terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Escola Móvel

A Escola Móvel

Projeto Alternativo de Aprendizagem

O Ensino Interativo e Compartilhado

1. As Aulas Presenciais e
o Ensino a Distância

Seus ambientes móveis, mutáveis e rotativos tornam o processo de ensino-aprendizagem mais renovado e liberto de suas prisões ideológicas e escravidões psico-sociais, possibilitando então a criatividade dos estudantes e a produtividade dos professores, a flexibilidade de seus coordenadores e funcionários, a legalidade de suas transparências comportamentais e a legitimidade que a própria sociedade lhe confere, reconhecendo nessas atividades móveis de educação a porta aberta para uma outra realidade social, política, econômica e cultural em nosso país.
Tal clima renovador e libertador de diferentes possibilidades e alternativas se observa em suas aulas presenciais e em suas práticas de ensino a distância, o que reflete hoje as exigências do mundo moderno nessa área, os desejos das comunidades educacionais envolvidas e as necessidades de crescimento interior e exterior por parte daqueles e daquelas que abraçam essa idéia e a transformam em esperança de vida melhor para a humanidade.

2. A Educação Aberta,
Construtiva e Processual

Em função de uma filosofia de mudanças permanentes e movimentos contínuos, a Escola Móvel se realiza por meio de uma pedagogia com orientações abertas, construtivas e processuais, onde a produção do conhecimento é criativa e interativa, que encontra no compartilhamento de seu repertório de conteúdos o sentido de sua existência e a razão de sua mobilidade e mutabilidade, raiz de seus trabalhos cooperativos e fonte de sua dinâmica colaborativa, geradoras de ricos debates e excelentes discussões descobridoras de novas idéias e consciências, de experiências emergentes e práticas emancipadoras que possam trazer favores e benefícios para a sociedade, como o seu progresso material e espiritual, uma diversa visão da sua realidade, boa saúde individual e bem-estar coletivo, equilíbrio mental e social, conscientização de suas realidades políticas, econômicas e culturais, uma nova cultura do bem e da paz para os seus ambientes antes dominados pela violência e a agressividade, e uma diferente mentalidade fundada em atitudes amigas e generosas, fraternas e solidárias.
Tais os objetivos centrais da Escola Móvel e suas conseqüências na experiência real cotidiana.

3. A Aprendizagem em Movimento

Cursos de Alfabetização, aulas de informática ou de ensino supletivo e programas de especialização e capacitação profissional, bem como a graduação e pós-graduação de faculdades e mestrados e doutorados de universidades diversas, serviços de orientação psicológica, espiritual e educacional, práticas de estágio ou exercícios de ensino-aprendizagem, operações físicas e mentais, e demais atividades da Escola Móvel, podem ser ministradas e concretizadas em casa e no trabalho, no escritório e no consultório, nas ruas e praças da Cidade, nos shoppings e supermercados do bairro, nos hotéis e restaurantes da região, em suas ferroviárias e rodoviárias, nos heliportos e aeroportos, nas lan houses e cybercafés distribuídos por suas localidades, através do rádio e da televisão, do telefone celular, do computador e da internet, dos CDs e DVDs, dos audiovisuais e teleconferências, dos torpedos e mensagens instantâneas, das redes sociais e comunidades virtuais tais como o Twitter, o Orkut, o Youtube, o Facebook, o MySpace, os blogs e emails e os sites das redes mundiais de computadores, tudo isso pois em tempos e espaços diferentes, contudo sempre articulando o movimento constante de professores e estudantes cujos efeitos cotidianos certamente serão um ensino de qualidade com perspectivas de progresso no presente e no futuro.

4. A Pedagogia da Interatividade

Parangolé: um exemplo de ensino móvel, aberto, mutável, interativo, construtivo e compartilhado

De acordo com o artista Hélio Oiticica, o Parangolé – uma forma de arte ou uma manifestação cultural que extrapola a própria obra de arte – é um paradigma exemplar que serve como instrumento gerador de diversas possibilidades, alternativas e oportunidades para todas as matérias e disciplinas da educação, possuindo pois uma pedagogia, didática, avaliação e programação próprias

Um Diferente e Alternativo Modelo de Ensino-Aprendizagem


Educação Aberta
O Processo Permanente de Construção Interativa do Saber Compartilhado
A Pedagogia das Possibilidades de Geração de Novos Conhecimentos Libertadores

Professor e Aluno interagem, cooperam entre si, em mútua colaboração, compartilhando seus próprios conteúdos culturais

Como o Mestre, o Estudante é também co-Autor e co-Construtor da Aprendizagem

Este Modelo Pedagógico é Aberto, Construtor, Processual, Renovador, Permanente, Libertador

Nele, todos crescem, progridem e evoluem

A Criatividade é a Ferramenta da Produção do Conhecimento

Em si, o saber é incompleto, precisando ser completado, suplementado, replementado, enriquecido e aperfeiçoado constantemente por ambos, docente e discente, em um processo sem fim de construção de seu conteúdo e essência

Aqui e agora, sobressai a pessoa do estudante, como agente pedagógico criador de novas possibilidades

Unindo a vida com a pedagogia, então se complementa o ensino e seu movimento contínuo de aprendizagem, acrescentando-lhe outros repertórios de interação e comunicação tais como o texto de redação e a leitura, a galeria de fotos e a música, o audiovisual e o filme de cinema, os vídeos em forma de documentários e as imagens de um projeto de boa educação, a dança e o teatro, o rádio e a televisão, o computador e a internet, os jogos eletrônicos e o esporte e o lazer, as mensagens instantâneas e as teleconferências

Baseia-se em uma filosofia de vida processual construtivista

Seu trabalho educacional é articular diferentes saberes que liberem novos conhecimentos

Eterno é o seu projeto pedagógico tendo em vista que a vida e a construção do homem e da mulher são eternas

Com anseios infinitos, deseja sempre criar e co-criar novas idéias, construir e co-construir diferentes conhecimentos, a partir do intercâmbio professor-aluno

Como processo em construção permanente, caminha sempre, destruindo jamais

Tem uma visão da realidade aberta onde interpreta os acontecimentos procurando sempre superá-los, transcender os seus limites e ultrapassar as suas fronteiras temporais e históricas, reais e atuais, locais e regionais, globais e universais

Como tendência presente e futura, não se basta a si mesma, todavia vive a possibilidade, busca alternativas e gera oportunidades, sempre construindo o conhecimento

Faz da sua abertura ao saber uma opção pedagógica capaz de se renovar com constância e de se libertar crescentemente à medida em que outras possibilidades se experimentem, novos conteúdos se acrescentem e diferentes repertórios lhe sejam adicionados

Planeja como meta chegar à felicidade e bem-estar da sociedade e como resultados imediatos atingir a cultura do bem e da paz e a mentalidade sem violência ou agressividade

Com dinâmicas de grupo e debates em sala de aula, pesquisas individuais e coletivas, monografias e leituras silenciosas aspira assim produzir seus conteúdos de saber e repertórios de conhecimento de qualidade e excelência

Sua produtividade é obtida com o ponto de vista de cada um, com a participação de todos inclusive da comunidade de amigos e moradores em volta da escola

No movimento, a sua marca
Na interatividade, o seu propósito
No compartilhamento, a sua riqueza
Na criatividade, a sua possibilidade
Nos novos conteúdos, a sua diferença
Na co-autoria, a sua beleza
Na co-construção, a sua grandeza
No intercâmbio, a sua abertura
Na renovação, a sua libertação

Respeitar as diferenças, valorizar os pequenos detalhes e observar as pequenas coisas é uma das condições indispensáveis impostas pelos administradores da educação aberta

Nos exercícios físicos e mentais, e nas operações materiais e espirituais, deve sempre prevalecer a ordem e o equilíbrio da mente, a disciplina ética e espiritual e a organização das emoções vividas e dos sentimentos praticados, bem como o controle consciente e racional e o domínio de si mesmo

Na prática cotidiana, todos devem ajudar-se uns aos outros, satisfazendo os desejos de uns e realizando as necessidades de outros

Que o otimismo de vida e o pensamento positivo, assim como o alto astral e a auto-estima elevada sejam as prioridades no relacionamento entre as pessoas, sejam elas os profissionais de educação como diretores, coordenadores, inspetores, orientadores, planejadores, programadores, professores e professoras, ou os estudantes e funcionários dessa casas de ensino e ambientes de aprendizagem

No amor recíproco e na interdependência de relações, nos encontros interpessoais e nos diálogos intercambiais, na cooperação interativa e na colaboração compartilhada, reinem sempre o bem que se deve fazer e a paz que se deve viver, a bondade que constrói e a concórdia que acalma e tranqüiliza

No império dos valores da boa consciência, das virtudes da boa ética comportamental e das vivências morais e experiências espirituais que todos devemos ter privilegiem-se a fé em Deus e a oração ao Senhor, fundamentos de uma boa vida e garantias seguras de uma ótima existência

Que o sorriso produtor de esperança e a alegria curadora de todos os males sejam partes integrantes do cotidiano das escolas e das atividades que nelas se operam com freqüência diariamente

Praticando a justiça no compromisso responsável de pessoas direitas, todos mantenham o respeito mútuo, ajam com juízo e usem o bom-senso, gerando liberdade em seus deveres e obrigações cumpridas e produzindo felicidade no abraço aos direitos que todos devem compreender e venerar

Na busca do conhecimento verdadeiramente possível, professores e estudantes encontrem a sua saúde mental e o bem-estar pessoal e social

Ao pensar idéias e valores, discernir símbolos e imagens e conhecer outros conteúdos do saber, os interesses públicos e as intencionalidades coletivas sejam preferidos em suas práticas pedagógicas

Nesse campo de atividades e relacionamentos educativos, deve-se enfatizar as ações fraternas e as atitudes solidárias, as boas amizades e a generosidade dos comportamentos

Um exemplo da aplicação dessa Pedagogia da Interatividade é considerarmos o fato da “Independência do Brasil” às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, e rechear a sua abordagem e colorir o seu conteúdo com apresentações de trabalhos e pesquisas sobre o tema, através de vídeos e audiovisuais, concursos de redação, painéis de fotos e imagens, conferências e debates com assuntos diversificados, criação de músicas de cunho popular, filmes de cinema com títulos interessantes e atraentes, jogos educativos, produção de blogs e sites da internet, palestras na rádio globo, programa na TV Bandeirantes, representações teatrais enfatizando as principais figuras como o Imperador Dom Pedro I, o Patriarca José de Alencar, Dom João VI, a família real portuguesa, os indígenas brasileiros, e assim por diante.
Esses fluxo de conhecimentos proporcionados e seu complexo de informações e comunicações serviriam de ilustrações para esse acontecimento tão importante para o Brasil, de tal modo que com essa luz mental se entenderia melhor o seu episódio, se observaria os vários ângulos de sua compreensão, se aumentaria o saber em torno dele, se dilatariam as várias interpretações sobre essa realidade, se obteria um outro, novo e diferente olhar sobre a história do Brasil.
Com esse panorama global e diferencial sobre o fenômeno real e histórico em referência, teríamos então um maior conhecimento acerca dele.
Tal é o Parangolé, a Pedagogia da Interatividade.

