quarta-feira, 27 de julho de 2011

Palavras de Vida

Palavras de Vida
A Realidade Cotidiana
Uma luz no seu Caminho

1. Recomeçar

Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Páre, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.

2. O Grande problema
é não ter problemas

Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.

3. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem

A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.

4. Experiência
A Escola da Vida

Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Comfúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.

5. Raios de Sol

Enquanto houver luz sempre haverá vida.
Existe vida no meio de nós porque o Sol continua a brilhar todos os dias, em todos os tempos e em todos os lugares.
Somos como raios de luz do Sol, iluminando o nosso ambiente de família e trabalho com as coisas boas da vida, como por exemplo o beijo na namorada sempre que a encontramos, o abraço nos amigos quando nos deparamos com eles, o carinho e a atenção com a esposa e os filhos em casa, o conselho animador para um colega de trabalho, o gesto de bondade com a doente no hospital, a generosidade com os pobres da rua, a solidariedade com quem tem necessidade da nossa ajuda de vez em quando, a atitude fraterna diante de quem está triste ou desanimado, aflito ou desesperado, dar a mão a quem precisa, colaborar com o bem-estar da sociedade em que nos inserimos atualmente, cooperar com grupos de ajuda em eventos e campanhas em prol do bem-comum da humanidade, o respeito devido a quem quer que seja, as ações justas e pacíficas para o bem de todos e cada um de nosso convívio cotidiano, a oração junto a Deus a fim de favorecer parentes, amigos e familiares, as boas idéias e conhecimentos que compartilhamos uns com os outros, as ótimas experiências que nos faz interagir e beneficiar pessoas de nossa intimidade ou não, a melhoria de nossas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, a transparência ética e espiritual em nossos comportamentos e relacionamentos, o bem que fazemos e a paz que vivemos socialmente, as nossas atividades políticas que fazem bem à comunidade, a nossa consciência ambiental e as nossas práticas culturais que ajudam o mundo a ser mais livre e feliz, justo e fraterno, ordeiro e pacífico, amigo e generoso, solidário e contente, alegre e otimista, equilibrado e racional, cordial e contente.
Enquanto houver essa luz que ilumina e fortalece a todos a vida sempre sorrirá, será feliz e otimista, alegre e contente.
Esses raios de Sol devem encontrar em nós uma alternativa de seguimento e fidelidade capaz de tornar possível a permanência dessa luz entre nós.
Sim, nós precisamos ser esses raios de Sol.
Assumir essa condição luminosa, esse reflexo do Sol, essa luz brilhante que direciona para o bem e a paz o caminho dos homens e das mulheres deste Planeta Global, o que certamente contagiará a todos, proporcionando-lhes mais felicidade pessoal e coletiva, tornando-nos pessoas também de luz, raios de Sol, raios da bondade do Criador e luzes de bem para todos os que precisam de uma força para vencer e de uma energia para caminhar.
Enquanto houver luz a vida permanecerá, crescerá e evoluirá fazendo a felicidade de todos.
Por isso, sejamos luz e não trevas para os outros.
Sejamos os raios desse Sol humano e divino, natural e espiritual.
Rejeitemos a violência.
Não abracemos a maldade nem a agressividade.
Sejamos do dia, e não da noite.
Enquanto houver Sol, e os raios desse Sol, poderemos ser felizes aqui e além, no céu e na terra, no tempo e na eternidade.
Só nos basta o compromisso de ser luz para os outros, ser raios de Sol levantando os caídos e deprimidos, erguendo os medrosos e aflitos, animando os tristes e angustiados, encorajando os doentes e desesperados.
Feito esse compromisso com o Sol, o Autor da Vida, poderemos gozar da verdadeira felicidade eterna unidos à sociedade do bem e à humanidade da paz.
E seremos felizes.

6. Seja Otimista

Na Vida, tenha sempre otimismo, sobretudo nas horas de contradição, nos momentos de dificuldade e nos instantes de adversidade.
Seja bom com as pessoas.
Crie novos amigos.
Sorria sempre.
Seja alegre em seus ambientes de família e trabalho.
Seja feliz fazendo os outros felizes.
Seja contente espalhando o bem e a paz na sociedade.
Construa sempre, ao invés de destruir.
Seja criativo em suas obras.
Produza boas idéias.
Gere bons conhecimentos.
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas.
Seja interativo.
Compartilhe com os outros os seus problemas e os seus pontos de vista.
Colabore com o bem-estar da humanidade.
Coopere com a saúde ambiental e ecológica do Planeta.
Seja fraterno e solidário, amigo e generoso com quem quer que seja, em quaisquer situações de vida e em todas as circunstâncias de existência.
Ame, respeite e valorize a Deus, a si mesmo e aos outros também.
Namore e paquere as mulheres.
Brinque como as crianças.
Entusiasme-se como os jovens.
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos.
Respeite para ser respeitado.
Seja responsável por seus atos.
Tenha sempre equilíbrio e bom-senso.
Seja livre dando condições de liberdade para os outros.
Tenha juízo sempre.
Seja uma pessoa de fé.
Faça da oração o sentido da sua vida.
Acredite em Deus e confie no Senhor.

7. O Equilibrista

Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no início da década de 80, conheci um cidadão brasileiro famoso por ser conselheiro espiritual de muitas pessoas daquela região mineira. Chamavam-no de o Equilibrista, por suas atitudes sóbrias, seu bom-senso na resolução de conflitos e distúrbios sociais e interpessoais, seu comportamento sensato na direção de grupos e indivíduos, seu controle mental e emocional diante dos problemas da realidade cotidiana, seu domínio do ego perante os relacionamentos com que mantinha com os seus amigos e parentes, colegas de trabalho e familiares dentro de casa.
Seu nome era Paulo Feijó de Oliveira Albuquerque, que com seus quase 50 anos de vida e longa experiência em solução de controvérsias e resposta positiva e otimista a muitas perguntas inquietantes, questionadoras das boas ações humanas, das virtudes mais importantes vigentes na sociedade, dos valores das consciências tidas como seguras, confiáveis e de crédito reconhecido por todos, e das vivências de quem aparentemente agia como se fosse a pessoa mais importante do mundo, de prática exemplar em seu ambiente de existência e de experiência tão virtuosa que não deixava erros em sua conduta exteriormente excelente, quase perfeita em relação a todos com os quais convivia diariamente.
Paulo Feijó, conhecido como o Equilibrista, vivia entre o certo e o errado, o bem e o mal, o óbvio e a diferença, o bom e o ruim, o gostoso e o amargo, o belo e o feio, o falso e o verdadeiro, assumindo pois em seu dia a dia um comportamento que se dizia equilibrado, visto que a todos tinha uma palavra amiga, um conselho espiritual razoável, uma orientação psicológica inteligente, a sensatez de um direcionamento mental bem racional, o bom-senso de uma consciência que decidia sempre em favor do bem e da paz, levava todos a ser bons e amigos das pessoas, propagando assim a bondade da relações e a concórdia das amizades sinceras e honestas, a saúde física, mental e espiritual baseada na alegria de viver, no otimismo de quem sabe o que quer, do sorriso nos lábios de quem sempre feliz e contente com a vida espalhava ao seu lado e ao seu redor a generosidade que tudo salva, a fraternidade que tudo liberta e a solidariedade que tudo ajuda, o que eliminava em ambientes contrários a violência das atitudes e a maldade de ações adversas entre si, contribuindo na verdade para um mundo mais feliz, uma sociedade mais ordeira e pacífica e uma humanidade decididamente mais fraterna e solidária entre si.
Paulo Feijó assim com seu equilíbrio de vida e bom-senso de existência consertava o desregramento cotidiano de famílias inteiras e de comunidades numerosas, ajudando-as de fato a viverem de bem com a vida e em paz consigo mesmas, através de operações reais onde se sublinhava o bem que devemos fazer às pessoas, a bondade nos relacionamentos, e a amizade e a concórdia de quem faz dos amigos que cria o segredo do tempo e da história e a chave da felicidade, a partir de ações em que se destacavam a busca da liberdade social e individual, o respeito mútuo e a responsabilidade no convívio entre grupos e comunidades.
Assim era Paulo Feijó, o bom mineiro.
O Equilibrista.
Que administrava bem a sua imaginação diante da loucura dos vizinhos, que se perdiam na violência cotidiana, discutindo com amigos e familiares, brigando constantemente com adversários, confusos em suas cabeças, de comportamentos complicados e doentios, revelando as anomalias de uma patologia psicológica bastante grave.
No entanto, Paulo Feijó sempre mantinha o equilíbrio necessário ao seu bom comportamento cotidiano, usando o seu bom juízo e bom-senso para resolver conflitos, consertar os maus relacionamentos em torno de si, solucionar as contradições diárias e noturnas que invadiam o seu ambiente de boas maneiras e grandes atitudes, e responder assim de modo inteligente às perguntas da vida moderna, aos questionamentos de sua época e às interrogações de seu momento presente.
Eis Paulo Feijó, o Equilibrista, com o seu bom-senso razoável solucionador dos problemas mais graves e angustiantes do dia a dia tais como brigas de namorados, conflitos familiares, choques de casais, desordens mentais e emocionais, indisciplina moral e espiritual, desemprego e falta de trabalho, distúrbios sexuais, desorganização das idéias e do pensamento, conhecimentos inadequados e ausência de discernimento para se fazer a devida diferença entre as coisas.
Com seu exemplo de vida, o Equilibrista me ensinou hoje a viver bem a vida, construindo a paz ao meu lado e propagando a cultura da bondade em meu dia a dia como forma de combater a maldade das pessoas e a violência da sociedade.
Também eu aqui e agora busco sempre o equilíbrio em meus momentos de família e trabalho e em meus instantes de rua e de supermercado, no diálogo com conhecidos e na boa amizade com indivíduos que encontro pelo caminho.
Obrigado, Senhor, por Paulo Feijó, o Equilibrista.

8. A Filosofia das Águas

Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.

9. A Escola das Tartarugas

Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.

10. Viva a diferença!

Se o seu dia a dia vai mal, então semeie o bem e seja bom com as pessoas.
Seja diferente!
Se no seu local de trabalho ou no seu ambiente de família, todos lhe são adversos ou contrariam você, ou discordam da sua maneira de viver e se comportar, então crie as condições necessárias para que a paz e a concórdia reinem ao seu lado e em torno de você.
Seja diferente!
Diante da tristeza e da angústia, seja alegre e contente.
Seja diferente!
Perante a maldade e a violência cotidianas, ilumine e fortaleça os outros.
Seja diferente!
Se o clima está pesado com a doença e a enfermidade em sua volta, então sorria para as pessoas, anime os desanimados, motive os deprimidos, incentive os aflitos e perturbados, console os desesperados e se aproxime de quem está aparentemente infeliz.
Seja diferente!
Se na sua frente só há destruição e tragédia, briga e confusão, então gere amor e amizade, construa o direito e a justiça, pratique o respeito e a responsabilidade, produza o equilíbrio, o juízo e o bom-senso.
Seja diferente!
Na falta de fé, acredite em Deus.
Na dúvida e incerteza, confie no Senhor.
Na insegurança e instabilidade, seja firme fazendo o bem e seja forte construindo a paz.
Seja diferente!
Se o mal-estar invade a sua alma e a sua casa, tenha calma e espalhe a tranqüilidade, gere um ambiente seguro e confiante em si e em seu círculo de amigos.
Seja diferente!
Construa ao invés de destruir.
Em meio à divisão entre grupos e indivíduos, seja amigo e generoso, fraterno e solidário.
Se o orgulho e o egoísmo prevalecem, prefira a o amor e a humildade.
Se os complicados confundem, use a simplicidade para iluminar e a inteligência para fazer a diferença entre as coisas.
Seja diferente!
Seja luz onde existe a escuridão.
Seja alegria onde invadir a tristeza.
Seja entusiasmo onde houver a fraqueza.
Seja corajoso onde insistir a covardia.
Seja amor e vida onde imperam o ódio e a morte.
Seja bom quando fazem o mal.
Gere bem diante dos seus contrários e adversários.
Faça o jogo do bem diante do mal.
Utilize a malandragem do bem nessa hora.
Seja diferente!
Você não é obrigado a ser feio e ruim, por isso escolha ser bom e bonito.
Troque o seu pessimismo pelo otimismo de quem está de bem com a vida, e o seu negativismo pelo pensamento positivo de quem curte com prazer e alegria as boas coisas que a vida tem.
Eleve a sua auto-estima e elimine o seu baixo-astral.
Seja diferente!
Seja amigo da verdade e inimigo da mentira.
Procure a liberdade onde só há escravidão.
Busque a felicidade sempre e a guerra jamais.
Construa saúde perante a doença que lhe ameaça.
Arrisque no bem que você constrói e na paz que você vive, quando os conflitos forem fabricados e as contradições forem industrializadas.
Que Deus o ajude quando a maldade lhe perseguir e a violência desejar estragar a sua vida.
Deus existe.
Mas o mal também.
Seja diferente!

