser humano em geral tem criado na sua própria consciência uma certa imagem de Deus, à qual dá existência, ou então simplesmente a nega e ignora.
Para os que acreditam em Deus, Ele é uma garantia de fé, uma segurança de vida, sobre as quais se apóiam, e abraçam-nas como sua tábua de salvação nesta vida.
Para os que não têm fé, os ateus, Ele não existe, e por isso cotidianamente o negam, o contrariam, o ignoram e o contradizem, ainda que possa ter a possibilidade de existir, segundo eles.
E para nós quem é Deus ?
Ou ainda o que é Deus ?
Deus, na verdade, é uma realidade, todavia essa realidade tem muitos nomes diferentes, ou pode ser interpretada de diversas maneiras, como se observa no movimento tempo-espacial e histórico da vida das sociedades humanas, em todos os tempos e lugares, desde seus princípios mais remotos até os dias de hoje.
É o que veremos de agora em diante.
A Imagem de Deus no tempo e na história
1) Os Povos Antigos e sua representação da idéia de Deus ( Séc. antigos a.C. até o Séc. IV d.C.)
a) O Povo da China
Os Chineses, seguidores e admiradores de Confúcio, fundador do Confucionismo, de tradição milenar, têm uma cultura onde a experiência de vida – os mais velhos – desenha toda e qualquer forma de religiosidade ou divindade. Ou seja, a possibilidade de um deus eterno combinaria certamente com idéias e ideais voltados para a temporalidade, eternidade, experiência, tradição, fundamentalismo cultural, radicalismo ético e moral. Deus então é o Senhor mais velho, com quem devemos aprender a grandes lições da vida.
b) O Povo da Índia
Os Indianos buscam basicamente em Sidarta Gautâmi, o Buda, fundador do Budismo, seu Modelo de Religião ou Filosofia religiosa, com fortes apelos para a ordem, a paz e a organização da mente, de onde certamente o deus indiano viria, nela se apoiaria e em função dela construiria seu pensamento e suas atividades e atributos fundamentais.
c) O Povo do Egito
Os Egípcios e seus Faraós propunham uma imagem divina que se formatava e configurava com o poder que seus governantes tinham diante do seu povo. Ou seja, deus no céu e o faraó na terra. Sua política se identificava com sua religião. Políticos e religiosos eram a mesma coisa, possuíam os mesmos cargos e as mesmas funções.
d) O Povo da Mesopotâmia
Os Mesopotâmios, cuja religiosidade, culto e divindade sacralizavam-se em regimes politeístas, viviam e conviviam em uma sociedade confusa, quase que alheia às suas estruturas políticas, as quais quase sempre misturavam-se com sua religiosidade. Vários deuses fundamentavam as atividades cotidianas do povo mesopotâmico, cujo dia-a-dia complicava-se e se confundia com cultos sacrais, liturgias obscuras, deuses estranhos e uma religiosidade que servia de base para a dominação, a exploração e a escravidão do povo pelo poder então reinante.
e) O Povo da Fenícia
Os Fenícios, com suas atividades marítimas, comerciais e mercantilistas, geraram um Modelo de Deus cuja identidade relacionava-se com um Deus Ativista, Trabalhador, Empreendedor, Comerciante que desejava o crescimento, o progresso e o bem-estar do seu povo.
f) O Povo da Pérsia
Os Persas, principalmente com Dario a frente do seu povo, e seu paradigma ético e moral de governar os seus, estenderam seu domínio idealizando um deus moralmente elevado e eticamente dominador. Por conseguinte, o deus persa era de uma fortaleza de virtudes tal que tornava a população persa combatente de ideologias influenciadas pelos vícios e decadências morais, corrupção ética e comportamentos aberrantes.
g) O Povo dos Hebreus
Os Hebreus, Judeus ou Israelitas acreditavam em uma religião monoteísta cujo Deus único, soberano, Todo-Poderoso, Onipotente, prometeu, com diversos sinais dos tempos, um Messias, Jesus Cristo, que seria o Salvador do mundo e o Redentor da humanidade. O Povo desde então esperava ansiosamente a chegada do Messias, o Rei Santo de Israel.
