Todos têm uma estrada
Cada um segue o seu caminho
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Nesse mundo de modelos de globalização alternativos, de interdependências políticas e culturais, sociais e econômicas, científicas e tecnológicas, de relacionamentos interativos compartilhados com conteúdos de conhecimentos de possibilidades variadas e de potencialidades diversas, vivemos um processo de construção de valores e princípios da nossa boa consciência e de uma liberdade geradora de saúde física, mental e emocional, e bem-estar material e espiritual, caminho que nos causa felicidade dependendo de nossa boa e razoável visão da realidade e de nosso ponto de vista descobridor de acontecimentos que qualificam nossa interpretação dos fatos cotidianos, oferecendo-nos uma experiência de vida capaz de nos ajudar na produção de uma existência cujo sentido significante seja um momento de trabalho produtivo, uma relação familiar saudável e agradável, onde tornamos nossos instantes de rua e nossos afazeres do dia a dia estrada para o crescimento interior e realização profissional e satisfação de nossos desejos e necessidades humanas e naturais. Assim fazemos o nosso caminho de vida. Nele, criamos as condições indispensáveis para o nosso progresso sustentável, evolução da consciência e desenvolvimento da liberdade. Nossa estrada então possui muitas alternativas de trabalho e diversas opções de atividade que nos fazem bem e nos tornam bons perante a sociedade. Nessa caminhada de construção do bem e da paz está a nossa felicidade interior e externa.
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Talvez a nossa grandeza nesse mundo de realidades temporais e definições históricas seja o fato de não sermos nada para as pessoas que estão ao redor de nós, e assim ninguém depender de nós, ninguém estar preso a gente, ninguém se tornar escravo de nossa consciência positiva cercada de boas intencionalidades e interesses que configuram nossa saúde mental, física e emocional, e nosso bem-estar material e espiritual. Sim, agradeço sempre a Deus o vazio em minha vida do espírito, o nada que eu sou, e a determinação de não representar coisa alguma para o meu cotidiano envolvido pela violência urbana e rural, e por turbulências sociais e ambientais, e confusões políticas e econômicas, o que me dá uma certa liberdade perante os outros, que deste modo podem viver suas experiências de vida do jeito que quiserem, livres para percorrer sua estrada de existência e seu caminho de virtualidades e benefícios que a Providência Divina põe à nossa disposição. De fato, todos têm a sua estrada de vida e cada qual segue o seu caminho de alternativas variadas, de opçóes diversas, de possibilidades novas e diferentes e de potencialidades sempre originais e criativas. Temos a nossa estrada. Cada um tem o seu caminho. Que o bem e a paz, a tranquilidade do corpo e da alma e o repouso do espírito possam sempre nos acompanhar nessa caminhada cotidiana. Precisamos estar tranquilos para bem viver esta vida ainda que os problemas nos persigam, os conflitos nos acompanhem e as dificuldades anseiem por estar junto a nós. Todavia, calmos podemos levar nossa realidade adiante sem temer a rua ou as adversidades na família e no trabalho. Um pouco de fé em Deus nos ajuda muito nessa estrada de virtudes e vícios ao mesmo tempo, de altos e baixos, de bem e de mal, de paz e de guerra. Com efeito, é preciso tranquilidade.
3
Nesse tempo de independências relativas e de interdependências globalizantes e interativas, parece que nós temos um destino comum: a liberdade de uma consciência eterna, evolutiva, que cada vez mais e melhor abstrai conteúdos de conhecimento de qualidade e apreende princípios éticos e valores espirituais identificados com a estabilidade das ações e atividades, a tranquilidade de atitudes saudáveis e agradáveis e a segurança de uma realidade cotidiana sustentável onde a primazia do espírito ocupa a dianteira dentro da hierarquia da natureza. Nesse intervalo de instantes sombrios e momentos tenebrosos, a sociedade evolui, configurando uma consciência construtora de uma liberdade que produz, que compartilha boas atividades e interage com todos e cada um a fim de garantir a sustentabilidade de uma vida baseada na alma e no espírito. Caminhamos assim. Construindo a quase perfeita liberdade. Produzindo uma quase absoluta consciência de nossos limites ideológicos e fronteiras psicológicas, ao mesmo tempo criando um mundo novo e diferente de possibilidades cujas alternativas ultrapassam as definições da razão e os determinismos da natureza, superando as barreiras do conhecimento e mergulhando em um grande universo de opções transcendentais onde reina a inteligência orientadora de nossos bons comportamentos, genitora de nossas potencialidades de saúde relativa e bem-estar permanente. Deste modo se definem nossos caminhos cotidianos e se faz a nossa estrada real e atual. Tendemos ao crescimento espiritual. Evoluimos na consciência. E nossa liberdade parece querer superar todos os obstáculos e transcender as sujeições temporais e históricas. E então nadar em direção ao oceano da eternidade e mergulhar em seu mundo de riquezas infinitas, de grandezas insuperáveis e de belezas transcendentes. Buscamos o eterno. Para lá caminhamos conscientemente. Nessa direção aponta a nossa liberdade. Nosso destino é o eterno.
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No dia a dia, vivemos de metas, objetivos e resultados, que definem nossas atitudes éticas e ações espirituais, determinam nosso comportamento diário e noturno, nossas boas relações com as pessoas, grupos e indivíduos, configurando um quadro azul de vivências saudáveis e experiências agradáveis, em função das quais construimos um ambiente de virtudes, de fraternidade e solidariedade, razão de nosso estar-no-mundo, princípio de nossa saúde mental e emocional e bem-estar físico e espiritual. Deste modo geramos intervenções positivas no cotidiano possibilitando sociedades de bem com a vida e em paz consigo mesmas. Desta maneira, empreendemos novos e diferentes jeitos de pensar e viver a vida, de sentir o momento presente e projetar um futuro de mais qualidade de vida, riqueza de conteúdo cultural e excelência de ideologias que defendem uma boa política e uma economia razoável, culturas alternativas de aprendizagem e uma maneira diversa e nova de se viver e existir em sociedade. Assim construimos nosso aqui e agora, dando sentido aos nossos sentimentos e atitudes, convivendo com todos e cada um de modo que em comum todos tenham vida em abundância, suas lutas renovadas, seus direitos respeitados e sua dignidade venerada com unhas e dentes. Construimos assim pois nosso destino, que tende para a eternidade. Vivemos já em consciência o que seremos amanhã, gerando pouco a pouco hábitos e costumes que se sustentarão e se consolidarão para sempre. Essa consciência positiva sobreviverá e superará a morte constituindo-se em consciência eterna, raiz de uma liberdade produzida com respeito e responsabilidade. Esse é o nosso ideal. Ainda que a realidade muitas vezes nos diga o contrário.