Na origem do Parangolé está a preocupação de fazer os estudantes interagirem com o professor a fim de se possibilitar a produção do conhecimento cujo processo é permanente, criativo, evolutivo, aberto, renovador e libertador, alcançando outros, bons, novos e diferentes conteúdos capazes de propiciar saúde pessoal e bem-estar coletivo para todos e cada um dos que assumem o compromisso responsável de gerar liberdade de criação, a partir da qual se constrói a cultura do bem físico, mental e espiritual e suas conseqüência na vida cotidiana para a qual contribuem as variadas funções e diversos recursos de elucidação e esclarecimento de seu repertório rico de saberes então compartilhados.
Nesse movimento de aprendizagem, o ensino se torna mais eficaz e produtivo, mais claro e lúcido, mais rico e desenvolvido, mais qualificado e excelente.
Eis sua constante abertura a novas possibilidades e diferentes alternativas de conhecimento.

Nessa proposta de ensino aberto, a aprendizagem se renova a cada instante e se libertam os talentos de cada um, e o carismas se complementam criando novas e diferentes possibilidades de co-construção do conhecimento, fazendo então a verdadeira diferença que caracteriza essa pedagogia intercambial, que faz da interação de professores e estudantes o caminho certo para o compartilhamento de seus conteúdos produzidos tendo em vista o crescimento de todos, o enriquecimento das matérias e disciplinas e o aperfeiçoamento do saber agora bem pensado, bem discernido e bem gerado como outro repertório cultural de conhecimentos adquiridos.
Nessa abertura cheia de alternativas e possibilidades, reina a diferença, a co-autoria entre mestres e alunos transformando a cultura e sua essência renovadora e libertadora em fonte de saúde pedagógica e bem-estar educacional para todos e cada um dos envolvidos nesse processo de educação aberta, propiciadora das diferenças criadoras que com seus detalhes construtivos faz a educação avançar, progredir bem e evoluir com qualidade de vida e excelente trabalho de interatividades que se complementam, esclarecendo assim a temática em referência, elucidando seus objetivos finais e evidenciando as suas raizes responsáveis pela luz do conhecimento obtido.
No Parangolé, imperam as diferenças.

Dos discentes, alunos, discípulos e estudantes esperam-se a sua co-autoria de idéias e a sua co-construção de conhecimentos, o que se dá através dos debates dentro e fora da sala de aula, das pesquisas individuais e coletivas, das monografias solicitadas pelos mestres, das apresentações discursivas e participativas, dos trabalhos de grupo, dos audiovisuais visualizados, das representações teatrais em torno do tema, das danças sobre o assunto em referência, das músicas geradas em prol da mensagem que se tenta oferecer, das criações artísticas e literárias, das atividades esportivas, recreativas e de lazer, e assim por diante.
Esse jogo interpessoal de conteúdos que se produzem e se complementam, o intercâmbio de culturas diversas e mentalidades diferentes, o fluxo de interatividades que colaboram entre si, o complexo de matérias e disciplinas compartilhadas e a cooperação mútua aliada com a reciprocidade de intenções e interesses semelhantes ou não, faz da pedagogia do parangolé uma novidade que precisa ser cultivada, explorada, enriquecida, desenvolvida e aperfeiçoada por todos os que comungam e participam de sua geração e propagação, transformando-o positivamente em ferramenta de renovação pedagógica e instrumento de libertação dos exercícios educacionais que então se empreendem.

O Parangolelismo pedagógico e sua teia interativa com sua rede de intercâmbios culturais e mentalidades compartilhadas é responsável pela boa qualidade de sua produção educacional, determinadora dos seus ótimos conteúdos de conhecimento e das idéias fecundas e profundas que faz surgir, causando entre os que dele participam e com ele comungam saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual, a partir de que é possível a construção de uma sociedade mais livre e feliz, mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, de bem com a vida, que faz do seu amor pleno pela educação das pessoas o sentido de sua vida e a razão de seu existir.

5. A Didática da Mudança

Por meio de debates e pesquisas individuais e coletivas, leituras silenciosas e monografias(redações), apresentações e audiovisuais, mensagens instantâneas e teleconferências, notícias de rádio e programas de televisão, uso do computador e a internet, sites e blogs, emails e chats(salas de bate-papo), redes sociais e comunidades virtuais, trabalhos de grupo e provas, testes e exercícios, opera-se a didática de ensino móvel, cuja mobilidade e mutabilidade ajudam na construção de uma rede interativa de relacionamentos de qualidade e de uma teia de compartilhamento de conteúdos de conhecimentos de excelência, o que enriquece a boa aprendizagem dos estudantes e aprimora a ótima produtividade dos professores, tornando pois o sistema pedagógico de ensino bem mais saudável e agradável, onde todos e cada um através de sua natural criatividade e de seus dons, talentos e carismas, pode buscar uma vida escolar de grandeza social e de beleza universal.
Da mudança, pela mudança e para a mudança vive-se o desenvolvimento de uma educação voltada para o condicionamento de atitudes de bem e de paz, fraternas e solidárias, amigas e generosas.
Desse modo, construiremos a sociedade do conhecimento e seu mundo de possibilidades interativas e de alternativas de compartilhamento, em que a vida humana se transforma em uma metamorfose de conteúdos bem repartidos e distribuídos.
Então, nos tornamos processo, processo em construção, construção da bondade nas relações e concórdia nas atividades que empreendemos.

6. O Professor Perambulante

À Semelhança do filósofo grego Aristóteles(século VI a.C.), que, na sua escola o Liceu ensinava caminhando, circulando pelas ruas, praças e avenidas de Atenas, andando em volta da Cidade, perambulando ao mesmo tempo em que ministrava as suas aulas de biologia, ciência natural, lógica, metafísica, matemática e outros, também nós integrantes da Pedagogia Móvel devemos tomar consciência da necessidade de nos mobilizarmos tendo em vista a qualidade do ensino oferecido, a excelência do seu conteúdo bem produzido, a eficiência da didática da aprendizagem, a riqueza dos resultados obtidos, o aperfeiçoamento do seu processo construtivo, o aprimoramento de sua gestão bem sucedida, o que na verdade contribui para o fortalecimento dos princípios éticos e espirituais de uma sociedade, a consolidação de suas bases científicas e psicológicas, a estabilidade das razões que fundamentam tal prática educacional, e sem dúvida a crescente conscientização de sua liberdade, fonte da sua verdadeira felicidade.
Na Educação Móvel, por conseguinte, o mestre é ambulante, indo e vindo em suas andanças pedagógicas, perambulando em diversos tempos e lugares, em diferentes momentos e situações da vida cotidiana, nas circunstâncias fáceis e difíceis e até aparentemente impossíveis, quando agora interfere no processo de conhecimento de seus alunos e alunas, aumentando o seu repertório de saberes e o contingente de conteúdos qualificados, fazendo assim desse movimento de ensino e aprendizagem o caminho para o sucesso vocacional e o bem-estar profissional de todos os envolvidos nesse ambiente de créditos, favores e benefícios educacionais, razão de uma vida com sentido e de uma existência livre e boa de se viver, feliz em si mesma.
O Professor Perambulante é então o interventor pedagógico que gera a boa educação de todos, seja ela a partir de uma base de conhecimentos adquiridos seja em função de uma ética comportamental bem desenvolvida ou seja ainda de acordo com a espiritualidade natural ali bem articulada, transformando docentes e discentes em agentes de mudança, ferramentas de transformação e instrumentos de abertura das consciências envolvidas, de renovação das culturas e mentalidades participantes e de libertação dos corpos, mentes e espíritos daquelas pessoas que fazem da mobilidade do ensino a porta da liberdade de suas vidas de cada dia, princípio da autêntica felicidade que passam desde então a administrar.

7. O Aluno Nômade

Estar sempre em movimento, eis a inteligência do estudante, o seu trabalho constante, a sua atividade permanente, a partir do qual ele constrói a sua vida de liberdade, de sonhos que se realizam, de realidades novas e diferentes, de felicidade com bem-estar, de saúde com otimismo, de alegria com positivismo, de equilíbrio com bom-senso, de respeito com responsabilidade, de bondade com concórdia, de vida com amor, de bem com paz, de verdade com justiça, de direito com transparência, de fraternidade e solidariedade, de amizade e generosidade, sempre construindo – e jamais destruindo – a experiência cotidiana, criando condições saudáveis de existência para todos, interagindo para gerar as boas coisas da vida, compartilhando para enriquecer os conhecimentos das pessoas, colaborando para que a criatividade se desenvolva, os talentos se reproduzam, os dons e os carismas sejam postos em prática, as vocações naturais surjam e o seu lado profissional se articule com outras alternativas de trabalho, com novas possibilidades de emprego e com diferentes tendências do mercado atual.
No cotidiano, alunos e alunas se mobilizam para estudar bem, criar boas idéias, atingir ótimos conhecimentos em função de um razoável discernimento, sempre pois fazendo a diferença entre os seres e as coisas, pensando bem a cada momento, fazendo de cada instante uma oportunidade para progredir na vida, e evoluir com a certeza de que está no caminho certo, o caminho bom da boa educação, do respeito às pessoas, da responsabilidade por seus atos, e sobretudo por uma vida de inteira oração a partir de que Deus, o Senhor, terá vez e voz na sua vida, favorecendo-lhe continuamente com seus inúmeros benefícios, grandes graças e gigantescas maravilhas sem fim durante toda a sua jornada terrestre e celeste, temporal e eterna, histórica e infinita.
Na condição de nômades, os estudantes podem movimentar a vida lá fora buscando sempre em si, de si, por si e para si a fonte de toda essa dinâmica de processos interativos e construtivos, abertos e libertos de todos os obstáculos da mente e do corpo, de todos os preconceitos e superstições morais e religiosas.
O Movimento liberta as pessoas.
O fato de ser nômades transforma os estudantes em metamorfoses ambulantes, agentes de mudança e mobilização social, ferramentas de transformação política e econômica, e instrumentos de libertação social e cultural, fazendo sempre emergir para realidades mais saudáveis e agradáveis o conjunto de suas comunidades, a totalidade da sociedade e a globalidade de toda a humanidade.
Nesse sentido, o nomadismo dos estudantes torna-se elemento de transformação social, de emergência das consciências e de emancipação das liberdades humanas individuais e coletivas.
Em movimento, somos livres.
Livres, somos felizes.