h) O Povo dos Caldeus
Os Caldeus misturavam religião com todos os campos da atividade humana, na qual os deuses infiltravam-se, inseriam suas vontades e incluiam seus desejos. Ora, esses deuses nada mais eram do que uma forma dos poderosos exercerem seu domínio sobre o povo escravo, dependente e explorado.
i) O Povo da Babilônia
Os Babilônicos, sobretudo no tempo do Rei Nabucodonozor, semelhantes aos seus vizinhos, desenvolviam uma religiosidade igualmente confusa e complicada cujo regime também se oferecia como instrumento de dominação e exploração do povo então escravo, prisioneiro e dependente. Os deuses trabalhavam para o Rei.
j) O Povo da Grécia
Na Mitologia Grega se desenhavam os deuses da Grécia Antiga. Seus mitos, deuses antropomórficos, em forma de gente humana, comungavam, se identificavam e participavam do cotidiano grego, da sua realidade do dia-a-dia, onde a ética e a política de Atenas e outras cidades gregas tinham um papel privilegiado na cultura da época.
k) O Povo de Roma
A Cultura Romana - instável, inconstante e perambulante do ponto-de-vista religioso – possuía uma estrutura política forte e militarmente quase invencível, contudo bastante flexível e acomodada quanto ao seu interesse em aculturar, colonizar, manipular e monopolizar outros povos subalternos, mais fracos e derrotados em seus conflitos guerreiros contra o Poder de Roma, ao ponto de seus líderes imperadores, entre eles César Augusto, Marco Aurélio e Nero, desenvolverem um ideal cultural que suportava, e até apoiava, os cultos religiosos daqueles povos e nações submetidas aos imperadores romanos. Prevaleceu então portanto em Roma e em seus vizinhos o culto de diferentes religiões monoteístas e politeístas. Tal era a estratégia política de dominação e sujeição do Poder Romano. Uma política forte, mas tolerante quanto aos cultos religiosos.
2) Deus no Mundo Medieval ( Séc. IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
No período medieval, tempo da Cristandade, sob a influência da Igreja Católica construiu-se um Modelo de Deus chamado Santíssima Trindade – Deus uno e trino – onde 3 pessoas formavam uma mesma natureza divina: o Pai Criador da Vida; o Filho, Jesus Cristo, Salvador do Mundo e Redentor da Humanidade: e o Espírito Santo Santificador da Igreja Católica, também chamada de Povo de Deus Peregrino sobre a Terra.
3) Deus visto pela Modernidade ( Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
A Idade Moderna tem início com diversos movimentos, tais como, a Reforma Protestante(contrária a muitos princípios da Igreja Católica), o Mercantilismo(nascido da burguesia da Idade Média), o Renascimento e o fluxo de idéias e ideais do Iluminismo – igualdade, liberdade e fraternidade – que culminaram na Revolução Francesa (1789). Tais movimentos mostraram uma nova visão-de-mundo, de homem e de sociedade. E consequentemente, uma nova visão-de-Deus. Deus era algo ou Alguém Racionalista, Científico, Tecnológico, que Projetara o homem e a mulher, a Terra, a Natureza, a Criação e o Universo, para crescerem e evoluirem infinitamente e assim serem eternamente livres e felizes. Ou seja, quando a deusa-Razão ocupa o lugar de Deus na Catedral de Notre Dame, em Paris, apresentava-se ao mundo inteiro o deus humano que o homem e a mulher projetaram para substituir o Deus Imortal, Real e Tradicional. Desde então, o Materialismo propagou-se internacionalmente sob a influência do Racionalismo e do Cientificismo modernos.