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Cercados por ideologias diversas e até contrárias umas às outras, convivendo com movimentos sociais diferentes e adversos, suportando as loucuras da vida cotidiana, definindo padrões de comportamento e sendo determinados pela luta dos trabalhadores e a busca de melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, de todas as sociedades, prucurando outros, novos e diferentes tempos e espaços e um lugar saudável e agradável no convívio humano, interferindo em favor de mais saúde e mais bem-estar para todos e cada um, enfim, intervindo para que nossas situações de trabalho, de rua e de família sejam as melhores possíveis, assim vivemos o nosso dia a dia, em busca de metas, objetivos e resultados que nos façam crescer e evoluir como pessoas humanas e fazendo de nosso conhecimentos, éticas comportamentais e espiritualidades naturais, um processo libertador, onde todos tenham voz e vez para seguir e definir suas experiências de vida, processar uma estrada de luz, em que se procura a vida em plenitude, de qualidade suportável, estável e sustentável, de lutas por dignidade e qualidade de vida, determinando direitos que nos realizem profissionalmente e nos satisfaçam em nossas vocações para a vida, o bem que devemos fazer, e uma existência direita, de respeito e responsabilidade social e familiar, desejando assim evoluir na consciência carregada de pluralidades mentais e polivalências físicas, riquezas materiais e belezas espirituais, uma consciência direcionadora de nossas ações, atitudes e atividades em prol de bem-estar social para todos. Assim definimos nosso caminho de vida. Sustentamos nossa estrada cotidiana cheia de créditos e débitos, de pontos negativos e positividades, de momentos otimistas e instantes de pessimismo, tristeza e angústia. Assim é a vida. Em meio a esse oceano de possibilidades, fazemos a nossa estrada e encaminhamos nossa caminhada de vícios e virtudes, certos de que temos uma eternidade diante de nós, onde os bons e que fazem o bem podem ser felizes, e os maus e plenos de transtornos e distúrbios sofrerão um eterno mundo de desequilíbrios internos e externos, de circunstâncias diárias e noturnas onde o mal-estar acompanha quem não tem juizo e sofre as carências do bom-senso e de uma vida sem equilíbrio. Nesse processo, Deus quer caminhar conosco e nos ajudar a seguir pelo caminho do bem e da paz, da tranquilidade interior e da calma psicológica, social e espiritual. Portanto, diante desse quadro negro-azul de alternativas cotidianas definimos nossaestrada de vida e tomara com a consciência e a liberdade de que sabemos o que estamos fazendo. Nessa caminhada, o nosso destino para sempre.
6
Todos seguem o seu destino.
Fomos feitos para a liberdade.
Nesse processo de vida cotidiana, de muitas tendências e diversas possibilidades, de várias alternativas e potencialidades diferentes e novas, devemos caminhar livremente, pois fomos feitos para isso segundo a nossa natureza, e viver de tal modo que ninguém se aprisione a nós nem seja escravo da gente, como igualmente nós não devemos nos sujeitar e subordinar a nada nem ninguém, mas seguir a nossa estrada com liberdade, fazendo o bem e vivendo em paz, trabalhando com otimismo e equilíbrio, usando o bom-senso das coisas e existindo com a alegria de quem sorri para a vida certo de que Deus é o condutor da história e Senhor do tempo, e define a cada um a sua estrada e determina a cada qual o seu caminho, trilhado com respeito e direito, com o compromisso responsável de quem busca na realidade as coisas boas da vida, a bondade das pessoas de bem, e uma existência onde a sensatez deve ser a marca registrada de nossa jornada cotidiana. Nessa consciência histórica e social, a nossa eternidade. Caminhamos conscientes de que somos eternos e fomos feitos para a eternidade, sem que nos aprisionemos e sejamos escravos de qualquer coisa ou de alguém. Nessa trajetória real, viva e atual, definimos nossas opções de vida e trabalho, seguimos livremente, conduzidos pelo nosso destino eterno. De fato, nessa estrada podemos ser dependentes uns dos outros, todavia sem cair na prisão patológica ou na escravidão doentia. Devemos saber que todos são livres e fomos feitos para a liberdade de acordo com a nossa natureza humana, animal e vegetal. Sim, nosso destino é a liberdade. Deus, a nossa libertação.
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No decorrer de nossa jornada cotidiana de todos os dias, noites e madrugadas, a cada hora, minuto e segundo produzimos novos e diferentes saberes e conhecimentos, culturas e mentalidades, consciências diversas e liberdades variadas, que por sua vez interagem com nossas atividades e trabalhos do dia a dia, com nossas relações com a família e a rua, com amigos, parentes e familiares, transformados então em comportamentos de saúde e bem-estar quando compartilhamos uns com os outros esse universo de globalizações locais e regionais, gerando ora pensamentos criativos, idéias e ideais originais, interpretações da vida e da realidade novas, surpreendentes e descobridoras sempre de um outro jeito de viver, de um modo novo de agir e se comportar, de uma maneira diferente de construir nossos instantes de aqui e agora e nossos momentos de sensatez e equilíbrio mental e emocional, físico e psicológico, material e espiritual. Nesse mundo de transformações positivas reside o progresso da humanidade, a evolução das consciências, a geração de uma liberdade respeitosa e responsável, a criação de valores e princípios que bem orientam a nossa vida diária e noturna. Em meio a essas mudanças de pensamento, de sentimento e de comportamento, crescemos como pessoas humanas, obtemos qualidade e dignidade de vida, lutamos por direitos inalienáveis e fundamentais, e assumimos compromissos com atitudes, ações e atividades que nos fazem bem uns aos outros. Assim evoluimos em sociedade. Construindo e reconstruindo novos mundos e diferentes realidades, novas consciências do tempo e novas atividades onde a liberdade imprime sua marca registrada na constituição da história. De tal modo, mudamos para melhor, nos transformamos positivamente, que a nossa metamorfose temporal e histórica se identifica com a procura de uma felicidade grande, gigante como as iniciativas de saúde interpessoal, bem-comum das sociedades e bem-estar social e coletivo. Nesse campo de metamorfoses, a nossa felicidade.
8
Nosso destino eterno se faz a partir dessas transformações sociais e culturais, políticas e econômicas, morais e religiosas, científicas e tecnológicas, que formam e informam a nossa consciência, evoluindo para a constituição de uma liberdade sadia e luminosa, definindo assim nossas raizes cotidianas, metamorfoseadas em princípios e valores temporais, dando origem a nossa boa criatividade e determinação em assumir responsavel e comprometidamente nosso caminho histórico, nossa estrada de créditos e débitos sociais, fazendo-nos mergulhar em atitudes e comportamentos capazes de orientar nosso processo de vida, nossa caminhada cotidiana, quando então podemos respirar melhor e distinguir o que nos pertence, o que nos faz, satisfaz e realiza, e assim determinar nossa trajetória real e atual construindo novas e diferentes possibilidades de existência, outras alternativas de trabalho, grandes opções de vivências otimistas e equilibradas, potencializando pois nossa estrada de bem e boa para percorrer porque coincide com a nossa vocação natural para a liberdade, base da verdadeira felicidade, dentro de um contexto ético e espiritual onde a transparência de virtudes, a verdade dos conhecimentos e a autenticidade da consciência nos encaminham para objetivos de plenitude física e mental, emocional e psicológica, o que nos define como seres humanos em busca da nossa felicidade eterna. Nesse processo de vida, procuramos assumir uma consciência positiva, diretriz de nossa liberdade, orientadora de nossas ações e iluminadora e fortalecedora de nossa boa saúde espiritual. Então, crescemos. Estamos sempre evoluindo. O Progresso é a nossa marca.