11. A Cultura do Descartável

Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.

12. A Bagunceira

A Vida é uma Criança
Criança gosta de brincar
Da brincadeira surge a bagunça
Com a bagunça, a casa fica desarrumada
Nasce o desejo da ordem
Com a ordem, se disciplinam as coisas
Através da disciplina, se organiza tudo e todos
A Dança da esperança é a bonança da criança
Vivemos de sonhos
Sonhos que devem se realizar
O Ciclo natural da história:
Bagunça e ordem
Trabalho e descanso
Movimento e repouso
Mobilidade e constância
Dinâmica e permanência
Operação e estabilidade
O Mundo é lógica e dialética
Ordem e caos
Regra e confusão
Norma e complicação
Direito e falsidade
Verdade e mentira
Justiça e injustiça
A Natureza possui as suas leis
As suas leis são os seus limites
Seus limites são o equilíbrio
O Equilíbrio é o bom-senso
Bom-senso é autocontrole
Autocontrole é autodomínio
O Bom juízo é algo natural
O Universo é infinito
Seu princípio é eterno
Eterno é o seu Organizador
A Vida,
uma Eterna Bagunceira,
que bagunça tudo para depois ordenar.
Assim são os fatos históricos,
acontecimentos desordenados em sua origem
para depois serem disciplinados pela racionalidade humana e organizados pela consciência inteligente do ser vivo criado por Deus.
Vivemos de possibilidades,
que interferem na realidade cotidiana e intervêm no destino dos povos.
Nossa existência humana,
natural e cultural,
social e política,
econômica e financeira,
é definida pelo bem ou pelo mal,
opções que devem ser feitas por nós.
No equilíbrio da natureza e no bom-senso da mente humana
se encontram o segredo do sucesso e a chave da felicidade.
O Bom caminho da vida
nos indica o sorriso como cura de nossos males,
a alegria como remédio de nosso mal-estar
e o otimismo como o melhor médico para a nossa saúde física, mental e espiritual.
Quando somos amigos das pessoas,
fraternos com os necessitados,
solidários com quem precisa de nós
e generosos com os fracos e pobres,
a vida então se coloca ao nosso lado
e Deus nos abençoa com inúmeros favores e benefícios sem fim.
No silêncio,
a bagunça se transforma em ordem.
Com a paciência,
dominamos nossas adversidades.
Se os contrários nos afligem,
ou se as contradições nos amedrontam,
ou se os antagonismos nos causam pânico,
ou se a violência e a morte se apresentam à nossa porta,
então tenhamos fé,
rezemos,
e confiemos em Deus,
e acreditemos no Senhor.
A Vida é assim:
o bem ou o mal que devemos escolher.
A Paz ou a guerra
que devemos optar.
O Amor ou o ódio
que devemos preferenciar.
Como meninos que brincam
ou garotos que bagunçam,
vivemos de sonhos e esperanças,
dançamos a música da felicidade e da bonança
ou nos entregamos à cultura da morte ou à mentalidade da violência.
A Vida é feita de escolhas
porque nosso desejo é a nossa liberdade,
e somos livres optando pelo bem ou pelo mal.
Sabemos o bom caminho
mas somos nós que devemos fazer a boa caminhada.
Deus nos dá as condições,
todavia a liberdade é nossa.
Não basta caminhar,
é preciso ter as condições de caminhar.
Sim, necessitamos de Alguém que nos faça caminhar.
Precisamos de um Primeiro Motor.
Somos movimento,
a natureza nos direciona
e a razão faz o discernimento
nos colocando no caminho certo.
Precisamos de regras,
porém necessitamos igualmente de bagunça
para fazer as regras.
Tal a sabedoria da vida:
entre ordens e bagunças
construímos a existência,
fazemos a história
e criamos a boa eternidade.
Esse foi o jeito que Deus encontrou para nos trazer felicidade.
Felicidade, que é fruto da liberdade.

13. Um Bom Caminho
para 2011

Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor

domingo, 24 de julho de 2011

PIA

PIA
Princípio da Imaginação Alienante

Outro dia, durante a tarde, fui a uma LAN HOUSE na Tijuca, e ao chegar lá, por volta das 17 horas, encontrei aquele clima turbulento em sua parte interna, onde o barulho de rádios online e músicas virtuais se chocavam com o bate-papo ensurdecedor dos internautas e a gritaria dos companheiros de internet, criando então um ambiente aparentemente alienante, ou fazendo daquela mesma realidade de confusão de palavras e complicações imaginárias uma verdadeira atividade alienadora do cotidiano comum das pessoas que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que existimos.
Havia cerca de 30 indivíduos no interior daquele estabelecimento de conexão com a internet.
Além do quadro musical extravagante que achei, muitos ali, jovens e adolescentes, jogavam games, acessavam redes sociais como o Orkut, o MySpace, o Facebook e o Twitter, ou enviavam emails para os seus amigos, ou mergulhavam em sites e blogs, todos completamente conectados, ao ponto de não perceberem de fato na verdade quem estava do seu lado ou ao seu redor, parecendo inconscientes em meio a tantas conexões, quase que totalmente alienados do real pois seu mundo lá agora era justamente o irreal e o irracional, o fluxo imaginário de idéias e atitudes circunstancialmente fora de si, como se estivessem em uma “outra” realidade, desligados do dia a dia cá fora, imersos naquela situação de sonhos e fantasias misturados com relações cibernéticas e interatividades digitais, compartilhamentos eletrônicos e ambientes virtuais, o que de certo modo me fazia refletir dentro de mim próprio: “Esses caras, totalmente apagados da realidade, ausentes do cotidiano, fora de si, mergulhados em turbulências alienantes e ambientes alienadores, teriam de fato consciência do que estão fazendo nesse instante quase final da noite de um fim de semana frio aqui no Rio de Janeiro ? E suas famílias, e seus empregos na sociedade, e seus relacionamentos diários, e o seu dia a dia como estavam e como seriam ?
Segundo as estatísticas recentes do IBGE, essas pessoas sofriam do PIA, Princípio da Imaginação Alienante, que caracteriza comumente uma situação patológica, em que a imaginação do sujeito em exercício ativo e conflitante se torna doentia, ao ponto de cair na loucura da alienação da realidade da experiência cotidiana, fazendo o indivíduo ou o grupo submetido às suas demências imaginárias “voar” e ignorar o atual e real ambiente em que vive, isolando-se da família, fugindo dos seus relacionamentos diurnos e noturnos, escapando do seu dia a dia, mergulhando pois dentro de si mesmo, e acabando por esquecer o que se passa no momento fora de si, alienado por completo pois das condições reais do mundo lá fora.
O PIA atinge muita gente.
Não somente nas LAN HOUSEs da vida, como também no dia a dia da sua família ou do seu trabalho, às vezes andando sozinho ou acompanhado pela rua, ao pegar o ônibus ou o metrô, ao assistir um programa de televisão ou escutar as notícias do rádio, ao trabalhar no computador ou acessar a internet, ou até conversando com colegas mas não dialogando com eles, ou junto com amigos todavia não unidos a eles, ou ao lado das pessoas porém sem conscientizar-se de que elas estão ali ao seu lado e ao seu redor, vivendo pois alienados de si mesmos, alienados da realidade em torno de si, alienados do mundo e da sociedade em que estão.
Na maioria das vezes, o PIA se transforma em doença mental, em enfermidade física e até moléstia espiritual.
Devemos acordar para essa realidade quase sempre patológica em nosso dia a dia existencial.
Saber medir as coisas.
Manter o equilíbrio necessário.
Usar o bom-senso em meio a essas ocasiões.
Controlar-se.
Dominar-se a si mesmo.
Sobretudo rezar e pedir a Deus que o ajude nessa hora grave e difícil.
Voltar à realidade.
Reviver o seu cotidiano.
Redescobrir o seu dia a dia interior e exterior.
Interar-se dos fatos concretos e dos acontecimentos de cada dia.
Enfim, retornar à vida, e existir de verdade.
Dessa maneira, fugiremos do PIA.
Caiamos pois na real.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Esperança

Esperança

Nos momentos mais difíceis,
na hora da dor ou do sofrimento;

nas situações mais graves e decisivas,
nos conflitos familiares ou de trabalho;

nas circunstâncias mais duvidosas ou problemáticas,
de emergência ou alto-risco,
no dia da doença ou da morte;

diante das contrariedades e adversidades,
controvérsias ou limites da natureza humana:

tenha paciência,
use o bom-senso,
mantenha o respeito e
julgue com responsabilidade.
Seja otimista e pense positivo.
Acredite em Deus e confie no Senhor.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Em busca de um Tesouro

Em busca de um Tesouro

No cotidiano da realidade da rua, de nossa família e do trabalho de todo dia, vivemos transformando sonhos em situações reais, à procura de melhorias para a nossa existência de cada hora, minuto e segundo, em busca daquele Tesouro escondido no fundo de nosso coração, ou daquela Jóia valiosa em forma de ouro ou prata, rubi ou esmeralda, ou daquela Pérola preciosa capaz de nos enriquecer materialmente, e assim realizar os nossos desejos vitais e satisfazer as nossas necessidades humanas e naturais. Então, nos tornamos Mineiros, que, com o Mapa da Mina, cavamos a terra, tentando encontrar o buraco negro que nos levará ao Rico Tesouro escondido nesse campo fecundo e profundo que é a nossa consciência de vida e o nosso coração de sentimentos apaixonantes. Quem sabe esse Tesouro Gigante seja Deus, ou algo muito importante para nós, ou uma mulher bastante especial, ou um amigo de bons conselhos para nos dar. Ou ainda nos fazemos Garimpeiros, que, com a pá na areia, invadimos o campo e mergulhamos nessa região de pedras preciosas, a fim de garantir o nosso pão de cada dia, o pagamento do aluguel e do condomínio, a gasolina do nosso carro, o ingresso no Maracanã no próximo domingo, o bilhete da Loteca que nos daria possivelmente milhões de reais, a entrada na arquibancada da Marquês de Sapucaí no carnaval do ano que vem ou o meu filme de cinema no fim de semana que vem aí. Ou também nos transformamos em Relojoeiros de classe média, que anseiam por guardar com segurança absoluta as jóias e relógios de sua loja de comércio, como que assim sustentar as famílias que os acolhem, fazer o pagamento de taxas e impostos imprescindíveis para que o seu dia a dia seja equilibrado, racionalmente ordenado e distribuido, e emocionalmente bem vivido e experimentado. Sim, vivemos em busca. Somos processo, movimento, mobilização comportamental em torno de algo que nos satisfaça ou de Alguém que nos realize vocacional e profissionalmente, alguma coisa que nos interesse tanto ao ponto de nos fazer esquecer de tudo e de todos para conseguir alcançá-la, torná-la propriedade nossa, fazê-la parte integrante de nossa vida diária e noturna. Buscamos na verdade o que é bom para nós e o que nos faz bem. Buscamos a Bondade Suprema e o Bem Superior. Buscamos o que é bom nas coisas e nos acontecimentos de todos os dias, o bem em cada ser e pensamento que surgem dentro e fora de nós. Buscamos esse Tesouro escondido em nós, essa Jóia que mais vale que o ouro, essa Pérola mais rica que a prata e mais importante que o rubi e mais interessante que a esmeralda. Buscamos... estamos em busca... Ao encontrá-Lo, deixamos tudo e todos para comprá-Lo e adquiri-Lo para nós. Essa Jóia, Pérola ou Tesouro certamente como disse é Deus, ou uma grande Mulher, ou um Amigo muito importante. Ou uma Moradia hoje tão necessária, ou um emprego gigante que nos dê um ótimo salário todo final do mês, ou uma vaga na Universidade, ou uma boa idéia que surgiu de repente. De fato, estamos em busca... Talvez a busca seja mais importante que o encontro. Quem sabe o movimento valha mais que o repouso e a posse. Ora, é isso mesmo! O Verdadeiro Tesouro é a busca. A Jóia mais valiosa é a caminhada. A Pedra mais preciosa é a nossa mobilização à procura do que é maior e melhor para nós. É verdade. O nosso Prêmio é a luta para encontrar o Tesouro, o esforço para achar a Jóia, o empenho para conquistar a Pérola. Assim é a vida. Quando buscamos a Deus o tempo inteiro, o trabalho em encontrá-Lo tem mais valor do que apropriá-Lo. Porque Deus não é nem será jamais propriedade de ninguém. Mas Ele se faz Propriedade e Tesouro, Jóia e Pérola, de quem O busca esforçadamente. De quem caminha. De quem se movimenta. De quem se mobiliza. Sim, Deus é busca e não encontro. E é assim justamente que O encontramos. Ele é o Movimento que caminha... Ele é o Motor que sustenta a mobilidade... Ele é o Fundamento... A Garantia do caminho... O Princípio e não o fim da estrada... Pois então continuemos buscando, caminhando, nos movimentando, nos mobilizando... Deus é isso.