4) Como os contemporâneos imaginam a realidade divina ( Séc. XVIII d.C. até os nossos dias atuais )
A Revolução Francesa(1789), a Revolução Industrial(Inglaterra), o Partido Comunista fundado por Karl Marx e Engels, o Existencialismo(França e Alemanha), o Cientificismo(a Ciência como critério de verdade), os Meios de Comunicação Social, a ascensão da Ciência e da Tecnologia, o Rádio e a Televisão, o Telefone Celular, a Era da Informática(Computador,Internet), o Humanismo e o Historicismo(uma nova consciência do homem, do mundo, do tempo e da história), a multiplicação de seitas e diferentes credos religiosos, a abertura e renovação da Igreja Católica com o Concílio Vaticano II, ao lado do crescente ideal ateísta, relativista, indeterminista, ceticista, niilista e individualista – características do tempo atual – condicionaram, por um lado, a boa-fé do ser humano, e, por outro lado, a indiferença, a negação e a impossibilidade da existência de Deus no meio da sociedade contemporânea. Hoje, portanto, o mundo humano, natural e cultural está dividido entre ateus e não-ateus.
5) Deus nos dias de hoje ( Séc. XX e Séc. XXI )
Atualmente, como em toda a trajetória da vida da humanidade, a idéia de Deus parece subordinada e dependente da visão-de-mundo, de homem, de mulher e de sociedade, características, em todos os tempos e lugares da história humana, da produção cultural, racional ou não, que o ser humano constrói dentro da sociedade deste mundo temporal e histórico no qual vivemos.
Em outras palavras, o homem e a mulher dão origem à idéia de Deus. E por conseguinte, segundo tal ponto-de-vista humano, Deus, hoje, é Global e Diferencial. De acordo com a visão de cada um e a mentalidade desenhada em toda a sociedade, Deus pode ser individualizado ou generalizado. Obedece pois às diferenças de cada pessoa humana como também acontece na consciência ou inconsciência coletiva geral de todas as sociedades humanas atuais. Deus pois é global e diferencial. Serve a todos e a cada um. É manipulado por todos e por cada um.
Restam-nos algumas questões que ainda não foram resolvidas pela humanidade global ou diferencial:
1)Deus criou o homem e a mulher, ou foi criado por eles no decorrer de toda a história das sociedades humanas atuais e tradicionais ?
2)Deus pode e deve ser manipulado, instrumentalizado e racionalizado pelo homem e pela mulher ?
3) Deus intervém ou interfere ou não na vida, na natureza, no universo e na história da humanidade ?
4) Deus tem ou não vida própria ?
5) Deus é real ou racional ? É realidade espiritual ou apenas um mero sonho metafísico da humanidade ?
6) Deus é apenas um boneco na mão do homem e da mulher, ou tem uma vida própria e pessoal, ou se identifica de fato com uma realidade espiritual consciente e natural, e verdadeiramente transcendente ?
Responda você mesmo a estas interrogações.
Finalização
A História da humanidade tem nos revelado que a visão cultural do homem e da mulher sobre as diferentes faces da realidade é que criou até hoje a idéia de Deus que mantemos em nossa consciência humana e natural. Todavia, uma pergunta oportuna nos interessa neste momento, aqui e agora: Idéia de Deus ou Realidade Divina ? Deus criou ou é criado pelo homem e pela mulher ?
Esta resposta deve ser dada por cada um de nós pessoalmente.
Logo, o debate e a reflexão permanecem.
A Luta continua.
Que o Senhor Deus nos ajude a compreendê-Lo.
Que o Senhor Deus nos ajude igualmente a entender a racionalidade humana, que interpreta a tudo e a todos. Falta-lhe, porém, ainda hoje, a humildade em conhecer a verdade e reconhecer de fato que Deus é a Razão Superior e a Inteligência Suprema, Autora da Vida, Criadora do homem e da mulher, Genitora da natureza e do universo, Senhora do tempo e da história, Deusa de toda a eternidade.
Que Ela, Deusa e Senhora, nos ajude e nos abençôe sempre.
A Consciência humana e a construção histórica
das diferentes visões-de-Deus no interior da humanidade
Primórdios
Deus é uma idéia ?
Ou Deus é uma realidade ?