9
A Caminhada de todos e cada um deve ser feita com liberdade, base da verdadeira felicidade. E liberdade é saber escolher o caminho, conhecer a estrada preferida e sustentá-la com princípios bem definidos e estáveis, com valores bem determinados e permanentes de modo a garantir a tranquilidade do processo, a segurança da trilha, a estabilidade do percurso feito com firmeza, fortaleza e sobriedade, disciplina e austeridade, sem vacilar no caminho, ainda que a transitoriedade e o fator descartável dos acontecimentos nos persigam e atrapalhem, mesmo que o provisório dos fatos e dos fenômenos do cotidiano incomodem nossa opção fundamental por uma experiência de liberdade ativa cuja consciência a administra como rocha inabalável. Assim nossas atitudes e comportamentos devem estar seguros e tranquilos, e garantidos por raizes éticas e espirituais onde reinam a estabilidade das ações e a sustentabilidade das atividades de maneira que não haja ”furo” nem vacilação na determinação de nossas ações pessoais e sociais, interpessoais e coletivas. De fato, precisamos de princípios estáveis e absolutos, e de valores constantes e permanentes, a fim de que nessa caminhada não caiamos do cavalo e fiquemos a sós na estrada, e sejamos bem orientados no que devemos fazer. Bem definidas nossas ações e atitudes, sigamos com equilíbrio e otimismo o nosso caminho, e façamos da nossa estrada de vida um processo em que possam imperar a ordem da consciência, a disciplina moral e uma espiritualidade natural forte e firme, condições de uma liberdade saudável a todos e agradável a cada um. Nisso, a nossa felicidade. Felicidade eterna.
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Nesse processo de vida cotidiana, de construção de relações e comportamentos, de investimentos em trabalho, educação e saúde, geramos uma consciência positiva acerca dos fenômenos de nossa realidade social, política, econômica e cultural, quando então definimos nosso jeito de ser livres, produtores de uma liberdade orientada por uma consciência de princípios duradouros e valores estáveis e permanentes. Essa consciência é relativa pois tende para o Absoluto, evoluindo no tempo e no espaço, progredindo em virtudes e direitos, dignidade e qualidade de vida, conduzindo assim a vida humana para sua plenitude de uma natureza que busca sempre sua saúde social e bem-estar coletivo. Deste modo, evoluimos espiritual e existencialmente. Caminhamos para a frente e para o alto. Procuramos a Deus, sentido de nosso viver e razão de nosso existir. Desta maneira, geramos vida em abundância mudando para melhor nossas atividades diárias e noturnas e qualificando nossos trabalhos, atitudes e empreendimentos. Assim vamos crescendo, buscando o melhor, o que é bom para nós e nos faz bem. Geramos saúde em torno de nós. Vamos desenvolvendo criatividades, talentos e carismas, vocações para a vida e o trabalho e profissões que nos oferecem uma vivência digna, agradável e saudável. E vamos evoluindo no tempo e para a eternidade. Esse progresso é eterno. Assim construimos nosso caminho alternativo e empreendemos nossa estrada de construções positivas e otimistas, equilibradas e sensatas. No equilíbrio, o nosso crescimento no corpo, na alma e no espírito. Somos evolução permanente.
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Em função da liberdade, construimos nosso destino neste mundo e para a eternidade, produzimos outros, novos e diferentes programas, conteúdos e matérias de conhecimento, experiências éticas e espirituais elevadas, aumentando a nossa auto-estima e astral, nos animamos para a vida cotidiana, desenvolvendo nossa criatividade na geração de talentos e carismas que já nos são naturais, evoluindo na consciência que abraça princípios e valores orientadores da nossa vivência de cada dia e de toda hora, gerando atividades e ações que nos fazem bem e é tudo de bom em termos de saúde e educação, respeito mútuo e responsabilidade recíproca, progredindo na interação com grupos e indivíduos que qualificam nosso atual estado de vida, e assim crescemos de bem com a vida e em paz com a nossa consciência. Tal o caminho feito para cada um e que todos devem seguir a fim de que a tranquilidade do espírito reine e impere a paz do corpo e da alma, a calma social e o bem-estar das populações. Deste modo, caminhamos nesta vida de todos os dias. Tal o nosso destino comum e individual. Buscamos o mesmo Deus. Procuramos alternativas de saúde e possibilidades diversas de bem-estar e bem-viver em sociedade. Nossas sociedades também têm um destino: a eternidade. Esse o nosso processo temporal: buscamos o eterno. Tal o nosso destino que nos faz livres e felizes. Caminhamos para a felicidade, que evolui sempre, caminha crescendo em nosso corpo e mente, alma e espírito. Vivemos para a vida para sempre. Somos eternos.
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 17 de março de 2012
Tranquilidade
Primeiro, minha tranquilidade
Prefiro ficar tranquilo no meu canto enquanto ao meu lado chove um
monte de balas perdidas na guerra entre polícia e bandidos nas ruas do
Rio de Janeiro.
Ainda que os ventos soprem em contrário, manterei a calma interior e o
meu repouso espiritual.
Ainda que a violência se instale dentro de casa ou no meu condomínio,
ou no trabalho que exerço ou no dia a dia de meus afazeres, ações e
atividades, mesmo assim confiarei em Deus, acreditarei na sua Divina
Providência controlando os excessos da minha consciência e as
extravagâncias da minha liberdade.
Ainda que um temporal caia sobre a Cidade e a tempestade destrua tudo
e a todos, continuarei firme na minha fé mais forte que as
turbulências do meio-ambiente e superior aos furacões das noites
endiabradas sem a lua dourada para iluminar as quentes madrugadas.
Ainda que os contrários da vida, as doenças da mente e os distúrbios
da inteligência me incomodem ou atrapalhem minhas atitudes diárias e
noturnas, permanecei sólido nos meus princípios de bondade que eleva,
do bem que exalta e da paz que ameniza as tensões diversas e adversas
e as pressões diferentes e contrárias.
Ainda que o combate da realidade cotidiana insista em me amedrontar,
afligir ou desesperar, ficarei tranquilo como a rocha mais forte das
montanhas do Everest no Sul e Norte da Ásia.
Ainda que as chuvas arrasem as avenidas do meu bairro, ou o
aquecimento global invente as secas e as enchentes de cada dia, noite
e madrugada, estarei rezando descansado certo de que Deus é maior que
a violência da natureza e melhor que os transtornos do universo.
Ainda que minhas garotas me desprezem, ou minhas gatas insistam em me
levar para a cama, ou minhas paqueras desejem arduamente misturar sexo
com bebida, cachaça com guaraná, ou vinho com coca-cola, ainda assim
beijarei santamente minhas namoradas e as abraçarei como seu Príncipe
Encantado louco de amor por elas.
Ainda que os amigos se afastem de mim, ou meus colegas de trabalho
ignorem minhas advertências e minha aspiração por melhores salários e
condições de trabalho razoáveis, mesmo assim hei de continuar lutando
por minha estabilidade, segurança no trabalho e tranquilidade na
família.
Ainda que o mundo acabe, ou o sol não se acenda mais, ou a lua não
brilhe mais nas madrugadas da vida, hei de permanecer fixo na minha
tranquilidade certo de que Alguém gerencia o tempo e governa a
história dos humanos e terrestres.
Então, ficarei tranquilo, porque sei que Deus existe.
Prefiro ficar tranquilo no meu canto enquanto ao meu lado chove um
monte de balas perdidas na guerra entre polícia e bandidos nas ruas do
Rio de Janeiro.
Ainda que os ventos soprem em contrário, manterei a calma interior e o
meu repouso espiritual.
Ainda que a violência se instale dentro de casa ou no meu condomínio,
ou no trabalho que exerço ou no dia a dia de meus afazeres, ações e
atividades, mesmo assim confiarei em Deus, acreditarei na sua Divina
Providência controlando os excessos da minha consciência e as
extravagâncias da minha liberdade.
Ainda que um temporal caia sobre a Cidade e a tempestade destrua tudo
e a todos, continuarei firme na minha fé mais forte que as
turbulências do meio-ambiente e superior aos furacões das noites
endiabradas sem a lua dourada para iluminar as quentes madrugadas.