sábado, 9 de julho de 2011

Consciência e Liberdade

Consciência e Liberdade
A Vida como processo aberto para a felicidade

1. Ser feliz

Como a beleza das violetas em dias de outono anunciam o valor das sombras, a importância da noite e o despertar para a realidade da tristeza em nosso cotidiano, o que não passa de uma estrada para a grandeza da luz do dia, assim é o processo humano de viver onde as pessoas vivem a percorrer o caminho da felicidade, fruto de uma consciência cada vez maior e melhor de seus direitos na sociedade e de suas obrigações e deveres perante a coletividade, e de uma liberdade em que os princípios da racionalidade e os valores da inteligência orientam o desabrochar da vida humana em busca de sua libertação integral dentro do contexto real e atual em que existimos, em termos sociais e culturais, políticos e econômicos, o que demonstra por outro lado o grau de conscientização desenvolvido pelos grupos e indivíduos e suas comunidades na dinâmica de compreensão e entendimento de sua busca por maiores oportunidades de trabalho e emprego, chances de poder viver bem a vida de cada dia e de toda noite, alternativas de qualidade em seus esforços por riqueza de conteúdo humano e natural em todas as suas virtualidades de ordem ética e espiritual, psicológica e social. Assim se realiza o movimento em prol da felicidade no interior das sociedades humanas quando então constatamos que o progresso da humanidade se dá segundo uma diretriz psicológica e social onde conscientizar-se é libertar-se, sair da noite da violência e mergulhar em um mundo de bem e de paz, de bondade e respeito, de direito e responsabilidade, de concórdia e convergência, de interatividade e compartilhamento de ótimas raízes de saber, de fazer e de poder, de sentimentos e corações interligados, constituindo o nível cada vez mais aberto de fraternidade universal e solidariedade entre os povos. Logo, o processo de conscientização da humanidade é o seu caminho de libertação de traumas e medos e frustrações de toda espécie, fuga dos distúrbios da mente, do corpo e do espírito, saída de transtornos espirituais e materiais para jogar-se em um universo aberto de possibilidades onde identificamos a felicidade, via construida a partir de uma consciência de seus limites e de uma liberdade ansiosa por nudez física e metafísica, o seu desvelamento de preconceitos morais e de superstições religiosas à procura da verdade do seu ego, da transparência de suas virtudes e da autenticidade de seu caráter sincero e de sua personalidade disposta a cooperar com a saúde interpessoal das sociedades e de seu bem-estar individual e coletivo e o bem-comum de suas realidades envoltas pelos interesses cotidianos de suas gentes. Sim, da noite para o dia, da violência para a paz, a beleza das violetas se constrói, o que mostra a consciência de seu ser em transformação para melhor e sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Sejamos como as violetas.

2. A Mulher Liberal

O Movimento feminista iniciado há alguns séculos atrás transformou para melhor as mulheres de ontem e de hoje, dando-lhes mais consciência de seus direitos e necessidades, desejos e anseios, e maior liberdade de ação, intervenção no mercado de trabalho, presença constante no seio da família, opção de vida, vocação e profissão, alternativa de sucesso na saúde e na educação, como médicas e professoras, possibilidade de construção de uma existência de qualidade e excelência capaz de desempenhar no meio da sociedade atitudes fraternas e solidárias, amigas e generosas, cultivando assim individual e coletivamente a cultura do bem e da paz e a mentalidade sem violência e agressividade, o que oferece à humanidade em seu conjunto e em seus detalhes grande oportunidade de conseguir felicidade, em função de seu crescimento interior e exterior, seu progresso material e espiritual, sua evolução física e mental, e seu desenvolvimento sustentável, garantindo pois às gerações presentes e futuras maior equilíbrio mental e emocional, boa orientação psicológica e espiritual, grande controle de suas atividades cotidianas e tamanho domínio de si mesma, sem o que é impossível viver de bem com a vida e fazer de Deus, o Senhor, o sentido de sua vida e a razão de seu existir.
Tal conscientização quase perfeita das mulheres de hoje contribuiu de fato para a sua libertação em termos de preconceitos morais e superstições religiosas, que as vinham aprisionando socialmente e escravizando culturalmente, impedindo a sua renovação interna e externa, bloqueando sobretudo a sua abertura à liberdade de escolha e expressão, liberdade de comportamento e de relacionamento, liberdade de amor e sexo, liberdade política e financeira, liberdade ética e religiosa.
Mais conscientes de quem são e do que podem ser e fazer, as mulheres atuais, em sua imensa maioria, atingiram um grande nível de liberdade, um alto grau de felicidade, como que parecendo a interferência do Senhor nosso Deus na história da humanidade, sobremaneira na vida dessas mulheres, que encontraram na mobilização feminista que vem se articulando temporalmente há muitos anos, o segredo de sua saúde humana e natural e a chave tão importante e interessante de seu bem-estar no convívio diário e noturno com os seus homens, parceiros de cama e companheiros de caminhada, seus machos do amor e seus amantes e amados do sexo.
Hoje, as mulheres, mais livres do que antes e mais conscientes do que outrora, trazem para nós homens e cidadãos deste Planeta Global a chance de consertarmos a nossa vida psicossocial, pois elas, a beleza em pessoa, são para nós o sentido da vida e a razão de existir, a ordem na família e no trabalho, o equilíbrio diante de nossas tensões, problemas e dificuldades, a calma da sociedade e a tranqüilidade de nossas comunidades, a paz em nossa convivência de todos os dias e todas as noites, e o bem, a bondade e a sensibilidade, o jeito carinhoso de ser, a maneira adequada de sentir e se comportar, o charme das fêmeas gostosas e carinhosas, o talento de criaturas prediletas de Deus, o carisma que somente elas sabem nos proporcionar, a sua criatividade na hora do aperto, nos momentos de decisão e nos instantes de dor e sofrimento.
Em todas essas circunstâncias da vida cotidiana, lá está a mulher, sempre otimista, sempre alegre e contente, sempre sorrindo para nós, sempre feliz por ser o que representa para a vida dos homens: a flor do amor, a rosa do perfume, a jóia do diamante, a luz do sol, a estrela do mar, a sereia do oceano, a garota do malandro, a menina do esperto, a beleza da coragem, a taça do vinho, a água do banho, a noite da madrugada, o encaixe da sexualidade, a dona da casa, a mestra da família, a doutora do trabalho, a estudante da universidade, o pão doce da padaria, a cachaça do botequim, o bom remédio da farmácia, a ótima revista do jornaleiro, as grandes compras do supermercado, a atriz da televisão, a repórter do rádio, a informática do computador, a conexão da minha internet, a minha namorada do celular que me telefona e paquera sem cessar querendo mais amor e mais sexo, mais carinho e atenção, mais desejo e mais paixão.
Eis as boas conseqüências de amor que o Feminismo nos trouxe durante todo o decorrer da história das sociedades humanas, desde os seus princípios até hoje.
Obrigado, Senhor, pela presença do Feminismo entre nós.

3. Seguir a consciência

Também é verdade aceita por muitos que a consciência humana deve ser critério de verdade em nossa vida, de onde é possível se orientar bem para a vida, ter princípios éticos e espirituais firmes e fortes e valores morais e sociais capazes de nos garantir uma estrada de estabilidade, segurança e tranquilidade no decorrer de nossa história real cotidiana, via essa que nos conduz ao encontro da liberdade, liberdade de ir e vir, liberdade de conhecimento e de sentimento, liberdade na sexualidade humana e natural, liberdade política e financeira, liberdade em questões de solidariedade mútua e fraternidade recíproca, o que certamente se torna para nós um campo aberto a outras alternativas de valor, novas oportunidades de negócios e diferentes possibilidades de boa saúde, bem-estar social e bem-comum desta sociedade em que nos inserimos a cada dia e toda noite, realizando progressos em nossas vocações naturais e profissões liberais, criando talentos que definem nossas diferenças no tempo e estabelecendo carismas que determinam nosso papel no cotidiano e nossa função na sociedade. Tal consciência da história, de nossos limites e possibilidades, nos faz livres para pensar e viver bem a nossa existência de cada momento e de todo instante. Essa situação de uma consciência que nos dirige na realidade e de uma liberdade que faz escolhas, realiza opções e procura alternativas, mostra e demonstra como fomos feitos para o bem e para o que é bom, daí Deus estar na consciência de cada um percorrendo conosco um caminho de felicidade, fruto de nossa liberdade de ação e movimento, onde construimos experiências positivas e otimistas, e bem equilibradas, razão desse processo contínuo de libertação que caracteriza a nossa evolução material e espiritual. Como se observa, a natureza é sábia, e fez de nossa consciência de fenômenos trancendentais a porta para a nossa felicidade neste mundo, aqui e além.

4. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.
Na realidade, a libertação da consciência.

5. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade

A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
a) Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
b) É possível sua realidade exterior ?
c) Ou tudo é interno, todos são interiores ?
d) Existe alguma coisa fora da consciência ?
e) Ou será que a consciência é a única realidade ?
f) Eu sou tudo e todos ?
g) Eu sou o pensamento ?
h) A Realidade é pensamento ?
i) A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
j) O Real é racional ?
k) O Racional é real ?
l) Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através dos sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.
Esse processo de abstração do conhecimento faz-nos livres.

6. A Verdadeira Libertação

O Processo de libertação interior e social, familiar e cotidiana, ocorre a partir do momento em que o homem e a mulher seguindo a sua consciência abraçam valores de vida moral e religiosa abertos à verdade e se comprometem seria e responsavelmente com princípios éticos e espirituais estáveis, absolutos e constantes, consolidados com o tempo e praticamente eternizados em uma vida de normas sociais e interpessoais onde reinam a transparência de virtudes, uma vida autêntica feita com qualidade de conteúdo de conhecimento, sentimento e experiência renovadora e aberta, a verdade de um saber em que imperam ideologias de liberdade, fraternidade e solidariedade, o respeito às diferenças, a cultura da diversidade e da pluralidade, uma mentalidade voltada para a prática do bem e da bondade, da concórdia e da convergência, enriquecida de equilíbrio mental e emocional, do bom-senso das coisas, da tranquilidade do corpo e da alma, do repouso do espírito e da calma assumida cotidianamente quando se procura levar um existência sem violência e agressividade. Tal estado de raizes positivas e realidades otimistas se constitui no verdadeiro progresso psicológico humano, sua evolução física e crescimento espiritual onde Alguém Superior, o Espírito de Deus, passa a ter voz e vez na vida da humanidade. Desse modo se dá o movimento libertador da história da humanidade pois se constroem então as bases de uma sociedade feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, interativa e compartilhada, saudável e agradável, justa e direita, de respeito e de bem com a vida, e em repouso com sua consciência individual e coletiva. Essa a caminhada que os humanos e terrestres fazem em busca de sua felicidade, a partir da liberdade de escolhas, um mundo de opções elevadas, um universo de alternativas polivalentes e um campo de possibilidades fundas, fecundas e profundas. Geram-se pois assim a liberdade da consciência e a consciência da liberdade ainda que em meio a um contexto de transtornos de rua, de família e de trabalho, de contradições no cotidiano e de distúrbios na inteligência, que deve comandar esse espaço libertador que se abre a sua frente. Eis que a nossa libertação se aproxima de agora em diante.

