sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Por uma Sociedade sem remédios

Por uma Sociedade sem remédios

O universo de patologias, doenças, moléstias e enfermidades causadas pelo mau uso, o exagero e a overdose de remédios diferentes, múltiplos e polivalentes consumidos simultaneamente, com consequências doentias graves para o corpo e a mente humanas como a depressão, a ansiedade e o estresse, faz-nos pensar na possibilidade presente e futura de uma sociedade sem remédios onde os tratamentos clínicos sejam de ordem psicológica e de orientação ética e espiritual enriquecidos com ótimos conteúdos de conhecimento de qualidade em todas as áreas da realidade humana como a política e a cultura, a educação e a moral, a ciência e a tecnologia, a arte e a música, a filosofia e a história. De que modo então combater as doenças, os distúrbios mentais , o mal-estar generalizado proporcionado por vírus e bactérias ? Por que não encontrar as necessárias soluções para esses males na natureza ? Soluções naturais ao invés de remédios artificiais, eis a nossa proposta naturalmente curadora, salvadora e libertadora. Para isso, devemos nos fortalecer espiritualmente, mantendo os fundamentos éticos e constituindo boas idéias, bons pensamentos, bons conhecimentos, bons sentimentos, bons relacionamentos e boas atitudes em relação à vida. Ou seja, fundamentalmente, abraçar o bem e a paz, e excluir de nossas vidas a violência, as guerras, a maldade, os vícios e a prática de males tais como o pessimismo e o negativismo, a inveja e o olho grande. Colocar Deus, o Senhor, em primeiro lugar na nossa vida. Fazer o bem e evitar o mal. Conhecer a verdade, para ser livre e feliz. Seguir a natureza. Criar um clima agradável e um ambiente favorável em volta de nós mesmos. Fortificar o nosso sistema imunológico com uma qualidade alimentar disciplinada e equilibrada. Fazer movimento constante, com ginástica esportiva e recreativa, corrida aeróbica e boas caminhadas, exercitando continuamente o corpo, a mente e o espírito. Beber bastante água, sem exageros. Cultivar o silêncio. Viver com paciência, trabalhando com alegria e fazendo bem todas as coisas. Fazer do sorriso a nossa animação interna, da alegria a cura de nossos males e do otimismo o remédio perfeito para os nossos distúrbios físicos e mentais e transtornos pessoais, sociais e ambientais. Abrir-se à novidade. Libertar-se de preconceitos e superstições. Dormir bem. Sair de vez em quando da rotina diária e noturna. Renovar-se interior e exteriormente, criando uma nova mentalidade natural e cultural, uma diferente visão-de-mundo onde os problemas sejam solucionados facilmente, a saúde seja progressiva e o bem-estar construído para o bem de todos e de cada um. E, enfim, depois de tudo isso, com tantos benefícios e maravilhas encontradas, que Deus, o Senhor, o Criador, seja bendito, honrado e glorificado eternamente. Que possamos criar condições de saúde favoráveis à grande maioria e agradáveis a todos e cada um. E que todos, ao final de suas atividades diurnas e noturnas, descansem em paz em seus travesseiros, renovem mais uma vez as suas esperanças por mais momentos de bem e de bondade em seu entorno e felizmente se libertem dos males gerados por uma sociedade ainda preconceituosa, violenta e agressiva, que talvez precise encontrar em seu cotidiano o verdadeiro médico de seus problemas, conflitos e dificuldades: o bem que devemos fazer e a paz que necessitamos viver. Construir pois ao invés de destruir. Tal o segredo de sucesso de uma terapia cuja solução é sempre o lado positivo da realidade e o jeito bom e feliz de fazer as coisas do dia a dia. Ou seja, procurar permanentemente o bem e o que é bom para si e para os outros. Para isso, usar o bom-senso em nossas atitudes, ter juizo em nossas relações e ser equilibrado em nossos trabalhos de cada dia. Eis a solução terapêutica razoável para as nossas patologias de cada instante e de todo momento. Um modo simples de ser feliz. Sem remédios, é claro.
Hoje, especialistas, técnicos e estudiosos da área de medicina pensam em terapias alternativas, diferentes maneiras de tratamento particular e hospitalar e opções diversas de medicação, com novas abordagens e estratégias de relação médico-paciente, enfatizando inclusive a boa interatividade que deve haver entre o corpo e seu meio, a mente e a prática, a consciência e a experiência, o que reflete as atuais políticas públicas que visam inserir nas clínicas hospitalares e unidades de emergência a ótima convergência, saudável e agradável, entre o doente e seu ambiente de tratamento, construindo-se então contextos familiares e de trabalho que favoreçam o convívio razoável entre sujeitos e suas condições circunstanciais de vida, pessoas e seu ambientes de relacionamento, indivíduos e grupos em concordância com o clima sustentável que deve existir nesse binômio terapêutico cidadão-ambiente, dissipando-se assim as possibilidades de patologias variadas geradas por essa contraditória relação entre ambiente agressivo e a necessidade de soluções otimistas e respostas positivas ao exercício médico oferecido. A Cura depende pois da harmonia entre a medicação orgânica e fisiológica e o meio-ambiente saudável que se deve proporcionar tendo em vista o bem-estar do paciente. Médicos e pacientes precisam de boas condições de trabalho e saúde, a fim de satisfazerem as necessidades do bom tratamento cujo efeito imediato é o bem individual e coletivo de todos os envolvidos na busca de respostas terapêuticas para as dificuldades e contrariedades encontradas. Nesses casos, o melhor médico são as boas idéias e o melhor remédio é a boa visão da realidade que se deve ter, aberta a novas alternativas e diferentes possibilidades. A Cura então é mera consequência.

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