Ainda que os contrários da vida, as doenças da mente e os distúrbios
da inteligência me incomodem ou atrapalhem minhas atitudes diárias e
noturnas, permanecei sólido nos meus princípios de bondade que eleva,
do bem que exalta e da paz que ameniza as tensões diversas e adversas
e as pressões diferentes e contrárias.
Ainda que o combate da realidade cotidiana insista em me amedrontar,
afligir ou desesperar, ficarei tranquilo como a rocha mais forte das
montanhas do Everest no Sul e Norte da Ásia.
Ainda que as chuvas arrasem as avenidas do meu bairro, ou o
aquecimento global invente as secas e as enchentes de cada dia, noite
e madrugada, estarei rezando descansado certo de que Deus é maior que
a violência da natureza e melhor que os transtornos do universo.
Ainda que minhas garotas me desprezem, ou minhas gatas insistam em me
levar para a cama, ou minhas paqueras desejem arduamente misturar sexo
com bebida, cachaça com guaraná, ou vinho com coca-cola, ainda assim
beijarei santamente minhas namoradas e as abraçarei como seu Príncipe
Encantado louco de amor por elas.
Ainda que os amigos se afastem de mim, ou meus colegas de trabalho
ignorem minhas advertências e minha aspiração por melhores salários e
condições de trabalho razoáveis, mesmo assim hei de continuar lutando
por minha estabilidade, segurança no trabalho e tranquilidade na
família.
Ainda que o mundo acabe, ou o sol não se acenda mais, ou a lua não
brilhe mais nas madrugadas da vida, hei de permanecer fixo na minha
tranquilidade certo de que Alguém gerencia o tempo e governa a
história dos humanos e terrestres.
Então, ficarei tranquilo, porque sei que Deus existe.
sábado, 10 de março de 2012
Geografia da Mulher
Geografia da Mulher
A Alma Feminina em seus detalhes
O que caracteriza hoje a mulher aqui e agora é a sua forte sexualidade e o seu desejo louco de chegar ao orgasmo, o prazer sexual.
Depois, a sua beleza natural, que mostra que não existem mulheres feias, pois todas são lindas diante de Deus e dos homens.
A seguir, a sua profunda sensibilidade, que a torna capaz de sentir as necessidades dos outros, os seus interesses mais fundos e as suas intencionalidades mais verdadeiras.
Após, o seu rico sentimento interior, que a faz possuir virtudes éticas bem consolidadas e uma espiritualidade de tamanhas dimensões que a transforma naturalmente em uma mulher de Deus.
Ainda, a sua força de trabalho e o seu poder de criatividade, razão de suas operações físicas e mentais bem fundamentadas e sentido de seus exercícios racionais, cordiais e experienciais bem estabilizados.
Também, a sua inteligência fecunda, criadora de idéias novas e diferentes e produtora de conhecimentos que fazem a diferença entre os seres da realidade e as coisas da experiência real cotidiana.
Outrossim, a sua educação moral onde sobressaem o respeito às pessoas ao seu lado e ao seu redor, e a responsabilidade em construir o bem e a paz que nos libertam e renovam, e nos abrem para a felicidade mais rica, mais completa e mais perfeita.
A sua maternidade, eis um dos caracteres mais importantes da mulher, possibilitadora da alegria do casal, da reprodução familiar e da continuidade da espécie humana.
O seu jeito de ser, o seu modo de viver e a sua maneira de fazer as coisas, eis o seu carisma privilegiado, que atrai o amor dos homens, que cativa os parceiros de cama e contagia os seus companheiros de vida e caminhada, além de propiciar a criação de colegas de trabalho que participam de sua intimidade e comungam com a sua natureza livre e feliz.
A sua solidariedade e capacidade fraterna de ajudar as pessoas em torno de si, a sua potencialidade viva de se relacionar bem com grupos e indivíduos, a sua alternativa predileta de interagir com quem lhe faz bem e é bom para ela, e a sua possibilidade de compartilhar com outros de sua confiança os seus interesses mais secretos, os seus sentimentos mais espertos, os seus valores mais sérios, autênticos e transparentes, as suas virtudes mais belas e bonitas, e as suas vivências e experiências de amor e sexo com outros, os seus machos de plantão e de rotina cotidiana, são mais alguns elementos de sua constituição feminina e de seu ambiente de relações e produções reais e atuais, temporais e históricas, locais e regionais, globais e universais.
A sua atividade produtiva capaz de resolver os mais diferentes problemas da realidade e de solucionar os mais diversos e até adversos questionamentos de sua vida íntima e de sua existência familiar, social e comunitária, também são propriedades que definem o seu universo cheio de opções naturais, de alternativas culturais e de possibilidades políticas, econômicas e sociais.
O seu aconselhamento psicológico e espiritual, que colabora com a boa saúde das pessoas e o bem-estar da humanidade.
Enfim, a sua atitude de equilíbrio em seus relacionamentos mais variados, o seu bom-senso comportamental, o controle de sua mente e de suas emoções e o domínio de si mesma, eis a mulher madura, responsável, direita e de respeito.
Sem falar é claro da mulher de fé que coloca Deus em primeiro lugar na sua vida de cada dia.
Eis portanto a geografia da mulher de nossos dias atuais, sempre romântica, sensível e sentimental, louca e apaixonada pelos homens, de desejos ardentes e amores quentes, a profissional de diferentes cargos e funções no mercado de trabalho, a vocacionada para o amor e o sexo, a bela pessoa humana que ela representa para toda a sociedade.
A Alma Feminina em seus detalhes
O que caracteriza hoje a mulher aqui e agora é a sua forte sexualidade e o seu desejo louco de chegar ao orgasmo, o prazer sexual.
Depois, a sua beleza natural, que mostra que não existem mulheres feias, pois todas são lindas diante de Deus e dos homens.
A seguir, a sua profunda sensibilidade, que a torna capaz de sentir as necessidades dos outros, os seus interesses mais fundos e as suas intencionalidades mais verdadeiras.
Após, o seu rico sentimento interior, que a faz possuir virtudes éticas bem consolidadas e uma espiritualidade de tamanhas dimensões que a transforma naturalmente em uma mulher de Deus.
Ainda, a sua força de trabalho e o seu poder de criatividade, razão de suas operações físicas e mentais bem fundamentadas e sentido de seus exercícios racionais, cordiais e experienciais bem estabilizados.
Também, a sua inteligência fecunda, criadora de idéias novas e diferentes e produtora de conhecimentos que fazem a diferença entre os seres da realidade e as coisas da experiência real cotidiana.
Outrossim, a sua educação moral onde sobressaem o respeito às pessoas ao seu lado e ao seu redor, e a responsabilidade em construir o bem e a paz que nos libertam e renovam, e nos abrem para a felicidade mais rica, mais completa e mais perfeita.
A sua maternidade, eis um dos caracteres mais importantes da mulher, possibilitadora da alegria do casal, da reprodução familiar e da continuidade da espécie humana.
O seu jeito de ser, o seu modo de viver e a sua maneira de fazer as coisas, eis o seu carisma privilegiado, que atrai o amor dos homens, que cativa os parceiros de cama e contagia os seus companheiros de vida e caminhada, além de propiciar a criação de colegas de trabalho que participam de sua intimidade e comungam com a sua natureza livre e feliz.