7. A Questão Gay

No Antigo Testamento, após o dilúvio e a tempestade e o temporal de 40 dias e 40 noites que sacudiu a Terra, quando muitos morreram e outros desapareceram sem mais dar notícia, Deus olhou para a Arca da Aliança e viu Noé e sua família e sua gente e seus animais e a vida que ainda restava e insistia em viver, e sem mais nem menos fez brilhar no Céu o Arco-Íris, sinal da aliança que então se fez entre o Criador e suas criaturas. Nesse instante, o Autor da Vida abençoou o território que restava e ordenou que se fizessem novas todas as coisas. E o mundo começou a mudar para melhor, o dilúvio nunca mais se repetiu, e as pessoas puderam viver em paz umas com as outras por longos dias, meses, anos, decênios, séculos e milênios. O Senhor dos tempos inaugurou assim um momento diferente de novas alternativas de vida, de diversas possibilidades de existência e de oportunidades variadas para tudo e para todos. Eis que ora os homens gritavam: “ Viva a diferença. Viva a diversidade. Viva a pluralidade. Bendito seja o Senhor para sempre!”. E assim o Planeta Global passou a respirar vida alternativa, amor colorido, realidade diversificada, onde as diferenças deveriam ser respeitadas, os contrários bem administrados, os preconceitos superados e as superstições ultrapassadas com inteligência e transcendidas com a sabedoria de quem gosta de viver a vida optando por permitir a liberdade para si e os outros, a felicidade para todos e cada um, a saúde coletiva e individual e o bem-estar geral de todos os cidadãos e cidadãs de sociedades em que o bem-comum deve ser sempre a lei reinante no convívio de diferentes, na interatividade de contextos diversos e no compartilhamento de ambientes variados. Pois bem. É justamente deste modo que eu observo a causa gay e suas consequências sociais e morais das quais não é possível se alienar nem ignorar nem se excluir de suas forças de diversidade múltipla e de variedade de conteúdos e de sujeitos que assumem compromissos e se unem em nome de um amor cujo símbolo é precisamente o Arco-Íris. Sim, viva a diferença, porque o importante é ser feliz. Os Gays estão aí, por aqui e por ali. É uma realidade social. Chega de preconceitos! Que cada qual siga a sua consciência com a transparência de virtudes bem abraçadas e a autenticidade de uma opção de vida feita com racionalidade e cordialidade, amor e responsabilidade. Devemos respeitar as diferenças. Viva a diversidade. Viva as pessoas verdadeiras que superam as pressões da sociedade, estão acima dos conceitos e definições alheias, vivem longe de estigmas ou marcas registradas de ambientes sociais hostis às suas alternativas de vida e opções de existência. Que Deus abençoe os Gays. Também são gente. São pessoas humanas e filhos do Senhor. Têm direito de ser alguém na vida. Merecem igualmente ser felizes. Portanto, viva a diferença, salve a diversidade, parabéns para a pluralidade. O importante é ser feliz.

8. O Poder das Idéias

Pensando o pensamento e o concretizando na realidade cotidiana, assim o homem e a mulher vêm desconstruindo seus instantes de violência e seus momentos de agressividade, seu convívio social transtornado e carregado de distúrbios na mente, no corpo e no espírito, e ao mesmo tempo construindo suas opções de liberdade consciente de suas responsabilidades e compromissos, direitos e deveres e obrigações, produzindo pois ideais de felicidade, saúde e bem-estar, idéias construtivas e otimistas e positivas, princípios éticos e morais ricos em conteúdo cultural, valores que refletem qualidade de vida e excelência de virtudes, normas de vida que ordenem sua consciência e seus fenômenos inteligentes, disciplinem suas atitudes e atividades em prol do bem-comum da sociedade e organizem seus sentimentos e conhecimentos, experiências e ações voltadas para a geração de comportamentos interativos e compartilhados, fraternos e solidários, ordeiros e pacíficos, concordantes e convergentes, o que na verdade revela sua luta histórica pela libertação de suas comunidades, grupos e famílias, interessados no progresso sustentável de todos povos e no desenvolvimento globalizado das nações do mundo inteiro. Por meio de suas instituições e empreendimentos evoluem produzindo qualidade de vida e trabalho para todos e cada um. Tal o poder das boas idéias. Elas fazem crescer para melhor as sociedades humanas.

9. A Consciência é eterna

Prefiro chamar de consciência, e não de espírito, a realidade eterna do ser humano e seus efeitos em termos de conhecimento, sentimento e experiência cotidiana, onde se desenvolvem os fenômenos conscientes e inconscientes dessa natureza do homem e da mulher. Nessa consciência relativa – pois só a consciência de Deus é absoluta – se dá o processo de construção da liberdade, necessariamente comprometida com os desejos humanos e suas necessidades naturais, deveres e obrigações como também direitos, interesses e intencionalidades boas ou más, salientando que somente desconstruindo a maldade, a violência e a agressividade do dia a dia, o cidadão ou cidadã do tempo e da história poderá se libertar desses medos e pânicos mentais e sociais, aflições e desesperos físicos e emocionais, adversidades e contrariedades materiais e espirituais. Em outras palavras, abraçando virtudes como bondade, justiça, paz e bem, verdade e transparência, equilíbrio e autenticidade, juizo e bom-senso, direito e respeito, compromisso e responsabilidade, saúde individual e bem-estar coletivo, e realizando atividades fraternas e solidárias, ordeiras e pacíficas, podem a natureza e a existência humanas caminhar segundo o movimento de libertação interior e externa, conquistando tempo e espaço nas sociedades, criando boas condições de vida e trabalho para todos e cada um, definindo novas alternativas de saúde e educação e determinando diferentes possibilidades de idéias e ideologias, valores e princípios, e normas de vida, quando conseguirá, enfim, a sua desejada felicidade cuja base real e atual deve ser a verdadeira liberdade onde as diferenças são respeitadas, a diversidade reverenciada e a pluralidade de raizes culturais é bem aceita por todas as comunidades, grupos e indivíduos locais, regionais e globais. Tal conjunto de fenômenos que se dão na consciência relativa têm a tendência de ser eternos, já que essa dinâmica de eternidade reflete o estado de memória, imaginação e racionalidade da pessoa humana. Consequentemente, o progresso dos povos.

10. Mais conscientes, mais livres
As Mentes progridem continuamente

O Processo histórico que realiza a caminhada da humanidade através dos tempos presentes, passados e futuros, tem registrado como uma de suas marcas mais características e próprias: o fato de que a racionalidade evolui permanentemente acompanhando o transcurso da realidade cotidiana em um movimento libertador de preconceitos sociais, de estigmas psicológicos e de superstições morais e religiosas. Em outras palavras, a libertação do homem e da mulher em todas as áreas e em todos os sentidos passa por uma maior e melhor consciência da história, o que significa uma maior e melhor liberdade de alternativas, potencialidades e possibilidades na vida real e atual. Caminhamos progressivamente. Evoluimos sempre no corpo, na mente e no espírito. Somos consciência em desenvolvimento, liberdade que cresce em qualidade de conteúdo, em riqueza de virtudes e vida em plenitude. Avançamos sempre para a frente e para o alto. Desenvolvemos eternamente nossa consciência em direção a Deus e junto com os humanos e terrestres. Somos do tempo todavia ultrapassamos as fronteiras do cotidiano e transcendemos os limites da realidade do dia a dia para mergulharmos no oceano da eternidade. Eternidade de princípios e valores e normas de vida. Eternidade de boas ações, concórdia entre amigos e convergência com quase todos. Eternidade de atitudes equilibradas e sensatas e de atividades onde imperam a alegria de viver, o otimismo existencial e o sorriso sempre aberto para as pessoas. E prosseguimos nossa jornada de liberdade, nos libertando com outras, novas e diferentes idéias e ideais, construindo a eternidade da nossa consciência humana e cotidiana. Nossa vocação é evoluir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Ápeiron"

“Ápeiron”
O Princípio dos Princípios

1

Era meados de Inverno na Cidade Maravilhosa. No Centro, final da tarde
de sexta-feira, por volta das 18 horas, o trânsito vivia o caos, as
pessoas iam e vinham velozmente, mais rápidas que o tempo, acelerando
os passos em direção aos seus apartamentos em outros bairros do Rio.
Notei que se preocupavam com alguma coisa. Talvez os problemas da
família ou os conflitos de seus trabalhos e empregos. Quem sabe as
dificuldades de relacionamento com algum parente, amigo ou conhecido.
Ou possivelmente crises de amor com suas namoradas, paqueras mal
realizadas, brigas com suas parceiras de cama ou distúrbios com suas
companheiras de caminhada. Ou ainda as turbulências diárias e noturnas
como pagamento de aluguel e condomínio, dívidas de cartões de crédito,
compras de supermercado mal sucedidas, débitos com IPTU e IPVA,
desequilíbrio nos orçamentos domésticos, falta de dinheiro em suas
contas correntes, poupanças em baixa ou no zero, e até situações de
inadimplência junto aos mercados de ações, do SERASA e do SPC.
Igualmente, transtornos mentais e emocionais, desordens internas,
indisciplina moral e espiritual, ou desorganização de sentimentos,
idéias e atitudes. Sim, observei em todas essas circunstâncias
aparentemente contraditórias, a presença de um Espírito de luta, de
busca por liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Um Espírito
Guerreiro, de mentalidade à procura de segurança e estabilidade, mas
cuja ordem interior e equilíbrio externo dependiam desse movimento
permanente de trabalho e família, de rua e supermercado, de
restaurante e shopping, de botequim e padaria, de farmácia e
jornaleiro, de bate-papo com colegas de travessia, de relações onde os
princípios eram contrários e os valores adversos, da interatividade de
conteúdos em forma de pontos de vista novos e diferentes, de
intercâmbios culturais muitas vezes em choque, do duelo de visões da
realidade em constante dialética de pensamentos e ações, enfim, uma
cultura de combate atravessava as consciências daqueles transeuntes da
Avenida Rio Branco, no fim de um dia de trabalho, de compromissos
realizados e de responsabilidades satisfeitas. Sim, era o Império do
“Ápeiron”.