8. Conhecimentos Compartilhados

Com o advento em nossos dias atuais do fenômeno da globalização no mundo inteiro, a vida humana passou a ser mais interligada, interativa e compartilhada, fazendo-se desde então intercâmbios de idéias e conhecimentos, de culturas e mentalidades, de valores e virtudes, de consciências e experiências, de vivências e existências, de teorias e práticas, sempre com a boa intenção de assim trazer progresso para as pessoas, saúde e bem-estar para as comunidades, bem e paz para as sociedades, liberdade e felicidade para toda a humanidade.
Temos crescido desse modo ultimamente.
Também a aprendizagem móvel percebeu tal necessidade de cooperação mútua entre grupos e indivíduos, e a colaboração recíproca, de tal modo que hoje aqui e agora os homens e as mulheres satisfazem mais os seus desejos e realizam melhor as suas necessidades, trazendo pois a todo o Planeta Global boa qualidade de vida e excelente repertório de saberes, maior transparência em suas atitudes e ótimo aperfeiçoamento de seus pensamentos criativos, de seus sentimentos românticos e de seus comportamentos razoáveis, justos e equilibrados.
Assim mobilizados, os gestores e colaboradores da Escola Móvel empenham-se atualmente em fundamentar seus conteúdos gerados, propagá-los com bons interesses de desenvolvimento em conjunto e consolidá-los no interior da sociedade, que agora vê nesse compartilhamento rico e quase perfeito a chance de melhorar os seus ambientes de vida e a oportunidade de produzir alternativas de felicidade para todos e cada um a partir é claro das possibilidades de liberdade respeitosa e responsável que juntos e unidos procuramos adquirir.
Nasce assim pois o Conteudista, o produtor de conteúdos.

9. Produtores de conteúdos novos e diferentes

O Conteudista – profissional competente que produz conteúdos de conhecimento de qualidade e excelência reconhecidos pelo mercado – é hoje não só uma novidade no Ensino Móvel como também uma necessidade dos tempos modernos sobretudo na área de educação fundamental, média e superior, porque esse profissional aumenta o repertório do saber em determinado sistema pedagógico, qualifica o conhecimento, sempre enriquecendo-o e aperfeiçoando-o, aprimora a visão que a partir de então temos da realidade da experiência cotidiana, abre-nos para as novidades da natureza e do universo, renova a nossa vida física e mental, material e espiritual, e liberta-nos sempre de preconceitos tradicionais e superstições antigas que bloqueiam a busca do pensar, do conhecer e do discernir, ajudando-nos pois a levar uma boa vida dentro da existência humana e social, política e econômica, cultural e ambiental.
Um professor ou outro qualquer que tenha competência e qualidade pode ser um Conteudista, o responsável direto e indireto pelo aprimoramento de nossos conhecimentos em todas e quaisquer situações de vida pedagógica, contribuindo portanto para a evolução da ciência e da tecnologia, o progresso da educação em todos os sentidos, o desenvolvimento das matérias e disciplinas da escola como também os seus programas e planejamentos de curso e de aula semestrais e anuais.
Com novos e diferentes conteúdos que se produzem, avançamos nas nossas boas idéias, crescemos na ótima interpretação dos fenômenos da consciência e da experiência, vivemos melhor a realidade cotidiana, procuramos mais a nossa saúde individual e bem-estar coletivo, caminhamos emergentemente para uma vida de fraternidade e solidariedade, construtora de boas amizades a partir da nossa feliz generosidade mútua em função da qual é possível condicionar um presente e futuro equilibrado, racional e cordial para toda a humanidade.

10. A Metamorfose Pedagógica

As transformações na educação contemporânea que ora se verificam refletem as exigências da história atual, as necessidades da vida humana presente e os desejos de homens e mulheres que aspiram por um novo modelo pedagógico de ensino onde se observe os fatores de mobilidade, mutabilidade, transparência ética, valores morais e virtudes espirituais, nova visão da realidade, diferente interpretação dos seres e das coisas, outro olhar sobre os ambientes de vida em que vivemos, interatividade de pessoas, compartilhamento de conhecimentos, produção de bons conteúdos de saber, progresso material e espiritual, evolução física e mental, crescimento interior e exterior, desenvolvimento sustentável, ordem mental, disciplina racional, organização das idéias e vivências, equilíbrio mental e emocional, controle da mente, domínio de si mesmo, juízo e bom-senso, globalização, cultura ambiental e ecológica, capacitação técnica e orientação vocacional e profissional, criatividade, investimento nos dons, talentos e carismas de todos e cada um, satisfação de desejos e realização de necessidades, enfim, intenções e interesses da sociedade moderna, os quais encontram na Escola Móvel uma oportunidade de concretizar esses objetivos e experimentar essas finalidades assumidas responsavelmente pela Pedagogia de hoje, comprometida de fato com a saúde e o bem-estar da humanidade cuja alavanca de liberdade, fonte da verdadeira felicidade, está na educação, raiz de uma boa vida social, política, econômica e cultural, a começar pelas crianças e adolescentes, os jovens estudantes do ensino médio e fundamental, e superior.
Tais exigências do contexto temporal atual, em suas localidades específicas e em suas regiões globalizadas, torna a Escola Móvel um motor articulador e propiciador de desenvolvimento em todas as camadas sociais, em cada uma das instituições constituídas pelo Poder Público e em quaisquer áreas da vida humana que vêem na educação a chave do sucesso e o segredo da felicidade.
Que a Escola Móvel nos ajude a realizar essas boas idéias.

11. Uma Nova Visão da Realidade

Os defensores da Escola Móvel – professores, pedagogos e especialistas em educação – olham a realidade de uma outra maneira, tentando compreender os sinais dos tempos atuais que refletem as exigências do mundo moderno, as necessidades presentes da vida humana e os desejos emergentes e emancipadores de quem luta por um ensino melhor para os estudantes, pela qualidade dos conteúdos apresentados, pela renovação dos conhecimentos sugeridos e pela libertação de tradições pedagógicas que atuam apenas como preconceitos mentais e superstições dogmáticas, travando pois o processo evolutivo dos sistemas educacionais espalhados por toda parte e bloqueando à vista de todos o progresso das escolas e sua diferente observação dos ambientes reais das instituições de ensino, procurando portanto a partir de agora não só reformar o modo de apresentar a educação mas sobretudo revolucionar a consciência pedagógica em geral, a cultura de hoje dos mestres e alunos, propagando então uma diversa mentalidade educacional onde sobressaiam os direitos e as necessidades de todos, os favores e benefícios da boa aprendizagem, o ensino de maior qualidade e sua melhor estratégia de crescimento, a excelência da didática e os ótimos resultados de uma política de educação mais razoável e equilibrada, mais positiva e otimista, que possa a partir desse momento resgatar os bons valores da consciência docente e as ótimas virtudes do comportamento estudantil, aprimorando assim as vivências escolares e aperfeiçoando os sentimentos da sociedade em relação à prática de ensino, bem como enriquecendo o olhar mais fértil, mais fundo e mais profundo dos responsáveis e gestores dessa nova proposta educacional, a Escola Móvel.
Tais são as boas perspectivas desse novo paradigma de ensino.
Eis as esperanças para todos, sobretudo mestres e estudantes, de um presente de mais qualidade para a educação moderna e um futuro de mais excelência para a pedagogia descentralizadora, móvel, mutável, dinâmica, operadora, ativa, nova e liberta de uma tradição cultural que até o presente instante só vem prejudicando os novos modelos de educação, antes paralisados por ideologias estáticas, teorias imóveis, pensamentos inconstantes e valores educacionais hoje já ultrapassados, superados pela urgência do momento atual, o qual exige novas mudanças para a educação tendo em vista qualificar o ensino e aperfeiçoar o projeto de ensino-aprendizagem, tão indispensável em nossos instantes de aqui e agora.
Renovemos pois a educação.
Procuremos ouvir os apelos da sociedade moderna.
Escutemos a voz do tempo e da história.
E então nos mobilizemos, tomando consciência de nossas responsabilidades ao mesmo tempo em que fazemos uma opção radical pela qualidade da estrutura pedagógica e com o seu novo sistema libertador, a que chamamos a Escola Móvel.

12. A Abertura a outras possibilidades

O Exemplo da Educação Móvel oferece muitas possibilidades de trabalho interativo e compartilhado dentro das áreas política, econômica, social, cultural, ambiental, artística, científica, tecnológica, histórica, filosófica, moral e religiosa.
Seus raios de possibilidades são verdadeiras alternativas de conscientização da importância da mobilidade e da mutabilidade hoje aqui e agora no mundo contemporâneo, o que certamente trará grandes créditos, inúmeros favores e imensos benefícios a todas as sociedades humanas engajadas nesse Projeto Alternativo de Aprendizagem onde todos e cada um são respeitados nas suas diferenças, valorizados nos seus pequenos detalhes e reverenciados nas pequeninas coisas que fazem, proporcionando então ao conjunto de toda a humanidade a curtos, médios e longos prazos um maior bem-estar individual e coletivo, mais saúde mental, física e espiritual, melhor qualidade de vida, mais oportunidades de bom trabalho e trabalhar bem em prol do bem e da paz de todos os seres humanos que habitam esse Planeta Terra.
Seus efeitos temporais de certo modo atingirão a eternidade.
Sim, seremos felizes para sempre.
Que Deus, o Senhor, logo, abençoe os frutos e conseqüências desse Projeto de Liberdade.