A sua solidariedade e capacidade fraterna de ajudar as pessoas em torno de si, a sua potencialidade viva de se relacionar bem com grupos e indivíduos, a sua alternativa predileta de interagir com quem lhe faz bem e é bom para ela, e a sua possibilidade de compartilhar com outros de sua confiança os seus interesses mais secretos, os seus sentimentos mais espertos, os seus valores mais sérios, autênticos e transparentes, as suas virtudes mais belas e bonitas, e as suas vivências e experiências de amor e sexo com outros, os seus machos de plantão e de rotina cotidiana, são mais alguns elementos de sua constituição feminina e de seu ambiente de relações e produções reais e atuais, temporais e históricas, locais e regionais, globais e universais.
A sua atividade produtiva capaz de resolver os mais diferentes problemas da realidade e de solucionar os mais diversos e até adversos questionamentos de sua vida íntima e de sua existência familiar, social e comunitária, também são propriedades que definem o seu universo cheio de opções naturais, de alternativas culturais e de possibilidades políticas, econômicas e sociais.
O seu aconselhamento psicológico e espiritual, que colabora com a boa saúde das pessoas e o bem-estar da humanidade.
Enfim, a sua atitude de equilíbrio em seus relacionamentos mais variados, o seu bom-senso comportamental, o controle de sua mente e de suas emoções e o domínio de si mesma, eis a mulher madura, responsável, direita e de respeito.
Sem falar é claro da mulher de fé que coloca Deus em primeiro lugar na sua vida de cada dia.
Eis portanto a geografia da mulher de nossos dias atuais, sempre romântica, sensível e sentimental, louca e apaixonada pelos homens, de desejos ardentes e amores quentes, a profissional de diferentes cargos e funções no mercado de trabalho, a vocacionada para o amor e o sexo, a bela pessoa humana que ela representa para toda a sociedade.
domingo, 4 de março de 2012
O Ser e o Vazio 2
O Ser e o Vazio
1
A Essência é o Nada
A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.
2
O Silêncio da Madrugada
Acredito que esse tempo que se chama madrugada tenha um segredo de sucesso e um estado de felicidade, que, através do silêncio interno e externo, nos conduz ao sono tranquilo, ao ordenamento da mente e à organização de nossas idéias, disciplinando nosso corpo cansado, renovando nossa atividade celular, sanguínea e orgânica, reestruturando todas as funções de nossos órgãos, aparelhos e sistemas, o que reflete para nós como o silêncio é fértil, condutor de nós para caminhos de paz interior e de bondade nos relacionamentos e virtude em nossas atitudes cotidianas, salientando-nos que esse silenciar de nossa alma vem de um profundo instante de deserto, quando superando solidões, tristezas e angústias, e atravessando os vazios da realidade e os nadas da existência conseguimos estruturar a nossa vida e sistematizar nossas práticas de cada hora, minuto e segundo. De fato, por meio do deserto da madrugada, e suas virtudes de silêncio apaziguante e de vazio calmante e de nada tranquilizante, reativamos nossas energias e refazemos nossas forças, e nos animamos para o dia seguinte, continuando a construir virtudes e boas ações, consequência de uma noite de deserto, de uma obscuridade em silêncio, de umas trevas esvaziantes e de uma madrugada nadante, onde nadamos do nada, pelo nada e para o nada. Tal realidade nadante é a fonte da nossa inesgotável riqueza de vida, reprodutora do bem que fazemos e da paz que vivemos, dos trabalhos que desempenhamos todos os dias e das atividades que restauramos em cada circunstância vivida, a todo momento e a cada instante praticado. Deste modo, o silêncio faz de nossas madrugadas a base de nosso edifício de vida quando geramos uma estrada de otimismos e positividades para toda a sociedade. Sim, esvaziar-se nos faz fecundos, fundos e profundos. Somos seres nadantes. Porque a vida é o oceano do silêncio, princípio de todas as coisas e origem de todos os seres.
3
A Vida em Metamorfose
As transformações sociais e culturais, políticas e econômicas, da vida moderna também afetam a nossa interioridade, causando vazios na consciência quando esta busca sua autenticidade, sua verdade ontológica e transcendental, ou sua transparência ética e espiritual. Esses gargalos mentais manifestam os buracos da inteligência onde penetram as nossas ausências na família ou no trabalho, as nossas carências afetivas e sentimentais, as nossas dependências interpessoais e as nossas incongruências lógicas, críticas e dialéticas, o que nos faz muitas vezes ecléticos diante do cotidiano ou insofismáticos perante uma realidade que insiste em preencher os nossos nadas do corpo e da alma, da mente e do espírito, causando-nos quase sempre náuseas biológicas e insatisfação psicológica, visto ainda não nos acostumarmos com as ococidades de nosso pensamento envolto por fenômenos ideológicos, que conseguem refletir a nossa parcial ambiência doentia quando é claro esses reflexos internos de nossa alma assumem posturas patológicas contagiando a nós e os outros, prisioneiros de nossos esvaziamentos ou escravos de nossas cadeias do ser que nos envolve. Assim, nossa existência de cada dia e de toda noite começa a viver daqueles traumas do espírito e suas frustrações encontradas nas experiências de nossas atitudes pensadas e impensadas. Logo, nossas metamorfoses cotidianas igualmente contaminam nossa realidade espiritual, que então se torna vazia de conteúdos que realmente interessam ao nosso interior. Então, sofremos com essas carências internas. Nosso ser esvazia-se profundamente.
4
O Nada existe
Hoje de tarde, depois do almoço, seitei-me no sofá da sala de estar do meu apartamento para descansar um pouco e refletir sobre a vida e o trabalho, as pessoas e a sociedade, o movimento das ruas, a confusão dos supermercados e shoppings do bairro, a violência de bandidos e policiais em choque, as balas perdidas voando nas praças e avenidas da Cidade, o silêncio e a natureza dos campos, as boas relações entre as pessoas, minhas paqueras de sempre, minhas namoradas de plantão, o cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades, sonhos e realidade, desejos e necessidades, o tempo e a história, e o além na eternidade. Então fiz silêncio, Do meu lado, ouvi passarinhos cantando, os vizinhos brigando, o som das caixas dágua se movimentando, os gritos de crianças brincando e o bate-papo alegre e sábio de velhinhos e aposentados conversando como se estivessem de bem com a vida e em paz com as pessoas em seu entorno. Observei que no fundo do pensamento, na calma da alma e na tranquilidade do espírito, algo insistia em falar, mas que não era ouvido nem percebido, e apesar de ser ignorado tinha voz e queria vez nos ouvidos dos homens e nos olhares românticos das mulheres. Não sei o que era. Era alguma coisa que não conseguia identificar, contudo tinha vida, parecia desejar insistir em viver, existir e se manifestar a alguém. Gritava mas não escutava. Dizia algo mas acho que não dava para ouvir direito suas palavras e mensagem. Foi então que subitamente descobri que não era nada. Ou que era simplesmente o vazio das profundidades do ser e o nada das essências da realidade. Estava dentro do cotidiano, entretanto sua voz conseguia estar apagada, eram negros seus dizeres, ficavam mortas as suas palavras. Quem sabe um cemitério andante investido de velórios constantes e enterros permanentes. Mas não era nada. Sim, o nada existia. Seu manifesto se fez silêncio. No silêncio, acordei para aquela realidade. O Nada existe e é real.