2

Jorge e Paula era um casal romântico, residente na Tijuca, que
trabalhavam no Teatro Municipal, ele como violinista da Orquestra e
ela como dançarina da elite de Ana Botafogo. Um casal como outro
qualquer. De vida simples, de trabalhos intensos e constantes, de
afazeres domésticos carregados de problemas e contradições, de
atividades na rua e em casa plenas das turbulências cotidianas, de
programas de televisão alternativos e notícias e reportagens ouvidas
pelo rádio com bastante atenção, interesse e desejo de participação na
vida da sociedade carioca, em que se inseriam no dia a dia de uma
existência globalizada, de condições naturais e ambientais instáveis e
inseguras, de ambientes também alienantes, presos à irrealidade de um
mundo em mudança e sujeitos algumas horas à irracionalidade de uma
imaginação fértil submetida às intempéries de uma realidade local
tremendamente conturbada, discordante de suas raizes e divergente de
suas normas de conduta quase sempre esquecidas por suas comunidades
envolvidas pela onda de violência e balas perdidas, de confrontos
entre policiais e bandidos, de gente que prefere atitudes agressivas,
a cultura da morte e uma mentalidade em que predominam a confusão das
idéias, as ações impensadas, os erros cometidos em nome da maldade de
quem não dá sentido à vida, é indiferente com os outros, ignora a
solidariedade e a fraternidade, perde-se em verdades relativas e
certezas misturadas com a dúvida, escravos do nada e do vazio
espiritual, de situações indefinidas e comportamentos indeterminados,
revelando de fato o inconsciente coletivo de uma sociedade em
transformação, ocupada ora e outra com as opções negativas de uma
realidade social onde reina o pessimismo das massas, a fome a miséria
dos morros e favelas, a mendicância das ruas e avenidas, becos e
praças, a violência dos marginais e o desrespeito das autoridades, a
ausência de competência das instituições e a insistência de uma ética
prisioneira da luz das trevas, de ódios chamados de amores, mortes
modificadas em vidas, bens transformados em maldades, onde a paz é a
crise da convivência, identificada com crianças que não reverenciam
seus pais, de jovens que não sonham mais, de velhos doentes e no
limite de sua natureza patológica, em torno da qual o universo parece
estar na berlinda entre o bem e o mal, o contexto histórico voando nas
asas do imaginário sem portas nem janelas, sem teto nem chão, o que
demonstra o mal-estar dos humanos que convivem com a guerra constante
nas ruas, o desemprego assustador, o conflito familiar, a carência
afetiva, quadros psicológicos que refletem a ideologia dos céticos, a
indiferença dos niilistas, o relativismo da verdade e dos
conhecimentos, o ateísmo das pessoas, a indefinição das consciências e
o indeterminismo individualista dos que compõem e integram os dias e
as noites e as madrugadas de um Rio sem transparência, precisando de
oportunidades e possibilidades de mudança, de metamorfose rural e
urbana, de transformação da realidade para melhor, a partir de que os
indivíduos e grupos respirem saúde mental, física e espiritual,
bem-estar psicológico e social, e o bem-comum da sociedade seja uma
realidade concreta, onde todos e cada um se sintam bem e em paz com
suas cabeças, com qualidade de vida respeitável, riqueza de conteúdos
existenciais exemplares movidos pelos princípios morais e religiosos
de comunidades comprometidas com valores do bem e da bondade, da
concórdia e da convergência, da interação de pessoas que compartilham
amizades sinceras e amores românticos, de atitudes generosas em seu
entorno, de ações solidárias e fraternas uns com os outros. Esse o
mundo de Jorge e Paula. Nesse universo de alternativas múltiplas e de
possibilidades polivalentes, eles encontraram enfim o “Ápeiron”.

3

De origem grega, a realidade “Ápeiron” concebida primeiramente por
Anaximandro, discípulo de Tales, filósofo pré-socrático da Escola de
Mileto, na Antiguidade, século VI a.C., designa o fluxo de situações
indefiníveis e o complexo de circunstâncias indetermináveis, os
momentos de crise política, social e econômica que exigem soluções
terapêuticas otimistas, os instantes turbulentos da nossa vida de cada
dia que requerem respostas positivas, o estado caótico de nossa
existência temporal que precisa de resoluções saudáveis e agradáveis a
todos e cada um, os fenômenos que nos contradizem cotidianamente
necessitando de remédios que curem as nossas anomalias mentais e
emocionais, salvem o nosso corpo, mente e espírito de nossos
transtornos físicos e materiais e libertem as nossas almas de nossos
distúrbios psicológicos e ideológicos, oferecendo-nos outras, novas e
diferentes alternativas de mudança em nosso universo interior e
externo, possibilidades de vida e trabalho, saúde e educação,
razoáveis e sensatas, equilibradas e ordenadas, disciplinadas e
organizadas, capazes de dissipar as obscuridades de um contexto
histórico incerto e inseguro, inconstante e insatisfeito consigo
mesmo, dando então aos homens e mulheres de sua época precisa boas
perspectivas presentes e futuras de saúde social, cultural e
ambiental, onde se obtenha vida de qualidade e riqueza de existência,
destruindo assim o quadro de contradições internas que muitas vezes se
apodera de uma determinada sociedade. Sim, o ”Ápeiron” é uma luz para
a humanidade, uma força que a anima, uma energia que a faz crescer,
progredir e evoluir, um Inconsciente Coletivo que se entusiasma no
cotidiano tendo em vista a superação de suas dúvidas e incertezas, a
ultrapassagem de suas dificuldades diárias e noturnas e a
transcendência de seu tempo dialético e crítico, abrindo para as
comunidades motivos para ir além de seus conflitos, e encontrar um
ótimo incentivo para seus sonhos de bem-estar coletivo, de paz social
e de quase perfeita saúde da consciência em caminho para a felicidade.
O “Ápeiron” é realista. Quer mudar para melhor o nosso cotidiano. É o
Espírito da Perfeita Metamorfose circunstancial, que encontra as
devidas respostas para os nossos problemas e apresenta as mais seguras
soluções para as nossas dificuldades. É um Espírito Universal. O
Princípio de uma vida boa e melhor. A Raiz da vida.

4

Hoje, sábado, por volta do meio-dia, o músico Jorge Teixeira das
Neves, 37 anos, e sua esposa dançarina Paula Marques de Souza, 29
anos, sairam juntos para almoçar no Restaurante Caçador, na Rua Doutor
Satamini, na Tijuca, e chegando perto dali, se depararam com um
tiroteio em plena Praça Saens Pena envolvendo policiais do BOPE e
traficantes de drogas que então comerciavam maconha e cocaina para
seus clientes vindos de algumas áreas da Cidade. Houve confronto entre
os marginais e a PM, balas perdidas atravessavam a calçada e o meio da
rua, por onde circulavam pessoas e suas famílias, filhos e netos, e
ônibus e automóveis seguindo pela via expressa da Rua Conde de Bonfim.
Neste momento, sem mais nem menos, os dois acompanhados de seus 2
filhos, se esconderam em uma Banca de Jornal situada na esquina da Rua
Carlos de Vasconcelos também na Praça. Então, uma imensa gritaria
sacudiu o silêncio das ruas, abalou o comércio local, balançou os
transeuntes que por lá passavam, os carros pararam, a confusão se
instalou, o medo tomou conta de todos, alguns se desesperaram e muitos
neste momento aflitos entraram em pânico. Jorge e Paula e seus
herdeiros fizeram silêncio e uma oração. Pediram calma às pessoas que
ali estavam e as mantiveram tranquilas, seguras e atentas, diante do
episódio violento que durou cerca de 15 minutos e deixou 2 bandidos
mortos em cima da calçada junto ao jornaleiro. O casal saiu de si e
foi ao encontro dos outros. Confiando em Deus, pois eram pessoas de
fé, providenciaram um jeito de dar segurança àqueles que ora se viam
conturbados emocionalmente e aflitos em suas mentes e corpos
transtornados com as ocorrências presentes e abalados com o desenrolar
dos acontecimentos. Dirigiram-se a cada um em particular, dizendo-lhes
que ficassem sossegados, não reagissem com agressividade, mantivessem
o equilíbrio e a ordem interior, agissem com bom-senso nesse instante
e aguardassem um final feliz para os fatos consumados. Senti na
verdade a sensibilidade do casal, sua atitude solidária e seu lado
fraterno tentando acalmar os ânimos e levar paz e bem àquele ambiente
de distúrbios inflamáveis e turbulências inquietantes. De fato, Paula
e Jorge, auxiliados pelos seus garotos, pensaram positivamente e
comportaram-se de um modo otimista perante o quadro negro do contexto
contraditório ali insistente. Sim, perceberam a ação do “Ápeiron”,
intervindo nos acontecimentos policiais e interferindo no destino
daquelas pessoas e seus ambientes de vida transformados em filme de
bang-bang, em terror do apocalipse e em fúria de perigosas atividades
onde os contrários falaram mais alto e as adversidades soltaram um
grito de guerra no meio daquela gente inocente, sem opções de
segurança e possibilidades de sair quem sabe ilesas daquele combate
das ruas. Observei portanto a mesma ação do “Ápeiron”, desde sempre e
para sempre ajudando a vida a resolver os seus problemas, mostrando à
humanidade o caminho certo do equilíbrio e do bom-senso, e outrossim
oferecendo a alternativa do otimismo que levanta e anima, da bondade
que acalma e sossega, da atitude pacífica de quem constrói a sua volta
a concordância de grupos e indivíduos separados pela confusão das
balas e o sussurro dos mais corajosos, e levantam entre si a bandeira
da convergência para criar em torno de si as condições cotidianas que
levam o bem às pessoas, a paz aos conflitos e a solução correta para
as dificuldades da vida. Com efeito, o Espírito do “Ápeiron” ali
estava presente, mexendo para o bem no cotidiano, movimentando as
pessoas para a mútua ajuda, a cooperação de serviços e a colaboração
de esforços, trabalhos sem fim e empenhos sem medida, com o intuito de
trazer de volta a paz e a tranquilidade àqueles ambientes
controversos, garantir o bem-estar e o bem-comum da sociedade, e dar
segurança às famílias envolvidas em seus momentos de tensão e
apreensão, de pressão social e incômodo das autoridades. Através de
Paula e Jorge e seus familiares, o “Ápeiron” operou o milagre da
transformação positiva e a metamorfose otimista que sustentou a calma
de todos e a tranquilidade da maioria. Sim, o “Ápeiron” está presente
em nossa realidade cotidiana. Ele nos ajuda a vencer as barreiras da
existência e os obstáculos da vida. Ele é real e atual.

5

Uma semana depois, percorríamos o Largo da Segunda –feira, igualmente
no Bairro da Tijuca, e no caminho conversávamos sobre o “Ápeiron”, a
Origem da Natureza e o Fundamento do tempo e da eternidade, o
Princípio do Universo e a Raiz de todos os seres e de todas as coisas,
a Fonte da Paz e a Base do bem e da bondade, o Sustento da vida
cotidiana, quando, de repente notamos um tremendo engarrafamento que
ia do Supermercados Mundial na Haddock Lobo até a Rua dos Araújos,
bloqueando todo o tráfego da Rua Conde de Bonfim, a essa altura, 10
horas da manhã, bastante lotada de veículos e transeuntes, carros
particulares e ônibus intermunicipais, táxis e vans, e observamos que
os motoristas e as pessoas na rua e na calçada viam-se perturbadas
pelo barulho do trânsito, parado devido a obras de saneamento básico e
consertos de eletricidade em ruas paralelas e transversais, o que
certamente provocou um clima de instabilidade emocional nas
adjacências, fazendo com que pessoas se entreolhassem inquietas com a
mobilidade anormal e a falta de planejamento urbano em situações como
essa, que refletia o estado patológico de mentes desequilibradas, de
consciências insensatas querendo resolver tudo na base do
quebra-quebra e da pancadaria, de inteligências submetidas aos
transtornos das ruas e às intemperanças de grupos que se aproveitavam
da turbulência mental e da confusão generalizada naquelas localidades
para espalhar uma mentalidade cuja ideologia é a briga eo conflito, a
contrariedade e a adversidade, a crítica e a dialética, o ceticismo
das aparências que se contradizem, o choque de pontos de vista
insustentáveis e incompatíveis, enfim, uma rede de complicações fora
da razão e da realidade, que assumiam aquele dia a dia levando-lhe
barreiras psicológicas e sociais que visavam a sua inadimplência real
e a sua insustentabilidade cotidiana. Nesse instante, Jorge Teixeira e
Paula Souza com seus amigos, parentes e familiares que ali se
encontravam, sentiram a energia do “Ápeiron” e tomaram a iniciativa de
fazer alguma coisa por aquele caos urbano instalado em regiões
tijucanas. E o que fizeram naquelas circunstâncias críticas e onerosas
para os cidadãos lá parados, foi lançar as bases da boa convivência de
moradores, vizinhos e trabalhadores em busca de fraternidade entre os
indivíduos e solidariedade entre suas comunidades, desenvolvendo ações
e palavras de conforto e segurança, de equilíbrio e sensatez, de
otimismo e alegria, a fim de que todos suportassem com paciência
aquele ambiente engarrafado, transmitindo-lhes a calma do corpo e da
alma, e a tranquilidade e o repouso do espírito, o que os ajudaria a
conviver bem com o problema gerado, e quem sabe encontrar a melhor
saída para tal congestionamento de vidas, carros e comércio ambulante
em geral. Sim, a força do “Ápeiron” estava lá mais uma vez. Sua luz
nos iluminou e encontramos respostas positivas para as nossas
dificuldades momentâneas. Seu Espírito desceu no meio de nós, e
percebemos que as pessoas se controlavam e se animavam para a vida,
dominavam a si mesmas, se contagiavam umas às outras, sorriam para
todos os lados, para todas as faces e para todos os contextos humanos
e naturais que ali estavam. Era o “Ápeiron” atuando outra vez.
Movimentando a vida. Transformando para melhor a realidade. Salvando
como sempre o cotidiano da existência. Pouco a pouco, o trânsito
fluiu, as coisas voltaram ao normal, a natureza respirou, os
passarinhos cantaram beijando as flores de início da primavera. E a
vida continuou. Os homens seguiram. E as mulheres caminhavam. Jorge e
Paula se abraçaram e se beijaram e se dirigiram para o trabalho no
Teatro Municipal.