13. Favorecendo as boas tendências do momento

Se o contexto histórico e social apresenta certas tendências de comportamento, refletindo a consciência geral da sociedade, as idéias dominantes e as práticas cotidianas mais comuns exercidas pela população como um todo, então o que se cria, constitui e estabelece nesse ambiente propício deve reproduzir tais sentimentos tendenciosos, revelando-se um seguimento de tal experiência e sua moda política, social, econômica e cultural.
Igualmente o Ensino Móvel segue essa tendência do mundo atual.
Ele procura seguir os passos e compassos da sociedade contemporânea, dançando conforme a música que todos cantam e cada um estabelece como padrão de vida e regra social.
Busca pois então essa prática de ensino mobilizadora do povo em seu meio de vida e existência dinamizar a realidade cotidiana, animar os desanimados, alegrar os tristes, motivar os deprimidos, incentivar os aflitos e angustiados, entusiasmar a juventude e os espíritos com alma nova, desejosos de mudança no fluxo social e restauração do complexo sistêmico e estrutural da sociedade em que vivem.
Mobilizando-se como célula viva e ativa dessa sociedade dentro da qual se insere temporalmente, a Escola Móvel contagia os outros, inflama as pessoas, aquece o convívio, resgata o calor humano e recupera os ânimos antes sem vida dos que gerenciam o contexto escolar e administram a rede estudantil e a teia do magistério.
Assim, como motor que possibilita a energia do movimento, tal aprendizagem dinâmica sustenta a transformação do ambiente social, renova as culturas e liberta as mentalidades outrora prisioneiras de tradições insustentáveis hoje.
É mais um empurrão que a educação dá na sociedade tendo em vista levá-la ao progresso e ao desenvolvimento.
A Educação Móvel portanto é uma energia viva e ativa que redimensiona as atividades políticas, os exercícios do corpo e da mente, as operações financeiras e o processo de re-criação dos conhecimentos e re-construção das comunidades humanas.
Seu impulso é natural.
Sua alavanca é contextual.
Seu contexto é a história de cada dia.

14. Uma ótima alternativa de ensino

Entre tantos sistemas educacionais diferentes entre si, o ensino móvel é mais uma boa opção de vida pedagógica, com propriedades específicas que a diferenciam dos outros modelos existentes, como por exemplo a avaliação periódica baseada em testes e provas, pesquisas e trabalhos de grupo; a didática mutante cuja diversidade no tempo e espaço onde se encontra torna o ensino mais ágil, mais criativo, mais reflexivo, mais interessante, mais produtivo e mais agradável e saudável; a interdisciplinaridade em que as matérias e disciplinas propostas interagem entre si, compartilhando seus conteúdos e intercambiando os seus conhecimentos, enriquecendo assim pois o produto final de uma programação de ensino-aprendizagem onde a liberdade é a meta, e a felicidade o resultado desejado; essa mesma programação de curso com metas pré-definidas e resultados pré-determinados; o planejamento das aulas onde o plano de curso trimestral ou semestral é construído juntamente com a vida e a experiência adquirida em sala de aula, elaborando desse modo um processo de aprendizagem sempre aberto, construtivo, criativo, com imensas alternativas de ensino e inúmeras possibilidades de aperfeiçoamento dos conteúdos de conhecimentos apresentados, discutidos e assumidos diariamente durante esse movimento de aprendizagem; a criatividade nos conteúdos produzidos e nos pontos de vista debatidos; o respeito às diferenças de cada um, o que incentiva a participação do aluno, o qual então oferece a sua opinião construtiva, a sua crítica problemática e a sua dialética renovadora e libertadora; o valor dos detalhes na apreensão das matérias e na abstração das disciplinas, a partir de que se olha o que se aprendeu não mais apenas a partir do seu todo, porém principalmente em função de suas partes; a observação das pequenas coisas quando agora as mínimas posições são consideradas, os pequeninos objetos são valorizados e as mais fracas e humildes situações de vida são levadas a sério; enfim, todas as características dessa Pedagogia Móvel tornam a educação mais dinâmica e qualificada, mais respeitosa e transparente, mais autêntica e responsável, mais verdadeira e comprometida seriamente com uma política de aprendizagem onde a dignidade estudantil e a boa reputação do magistério são as realidades mais importantes.
Enfim, um ensino produtivo.

15. Um bom modelo de aprendizagem

Ao se observar que os alunos e alunas, após as suas aulas móveis, saem pelas ruas e avenidas de seus bairros debatendo os assuntos do dia a dia e discutindo os temas do momento atual em que vivem, a partir do que foi aprendido na escola, eis que se verifica a importância desse modelo de ensino onde se liga as matérias e disciplinas de sala de aula com a vida cotidiana, buscando-se desse modo transformar a realidade que nos envolve, renovando os seus ambientes de comunicação e relacionamento e libertando os seus agentes humanos de seus obstáculos mentais – como os preconceitos morais e as superstições religiosas – e bloqueios sociais, aberrações políticas e desvirtuamentos econômicos, como que querendo ajudá-los a abraçar uma vida melhor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, saudável no equilíbrio que tem e agradável no bom-senso que realiza, de respeito e responsável, livre e feliz, fraterna e solidária, amiga e generosa.
Através, portanto, da dialética das vivências e da crítica das idéias, procura-se criar boas condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, porque nessa tempestade cerebral em que se constroem os conhecimentos e se produzem novos e diferentes conteúdos de saber se encontra a raiz da liberdade, fonte da felicidade, o princípio gerador de um processo educacional de construção da cultura do bem e da bondade, e de uma mentalidade baseada na paz vivida e na concórdia praticada, alternativas boas para o desenvolvimento sustentável, possibilidades produtoras de diversas oportunidades de satisfação vocacional e realização profissional, instrumentos da boa sociedade e ferramentas do bom convívio humano e natural.
Por conseguinte, por meio dessa boa aprendizagem móvel, onde o conhecimento de junta e se une à vida, o saber se liga à experiência cotidiana, a teoria escolar se compromete com a prática do dia a dia, é possível se construir uma ótima sociedade do conhecimento e do compartilhamento, isso usando-se a crítica como caminho de libertação das idéias, utilizando-se a dialética como motor renovador de atitudes e restaurador de comportamentos outrora indispensáveis, elevando-se o debate dentro e fora de sala de aula ao nível do resgate da cidadania, da recuperação de direitos e da regeneração dos deveres e obrigações que devem ser efetivados, discutindo-se assim as idéias da vida e a vida das idéias, ligando-as aos bons valores da nossa consciência e às boas virtudes da nossa experiência, tornando nossas vivências diárias e noturnas os grandes canais do progresso da humanidade, sustentada pelos fundamentos de sua fé em Deus e confiança no Senhor.

16. O Respeito às Diferenças

Considerar o todo e as partes, valorizar a criatividade e os pontos de vista de cada um, os seus carismas e talentos, os seus dons naturais recebidos de Deus, as suas idéias novas e diferentes e os seus ideais de vida e esperanças de uma vida melhor, os seus desejos construtivos e as suas necessidades naturais e culturais, as suas opções políticas e os seus valores sociais e econômicos, as suas alternativas de trabalho e ensino e as suas possibilidades de conhecimento e aprendizagem, as suas diferenças de personalidade e os seus detalhes de caráter, as pequenas coisas que cada qual dá importância, os seus interesses públicos e privados e as suas intencionalidades racionais e conscientes, o seu cotidiano específico e o seu ambiente de amor e amizades cultivadas, a sua realidade interior e o seu mundo exterior, as suas aparências externas e as suas essências internas, os seus conteúdos prediletos e os seus contatos preferidos, o seu repertório cultural e a sua educação familiar recebida, os seus valores morais e a sua ética espiritual, enfim, olhar o estudante ou cada pessoa e toda a sociedade a partir das suas diferenças, respeitando-as sempre pelo que são e representam para nós e para os outros,
eis a via de liberdade que nos oferece o Ensino Móvel, base da verdadeira felicidade escolar, princípio da verdade libertadora e origem da saúde pessoal e bem-estar coletivo que devem gozar todos os cidadãos e cidadãs das sociedades humanas a que pertencemos.
Cultivar as diferenças dos alunos e alunas portanto é acender a chama da liberdade, de onde devem brotar o respeito mútuo e a responsabilidade social e ambiental.
De posse dessas diferenças, fundamentos da feliz liberdade, procuremos desenvolver a Escola Móvel, o princípio da felicidade livre.

17. O Valor dos Detalhes

A Vida humana e a realidade cotidiana são feitas de pequenos detalhes, que somados e multiplicados formam e constituem as estruturas da sociedade e seus sistemas políticos e institucionais, econômicos e financeiros, sociais e culturais.
Esses detalhes de vida ganham força quando se transformam em energias vivas que movimentam o comportamento das pessoas e seu mútuo relacionamento e suas recíprocas relações individuais e coletivas.
Detalhes como o trabalho de cada dia, as aulas da minha escola, o atendimento médico de doentes, a oração de um padre ou sacerdote na hora da missa, a viagem de ônibus ou metrô para o local de emprego, o beijo de um homem na sua mulher, o abraço de um amigo no seu companheiro, a palavra de consolo para quem está triste ou desanimado, a ajuda ao pobre ou necessitado, os conselhos que ouvimos de um aposentado ou pensionista do INSS, as brincadeiras de uma criança, os sonhos de um jovem adolescente, o bate-papo no jornaleiro, o programa de televisão que assistimos de vez em quando, as compras que ora e outra fazemos no supermercado ou no shopping do bairro, o repórter e as notícias que escutamos em nosso rádio de casa, o cafezinho e a água que bebemos no botequim da esquina, o pão e o leite que compramos na padaria para os nossos filhos, os remédios que adquirimos na farmácia aqui ao lado, o almoço e o jantar que provavelmente faremos amanhã no restaurante mais perto do meu apartamento, o jogo de futebol que veremos no maracanã no próximo domingo, os preparativos das escolas de samba para o carnaval do ano que vem, o mergulho semanal que realizamos na internet para produzir conteúdos de conhecimento e compartilhá-los com os amigos, parentes e familiares, através de sites, blogs e emails, enfim, a vida detalhada que vivemos em nossas experiências cotidianas, tudo isso nos possibilita tornar cabível a interação entre a vida e o conhecimento, a escola e a sociedade, o ensino e a existência, a aprendizagem e as comunidades humanas e sociais das quais participamos e com as quais comungamos todos os dias e todas as horas de cada momento e de todo instante, intercâmbio esse construtor de uma humanidade mais livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, respeitosa e responsável, sensata e equilibrada, qualidades tais que geram saúde e bem-estar para os grupos e indivíduos e populações inteiras que a constituem.
São esses detalhes existenciais que movem a educação móvel e a tornam ao mesmo tempo uma organização sistemática mobilizadora, ferramentas de mudanças e instrumento de renovação e libertação de estudantes e professores e seus agentes pedagógicos.
De detalhes pois vive a Pedagogia Móvel.