5
Hoje, esvaziei-me
Em casa, quando o silêncio tomou conta de mim, ignorei meus instantes na rua ou minha presença junto à família ou minha insistência no trabalho, e ausentei-me de mim mesmo, me esqueci do meu eu, e então ouvi lá fora o barulho dos carros gritando ruídos sem cessar, os passarinhos cantando uma linda melodia de entardecer, as pessoas e os vizinhos conversando como se estivessem em um botequim, as bombas de água do edifício onde moro soltando sons elevados como o rugir dos leões em plena floresta da África Setentrional. Eram 4 horas da tarde. Sentia-me oco por dentro e por fora. O Nada mergulhou em mim de um tal modo que minha consciência parecia não ter fenômenos mentais, meu pensamento estava sem idéias, meus conhecimentos desapareceram simplesmente, e olhei-me e me vi nu dentro do meu quarto de dormir. E olhava para as paredes tentando encontrar uma saída para aquele vazio profundo onde o silêncio vociferava alto e o nada insistia em se apossar de mim. Ali, encontrava-me dentro do oceano de uma existência carente, sem sentido algum, angustiada e triste, sem razões aparentes para se constituir em realidade cotidiana. Não havia significado para aquele momento. Via-me burro. Não entendia nada. As paredes talvez quisessem me falar alguma coisa. Então, pensei em Alguém Superior que pudesse me ajudar a sair daquela situação de crise espiritual, antes que o medo da vida se achegasse a mim, ou a aflição e o desespero se atirassem perante o meu corpo cansado, a minha alma fadigada e a minha mente esgotada de tanto tentar saber o que então estava acontecendo comigo. Estava nu espiritualmente. Surpreendentemente, uma luz interior sacudiu o meu espírito e acordei do meu sono metafísico. Novamente, brilhava a minha inteligência. E foi assim que fugi daquela prisão interna e deixei a escravidão da minha alma. Era Alguém que tocava o meu ser, movia o meu pensamento em lágrimas, e transformava para melhor aquelas circunstâncias indefinidas de realidades indeterminadas. Sai da confusão mental e emocional e outra vez voltei ao meu ego, agora controlador do meu íntimo e dominador das minhas experiências de dentro e de fora. E ao anoitecer lembrei-me de Deus, e em paz adormeceu a minha vida. No vazio, Alguém apareceu. Não sei o seu nome. Mas posso chamá-Lo de luz. Ele iluminou-me naqueles minutos e segundos de terror. O Terror da alma.
6
Precisamos da solidão
Estar sozinho ontem como hoje é uma necessidade humana primordial ainda que nossas atividades cotidianas se encontrem com muita gente ao nosso redor visto que nossa privacidade precisa ter voz e vez diante do barulho do mundo quando então ordenamos a nossa mente, podemos cuidar de nossas coisas pessoais, disciplinamos nosso dia a dia e organizamos tudo que faz parte de nossa realidade interna e externa. Faz-nos bem a solidão. É imprescindível de vez em quando estarmos a sós, fazermos silêncio e deixarmos o Espírito Superior nos falar da intimidade do ser, da essência do pensamento e da substância da existência, a fim de que levemos nossa vida com transparência de consciência e com a verdade de nossa interioridade. Deus gosta de conversar conosco, e nada melhor que o silêncio para que isso ocorra em nossa realidade de cada dia e de toda noite. É preciso nos calar, silenciar, e no vazio da realidade dialogar com Alguém maior e melhor que nós. Ao fazermos isso, cresceremos em autenticidade, teremos a tendência do equilíbrio nas ações e o bom-senso nas coisas, saberemos discernir o bem do mal, e livremente optarmos por aquilo que é bom para nós e nos faz bem cotidianamente. Assim deve ser a nossa vida diária. Feita igualmente de instantes solitários para que o nosso convívio humano e social tenha mais verdade, mais profundidade de relacionamento, mais raizes de conteúdos incentivadores de nosso comportamento de todos os dias. Saberemos pois desta maneira viver com essência a nossa existência, e fazer de nosso cotidiano uma passarela de bondade, equilíbrio e otimismo, virtudes essas adquiridas quando o vazio da solidão grita mais alto em nossa vida. É bom estar só.
7
O Mergulho no Vácuo
Há situações na vida cotidiana em que nos encontramos incertos, duvidosos e indecisos nas nossas tarefas diárias, ou inquietos, instáveis e inseguros nas nossas atitudes e relacionamentos, ou então o medo se apossa de nós, a aflição invade a nossa alma e o nosso espírito fica confuso sem encontrar uma saida ou uma resposta para nossos problemas existenciais, nossas dificuldades na rua, na família e no trabalho, nossos conflitos de consciência e nossas contrariedades físicas e mentais, emocionais e psicológicas, até atingir o interior da realidade quando geramos violência e agressividade em torno de nós. Tais circunstâncias de dúvida e indefinição, incerteza e indeterminação podem configurar um estado de vácuo em nossa interioridade, porque nos percebemos esvaziados espiritualmente, sozinhos no mundo, cercados de inimigos por todos os lados, e então todos se fazem nossos adversários criticando nossas ações pessoais e coletivas, questionando as nossas maneiras de ser, pensar e agir, interrogando-nos constantemente sobre nossas relações amorosas, cordiais e sentimentais, ou ainda nos excluindo de seu convívio e nos expulsando de sua companhia. Nesses instantes confusos e complicados, nos vemos sozinhos, sem nada nem ninguém, todos fogem de nós, o universo conspira contra nosso jeito de viver e a natureza parece entrar em contradição conosco mesmo problematizando nosso dia a dia, criando crises psicossociais, isolamento e confusão de idéias, ausência de valores seguros e carência de princípios estáveis, necessários e absolutos. Esse estado de crise psicológica faz-nos mergulhar no vazio da existência e o vácuo passa a ser a nossa única alternativa de valor, a nossa atitude diante dos problemas, a nossa realidade interna e externa. Nesses momentos críticos e dialéticos, urge nos firmar em antigos princípios e abraçar valores tradicionais como garantia de boa orientação para o nosso cotidiano e fundamento para a nossa tranquilidade interior e estabilidade emocional. Perante essa realidade de metamorfoses permanentes, buscamos nos encontrar, achar respostas para tantas dúvidas e procurar soluções para muitas controvérsias da mente, que afetam o corpo, contagiam a alma e insatisfazem o espírito. Talvez a idéia de Deus nos traga segurança nessa hora. Ou a presença de amigos nos acalmem de uma vez por todas. Ou mesmo circundados por mulheres e pessoas de confiança conseguimos alterar esse quadro negro existencial, e enfim repousar na paz interior e no descanso do espírito. É preciso juizo então, ter equilíbrio na cabeça e bom-senso com as coisas e atividades que nos envolvem. Um pouco de otimismo também pode nos ajudar. Todavia, o mais importante é cultivarmos ora atitudes de bondade, de concórdia e convergência, praticando o bem e convivendo em paz uns com os outros. Que nessas condições a violência não tome conta nunca de nós. Urge paciência e equilíbrio, virtudes básicas para superar o vácuo em nossa vida de todos os dias e todas as noites. Tenhamos fé. Rezemos. E que Deus nos ajude nessa hora.