Deus é uma Energia ?
O Pensamento ?
Uma possibilidade ?
Deus criou o homem, ou o homem criou Deus ?
O Fato é que no decorrer da história da humanidade até os dias atuais o ser humano em geral tem criado na sua própria consciência uma certa imagem de Deus, à qual dá existência, ou então simplesmente a nega e ignora.
Para os que acreditam em Deus, Ele é uma garantia de fé, uma segurança de vida, sobre as quais se apóiam, e abraçam-nas como sua tábua de salvação nesta vida.
Para os que não têm fé, os ateus, Ele não existe, e por isso cotidianamente o negam, o contrariam, o ignoram e o contradizem, ainda que possa ter a possibilidade de existir, segundo eles.
E para nós quem é Deus ?
Ou ainda o que é Deus ?
Deus, na verdade, é uma realidade, todavia essa realidade tem muitos nomes diferentes, ou pode ser interpretada de diversas maneiras, como se observa no movimento tempo-espacial e histórico da vida das sociedades humanas, em todos os tempos e lugares, desde seus princípios mais remotos até os dias de hoje.
É o que veremos de agora em diante.
A Imagem de Deus no tempo e na história
1) Os Povos Antigos e sua representação da idéia de Deus ( Séc. antigos a.C. até o Séc. IV d.C.)
a) O Povo da China
Os Chineses, seguidores e admiradores de Confúcio, fundador do Confucionismo, de tradição milenar, têm uma cultura onde a experiência de vida – os mais velhos – desenha toda e qualquer forma de religiosidade ou divindade. Ou seja, a possibilidade de um deus eterno combinaria certamente com idéias e ideais voltados para a temporalidade, eternidade, experiência, tradição, fundamentalismo cultural, radicalismo ético e moral. Deus então é o Senhor mais velho, com quem devemos aprender a grandes lições da vida.
b) O Povo da Índia
Os Indianos buscam basicamente em Sidarta Gautâmi, o Buda, fundador do Budismo, seu Modelo de Religião ou Filosofia religiosa, com fortes apelos para a ordem, a paz e a organização da mente, de onde certamente o deus indiano viria, nela se apoiaria e em função dela construiria seu pensamento e suas atividades e atributos fundamentais.
c) O Povo do Egito
Os Egípcios e seus Faraós propunham uma imagem divina que se formatava e configurava com o poder que seus governantes tinham diante do seu povo. Ou seja, deus no céu e o faraó na terra. Sua política se identificava com sua religião. Políticos e religiosos eram a mesma coisa, possuíam os mesmos cargos e as mesmas funções.
d) O Povo da Mesopotâmia
Os Mesopotâmios, cuja religiosidade, culto e divindade sacralizavam-se em regimes politeístas, viviam e conviviam em uma sociedade confusa, quase que alheia às suas estruturas políticas, as quais quase sempre misturavam-se com sua religiosidade. Vários deuses fundamentavam as atividades cotidianas do povo mesopotâmico, cujo dia-a-dia complicava-se e se confundia com cultos sacrais, liturgias obscuras, deuses estranhos e uma religiosidade que servia de base para a dominação, a exploração e a escravidão do povo pelo poder então reinante.
e) O Povo da Fenícia
Os Fenícios, com suas atividades marítimas, comerciais e mercantilistas, geraram um Modelo de Deus cuja identidade relacionava-se com um Deus Ativista, Trabalhador, Empreendedor, Comerciante que desejava o crescimento, o progresso e o bem-estar do seu povo.
f) O Povo da Pérsia
Os Persas, principalmente com Dario a frente do seu povo, e seu paradigma ético e moral de governar os seus, estenderam seu domínio idealizando um deus moralmente elevado e eticamente dominador. Por conseguinte, o deus persa era de uma fortaleza de virtudes tal que tornava a população persa combatente de ideologias influenciadas pelos vícios e decadências morais, corrupção ética e comportamentos aberrantes.