18. Observar as pequenas coisas

Pequenas coisas em nosso cotidiano escolar são as avaliações em aulas móveis, o debate de idéias e as discussões de assuntos e temas atuais, a freqüência e assiduidade dos estudantes, a boa vontade dos professores na condução da mobilidade do ensino e da mutabilidade da aprendizagem, a didática de boas análises dos cursos apresentados, a programação realista das matérias e disciplinas e o seu desenvolvimento curricular, o planejamento de aulas e cursos trimestrais, semestrais e anuais, a gerência das aulas, a boa administração dos diretores e seu quadro de funcionários, a interferência das comunidades no andamento escolar e no processo de construção de conteúdos e conhecimentos de qualidade, a co-autoria e a co-construção de alunos e alunas na elaboração das aulas e seu modo de ordená-las, discipliná-las e organizá-las, o salário do magistério e as suas boas condições de trabalho, a preocupação com a qualidade dos cursos e a boa produção da essência dos saberes a ser compartilhados, o estado constante de mobilização das comunidades estudantis, a ocupação com a transformação dos ambientes de ensino-aprendizagem, a metamorfose permanente das relações humanas e sociais estabelecidas entre todos os responsáveis pelo processo de construção da Escola Móvel, e assim por diante.
Ocupar-se com essas pequenas e grandes coisas pedagógicas, eis a chave do sucesso educacional e o segredo de sua qualidade docente e discente.

19. Renovar as Consciências

“Quem vive de passado é cemitério”, diz o ditado popular.
Para bem experimentar o presente e bem preparar o futuro, urge sempre renovar a mente com diferentes idéias e bons conhecimentos, ótimos valores e boas virtudes, sentimentos cordiais e atitudes racionais e realistas, comprometidas com a realidade da experiência cotidiana cujo campo é fértil, propício a novos ambientes e diferentes comportamentos, descobridor de outros talentos, dons bem seguros e carismas blindados, revelador da boa criatividade e da ótima produtividade, desvelador de verdades relativas e de certezas bem fundamentadas, de culturas fundas e profundas e de mentalidades baseadas no bem que se faz e na paz que se vive, no amor que se pratica e na vida que se cultiva, ordenador da inteligência, disciplinador da razão e organizador dos conhecimentos que se obtêm durante a vida.
Uma consciência renovada é aquela que tem uma outra visão da realidade diferente do comum da sociedade, um ponto de vista mais equilibrado que os outros, um pensamento mais criativo que os demais, uma boa interpretação dos seres reais e das coisas do dia a dia, um olhar mais fecundo sobre os acontecimentos de cada momento e sobre os fenômenos da vida de cada instante.
É a consciência aberta a novas possibilidades, a diversas alternativas de trabalho e diferentes oportunidades de crescimento interior e exterior.
É a cabeça sempre fresca, que supera preconceitos mentais, superstições religiosas e tradições morais, bem como sabe ultrapassar a confusão de idéias que de vez em quando se nos apresenta, e transcender desequilíbrios comportamentais, transtornos físicos e distúrbios da mente, desvios de caráter e aberrações da personalidade, falta de controle de suas paixões e emoções e ausência de domínio sobre si próprio.
Essa racionalidade equilibrada, que usa sempre o bom-senso em suas decisões e escolhas diárias, que abraça o bom juízo nos relacionamentos e a sensatez nas palavras refletidas e nas posturas assumidas, nas vivências de toda hora e nas práticas de cada situação vivida, nas circunstâncias mais difíceis e aparentemente impossíveis, nas condições naturais e culturais experimentadas de dia e de noite, enfim, a consciência do equilíbrio eficaz e do bom-senso eficiente, segura em si mesma, garantida por sua fé em Deus e confiança no Senhor, eis a cabeça boa que encontra no bem que vive a sustentabilidade de sua segurança e a garantia de uma existência bem fundamentada.
É a consciência divinamente humana.

20. Libertar-se de Tradições Insustentáveis

Os novos Modelos de Ensino-Aprendizagem – como a Escola Móvel – precisam se libertar de vez de preconceitos mentais, de valores ultrapassados, de teorias superadas, de superstições religiosas, de transtornos morais, de distúrbios da consciência, de desvios educacionais e de aberrações pedagógicas, que só desestabilizam tais Pedagogias Libertadoras, bloqueando pois as suas novidades metodológicas, a sua criatividade sistêmica, a sua abertura a novas idéias e conhecimentos, o seu fator renovador de atitudes e consciências ocupadas com o bem-estar de alunos e professores e demais agentes pedagógicos.
Superar esses limites preconceituais e tradicionais só trará benefícios para a educação.
Ultrapassar essas barreiras mentais e esses bloqueios ideológicos e psicológicos será sem dúvida um favor que faremos aos Sistemas Pedagógicos modernos.
Transcender as fronteiras da irrealidade e da irracionalidade, do desequilíbrio da mente, da falta de controle da consciência e da ausência de domínio de si mesmo, que não toleram o bom juízo e o bom-senso, eis um dever dos produtores de conteúdo, dos gestores educacionais, dos que tornam a interatividade de pessoas e o compartilhamento de seus conhecimentos e relacionamentos um instrumento de mudança no ambiente pedagógico, mudança para melhor, creditando-lhes assim pois os beneplácitos de um ponto de vista bem fundamentado, de princípios bem fundados, transformando portanto esses Modelos atuais de Libertação Educacional em um motivo a mais de crescimento para o país, de progresso para a sociedade, de evolução para a humanidade e de desenvolvimento das fontes sustentáveis presentes e futuras que agüentam o Planeta Global.
Abracemos pois a novidade permanente.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Direito Natural

A Ordem da Natureza

a) A Lei Natural

A consciência humana, que tem dentro de si a lei natural, criada por Deus, o Senhor, para a felicidade do homem e da mulher, suas criaturas, deve ser fiel ao Criador, Autor da Vida, e assumir um compromisso responsãvel com sua execução prática na vida cotidiana, trabalhando sem cessar para a saúde e bem-estar de todos e cada um dos seres humanos.
Eis aqui a lei natural, a lei da natureza humana:
1) Fazer o bem e evitar o mal
2) Procurar a paz e não a violência
3) Buscar a luz e não as trevas
4) Praticar o amor e não o ódio
5) Amar a vida e não a morte
6) Ser direito
7) Amar a justiça
8) Conhecer a verdade
9) Buscar a liberdade
10) Procurar a felicidade
11) Respeitar os outros
12) Ser responsável
13) Ter juízo e bom-senso
14) Buscar a humildade e a simplicidade
15) Procurar a calma e a tranquilidade
16) Amar o silêncio
17) Conversar com Deus, o Senhor, o Criador, Autor da Vida

b) A Ordem natural de todas as coisas

Existe ordem na natureza ? Quem pensou essa ordem ? Alguém projetou a ordem do universo ? O Pensamento cria a realidade ? O Pensamento cria a ordem da realidade ? Há uma Mente Superior, ordenadora do caos, que organiza a realidade ? Uma Razão Universal governa a vida, o tempo e a história, a consciência humana, a realidade natural e cultural de todos os seres e todas as coisas ? Deus é natural ? O Real é racional ? O Racional é real ? O Pensamento é real e natural ? A Natureza possui uma ordem, uma racionalidade própria, ali inserida por Alguém ? Acreditamos que sim. Existe uma ordem, uma lógica do concreto, uma racionalidade natural no interior da realidade, a qual é projetada e pensada por Alguém Superior, que chamamos de Deus, o Senhor.

c) Os limites da natureza humana

Homem e mulher, na sua natureza específica, têm limites determinados, cuja fronteira natural não pode ser ultrapassada por ambos.
São limites humanos naturais:
- a fadiga espiritual, o cansaço físico e o esgotamento mental
- a dor, o sofrimento e o sacrifício
- a doença, a moléstia e a enfermidade
- o bloqueio mental (preconceitos e superstições)
- o conhecimento verdadeiramente possível
- o bem que reage à ação do mal
A humanidade precisa compreender os seus limites naturais.
Deste modo, será feliz.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Encontrar-se

Encontrar-se

No dia a dia da nossa vida, existem situações em que buscamos sentido para a nossa existência, razão para o nosso viver, respostas corretas para tantas perguntas, soluções prontas para diversos problemas cotidianos.
Vivemos em busca da nossa identidade, de nossa realidade interior, de nossa felicidade pessoal e coletiva, de nosso bem-estar físico, mental e espiritual.
Queremos nos encontrar.
Encontrar a paz interior.
Encontrar a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Encontrar a verdadeira liberdade, fonte de felicidade, saúde e bem-estar.
Encontrar sentido para a nossa vida de cada dia e toda noite, e toda madrugada.
Precisamos nos encontrar.
Encontrar os outros.
Encontrar a Deus.
Realizar um quase perfeito encontro consigo mesmo.
Isto é um desejo.
Outra é a realidade.
Todavia, todos nós buscamos este encontro com a gente mesmo, razão de nossas existências à procura de respostas e sentido de nossa interioridade ansiosa para resolver o maior de todos os nossos problemas da vida: como encontrar a paz da consciência, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito?
Vivemos em busca dessa resposta.
Todos querem se encontrar.
Homem ou mulher, buscam o perfeito encontro consigo mesmos.
E o que é se encontrar?
É beijar a maçã do jardim do Éden.
É abraçar os amigos conquistados e amar com respeito as mulheres que encontramos diariamente.
É respeitar para ser respeitado.
É ser bom e amigo das pessoas.
É agradecer a Deus por um benefício.
É louvar o Senhor por suas maravilhas entre nós.
É bendizer o Espírito Superior e Supremo pela beleza da mulher, pela coragem dos homens, pelo sol que Ele acende todos os dias.
Encontrar-se é viver o repouso, dormir em paz, descansar com alegria e satisfação.
Encontrar-se é dar um tempo e um lugar para Deus na nossa vida.
Encontrar-se é deixar os outros existirem, não aprisioná-los nos nossos pontos de vista nem escravizá-los em nossas visões da realidade.
Encontrar-se é permitir a liberdade para si e para os outros.
Encontrar-se é a felicidade interior, estar de bem com a vida e em paz com todos e cada um.
Encontrar-se é não ter inimigos nem adversários, mas ser amigo de todos que gostam de uma boa amizade.
Encontrar-se é estar bem com Deus, consigo e com os outros.
Encontrar-se é achar o tesouro do céu e a pérola mais preciosa do paraíso.
Encontrar-se é amar e ser amado.
Encontrar-se, sobretudo, é preencher os nossos vazios com uma música que nos acalme e com um silêncio que nos tranqüilize.
No silencio, me encontrei.
Encontrei Alguém mais do que eu, maior do que eu, melhor do que eu.
No silêncio, Deus me apareceu e se encontrou comigo.
Então, encontrei-me.
Deus, o meu sentido.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

a Idéia de Deus

A Idéia de Deus

A Consciência humana e a construção histórica
das diferentes visões-de-Deus no interior da humanidade

Primórdios

Deus é uma idéia ?
Ou Deus é uma realidade ?
Deus é uma Energia ?
O Pensamento ?
Uma possibilidade ?
Deus criou o homem, ou o homem criou Deus ?
O Fato é que no decorrer da história da humanidade até os dias atuais o ser humano em geral tem criado na sua própria consciência uma certa imagem de Deus, à qual dá existência, ou então simplesmente a nega e ignora.
Para os que acreditam em Deus, Ele é uma garantia de fé, uma segurança de vida, sobre as quais se apóiam, e abraçam-nas como sua tábua de salvação nesta vida.
Para os que não têm fé, os ateus, Ele não existe, e por isso cotidianamente o negam, o contrariam, o ignoram e o contradizem, ainda que possa ter a possibilidade de existir, segundo eles.
E para nós quem é Deus ?
Ou ainda o que é Deus ?
Deus, na verdade, é uma realidade, todavia essa realidade tem muitos nomes diferentes, ou pode ser interpretada de diversas maneiras, como se observa no movimento tempo-espacial e histórico da vida das sociedades humanas, em todos os tempos e lugares, desde seus princípios mais remotos até os dias de hoje.
É o que veremos de agora em diante.