8
Sozinhos muitas vezes
O Vazio se torna uma realidade constante na nossa vida de cada dia e de toda noite quando raras vezes nos vemos sozinhos diante dos problemas, lidando com os conflitos na família, na rua e no trabalho, assumindo dificuldades em nossos relacionamentos e atitudes perante as pessoas do cotidiano. Então, mergulhamos no nada, o silêncio parece ser a nossa única realidade, tudo se confunde e todos passam a ser uma indefinição na nossa existência diária e noturna, o que faz a realidade indeterminar-se e nós assim perdidos em um universo agora complicado, talvez sem sentido algum, sem o significado de uma vida que deveria ser vivida com otimismo e equilíbrio, profundidade e entusiasmo, abundância e fecundidade. Todavia, eis que estamos sós em frente a um mundo violento, de gente agressiva que só quer o nosso prejuizo financeiro, o nosso mal-estar psicológico e social, a nossa queda dentro e fora da realidade de todos dias e todas as noites. Ora, então, urge acordar e fugir desses instantes de depressão e aflição, superar o desespero e o pânico que muitas vezes toma conta de nós, ultrapassar o medo e a ansiedade de uma vida conflitante e contraditória, ultrapassar os antagonismos, distúrbios e transtornos de uma mente e de uma experiência que não se entendem, se chocam permanentemente, exigindo de nós coragem para mudar, transformar para melhor essa situação diversa e adversa, diferente e contrária, e deste modo mergulharmos em uma outra e nova realidade de boa saúde na consciência, material e espiritual. Que Deus nos ajude nessa hora de contrários.
1
A Essência é o Nada
A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.
2
O Silêncio da Madrugada
Acredito que esse tempo que se chama madrugada tenha um segredo de sucesso e um estado de felicidade, que, através do silêncio interno e externo, nos conduz ao sono tranquilo, ao ordenamento da mente e à organização de nossas idéias, disciplinando nosso corpo cansado, renovando nossa atividade celular, sanguínea e orgânica, reestruturando todas as funções de nossos órgãos, aparelhos e sistemas, o que reflete para nós como o silêncio é fértil, condutor de nós para caminhos de paz interior e de bondade nos relacionamentos e virtude em nossas atitudes cotidianas, salientando-nos que esse silenciar de nossa alma vem de um profundo instante de deserto, quando superando solidões, tristezas e angústias, e atravessando os vazios da realidade e os nadas da existência conseguimos estruturar a nossa vida e sistematizar nossas práticas de cada hora, minuto e segundo. De fato, por meio do deserto da madrugada, e suas virtudes de silêncio apaziguante e de vazio calmante e de nada tranquilizante, reativamos nossas energias e refazemos nossas forças, e nos animamos para o dia seguinte, continuando a construir virtudes e boas ações, consequência de uma noite de deserto, de uma obscuridade em silêncio, de umas trevas esvaziantes e de uma madrugada nadante, onde nadamos do nada, pelo nada e para o nada. Tal realidade nadante é a fonte da nossa inesgotável riqueza de vida, reprodutora do bem que fazemos e da paz que vivemos, dos trabalhos que desempenhamos todos os dias e das atividades que restauramos em cada circunstância vivida, a todo momento e a cada instante praticado. Deste modo, o silêncio faz de nossas madrugadas a base de nosso edifício de vida quando geramos uma estrada de otimismos e positividades para toda a sociedade. Sim, esvaziar-se nos faz fecundos, fundos e profundos. Somos seres nadantes. Porque a vida é o oceano do silêncio, princípio de todas as coisas e origem de todos os seres.
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A Vida em Metamorfose
As transformações sociais e culturais, políticas e econômicas, da vida moderna também afetam a nossa interioridade, causando vazios na consciência quando esta busca sua autenticidade, sua verdade ontológica e transcendental, ou sua transparência ética e espiritual. Esses gargalos mentais manifestam os buracos da inteligência onde penetram as nossas ausências na família ou no trabalho, as nossas carências afetivas e sentimentais, as nossas dependências interpessoais e as nossas incongruências lógicas, críticas e dialéticas, o que nos faz muitas vezes ecléticos diante do cotidiano ou insofismáticos perante uma realidade que insiste em preencher os nossos nadas do corpo e da alma, da mente e do espírito, causando-nos quase sempre náuseas biológicas e insatisfação psicológica, visto ainda não nos acostumarmos com as ococidades de nosso pensamento envolto por fenômenos ideológicos, que conseguem refletir a nossa parcial ambiência doentia quando é claro esses reflexos internos de nossa alma assumem posturas patológicas contagiando a nós e os outros, prisioneiros de nossos esvaziamentos ou escravos de nossas cadeias do ser que nos envolve. Assim, nossa existência de cada dia e de toda noite começa a viver daqueles traumas do espírito e suas frustrações encontradas nas experiências de nossas atitudes pensadas e impensadas. Logo, nossas metamorfoses cotidianas igualmente contaminam nossa realidade espiritual, que então se torna vazia de conteúdos que realmente interessam ao nosso interior. Então, sofremos com essas carências internas. Nosso ser esvazia-se profundamente.
4
O Nada existe
Hoje de tarde, depois do almoço, seitei-me no sofá da sala de estar do meu apartamento para descansar um pouco e refletir sobre a vida e o trabalho, as pessoas e a sociedade, o movimento das ruas, a confusão dos supermercados e shoppings do bairro, a violência de bandidos e policiais em choque, as balas perdidas voando nas praças e avenidas da Cidade, o silêncio e a natureza dos campos, as boas relações entre as pessoas, minhas paqueras de sempre, minhas namoradas de plantão, o cotidiano carregado de problemas, conflitos e dificuldades, sonhos e realidade, desejos e necessidades, o tempo e a história, e o além na eternidade. Então fiz silêncio, Do meu lado, ouvi passarinhos cantando, os vizinhos brigando, o som das caixas dágua se movimentando, os gritos de crianças brincando e o bate-papo alegre e sábio de velhinhos e aposentados conversando como se estivessem de bem com a vida e em paz com as pessoas em seu entorno. Observei que no fundo do pensamento, na calma da alma e na tranquilidade do espírito, algo insistia em falar, mas que não era ouvido nem percebido, e apesar de ser ignorado tinha voz e queria vez nos ouvidos dos homens e nos olhares românticos das mulheres. Não sei o que era. Era alguma coisa que não conseguia identificar, contudo tinha vida, parecia desejar insistir em viver, existir e se manifestar a alguém. Gritava mas não escutava. Dizia algo mas acho que não dava para ouvir direito suas palavras e mensagem. Foi então que subitamente descobri que não era nada. Ou que era simplesmente o vazio das profundidades do ser e o nada das essências da realidade. Estava dentro do cotidiano, entretanto sua voz conseguia estar apagada, eram negros seus dizeres, ficavam mortas as suas palavras. Quem sabe um cemitério andante investido de velórios constantes e enterros permanentes. Mas não era nada. Sim, o nada existia. Seu manifesto se fez silêncio. No silêncio, acordei para aquela realidade. O Nada existe e é real.
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Hoje, esvaziei-me
Em casa, quando o silêncio tomou conta de mim, ignorei meus instantes na rua ou minha presença junto à família ou minha insistência no trabalho, e ausentei-me de mim mesmo, me esqueci do meu eu, e então ouvi lá fora o barulho dos carros gritando ruídos sem cessar, os passarinhos cantando uma linda melodia de entardecer, as pessoas e os vizinhos conversando como se estivessem em um botequim, as bombas de água do edifício onde moro soltando sons elevados como o rugir dos leões em plena floresta da África Setentrional. Eram 4 horas da tarde. Sentia-me oco por dentro e por fora. O Nada mergulhou em mim de um tal modo que minha consciência parecia não ter fenômenos mentais, meu pensamento estava sem idéias, meus conhecimentos desapareceram simplesmente, e olhei-me e me vi nu dentro do meu quarto de dormir. E olhava para as paredes tentando encontrar uma saída para aquele vazio profundo onde o silêncio vociferava alto e o nada insistia em se apossar de mim. Ali, encontrava-me dentro do oceano de uma existência carente, sem sentido algum, angustiada e triste, sem razões aparentes para se constituir em realidade cotidiana. Não havia significado para aquele momento. Via-me burro. Não entendia nada. As paredes talvez quisessem me falar alguma coisa. Então, pensei em Alguém Superior que pudesse me ajudar a sair daquela situação de crise espiritual, antes que o medo da vida se achegasse a mim, ou a aflição e o desespero se atirassem perante o meu corpo cansado, a minha alma fadigada e a minha mente esgotada de tanto tentar saber o que então estava acontecendo comigo. Estava nu espiritualmente. Surpreendentemente, uma luz interior sacudiu o meu espírito e acordei do meu sono metafísico. Novamente, brilhava a minha inteligência. E foi assim que fugi daquela prisão interna e deixei a escravidão da minha alma. Era Alguém que tocava o meu ser, movia o meu pensamento em lágrimas, e transformava para melhor aquelas circunstâncias indefinidas de realidades indeterminadas. Sai da confusão mental e emocional e outra vez voltei ao meu ego, agora controlador do meu íntimo e dominador das minhas experiências de dentro e de fora. E ao anoitecer lembrei-me de Deus, e em paz adormeceu a minha vida. No vazio, Alguém apareceu. Não sei o seu nome. Mas posso chamá-Lo de luz. Ele iluminou-me naqueles minutos e segundos de terror. O Terror da alma.