g) O Povo dos Hebreus
Os Hebreus, Judeus ou Israelitas acreditavam em uma religião monoteísta cujo Deus único, soberano, Todo-Poderoso, Onipotente, prometeu, com diversos sinais dos tempos, um Messias, Jesus Cristo, que seria o Salvador do mundo e o Redentor da humanidade. O Povo desde então esperava ansiosamente a chegada do Messias, o Rei Santo de Israel.
h) O Povo dos Caldeus
Os Caldeus misturavam religião com todos os campos da atividade humana, na qual os deuses infiltravam-se, inseriam suas vontades e incluiam seus desejos. Ora, esses deuses nada mais eram do que uma forma dos poderosos exercerem seu domínio sobre o povo escravo, dependente e explorado.
i) O Povo da Babilônia
Os Babilônicos, sobretudo no tempo do Rei Nabucodonozor, semelhantes aos seus vizinhos, desenvolviam uma religiosidade igualmente confusa e complicada cujo regime também se oferecia como instrumento de dominação e exploração do povo então escravo, prisioneiro e dependente. Os deuses trabalhavam para o Rei.
j) O Povo da Grécia
Na Mitologia Grega se desenhavam os deuses da Grécia Antiga. Seus mitos, deuses antropomórficos, em forma de gente humana, comungavam, se identificavam e participavam do cotidiano grego, da sua realidade do dia-a-dia, onde a ética e a política de Atenas e outras cidades gregas tinham um papel privilegiado na cultura da época.
k) O Povo de Roma
A Cultura Romana - instável, inconstante e perambulante do ponto-de-vista religioso – possuía uma estrutura política forte e militarmente quase invencível, contudo bastante flexível e acomodada quanto ao seu interesse em aculturar, colonizar, manipular e monopolizar outros povos subalternos, mais fracos e derrotados em seus conflitos guerreiros contra o Poder de Roma, ao ponto de seus líderes imperadores, entre eles César Augusto, Marco Aurélio e Nero, desenvolverem um ideal cultural que suportava, e até apoiava, os cultos religiosos daqueles povos e nações submetidas aos imperadores romanos. Prevaleceu então portanto em Roma e em seus vizinhos o culto de diferentes religiões monoteístas e politeístas. Tal era a estratégia política de dominação e sujeição do Poder Romano. Uma política forte, mas tolerante quanto aos cultos religiosos.
2) Deus no Mundo Medieval ( Séc. IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
No período medieval, tempo da Cristandade, sob a influência da Igreja Católica construiu-se um Modelo de Deus chamado Santíssima Trindade – Deus uno e trino – onde 3 pessoas formavam uma mesma natureza divina: o Pai Criador da Vida; o Filho, Jesus Cristo, Salvador do Mundo e Redentor da Humanidade: e o Espírito Santo Santificador da Igreja Católica, também chamada de Povo de Deus Peregrino sobre a Terra.
3) Deus visto pela Modernidade ( Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
A Idade Moderna tem início com diversos movimentos, tais como, a Reforma Protestante(contrária a muitos princípios da Igreja Católica), o Mercantilismo(nascido da burguesia da Idade Média), o Renascimento e o fluxo de idéias e ideais do Iluminismo – igualdade, liberdade e fraternidade – que culminaram na Revolução Francesa (1789). Tais movimentos mostraram uma nova visão-de-mundo, de homem e de sociedade. E consequentemente, uma nova visão-de-Deus. Deus era algo ou Alguém Racionalista, Científico, Tecnológico, que Projetara o homem e a mulher, a Terra, a Natureza, a Criação e o Universo, para crescerem e evoluirem infinitamente e assim serem eternamente livres e felizes. Ou seja, quando a deusa-Razão ocupa o lugar de Deus na Catedral de Notre Dame, em Paris, apresentava-se ao mundo inteiro o deus humano que o homem e a mulher projetaram para substituir o Deus Imortal, Real e Tradicional. Desde então, o Materialismo propagou-se internacionalmente sob a influência do Racionalismo e do Cientificismo modernos.