A Imagem de Deus no tempo e na história

1) Os Povos Antigos e sua representação da idéia de Deus ( Séc. antigos a.C. até o Séc. IV d.C.)
a) O Povo da China
Os Chineses, seguidores e admiradores de Confúcio, fundador do Confucionismo, de tradição milenar, têm uma cultura onde a experiência de vida – os mais velhos – desenha toda e qualquer forma de religiosidade ou divindade. Ou seja, a possibilidade de um deus eterno combinaria certamente com idéias e ideais voltados para a temporalidade, eternidade, experiência, tradição, fundamentalismo cultural, radicalismo ético e moral. Deus então é o Senhor mais velho, com quem devemos aprender a grandes lições da vida.
b) O Povo da Índia
Os Indianos buscam basicamente em Sidarta Gautâmi, o Buda, fundador do Budismo, seu Modelo de Religião ou Filosofia religiosa, com fortes apelos para a ordem, a paz e a organização da mente, de onde certamente o deus indiano viria, nela se apoiaria e em função dela construiria seu pensamento e suas atividades e atributos fundamentais.
c) O Povo do Egito
Os Egípcios e seus Faraós propunham uma imagem divina que se formatava e configurava com o poder que seus governantes tinham diante do seu povo. Ou seja, deus no céu e o faraó na terra. Sua política se identificava com sua religião. Políticos e religiosos eram a mesma coisa, possuíam os mesmos cargos e as mesmas funções.
d) O Povo da Mesopotâmia
Os Mesopotâmios, cuja religiosidade, culto e divindade sacralizavam-se em regimes politeístas, viviam e conviviam em uma sociedade confusa, quase que alheia às suas estruturas políticas, as quais quase sempre misturavam-se com sua religiosidade. Vários deuses fundamentavam as atividades cotidianas do povo mesopotâmico, cujo dia-a-dia complicava-se e se confundia com cultos sacrais, liturgias obscuras, deuses estranhos e uma religiosidade que servia de base para a dominação, a exploração e a escravidão do povo pelo poder então reinante.

e) O Povo da Fenícia
Os Fenícios, com suas atividades marítimas, comerciais e mercantilistas, geraram um Modelo de Deus cuja identidade relacionava-se com um Deus Ativista, Trabalhador, Empreendedor, Comerciante que desejava o crescimento, o progresso e o bem-estar do seu povo.
f) O Povo da Pérsia
Os Persas, principalmente com Dario a frente do seu povo, e seu paradigma ético e moral de governar os seus, estenderam seu domínio idealizando um deus moralmente elevado e eticamente dominador. Por conseguinte, o deus persa era de uma fortaleza de virtudes tal que tornava a população persa combatente de ideologias influenciadas pelos vícios e decadências morais, corrupção ética e comportamentos aberrantes.
g) O Povo dos Hebreus
Os Hebreus, Judeus ou Israelitas acreditavam em uma religião monoteísta cujo Deus único, soberano, Todo-Poderoso, Onipotente, prometeu, com diversos sinais dos tempos, um Messias, Jesus Cristo, que seria o Salvador do mundo e o Redentor da humanidade. O Povo desde então esperava ansiosamente a chegada do Messias, o Rei Santo de Israel.
h) O Povo dos Caldeus
Os Caldeus misturavam religião com todos os campos da atividade humana, na qual os deuses infiltravam-se, inseriam suas vontades e incluiam seus desejos. Ora, esses deuses nada mais eram do que uma forma dos poderosos exercerem seu domínio sobre o povo escravo, dependente e explorado.
i) O Povo da Babilônia
Os Babilônicos, sobretudo no tempo do Rei Nabucodonozor, semelhantes aos seus vizinhos, desenvolviam uma religiosidade igualmente confusa e complicada cujo regime também se oferecia como instrumento de dominação e exploração do povo então escravo, prisioneiro e dependente. Os deuses trabalhavam para o Rei.
j) O Povo da Grécia
Na Mitologia Grega se desenhavam os deuses da Grécia Antiga. Seus mitos, deuses antropomórficos, em forma de gente humana, comungavam, se identificavam e participavam do cotidiano grego, da sua realidade do dia-a-dia, onde a ética e a política de Atenas e outras cidades gregas tinham um papel privilegiado na cultura da época.
k) O Povo de Roma
A Cultura Romana - instável, inconstante e perambulante do ponto-de-vista religioso – possuía uma estrutura política forte e militarmente quase invencível, contudo bastante flexível e acomodada quanto ao seu interesse em aculturar, colonizar, manipular e monopolizar outros povos subalternos, mais fracos e derrotados em seus conflitos guerreiros contra o Poder de Roma, ao ponto de seus líderes imperadores, entre eles César Augusto, Marco Aurélio e Nero, desenvolverem um ideal cultural que suportava, e até apoiava, os cultos religiosos daqueles povos e nações submetidas aos imperadores romanos. Prevaleceu então portanto em Roma e em seus vizinhos o culto de diferentes religiões monoteístas e politeístas. Tal era a estratégia política de dominação e sujeição do Poder Romano. Uma política forte, mas tolerante quanto aos cultos religiosos.
2) Deus no Mundo Medieval ( Séc. IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
No período medieval, tempo da Cristandade, sob a influência da Igreja Católica construiu-se um Modelo de Deus chamado Santíssima Trindade – Deus uno e trino – onde 3 pessoas formavam uma mesma natureza divina: o Pai Criador da Vida; o Filho, Jesus Cristo, Salvador do Mundo e Redentor da Humanidade: e o Espírito Santo Santificador da Igreja Católica, também chamada de Povo de Deus Peregrino sobre a Terra.
3) Deus visto pela Modernidade ( Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
A Idade Moderna tem início com diversos movimentos, tais como, a Reforma Protestante(contrária a muitos princípios da Igreja Católica), o Mercantilismo(nascido da burguesia da Idade Média), o Renascimento e o fluxo de idéias e ideais do Iluminismo – igualdade, liberdade e fraternidade – que culminaram na Revolução Francesa (1789). Tais movimentos mostraram uma nova visão-de-mundo, de homem e de sociedade. E consequentemente, uma nova visão-de-Deus. Deus era algo ou Alguém Racionalista, Científico, Tecnológico, que Projetara o homem e a mulher, a Terra, a Natureza, a Criação e o Universo, para crescerem e evoluirem infinitamente e assim serem eternamente livres e felizes. Ou seja, quando a deusa-Razão ocupa o lugar de Deus na Catedral de Notre Dame, em Paris, apresentava-se ao mundo inteiro o deus humano que o homem e a mulher projetaram para substituir o Deus Imortal, Real e Tradicional. Desde então, o Materialismo propagou-se internacionalmente sob a influência do Racionalismo e do Cientificismo modernos.
4) Como os contemporâneos imaginam a realidade divina ( Séc. XVIII d.C. até os nossos dias atuais )
A Revolução Francesa(1789), a Revolução Industrial(Inglaterra), o Partido Comunista fundado por Karl Marx e Engels, o Existencialismo(França e Alemanha), o Cientificismo(a Ciência como critério de verdade), os Meios de Comunicação Social, a ascensão da Ciência e da Tecnologia, o Rádio e a Televisão, o Telefone Celular, a Era da Informática(Computador,Internet), o Humanismo e o Historicismo(uma nova consciência do homem, do mundo, do tempo e da história), a multiplicação de seitas e diferentes credos religiosos, a abertura e renovação da Igreja Católica com o Concílio Vaticano II, ao lado do crescente ideal ateísta, relativista, indeterminista, ceticista, niilista e individualista – características do tempo atual – condicionaram, por um lado, a boa-fé do ser humano, e, por outro lado, a indiferença, a negação e a impossibilidade da existência de Deus no meio da sociedade contemporânea. Hoje, portanto, o mundo humano, natural e cultural está dividido entre ateus e não-ateus.
5) Deus nos dias de hoje ( Séc. XX e Séc. XXI )
Atualmente, como em toda a trajetória da vida da humanidade, a idéia de Deus parece subordinada e dependente da visão-de-mundo, de homem, de mulher e de sociedade, características, em todos os tempos e lugares da história humana, da produção cultural, racional ou não, que o ser humano constrói dentro da sociedade deste mundo temporal e histórico no qual vivemos.
Em outras palavras, o homem e a mulher dão origem à idéia de Deus. E por conseguinte, segundo tal ponto-de-vista humano, Deus, hoje, é Global e Diferencial. De acordo com a visão de cada um e a mentalidade desenhada em toda a sociedade, Deus pode ser individualizado ou generalizado. Obedece pois às diferenças de cada pessoa humana como também acontece na consciência ou inconsciência coletiva geral de todas as sociedades humanas atuais. Deus pois é global e diferencial. Serve a todos e a cada um. É manipulado por todos e por cada um.
Restam-nos algumas questões que ainda não foram resolvidas pela humanidade global ou diferencial:
1)Deus criou o homem e a mulher, ou foi criado por eles no decorrer de toda a história das sociedades humanas atuais e tradicionais ?
2)Deus pode e deve ser manipulado, instrumentalizado e racionalizado pelo homem e pela mulher ?
3) Deus intervém ou interfere ou não na vida, na natureza, no universo e na história da humanidade ?
4) Deus tem ou não vida própria ?
5) Deus é real ou racional ? É realidade espiritual ou apenas um mero sonho metafísico da humanidade ?
6) Deus é apenas um boneco na mão do homem e da mulher, ou tem uma vida própria e pessoal, ou se identifica de fato com uma realidade espiritual consciente e natural, e verdadeiramente transcendente ?
Responda você mesmo a estas interrogações.