6
Precisamos da solidão
Estar sozinho ontem como hoje é uma necessidade humana primordial ainda que nossas atividades cotidianas se encontrem com muita gente ao nosso redor visto que nossa privacidade precisa ter voz e vez diante do barulho do mundo quando então ordenamos a nossa mente, podemos cuidar de nossas coisas pessoais, disciplinamos nosso dia a dia e organizamos tudo que faz parte de nossa realidade interna e externa. Faz-nos bem a solidão. É imprescindível de vez em quando estarmos a sós, fazermos silêncio e deixarmos o Espírito Superior nos falar da intimidade do ser, da essência do pensamento e da substância da existência, a fim de que levemos nossa vida com transparência de consciência e com a verdade de nossa interioridade. Deus gosta de conversar conosco, e nada melhor que o silêncio para que isso ocorra em nossa realidade de cada dia e de toda noite. É preciso nos calar, silenciar, e no vazio da realidade dialogar com Alguém maior e melhor que nós. Ao fazermos isso, cresceremos em autenticidade, teremos a tendência do equilíbrio nas ações e o bom-senso nas coisas, saberemos discernir o bem do mal, e livremente optarmos por aquilo que é bom para nós e nos faz bem cotidianamente. Assim deve ser a nossa vida diária. Feita igualmente de instantes solitários para que o nosso convívio humano e social tenha mais verdade, mais profundidade de relacionamento, mais raizes de conteúdos incentivadores de nosso comportamento de todos os dias. Saberemos pois desta maneira viver com essência a nossa existência, e fazer de nosso cotidiano uma passarela de bondade, equilíbrio e otimismo, virtudes essas adquiridas quando o vazio da solidão grita mais alto em nossa vida. É bom estar só.
7
O Mergulho no Vácuo
Há situações na vida cotidiana em que nos encontramos incertos, duvidosos e indecisos nas nossas tarefas diárias, ou inquietos, instáveis e inseguros nas nossas atitudes e relacionamentos, ou então o medo se apossa de nós, a aflição invade a nossa alma e o nosso espírito fica confuso sem encontrar uma saida ou uma resposta para nossos problemas existenciais, nossas dificuldades na rua, na família e no trabalho, nossos conflitos de consciência e nossas contrariedades físicas e mentais, emocionais e psicológicas, até atingir o interior da realidade quando geramos violência e agressividade em torno de nós. Tais circunstâncias de dúvida e indefinição, incerteza e indeterminação podem configurar um estado de vácuo em nossa interioridade, porque nos percebemos esvaziados espiritualmente, sozinhos no mundo, cercados de inimigos por todos os lados, e então todos se fazem nossos adversários criticando nossas ações pessoais e coletivas, questionando as nossas maneiras de ser, pensar e agir, interrogando-nos constantemente sobre nossas relações amorosas, cordiais e sentimentais, ou ainda nos excluindo de seu convívio e nos expulsando de sua companhia. Nesses instantes confusos e complicados, nos vemos sozinhos, sem nada nem ninguém, todos fogem de nós, o universo conspira contra nosso jeito de viver e a natureza parece entrar em contradição conosco mesmo problematizando nosso dia a dia, criando crises psicossociais, isolamento e confusão de idéias, ausência de valores seguros e carência de princípios estáveis, necessários e absolutos. Esse estado de crise psicológica faz-nos mergulhar no vazio da existência e o vácuo passa a ser a nossa única alternativa de valor, a nossa atitude diante dos problemas, a nossa realidade interna e externa. Nesses momentos críticos e dialéticos, urge nos firmar em antigos princípios e abraçar valores tradicionais como garantia de boa orientação para o nosso cotidiano e fundamento para a nossa tranquilidade interior e estabilidade emocional. Perante essa realidade de metamorfoses permanentes, buscamos nos encontrar, achar respostas para tantas dúvidas e procurar soluções para muitas controvérsias da mente, que afetam o corpo, contagiam a alma e insatisfazem o espírito. Talvez a idéia de Deus nos traga segurança nessa hora. Ou a presença de amigos nos acalmem de uma vez por todas. Ou mesmo circundados por mulheres e pessoas de confiança conseguimos alterar esse quadro negro existencial, e enfim repousar na paz interior e no descanso do espírito. É preciso juizo então, ter equilíbrio na cabeça e bom-senso com as coisas e atividades que nos envolvem. Um pouco de otimismo também pode nos ajudar. Todavia, o mais importante é cultivarmos ora atitudes de bondade, de concórdia e convergência, praticando o bem e convivendo em paz uns com os outros. Que nessas condições a violência não tome conta nunca de nós. Urge paciência e equilíbrio, virtudes básicas para superar o vácuo em nossa vida de todos os dias e todas as noites. Tenhamos fé. Rezemos. E que Deus nos ajude nessa hora.
8
Sozinhos muitas vezes
O Vazio se torna uma realidade constante na nossa vida de cada dia e de toda noite quando raras vezes nos vemos sozinhos diante dos problemas, lidando com os conflitos na família, na rua e no trabalho, assumindo dificuldades em nossos relacionamentos e atitudes perante as pessoas do cotidiano. Então, mergulhamos no nada, o silêncio parece ser a nossa única realidade, tudo se confunde e todos passam a ser uma indefinição na nossa existência diária e noturna, o que faz a realidade indeterminar-se e nós assim perdidos em um universo agora complicado, talvez sem sentido algum, sem o significado de uma vida que deveria ser vivida com otimismo e equilíbrio, profundidade e entusiasmo, abundância e fecundidade. Todavia, eis que estamos sós em frente a um mundo violento, de gente agressiva que só quer o nosso prejuizo financeiro, o nosso mal-estar psicológico e social, a nossa queda dentro e fora da realidade de todos dias e todas as noites. Ora, então, urge acordar e fugir desses instantes de depressão e aflição, superar o desespero e o pânico que muitas vezes toma conta de nós, ultrapassar o medo e a ansiedade de uma vida conflitante e contraditória, ultrapassar os antagonismos, distúrbios e transtornos de uma mente e de uma experiência que não se entendem, se chocam permanentemente, exigindo de nós coragem para mudar, transformar para melhor essa situação diversa e adversa, diferente e contrária, e deste modo mergulharmos em uma outra e nova realidade de boa saúde na consciência, material e espiritual. Que Deus nos ajude nessa hora de contrários.
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