4) Como os contemporâneos imaginam a realidade divina ( Séc. XVIII d.C. até os nossos dias atuais )
A Revolução Francesa(1789), a Revolução Industrial(Inglaterra), o Partido Comunista fundado por Karl Marx e Engels, o Existencialismo(França e Alemanha), o Cientificismo(a Ciência como critério de verdade), os Meios de Comunicação Social, a ascensão da Ciência e da Tecnologia, o Rádio e a Televisão, o Telefone Celular, a Era da Informática(Computador,Internet), o Humanismo e o Historicismo(uma nova consciência do homem, do mundo, do tempo e da história), a multiplicação de seitas e diferentes credos religiosos, a abertura e renovação da Igreja Católica com o Concílio Vaticano II, ao lado do crescente ideal ateísta, relativista, indeterminista, ceticista, niilista e individualista – características do tempo atual – condicionaram, por um lado, a boa-fé do ser humano, e, por outro lado, a indiferença, a negação e a impossibilidade da existência de Deus no meio da sociedade contemporânea. Hoje, portanto, o mundo humano, natural e cultural está dividido entre ateus e não-ateus.
5) Deus nos dias de hoje ( Séc. XX e Séc. XXI )
Atualmente, como em toda a trajetória da vida da humanidade, a idéia de Deus parece subordinada e dependente da visão-de-mundo, de homem, de mulher e de sociedade, características, em todos os tempos e lugares da história humana, da produção cultural, racional ou não, que o ser humano constrói dentro da sociedade deste mundo temporal e histórico no qual vivemos.
Em outras palavras, o homem e a mulher dão origem à idéia de Deus. E por conseguinte, segundo tal ponto-de-vista humano, Deus, hoje, é Global e Diferencial. De acordo com a visão de cada um e a mentalidade desenhada em toda a sociedade, Deus pode ser individualizado ou generalizado. Obedece pois às diferenças de cada pessoa humana como também acontece na consciência ou inconsciência coletiva geral de todas as sociedades humanas atuais. Deus pois é global e diferencial. Serve a todos e a cada um. É manipulado por todos e por cada um.
Restam-nos algumas questões que ainda não foram resolvidas pela humanidade global ou diferencial:
1)Deus criou o homem e a mulher, ou foi criado por eles no decorrer de toda a história das sociedades humanas atuais e tradicionais ?
2)Deus pode e deve ser manipulado, instrumentalizado e racionalizado pelo homem e pela mulher ?
3) Deus intervém ou interfere ou não na vida, na natureza, no universo e na história da humanidade ?
4) Deus tem ou não vida própria ?
5) Deus é real ou racional ? É realidade espiritual ou apenas um mero sonho metafísico da humanidade ?
6) Deus é apenas um boneco na mão do homem e da mulher, ou tem uma vida própria e pessoal, ou se identifica de fato com uma realidade espiritual consciente e natural, e verdadeiramente transcendente ?
Responda você mesmo a estas interrogações.
Finalização
A História da humanidade tem nos revelado que a visão cultural do homem e da mulher sobre as diferentes faces da realidade é que criou até hoje a idéia de Deus que mantemos em nossa consciência humana e natural. Todavia, uma pergunta oportuna nos interessa neste momento, aqui e agora: Idéia de Deus ou Realidade Divina ? Deus criou ou é criado pelo homem e pela mulher ?
Esta resposta deve ser dada por cada um de nós pessoalmente.
Logo, o debate e a reflexão permanecem.
A Luta continua.
Que o Senhor Deus nos ajude a compreendê-Lo.
Que o Senhor Deus nos ajude igualmente a entender a racionalidade humana, que interpreta a tudo e a todos. Falta-lhe, porém, ainda hoje, a humildade em conhecer a verdade e reconhecer de fato que Deus é a Razão Superior e a Inteligência Suprema, Autora da Vida, Criadora do homem e da mulher, Genitora da natureza e do universo, Senhora do tempo e da história, Deusa de toda a eternidade.
Que Ela, Deusa e Senhora, nos ajude e nos abençôe sempre.
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