Finalização

A História da humanidade tem nos revelado que a visão cultural do homem e da mulher sobre as diferentes faces da realidade é que criou até hoje a idéia de Deus que mantemos em nossa consciência humana e natural. Todavia, uma pergunta oportuna nos interessa neste momento, aqui e agora: Idéia de Deus ou Realidade Divina ? Deus criou ou é criado pelo homem e pela mulher ?
Esta resposta deve ser dada por cada um de nós pessoalmente.
Logo, o debate e a reflexão permanecem.
A Luta continua.
Que o Senhor Deus nos ajude a compreendê-Lo.
Que o Senhor Deus nos ajude igualmente a entender a racionalidade humana, que interpreta a tudo e a todos. Falta-lhe, porém, ainda hoje, a humildade em conhecer a verdade e reconhecer de fato que Deus é a Razão Superior e a Inteligência Suprema, Autora da Vida, Criadora do homem e da mulher, Genitora da natureza e do universo, Senhora do tempo e da história, Deusa de toda a eternidade.
Que Ela, Deusa e Senhora, nos ajude e nos abençôe sempre.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Arte de Filosofar

6. A Arte de Filosofar

6.1. Laboratório de Filosofia
Pesquisa de Ordem Filosófica A Nova Filosofia Brasileira 1) Alguém Superior 2) Glória da Conceição – História de uma Mãe 3) A Lei do Pensamento 4) A Origem das Idéias 5) O Processo de Formação da Consciência Pensante 6) O Direito Sexual 7) Guia prático de saúde e bem-estar para uma vida saudável 8) A Relação Médico-Paciente / Aberrações de um comportamento 9) A Lei Natural 10) Os limites da natureza humana 11) A Ordem natural de todas as coisas 12) O Movimento eterno da vida 13) O Equilíbrio do Universo 14) Educação Libertadora 15) O Professor, o aluno e a Pedagogia Eustática 16) A Boa consciência, a reta intenção e os atos conseqüentes 17) O Princípio da consciência, a lei natural e os fatos sociais 18) Projeto de vida espiritual 19) A Providência Divina 20) A Religião do Coração 21) O Deus da Vida 22) Poder e Margem - Relações de Exclusão 23) A Criação do Novo – limites, tendências e possibilidades 24) Os fundamentos da linguagem 25) A Origem de Deus 26) O Mito da Racionalidade 27) A Ideologia do EU 28) A Dialética Mental 29) A Subjetividade Objetiva 30) Natureza e Cultura 31) Projeto Recomeçar
32) Criar Amigos 33) O Bem de todos 34) O Bem e a Bondade – Ser bom e fazer o bem 35) Trabalhar com alegria 36) Fazer bem todas as coisas 37) Identidade e Diferença 38) Realidade e Interpretação 39) Visão Global e Diferencial 40) Mulher – A Beleza Sexual 41) O Discurso do Silêncio 42) A Casa da Morte 43) O Hospício do Pinel 44) A Lógica do Concreto 45) A Lei do Encaixe 46) Eternidade 47) A Bengala da Glória 48) O Perfume da Rosa

ESQUEMA DE LIVRO: 1) Laboratório de Filosofia 2) Propague-se/Divulgue-se/Publique-se 3) Estrutura Metodológica e Sistemática do Discurso Filosófico 4) Laboratório de Filosofia/Pesquisa de Ordem Filosófica/A Nova Filosofia Brasileira 5) Créditos 6) Índice 7) Introdução 8) Síntese e Análise do conteúdo filosófico 9) Conclusão

6.2. A Lei do Pensamento – 1) Penso, para conhecer. 2) Conheço, para descobrir a verdade. 3) Descubro a verdade, para ser livre. 4) Atinjo a liberdade, para ser feliz. 5) Chego à felicidade, para ser eterno. 6) Mergulho na Eternidade, para me encontrar com Deus, o Senhor. 7) Encontro-me com Deus, o Senhor, no interior do silêncio. 8) No silêncio, desejo pensar. Estas são as 8 leis do pensamento.
6.3. A Ordem do Pensamento

A Racionalidade humana tem como uma das suas funções principais a capacidade de ordenar o caos, organizar as idéias, estruturar o pensamento e sistematizar, sintetica e analiticamente, símbolos, valores e vivências, idéias e ideais, teorias e práticas, do homem e da mulher, criaturas de Deus, o Senhor, Inteligência Suprema, Razão Superior, Criador, o Autor da Vida.
Pensar ordenadamente,
organizadamente,
logicamente,
sinteticamente,
analiticamente,
estruturalmente,
sistematicamente: eis a tarefa fundamental do pensamento, que, deste modo, cria a vida, soluciona problemas,
enfrenta obstáculos, supera barreiras, ultrapassa preconceitos e superstições, transcende limites, definições, determinações e condicionamentos, proporcionados pelo tempo presente e pela história humana, no cotidiano da vida.
Assim, o conhecimento é melhor adquirido, mais facilmente alcançado, vencendo a confusão mental e a complicação racional, abrindo pois as portas da liberdade do pensamento reflexivamente vivido.
Outrossim, realiza-se desta maneira a felicidade do homem e da mulher, com suas causas, intenções e finalidades
gratuitamente possibilitadas.
Boas idéias, bons pensamentos e bons ideais são origem de saúde e bem-estar para a humanidade, fonte de respeito e sinal de responsabilidade, melhor liberdade e maior felicidade para todos, ponto de equilíbrio entre o juízo e o bom-senso, os quais honram, bendizem e glorificam a Deus, o Senhor, Mente Superior, base radical do pensamento humano e princípio fundamental da razão presente e insistente no homem e na mulher.

6.4. A Origem das Idéias - A Adequação do pensamento com a realidade produz o conhecimento (idéias). Na verdade, o conhecimento nasce quando a ra cionalidade, através dos sentidos, apreende ou abstrai o real, o objeto concreto da realidade sensível. Tal processo de construção do conhecimento (idéias) é chamado de Teoria da Abstração ou Apreensão.
6.5. A Presença da Mulher na constituição do Pensamento Filosófico Brasileiro, segundo o Professor Joaquim Teixeira Batista das Neves

A Nova Filosofia Brasileira se apresenta como lugar de encontro de diversos pensadores locais, regionais e globais, dentre eles se destacam mulheres (filósofas) , que incluíram na atual filosofia brasileira terminologias novas, de significados profundos, determinantes na produção moderna do pensamento brasileiro. Novas terminologias, conceitos e definições, geradoras de novas idéias, novas teorias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Palavras, tais como: dependência, eustático, insofismático, alienação cultural, prisões ideológicas, racionalidade mítica, subjetividade objetiva, segurança dialética, indefinição epistemológica, relatividade axiológica, fenomenologia inconsciente, dogmatismo hermenêutico, lógica do concreto, imortalidade metafísica, ontologia do singular, visão global e diferencial, teleologia da história, terapia filosófica e outros termos de origem filosófica. Para isto, colaboram ainda hoje Professoras de Filosofia, muito conhecidas nacional e internacionalmente, como por exemplo Marilena Chauí, Vera Lúcia Vidal, Vânia Ferreira, Creusa Capalbo, Eliane Portugal, Kátia Muricy, Ana Maria Garcia, Nilce Bernadete, Creusa Brito Feitosa, Maria da Conceição Rachid, Grétia Viana Novaes e Celise Barreiros Laviola.
Hoje, neste momento, o Pensamento Filosófico Brasileiro espalha-se pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, por todo o Brasil e o mundo inteiro.
Crescendo, progredindo e se desenvolvendo, a nova e original filosofia brasileira tende a ser, no meio de nós, um caminho aberto, renovado e libertador, a partir do qual certamente o povo sofrido e trabalhador brasileiro encontrará a solução para seus problemas mais urgentes, a resposta positiva e otimista para seus desejos mais necessários, destruindo então preconceitos e superstições, e construindo uma nova mentalidade cultural, uma cultura viva, onde os conceitos, idéias, valores e vivências articulem uma sociedade mais livre e feliz, abençoada por Deus, o Senhor.
Parabéns âs mulheres pensadoras do Brasil.

6.6. Aristóteles e Paulo Freire: Ética na Educação

O Pensamento Aristotélico e o Pensamento PauloFreiriano relacionam-se, interagem, possuem uma mútua reciprocidade em suas idéias sobre a ética ligada à educação.
Entendendo ética como o comportamento consciente do ser humano, tendo em vista valores e vivências respeitosas e responsáveis; e educação como o processo de ensino-aprendizagem desses mesmos valores e vivências, no sentido de obter um comportamento, como disse, consciente, respeitoso e responsável, podemos afirmar que Aristóteles e Paulo Freire assemelham-se propriamente em seus pontos-de-vista comuns, onde a ética na educação tem um papel bastante específico, de caráter global, regional e local.
Segundo Aristóteles, o naturalismo é a base fundamental da educação, proporcionando ao homem e à mulher um sentido ethos(ético), em que o significado natural dos seres e das coisas, animados e inanimados, e da vida humana, favorecem o comportamento de indivíduos e grupos sociais, que então passam a agir segundo a sua natureza própria, o seu meio-ambiente ecológico, nela, com ela e para ela. Assim, a natureza influencia o comportamento ético, que é fundamentado por uma educação natural.
Em Paulo Freire, a educação libertadora se dá política, econômica, social e culturalmente, a partir pois da natureza material e imaterial, onde as pessoas envolvidas em tal processo educador, juntas e unidas, individual e comunitariamente, buscam criar e desenvolver mecanismos de libertação corporal, mental e espiritual, utilizando-se de símbolos, idéias, valores e vivências da própria comunidade local, regional e global, dentro da qual estão inseridas.Desde então, as atitudes destas pessoas se originam de uma educação naturalmente realista- naturalismo e realismo - libertadora, transformadora, na qual se procura um caminho maior e melhor de saúde, educação e bem-estar para todos.
Paulo Freire e Aristóteles- realismo e naturalismo, libertação e globalização –trabalham no sentido de influenciar, fortemente, os atos concretos das sociedades humanas,, a partir justamente de uma educação naturalista e realista, global e libertadora, humanista e transformadora da realidade local, regional e planetária, no interior das quais se encontram, procurando deste modo um caminho novo, aberto, livre e feliz de ordem e progresso, saúde e bem-estar para todos e cada um dos membros da sociedade humana.