6

Os gregos me ensinaram que o “Ápeiron” é o Princípio dos Princípios.
Compreendendo-O entendemos que a vida é turbulência, a realidade é
caos e o cotidiano está em crise constantemente, exigindo do homem e
da mulher, em função dos quais giram todas as coisas e todos os seres
da natureza e do universo, a ordenação racional dos ambientes
contraditórios, a maneira disciplinadora dos comportamentos instáveis
e inseguros, o modo organizador das idéias aparentemente confusas, dos
sentimentos quase indefinidos, das atitudes muitas vezes impensadas,
incoerentes e sem lógica, e dos conhecimentos e experiências
indeterminadas, tornando assim esse mundo de complicações ideológicas
e desrazões sociais e psicológicas, de loucuras imaginárias e ações
irreais e irracionais, mais inteligíveis, o que transforma a pessoa
humana em mais responsável por suas descobertas científicas, por suas
intervenções na realidade cotidiana e por suas interferências no
destino de populações inteiras, que dependem de sua boa razoabilidade,
de sua ética comportamental equilibrada e de seu otimismo espiritual,
alegria social e bom-senso em suas atividades de cada dia e de toda
noite. Deste modo, abstraimos do cotidiano o “Ápeiron”, e desvelamos a
sua capacidade de apreender a solução dos problemas da realidade, a
sua potencialidade capaz de fortalecer pessoas e iluminar ambientes
visando a saúde da coletividade e o bem-estar de seus grupos,
comunidades e sociedades múltiplas e polivalentes. O “Ápeiron” é o
Gestor da história da humanidade, a Beleza da natureza e a Grandeza do
universo, a Riqueza de uma criação sujeita aos seus arbítrios
responsáveis e aos seus caprichos comprometidos com as boas relações
humanas e naturais dos cidadãos que integram sociedades emergentes,
políticas alternativas, culturas de respeito e de direito, e
mentalidades que advogam o bem da vida e a paz das consciências. Nesse
campo de convergências que se constroem e de discordâncias que se
apagam, ali está o Espírito do “Ápeiron” respondendo às inquietações
de suas criaturas, resolvendo problemas, conflitos e dificuldades, e
solucionando turbulências, crises de toda ordem e o caos da vida
social em que várias vezes mergulhamos, cumulando-nos assim de seus
créditos sem fim, de seus favores sem medida e de seus benefícios
inesgotáveis. O “Ápeiron” não é um deus, mas é mais do que um deus. É
o Senhor que responde positivamente aos tempos indefiníveis e trata
com otimismo, sorriso e alegria as questões humanas, naturais e
sociais, apresentando-lhes a ótima resolução para suas dúvidas
eternas, incertezas relativas e vazios existenciais. A Energia do
“Ápeiron” conduz a história e o tempo, faz acontecer a bondade, leva a
paz às comunidades e faz do bem o segredo da felicidade e o sucesso na
vida. O “Ápeiron” é bom e nos faz bem.

7

Manifesta-se o “Ápeiron” de diferentes maneiras como, por exemplo, na
música de Jorge Teixeira ou na dança de Paula Souza; nas coisas boas
que acontecem na vida, como uma partida de futebol no Maracanã entre
Flamengo e Vasco da Gama ou no desfile da Mangueira ou do Salgueiro no
Sambódromo da Marquês de Sapucaí durante o Carnaval deste ano; nos
acontecimentos positivos do final de semana como a descoberta da cura
da AIDS ou a criação de mais 200 escolas de ensino médio para os
estudantes do Rio; nos fenômenos cotidianos depois de atos de
violência e agressividade quando se tiram ótimas lições para a vida
como o tiroteio de balas perdidas entre policiais e bandidos, a greve
dos professores do Estado, o engarrafamento na Avenida Brasil, a
passeata dos alunos do ensino universitário pela Avenida Rio Branco no
Centro da Cidade, o casamento matrimonial de um homem e uma mulher que
se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro, a festa de
aniversário de 15 anos de uma jovem garota de Copacabana, a Copa do
Mundo de 2014 no Brasil e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, a
Guerra do Iraque ou do Afeganistão, Shows musicais de cantores e
bandas de rock, eventos artísticos e esportivos de grande porte,
espetáculos de teatro e cinema, rádio e televisão dos quais participam
muitos artistas, atores e atrizes em geral, e assim por diante. Isso
mostra o realismo do “Ápeiron” e seu poder de apreensão de bons
conteúdos de existência e sua força de abstração de circunstâncias
favoráveis ao bem-estar do ser humano, sempre interferindo com o
objetivo de creditar à humanidade mais saúde mental e emocional,
física e espiritual, dentro de suas sociedades humanas e naturais e de
seus grupos e comunidades locais, regionais e globais. O Espírito do
“Ápeiron” é concreto e intervém sempre em benefício do homem e da
mulher, nas diversas situações da vida e nos seres que lhe servem de
instrumentos de bondade e de paz no seu dia a dia, como é o caso de
Jorge o Músico Violinista e de Paula a dançarina do Teatro Municipal.
Eles são ferramentas do “Ápeiron” em nossa sociedade carioca de aqui e
agora.

8

Reflexos dessa Luz Eterna ou Força Providente ou Energia Poderosa a
que chamamos “Ápeiron” se encontram fortemente na vida cotidiana de
todos nós, desde os casos reais e acontecimentos atuais envolvendo
família e trabalho, rua e supermercado, rádio e televisão, computador
e internet, até situações extremas ou circunstâncias decisivas quando
precisamos encontrar uma saída para as nossas dificuldades, uma
resposta para as nossas perguntas , dúvidas e incertezas, uma solução
positiva para os nossos conflitos diários e noturnos: esse raio de luz
que nos aponta a resolução correta e imediata para dissolver as
obscuridades da nossa mente, as anomalias do nosso corpo e as
tempestades, inquietudes e instabilidades de nosso espírito, eis a
presença do “Ápeiron”, a cura perfeita de nossos males, a salvação
absoluta de nossas dores pessoais e sofrimentos sociais, a libertação
completa de nossos transtornos psicológicos e distúrbios físicos,
mentais e espirituais. Sem o “Ápeiron”, a insegurança toma conta de
nós, perdemos o equilíbrio interno e a paz interior, ficamos sem as
garantias de Alguém que intercede em nosso favor, intervém em nossa
vida para nos encher de créditos e benefícios, e interfere em nossos
afazeres domésticos e atividades de rua para nos cumular de graças e
luzes, forças e talentos, carismas e poderes, energias e criatividade,
com os quais podemos definir os melhores remédios curadores de nossa
miséria espiritual, pobreza de alma e carência corporal. O “Ápeiron” é
o Médico das consciências, o Fundamento das coisas boas que ocorrem na
nossa vida de cada dia, a Tábua de Salvação que nos socorre dos riscos
e perigos da existência, o Libertador de nossas almas, a Providência
Divina, o nosso Advogado cotidiano, o Banqueiro da Vida que carrega de
créditos e capital humano as nossas contas de todos os dias e todas as
noites. O “Ápeiron” é a Bondade em pessoa. O Amigo dos amigos. Deus e
Senhor. O Autor da Vida. O Criador.

9

Quando os gregos antigos, antes de Sócrates, se referiam ao “Ápeiron”,
depois de ouvirem as tradições de outros povos, seus costumes e
lendas, valores e culturas, diziam que Ele era como uma Luz no final
de um túnel. Este é como o mundo a nossa volta, o cotidiano que nos
circula, a realidade que nos envolve, parcialmente obscura, mal
iluminada pelos faróis de nossos carros, carregada de problemas de
toda ordem, que exigem soluções muitas vezes rápidas e imediatas,
emergentes, como insistissem em continuar vivendo a vida ainda que com
as dificuldades do dia a dia e as contradições do ambiente ao nosso
lado e em torno de nós. A Certeza de que no fim da chegada desse túnel
sombrio, de lâmpadas ofuscadas e sem brilho suficiente para conduzir
bem os seus transeuntes, existe uma Luz, já garante a fé e o
entusiasmo dos automóveis, anima a sua corrida, motiva a sua
caminhada, incentiva a sua jornada até essa Luz, o Sol da nossa vida,
que nos fortalece durante o processo de chegada, nos dá a energia
necessária para andarmos até o extremo, fortifica o nosso trabalho e o
nosso movimento rumo ao objetivo final que é atravessar esse túnel
escuro, negro de claridade relativa, preto de dúvidas, transtornos no
camiinho e distúrbios na estrada. Mas estamos certos que existe uma
Luz lá no final. Essa Luz é a nossa salvação. Assim é o “Ápeiron”. A
Providência que energiza tudo e a todos. A Força que nos empurra para
a frente e para o alto. A Estrela que brilha em nosso deserto
espiritual, aquece a nossa solidão e acalora o nosso vazio
existencial, abrasa os nossos nadas reais e atuais, carregando-nos de
saúde e bem-estar, sinais de que Alguém caminha conosco, diante de
nós, fazendo-nos seguir seus reflexos de Luz a conduzir a nossa
estrada de vida. Eis o “Ápeiron”. Que na mistura dos acontecimentos ou
na confusão das idéias, na complicação dos nossos conhecimentos e
experiências, nas indefinições sentimentais e nos indeterminismos
sociais, políticos e econômicos, sempre encontra uma alternativa de
sucesso e uma opção de felicidade para nós e nossos companheiros de
realidade e parceiros de cotidiano. O “Ápeiron” é uma Luz. A Luz.

10

Segundo Anaximandro de Mileto e seus adeptos e seguidores, o
“Ápeiron”, o Princípio da Vida, é constituido dos 4 elementos da
natureza(ar, fogo, terra e água), que, por sua vez, dão origem a todos
os seres e a todas as coisas que formam o universo. Nessa mistura de
elementos naturais, certamente, está o segredo desse Fundamento de
todos os fundamentos, Raiz do bem e da paz, Fonte da vida e da
existência, Base do tempo e da história, e de toda a eternidade.
Portanto, o “Ápeiron” é natural. Está inserido na natureza embora seja
o seu Autor e Criador. Por isso, seguir a natureza, suas leis e
reflexos, seus fenômenos e manifestações na realidade cotidiana, é uma
opção que nos leva de fato ao “Ápeiron”, a reconhecer a sua Presença
divina, humana e natural, real e atual, junto aos nossos problemas de
cada dia, no interior de situações que envolvem o nosso destino
espiritual e existencial, dentro das relações que estabelecemos com os
outros, a partir de que sentimos a sua Providência trazendo-nos
benefícios sem fim, créditos sem limites e favores que não se esgotam.
É a energia do “Ápeiron” operando maravilhas em nossa vida diária,
iluminando-nos diante das dificuldades e fortalecendo-nos perante os
conflitos e contrariedades de todo instante. Ele é o Espírito da Luz,
o Sol da nossa vida interior, o Farol que abre caminho a nossa frente,
levando-nos por estradas seguras e estáveis, conduzindo nossos passos
em direção da felicidade cuja fonte é a nossa liberdade, interventora
da realidade e condutora de nossos planos e metas cotidianas. Somos
livres mas também responsáveis por nossos destinos. Podemos contar com
o “Ápeiron” nessa empreitada, todavia depende de nós as boas coisas
que devem acontecer na nossa vida, da nossa opção real, da nossa
alternativa de trabalho e das nossas possibilidades de ação e de
comportamento no convívio diuturno que mantemos com as pessoas em
torno de nós. Dependemos do “Ápeiron”, porém o “Ápeiron” depende de
nós igualmente.