6.7. Ética e Educação na Fenomenologia de Heidegger

Segundo a Fenomenologia Heideggeriana,o homem e a mulher são um complexo de possibilidades.
Isto significa dizer que, ambos, como seres-no-mundo, seres-aí, seres no tempo e na história, limitados pela finitude temporal, portanto, finitos e limitados, ainda assim têm um caráter tendencial, alternativo, possibilitador de novas conquistas, novas idéias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mesmo limitado pela finitude do tempo e pela obscuridade da morte, o ser humano é possibilidade, tendência, opção, alternativa, em que pode buscar outros caminhos de vivência e sobrevivência humana. Deste modo, educar fenomenologicamente é educar conscientemente para o fluxo de possibilidades que oferece a vida humana, ainda que limitada pela história, definida pelo tempo presente e finita na sua espacialidade e temporalidade.Logo, a existência humana é um complexo de possibilidades: liberdade possível, bem-estar possível, felicidade possível, mesmo que determinada pela finitude temporal e as limitações histórico-espaciais.
Heidegger e sua fenomenologia contribuem eficazmente para uma boa ética na educação, onde as tendências e possibilidades do ser humano são ilimitadas e infinitas, embora nos limites e finitudes do tempo e da história.

6.8. Pensamentos Filosóficos - 1) O Silêncio, o movimento e a paciência manifestam a sabedoria de Deus no dia-a-dia das pessoas. 2) Pense, antes de realizar. A reflexão deve estar antes do acontecimento. Jamais pense ou reflita depois do seu comportamento, ou após os fenômenos realizados. 3) A vida espiritual deve estar em primeiro lugar na nossa vida. Depois vem a vida mental. E, por último, a vida corporal. Estabeleça uma hierarquia de valores no seu cotidiano. Primeiro, sempre, Deus, o Senhor. 4) Que o bem e a luz e a paz sempre acompanhem a sua vida. 5) As mulheres fazem bem a saúde dos homens. Ponha as mulheres na sua vida. Elas são a graça de Deus no meio de nós. Elas são na verdade a alegria dos homens. Deus, o Senhor, quis assim. 6) Trabalhe com alegria e faça bem todas as coisas. 7) Seja sempre bom e faça sempre o bem. 8) Siga sempre a lei natural: faça o bem e evite o mal. 9) Que a boa consciência, a boa intenção e os bons atos reflitam o seu viver, o seu convívio com as pessoas e toda a sua existência. 10) Ajude-se ajudando os outros. 11) Amando-se a si mesmo (auto-estima) você aprende a amar a Deus, o Senhor, e as pessoas ao seu redor, mais e melhor. 12) Glorifique e bendiga sempre a Deus, o Senhor, pelos benefícios e maravilhas na sua vida. 13) A Paciência é a mãe das virtudes. 14) Siga sempre a natureza. Naturalmente, viva, conviva, pense, sinta, se comporte, pratique seus atos. Viva em harmonia com seu meio-ambiente. Seja natural. Porque Deus, o Senhor, é natural. Porque o universo é natural. Porque a vida é natural. O homem e a mulher são naturais. Com equilíbrio e segurança, percorra o caminho da natureza. Alimente-se naturalmente. Faça da natureza o sentido da sua vida. Deste modo, o bem e a paz habitarão o seu ser. 15) No seu convívio social, tenha sempre juízo e bom-senso. 16) Respeite os outros. 17) Seja responsável por suas atitudes. 18) Destrua preconceitos e superstições, e construa a liberdade e a felicidade para si e para os outros. 19) Faça de cada momento uma eternidade. Porque você é eterno. 20) Seja realista. Informe-se. Participe das novidades e notícias do seu dia-a-dia. Tome uma água e um cafezinho no botequim. Compre seus remédios na farmácia. Compre seu pão na padaria. Compre seu jornal no jornaleiro. Dê um passeio pela rua. Faça suas compras no supermercado. Converse com seus amigos. Ame suas mulheres. Dê um abraço no seu pai e um beijo na sua mãe. Brinque na praça com as crianças. Ajude os pobres. Reze e bendiga a Deus, o Senhor, glorificando-O por suas obras, maravilhas e benefícios. Trabalhe e estude com alegria. Na igreja, agradeça a Deus, o Senhor. No hospital, visite seus doentes. Em tudo, com todos, louve a Deus, o Senhor. No galinheiro, compre alguns ovos e namore as galinhas. No açougue, compre uma carne para a família. E que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado eternamente. Amém.

6.9. A Criação do Novo - A Criatividade é o motor da novidade. Vejamos como se situa o novo, dentro do contexto humano, natural e cultural. 1) limites - A produção da novidade é contrariada pelos preconceitos e superstições, confusão mental, mitos e crenças, obstáculos ao conhecimento e barreiras ideológicas. 2) tendências - abrir a mente, renovar o conhecimento e libertar a pessoa humana de suas prisões culturais. 3) possibilidades - progresso dos povos e evolução das nações, crescimento político, social, econômico e cultural, desenvolvimento científico e tecnológico, maior liberdade e maior felicidade, melhor juízo e melhor bom-senso, mais saúde e bem-estar para todos.

Ponto-de-vista/Visão global e diferencial - Em nossas reflexões humanas, naturais e culturais, devemos ter, ao mesmo tempo, um olhar globalizante sobre a realidade e um olhar sobre as diferenças que a envolvem., a fim de que nossas sínteses e análises reais e racionais apreendam de fato a verdade dos fenômenos concretos, tornando certo o conhecimento verdadeiramente possível. Deste modo, de posse da verdade real, chegaremos à liberdade existencial, e, por conseguinte, atingiremos a felicidade completa, saudável e libertadora. Ou seja, a visão do todo pressupõe necessariamente a visão das partes, o olhar global precisa antes do olhar diferencial. Assim, conseguiremos perceber perfeitamente a realidade, interior e exterior, com seus problemas e interrogações , de um lado, e suas soluções e respostas positivas e otimistas, por outro lado. Quando o racional compreende inteiramente o real, no todo e nas partes, global e diferencialmente, absoluta e relativamente, estamos então diante do sentido da vida, a razão de viver, mergulhando desta maneira na função humana existencial propriamente dita, cuja complementação se dá no mergulho em Deus, o Senhor, objetivo final da nossa vida.

A construção do comportamento humano - O homem e a mulher, quando agem em sociedade, atuam movidos por sua liberdade, sendo esta condicionada pelos desejos humanos e suas necessidades naturais. Tais desejos e necessidades refletem no ser humano, por um lado, o universo biológico ou genético que o envolve, e, por outro lado, o universo social ou ambiental no qual está inserido. Então, neste momento, entra em ação a liberdade humana, a qual opta ou escolhe o bem ou o mal. Esta é a lei natural, ou seja, faça o bem e evite o mal. A lei natural, por sua vez, determinará a consciência humana, sua intencionalidade final e seus atos conseqüentes. Assim, a liberdade humana, em um ambiente social bom ou mal, faz a opção, consciente e intencionalmente, comportando-se ou de modo virtuoso ou de maneira viciosa. A liberdade, em função da lei natural, condicionada pelo ambiente social, opta pelo bem ou pelo mal. Portanto, o bom ambiente faz a boa pessoa. O mau ambiente faz a péssima pessoa. Outrossim, cabe salientar que a lei natural (procure o bem e a paz, e não pratique o mal nem a violência) foi criada por Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida. Deste modo, o homem de Deus sempre será bom, e praticará o bem e a paz. Igualmente, a mulher de Deus.

6.10. Realidade e Interpretação

Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.

6.11. Realidade e Interpretação - Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.


6.12. Paidéia – A Formação do homem grego
Projeto educacional para o homem atual

Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.

6.13. Epistemologia – Teorias do Conhecimento

1) Realismo
2) Idealismo
3) Racionalismo
4) Empirismo
5) Dogmatismo
6) Ceticismo
7) Absolutivismo
8) Relativismo
9) Estoicismo
10) Hedonismo (Epicurismo)
11) Ecletismo
12) Niilismo


6.14. O Mecanismo lógico, estrutural e
sistemático de equilíbrio e desenvolvimento
da ordem existencial do ser

a) A Voz do Silêncio
b) O Vazio da Essência
c) A Aparência do Nada
d) O Pensamento Vivo
e) A Presença da Ausência
f) A Consciência do Universo
g) A Ordem da Natureza
h) O Corpo Espiritual
i) A Realidade Global

6.15. A Dialética Mental

O Processo de produção do conhecimento (idéias) se realiza dialeticamente, ou seja, por meio de contrários, novos contrários ou contradições.
Uma idéia origina uma teoria, que, por sua vez, produz uma ideologia.
Tal movimento construtor de idéias, teorias e ideologias se faz dialeticamente, quando então através de novidades e novos contrários ou contradições, novos pensamentos são criados, os quais, igualmente, produzem novos pensamentos.
Dialeticamente, a TESE produz a ANTÍTESE, a qual, por seu lado, gera a SÍNTESE.
Esse mecanismo dialético articulador é o responsável, na história da humanidade, pela descoberta de novos conhecimentos, que também descobrem outros novos conhecimentos.
A Dialética é o motor descobridor de novos conhecimentos.

6.16. A Metodologia Epistemológica

Do Insofismático para o Eustático
O Movimento de descobrimento do
conhecimento verdadeiramente possível

Descobrir a verdade, e o fundamento da verdade: eis o objetivo final de todo conhecimento verdadeiramente possível.
Insofismar, ou seja, realizar o desvelamento da verdade: eis a luz vital que possibilita abarcar todo e qualquer conhecimento verdadeiramente possível.
Eustatizar, ou melhor, encontrar a luz da verdade: eis osentido fundamental
que proporciona abraçar toda e qualquer ciência realmente viável.
Com efeito, segundo a natureza humana, o conhecimento tem limites, é possível de acordo com os mesmos limites, tendências e possibilidades da razão ou inteligência do homem e da mulher.
Tal possibilidade do conhecimento é alcançada pela metodologia insofismática e eustática.
O Método insofismático busca conhecer a verdade possível.
O Método eustático procura o fundamento desta mesma verdade possível.
Por que conhecimento verdadeiramente possível ???
Porque, quanto ao conhecimento, a razão humana tem limites, além dos quais não é possível a ciência ou o conhecimento verdadeiramente possível.Em outras palavras, a ciência ou o conhecimento necessita de juízo e bom-senso, de um tal estado de racionalidade que propicie a descoberta da verdade e de seus fundamentos vitais.
Esse movimento epistemológico – da verdade insofismática para o fundamento da verdade eustática – realiza de fato o conhecimento verdadeiramente possível.

6.17. Filosofia do Conhecimento - Fundamentos Filosóficos do Conhecimento Verdadeiramente Possível 1) O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).


6.18. Consciência Eustática e Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.


6.19. Filosofia do Conhecimento - Fundamentos Filosóficos do Conhecimento Verdadeiramente Possível 1) O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).


6.20. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.