11

A Presença e a intervenção do “Ápeiron” em suas vidas de cada dia e de toda noite, fez com que Jorge e Paula reativassem ainda mais a sua consciência da Providência Divina interferindo positivamente em seus trabalhos e afazeres cotidianos, em suas atividades na família e em seu contato com amigos e colegas de sempre. Foi o que ocorreu ontem quando o casal foi a um casamento de um outro casal de noivos na Barra da Tijuca,amigos seus. Então, participaram da missa do matrimônio e se dirigiram para a festa de comes e bebes logo em seguida ao ato religioso. Tudo ia bem, quando no meio do evento houve a necessidade de mais vinho e mais salgados, sem o que ficaria mal para o casal saber que a festa não poderia prosseguir pois faltava o essencial para satisfazer o desejo e as necessidades das pessoas convidadas. Foi quando Alguém, não se sabe quem, interferiu no desenrolar dos acontecimentos e providenciou mais uma recarga de vinho e salgados para que a festa continuasse e chegasse até o fim. Logo logo a calma voltou e a tranquilidade desceu novamente ao ambiente onde todos festejavam a conexão amorosa e sexual de mais um casal apaixonado e feliz porque Alguém tomou a iniciativa de determinar a chegada de mais bebida e comida para o desfecho feliz daquele episódio envolvendo famílias e amigos, parentes e conhecidos do casal anfitrião. Ora, Jorge e Paula observaram a mão e o braço do “Ápeiron” intercedendo em favor do casal e seus convidados, reanimando a festa, apaziguando os convidados e levando um clima de saúde e bem-estar para aquele contexto festivo de muito coleguismo, relações boas de convivência, relacionamentos saudáveis e agradáveis e intercâmbios sociais e familiares de alto nível de equilíbrio e segurança. Terminada a cerimônia, todos retornaram a suas casas felizes e tranquilos, sabendo que a Providência Divina, o “Ápeiron” realizara mais uma vez maravilhas no meio de nós. Ao final, todos louvavam e bendiziam a Deus por tal desfecho positivo, pelo sorriso e alegria das pessoas e pelo otimismo que ao final tomou conta de todos. Sim, o “Ápeiron” é maravilhoso.

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Muitos questionam há séculos por que o mal existe no mundo, por que existem pessoas ruins, violentas e agressivas, por que têm doenças, moléstias e enfermidades no meio de nós, por que às vezes as pessoas brigam, as famílias entram em conflito internamente, o trabalho não vai bem já que o patrão vive nos perseguindo o dia inteiro, os namorados entram em choque e seus romances em muitas horas não dão certo, os casais quase sempre se desentendem, os amigos discutem na rua por um motivo qualquer, o dia a dia possui dificuldades de transporte, os problemas se introduzem nos ambientes de escola e hospital, enfim, por que o mal, a maldade das pessoas, que atinge igualmente a natureza viva que respira e o universo material e espiritual que nos rodeia... Bem, eu só sei dizer que o “Ápeiron” não é o responsável por isso, porque Ele é bom e amigo das pessoas, providencia tudo para o bem de todos os que são bons e fazem o bem. Por isso mesmo, Jorge e Paula confiam no “Ápeiron”, acreditam em sua Providência humana e divina, mesmo perante os obstáculos da vida e as contradições da existência e as turbulências da realidade cotidiana, ainda que as confusões na cabeça de grupos e indivíduos sejam barreiras para as boas soluções e as ótimas respostas que nossos ambientes exigem de nós, ou as complicações morais e religiosas nos causem preconceitos éticos e superstições espirituais, nos deixando no vazio de nossas privacidades e no relativismo das duvidas e incertezas que atravessam nossos contextos de sociedade em transformação, necessitada de mudanças permanentes e novidades que façam a diferença na vida, nos levando a situações de saúde e bem-estar pessoal e coletivo. Sim, o “Ápeiron” tem uma coisa de bom: é que Ele é bom e amigo de quem é bom e amigo das pessoas, como no caso de Jorge e Paula, que se alegram nas virtudes que praticam e ficam contentes com as boas experiências de convívio que mantêm com as comunidades a que pertencem ou onde se inserem de vez em quando. Como observamos, o “Ápeiron” é o Princípio do bem, da bondade e da amizade, embora indefinido em sua natureza ou indeterminado em suas condições humanas e divinas de viver e existir. Por isso, nos instantes de deserto da nossa vida, lá está o “Ápeiron” nos ajudando a resolver nossas depressões doentias, nossas tristezas e angústias patológicas. Nos momentos de aflição e medo, pânico e desespero, outra vez o “Ápeiron” se apresenta a nós para novamente nos ajudar resolucionar essas transtornos da mente, do corpo e do espírito, e esses distúrbios de ordem material e espiritual. O “Ápeiron” não atua sozinho, Ele trabalha com quem é bom e faz o bem e é amigo das pessoas. Assim é o “Ápeiron”. Talvez por isso os gregos antigos gostavam tanto dEle.

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O caso de Paulinho, um menino das ruas de Copacabana,deixou Paula e Jorge impressionados com o modo pelo qual trabalha o “Ápeiron” na vida das pessoas. Dizia Paulinho que em sua comunidade do Borel, na Tijuca, onde ele tinha a sua família,faltava quase tudo, todavia a fé em Alguém Superior deixava-os sempre animados para a vida de cada dia, o trabalho a ser realizado, a escola quando era possível frequentar, e outras coisas mais do dia a dia de Paulinho e seus parentes, amigos e familiares. Dissera Paulinho que em meio às carências diárias e noturnas, diante das necessidades de todo instante e perante as dificuldades financeiras e psicológicas de seus familiares, a presença do “Ápeiron” os fazia caminhar para a frente e para o alto, motivados que ficavam com as maravilhas deste Alguém Supremo em suas existências cotidianas. Paulinho disse que sua mãe sempre encontrava dinheiro na rua para as suas necessidades, sempre achava uma terceira via solucionadora de seus problemas, conflitos e dificuldades de toda hora, minuto e segundo. Quando alguém estava doente, sempre se achava uma resposta que dava resolução àquele distúrbio. Esses e outros transtornos cotidianos e suas soluções e respostas originárias, surpreendentes e aparentemente milagrosas, tornavam a vida e o ambiente existencial de Paulinho e os seus mais convidativo para a fé e a crença no “Ápeiron”, razão de suas vidas e sentido de suas realidades envolvidas pela pobreza e a necessidade que tinham de buscar melhores condições de vida para todos. Paulinho disse ainda que está na rua só de passeio, mas que gosta de ficar em casa e trabalhar de vez em quando. Eis pois mais uma das manifestações do “Ápeiron” em nossas realidades cotidianas.

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O Reflexo do “Ápeiron’ na vida de uma pessoa, grupo ou indivíduos, é observado quando se percebe que tal sujeito é do bem e de paz, e portanto é orientado, guiado e conduzido pelo Espírito de Deus, o Espírito da Divina Providência, que conduz todos os seus atos, ações, atitudes e atividades em sua realidade própria e na realidade de outros, tornando possível a iniciativa em prol da amizade e da generosidade, da fraternidade e da solidariedade, o que faz com que todos os envolvidos nesse projeto de ação social trabalhem para a saúde e o bem-estar de todos e cada um. Esse momento positivo e tal instante de otimismo no ambiente das pessoas revelam a presença do “Ápeiron” conduzindo o cotidiano de homens e mulheres, fazendo a história das sociedades humanas e construindo o tempo e a eternidade de comunidades inteiras constituidoras da humanidade de todos os tempos e lugares. Tal contexto de bondade e concórdia, de alegria e de paz, no interior das pessoas e suas comunidades locais, regionais e globais, mostra e demonstra que Alguém guia tal realidade, transforma para melhor os seus conteúdos cotidianos e produz um clima de bem-estar social e político, econômico e cultural na existência de todos, o que anima o desejo de cada um por dias melhores, melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todas essas sociedades ansiosas por metamorfoses positivas e otimistas em sua vida de cada dia e de toda noite. O “Ápeiron”é essencialmente positivo e otimista, e suas respostas aos nossos questionamentos e suas soluções para as nossas interrogações obedecem sempre a esse critério de bem-estar e bem-comum para todos e cada um. O “Ápeiron” é do bem e da paz.

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Que bom que temos esperança de vida e boas razões para vivermos o dia a dia, com o otimismo de sempre, a alegria no rosto e um jeito contente de ser e de se manifestar a todos, poder sorrir para as pessoas ao nosso lado, e transmitir-lhes ótimas perspectivas de existência, garantindo-lhes o bem que devemos fazer e a paz que devemos viver, sustentando atitudes positivas e a bondade das ações, o equilíbrio dos relacionamentos e o bom-senso de sentimentos elevados e comportamentos ricos em conteúdo, de virtudes excelentes e grande qualidade de vida. Foi o que assistimos hoje no velório de um colega nosso no Cemitério do Caju. Pareciam todos tristes diante do Padre que fazia a cerimônia do enterro. Mas após aquele culto de alguns minutos, alguém do meio do povo começou a cantar uma música de vitória em homenagem aos mortos que morrem na esperança do Senhor. Aquela música alegrou e contagiou a cada um ali presente. Percebi a Força do “Ápeiron” se refletindo lá naquele instante. De repente, um movimento na capela, e todos conversavam, alguns sorriam abertamente, outros eram otimistas, mais adiante alguém publicava positividade, e então aquela sala do defunto tornou-se mais festa do que tristeza, mais alegria do que angústia, com mais atividades saudáveis e agradáveis do que ocorrências depressivas e deprimidas. A Esperança brotara. A Vida era mais forte do que a morte. O Cemitério parecia não existir. Todos estavam alegres pois aquela música e a pregação do sacerdote suscitara-lhes esperança de vida após a morte. E de que o Céu era bonito e Deus era bacana e a vida era legal. Esse momento positivo produzido pelo “Ápeiron” cauou-nos felicidade e bem-estar sabendo da possibilidade de felicidade eterna para todos os que acreditam em Deus. Era o “Ápeiron” mais uma vez presente entre nós. Bendito seja a Divina Providência agora e para sempre.

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O Manifesto do “Ápeiron” ocorre muitas vezes em situações de agressividade grupal ou individual ou em circunstâncias de violência urbana ou rural quando em meio a brigas e intrigas, discórdias e divergências, onde quase todos se machucam e se ferem sem saber direito o porquê, há um contingente de pessoas que fazem a diferença agindo contrariamente ao comum das coisas, tomando atitudes de bondade e amizade, solidariedade e fraternidade, generosidade relativa e ações geradoras de saúde coletiva e bem-estar interpessoal, revelando assim a presença da Providência Divina que atua sempre em benefício de todos e cada um, produzindo créditos e favores em forma de ajuda mútua e cooperação recíproca, onde existe a colaboração de quase todos na construção de um ambiente de bem e de paz, de amor e vida, cujos efeitos são o respeito entre as pessoas, a ordem social e pessoal, o equilíbrio das mentes e das emoções, a disciplina na vida cotidiana e a organização das atividades diárias e noturnas da maioria dos componentes das comunidades afetadas cujas sociedades procuram conviver sossegadamente diminuindo as regiões de conflito, superando os contextos de distúrbios físicos e mentais, materiais e espirituais, e renovando as ações em prol do bem-comum desta parcela local, regional e global da humanidade representada. Eis pois a presença do “Ápeiron” entre nós.

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Inseridos em um mundo globalizado como o nosso onde se misturam o bem e o mal, a saúde e a doença, a paz e a violência, o amor e o ódio, a luz e as trevas, a verdade e a mentira, eis que o “Ápeiron” se manifesta na bondade das pessoas, na construção de boas idéias e ótimos conhecimentos, na prática das virtudes, na experiência de bem-estar na sociedade, na família e no trabalho, na vivência de bons sentimentos em relação aos outros, no compromisso responsável com a geração de fraternidade e solidariedade no meio de nós, na produção de valores e princípios que bem orientam para a vida, no equilíbrio de indivíduos e no bom-senso dos cidadãos, na alegria das crianças, no bate-papo dos idosos no meio da rua, nos homens trabalhadores que sustentam suas famílias, no namoro e na paquera entre rapazes e moças, nas mulheres bonitas e elegantes que passam por nós, no comércio que funciona em nosso bairro, nos supermercados, restaurantes e shoppings da Cidade, no bom governo do Presidente da República, no bom andamento da economia de mercado, na cultura fértil de músicos e artistas, na realidade social em vias de desenvolvimento, na cura de doenças e assim por diante. O “Ápeiron” é sempre positivo e construtor de boas possibilidades. Na confusão de balas perdidas, no meio urbano e rural, lá está o “Ápeiron” articulando ações de boa vontade e ajuda às pessoas. O “Ápeiron” é o Fundamento de quem é bom e amigo de todos e cada um.

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Em meio à turbulência de campos e cidades, aos transtornos da mente, do corpo e do espírito, aos distúrbios da realidade cotidiana, à violência e agressividade das pessoas, aos conflitos de grupos e indivíduos na rua, na família e no trabalho, eis que surge o “Ápeiron” para dar soluções a problemas sem definição aparente ou apresentar respostas para as interrogações mais inquietantes do ser humano em geral, resolvendo situações de dificuldade financeira e indeterminismos sociais, aberrações éticas e políticas, e distorções na área ideológica e psicológica. Então, o “Ápeiron” aparece com favores espirituais, créditos de bondade e amizade, benefícios em forma de solidariedade e fraternidade humanas, agindo sempre de modo positivo e otimista, alegre e festivo, feliz e contente, ora colocando a liberdade como fundamento das resoluções encontradas ora atuando pela ajuda mútua entre cidadãos e seus talentos e carismas a serviço uns dos outros. O “Ápeiron” ou a Providência Divina opera sempre construindo a vida e destruindo a cultura da maldade e da morte e toda e qualquer mentalidade pregadora da divisão entre comunidades e divergência entre sociedades e discordância perante a conjuntura da humanidade. Diante do “Ápeiron” tudo é possível desde que favoreça o bem e a paz da existência humana e natural. O “Ápeiron” quer a tranquilidade da alma e a calma dos espíritos, o repouso do corpo e o descanso da mente. Ele é a paz.

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Nas coisas boas que fazemos, quando ajudamos o próximo ou algum necessitado, ao orientar uma pessoa no caminho do bem e da virtude, ao solucionarmos dificuldades alheias ou resolvermos os problemas dos outros, quando diminuimos os conflitos sociais e a violência urbana e rural, ao cultivar a paz e a harmonia entre os cidadãos da cidade, na solidariedade com os amigos, parentes e familiares, na experiência de fraternidade com comunidades, grupos e indivíduos, no bom-senso das coisas e no equilíbrio de nossas atividades, relacionamentos e atitudes, práticas e comportamentos, ao iluminarmos alguém que vivia na confusão da mente e nos distúrbios da consciência e nos transtornos da inteligência, ao inserimos otimismo e alegria na vida da família e no ambiente de rua e trabalho, ao tranquilizarmos uma situação de agressividade e falta de juizo, ao acalmarmos as pessoas na rua depois de uma briga entre transeuntes ou um choque de pontos de vista entre conhecidos, ao agirmos com respeito e responsabilidade no meio da realidade social e cotidiana, ao enfraquecermos mentalidades que cultivam a discórdia e culturas que pregam a divergência em nome da liberdade construtora de felicidade, ao fazermos uma oração pelos vivos e mortos, ao inserirmos Deus na nossa vida dando-lhe voz e vez em nossos trabalhos e convívio diário e noturno, enfim, quando o “Ápeiron” nessas horas se manifesta a nós e aos outros, então podemos acreditar que a Providência Divina zela por nós, cuida de nossos afazeres públicos e privados, tem a boa vontade de nos ajudar a levar um cotidiano melhor com mais saúde interpessoal e bem-estar social e coletivo, contribuindo assim para uma sociedade de paz e justiça e uma humanidade democrática, bem organizada, feliz e pacífica, ordeira e solidária, onde todos se sintam bem uns com os outros. Nesses instantes, observa-se as ações do “Ápeiron”. O “Ápeiron” é sempre positivo, está sempre construindo, e não destrói nada nem ninguém. Ele é bom com todos e cada um.

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Hoje, mais uma vez, observei no silêncio da madrugada a ação do “Ápeiron”. Eu estava refletindo na sala do meu apartamento quando percebi que da confusão mental em que me encontrava e da mistura de conceitos e definições em minha cabeça foi surgindo uma luz orientadora de meu cotidiano, uma força capaz de ordenar a minha consciência e uma energia vital que transformava para melhor meus complicados conhecimentos, então indefinidos e sujeitos à indeterminação das coisas. Nesse silêncio repousante, calmante para o meu corpo e tranquilizador da minha alma, consegui disciplinar as minhas idéias e organizar minhas atividades para o dia seguinte, trazendo assim paz para o meu espírito agora mais descansado. No mesmo instante, fiz uma oração de ação de graças ao “Ápeiron”, pois sabia que Ele era o responsável por essa harmonia interior que ora se instalava em mim. Nesse silêncio pacífico e ordeiro, refiz as minhas necessidades físicas, mentais e espirituais, e reordenei meus desejos de felicidade, a partir da construção mais uma vez de meu ideal de liberdade, passando então a fazer as melhores escolhas para a minha vida, as opções mais razoáveis para mais um dia de trabalho, as alternativas mais viáveis para um mundo de atitudes e relacionamentos em que mais tarde me envolveria. Senti que Alguém ordenava a minha inteligência, dissipava as trevas do meu ser, pensar e existir, iluminava o meu interior e fortalecia as minhas decisões e possibilidades mais acertadas. Sim, cresci internamente. Progredi espiritualmente. Evoluí mentalmente. Era o “àpeiron”.

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Depois de um dia inteiro de trabalho intenso e exaustivo, cheguei cansado em casa e fui direto pra cama sem falar muito direito com minha família. Deitei-me fadigado. E foi então que eu caí em uma fossa daquelas de deixar a pessoa no fundo do poço, sem praticamente chances de se recuperar e sem alternativas prováveis de superação e recuperação. Dormi profundamente. E foram muitas horas de sono intenso e extenso. Sem forças, quase não conseguia me levantar. Fez-se noite a minha vida. Não falava com ninguém. Não mais ia à rua. Faltava ao trabalho quase que constantemente. Minhas energias desapareceram. Isolei-me de tudo e de todos. Queria me animar e não conseguia. Nada me motivava interior e externamente. Não tinha incentivo para coisa alguma. Desci ao mais profundo da depressão psicológica, e meus dias então eram tristeza e angústia, aflição e desespero, pânico e medo. Não mais era aquele cara entusiasmado de sempre. Todavia, de repente, sem eu esperar, uma luz foi me animando, Alguém começava a me erguer e empurrar para a frente e para o alto, me oferecendo conselhos cotidianos, ajudando-me a subir de novo os degraus da escadaria da existência, agora impulsionado por um poder estranho e uma força esquisita que anseiavam de qualquer maneira levantar-me daquele abismo da alma e do chão do meu espírito. Sim, minhas forças se reanimaram, minhas energias subiram ao mais alto da montanha espiritual, e outra vez consegui refazer minha vida de casa e do trabalho. Consegui ir tomar um café e uma água no botequim da esquina. E assim eu outra vez de volta, novamente de pé, com mais saúde mental e bem-estar físico e espiritual. Retomei então a minha vida. Obrigado, “Ápeiron”.

22

Os Gregos antigos tinham razão quando diziam que o “Ápeiron” diante da mistura dos acontecimentos cotidianos, nas fadigas e nos cansaços, no esgotamento mental e emocional, físico e espiritual, era o socorro dos necessitados, o auxílio dos pobres, o benefício na hora certa, a solução menos esperada, a resposta mais adequada, a tábua de salvação que nos garante e tranquiliza, a porta da libertação de dificuldades, problemas e conflitos internos e externos, o grito de liberdade, o instante eterno de felicidade, o momento novo e diferente que nos surpreende com a ajuda imprescindível, a situação de saúde e bem-estar que experimentamos, o bem-comum da sociedade, as circunstâncias de vida, bem e paz que invadem a nossa existência interior, a calma da alma e a tranquilidade do espírito, o repouso do corpo depois de um grande dia de trabalho, o equilíbrio de uma pessoa virtuosa, o bom-senso das coisas, o otimismo de quem está de bem com a vida e em paz com sua consciência, a alegria de viver, o sorriso aberto para a família e os amigos, o respeito e o direito, o compromisso responsável, a animação para quem está triste, abatido e deprimido, o incentivo de um colega de trabalho, a motivação para ir à rua, o entusiasmo da juventude, enfim, todas as manifestações de bondade, concórdia e convergência da Providência Divina perante as suas criaturas. O “Ápeiron” é o Fundamento de todos os fundamentos. O Senhor.

23

Hoje, ao enfrentar um engarrafamento na minha rua aqui na Tijuca percebi a ação do “Ápeiron” mais uma vez. O Trânsito parara às 10 horas da manhã. As buzinas começaram a tocar, os motoristas gritavam uns com os outros, nas calçadas as pessoas se entreolhavam inquietas e sem entender nada, os camelôs atravessavam a pista da Rua Conde de Bonfim causando mais confusão ainda no meio da rua, enquanto que bicicletas e motos tentavam driblar os carros e conquistar um espaço mais cômodo no meio da avenida, os faróis piscavam, os sinais e semáforos alternavam-se sem sentido algum, o comércio estava inseguro e intranquilo, pessoas olhavam das janelas de seus apartamentos querendo saber o que estava acontecendo, enfim, uma algazarra geral que misturava o ruído dos automóveis com o barulho do povo parecendo insatisfeito com a situação encontrada, até que de repente um milagre ocorreu: começou a chover neste lugar, e a bênção da chuva acalmou a multidão.Os gritos de transeuntes e o choque de pontos de vista cederam um tempo para o silêncio repousante que tranquilizava as almas e descansava os espíritos mais violentos e agressivos. E sem saber, por acaso, dali a 20 minutos, o tráfego começou a andar, os automóveis e pilotos a circular, tudo se movimentou e todos respiraram descansados. Tal alívio físico e mental, psicológico e espiritual, inconsciente e emocional, animou a todos, e cada um seguiu adiante em direção ao centro da cidade. Essa paz interior, tal calma da alma e a tranquilidade do espírito, era a manifestação do “Ápeiron” dando solução aos problemas lá efetuados, uma resposta positiva diante de tantas interrogações nos ares, que alteravam o ambiente de aparente equilíbrio e modificavam um contexto de vida cotidiana bastante otimista até então. Eis o “Ápeiron” mais outra vez, fazendo a alegria da sociedade e imprimindo um sorriso aberto no rosto dos indivíduos. O “Ápeiron” é positivo. Ele vê a existência e a criação, o universo e a natureza, de modo otimista. Deus realmente é muito otimista.

24

“Ápeiron” em grego quer dizer “Deus que mistura”, “Princípio misturado”, “Da mistura para a luz e a vida”. Em outras palavras, em todas as situações confusas da sociedade onde possam reinar a violência das pessoas e a agressividade de grupos e indivíduos, os transtornos mentais e emocionais e os distúrbios psicossociais, e nelas buscamos soluções capazes de nos fazer a novamente acreditar na vida, então eis o “Ápeiron”, que de circunstâncias complicadas do cotidiano sabe tirar coisas boas para a nossa realidade de cada instante e de todo momento, nos iluminar com ótimos conteúdos de saber e nos fortalecer e animar para que nossos relacionamentos e atitudes, trabalhos e afazeres, ganhem a energia necessária que levanta os tristes, abatidos e deprimidos, refaz a saúde dos doentes e motiva-nos outra vez para ações solidárias uns com os outros, o que nos leva a uma experiência em sociedade de otimismo sensato e positivismo equilibrado, tornando nossa existência de cada hora, minuto e segundo, mais incentivada e alegre, cheia de grandes alternativas de vida e trabalho, plena de oportunidades de fazer o bem e viver em paz, e carregada de possibilidades que se identifiquem com o bem-estar da sociedade e o bem-comum da coletividade. Como se observa, o “Ápeiron” acontece sempre que perante ambientes desequilibrados, instáveis e violentos, podemos responder com a fraternidade recíproca e o compromisso respeitoso e responsável de construir um contexto de vida mais saudável, agradável e feliz para todos e cada um. Isso é o “Ápeiron”.