Realidade Virtual
Cultura Digital
Mentalidade Eletrônica
1. Modernismo e pós-Modernidade
Desafios para a Educação atual
Os séculos XIX-XX de nossa era foram marcados por idéias e ideais, símbolos e imagens, valores e ideologias que se caracterizaram por apresentar à sociedade moderna um mundo baseado na estabilidade, nas verdades objetivas, em identidades estáticas e absolutas, em regras inalteráveis e permanentes, em leis eternas, em certezas consagradas pela moral clássica onde os conhecimentos eram constantes, definidos por sua fundamentação estável, a qual não podia ser alterada ou modificada pelo tempo ou pela história, contudo devia cristalizar-se em modelos imutáveis e em paradigmas atemporais, sem compromissos com a mudança da vida temporal e histórica, com todo o direito de ignorar as intemperanças e as instabilidades da experiência real cotidiana, o que, ao contrário do período modernista, identifica a pós-modernidade em que sobressaem teorias circunstanciais, as situações individuais e relativas, o ceticismo dos conhecimentos e o niilismo de uma vida vazia cujo conteúdo é o nada existencial e a inconstância espiritual, o apelo ao imediato, ao que é fútil e descartável, princípios que certamente se originaram com a filosofia capitalista e seus conceitos de mercado e mercadoria, transformando pois então a sociedade e seus grupos, indivíduos e comunidades em objetos de exploração econômica, ou coisa de uso financeiro, elementos de troca, tornando o cotidiano dessas pessoas tremendamente coisificado, elevando assim a vacuidade da vida, o vazio do ser e a ausência da realidade do nada físico, mental e espiritual como realidades comuns ao convívio diário dessas sociedades do século XXI, fazendo com que o discurso da ciência e da tecnologia, do momento digital e virtual ora atravessado, a história dos homens e das mulheres, a filosofia de vida de todos e cada um, assim como a arte e a religião, a moral e seus costumes e tradições se voltassem portanto para um universo cultural, social e político, econômico e financeiro, em que predominavam os valores da alteridade, da mutabilidade, da turbulência mental, do descontrole emocional, do desequilíbrio da mente e da falta de domínio sobre si mesmo, fruto, efeito e conseqüência de uma realidade cotidiana confusa e complicada, incerta e indiferente, insensível e inconstante, situacional e circunstancial, imediata e instantânea, individualista e cética, relativista e niilista, indefinida e indeterminada, tal logo as propriedades teóricas e concretas da natureza pós-modernista.
Para a educação em geral, o professor em sala de aula, a docência presencial e on-line, os agentes pedagógicos responsáveis pela gestão escolar, os profissionais do ensino como um todo, tal conjunto de ideologias modernistas e pós-modernistas representam a necessidade real e atual que todos devem ter de fazer uma verdadeira transição de culturas e mentalidades e uma autêntica emancipação de pensamentos, sentimentos e comportamentos, as quais devem incluir indispensavelmente nesse processo de mudança a classe estudantil, conscientizando-a pois desse novo mundo que está aqui e agora diante dela, a fim de libertá-la da prisão ideológica do passado e da escravidão psicológica de uma tradição então ultrapassada, e assim mergulhar em uma diferente e renovada estrutura de valores, virtudes e vivências, produtos dessa realidade pós-moderna.
Tal conscientização dos alunos e alunas e de todos os envolvidos nesse momento educacional possibilitará com certeza a libertação das injustiças pedagógicas que se cometem mundo afora, dos preconceitos e superstições que bloqueiam a viabilidade do conhecimento a ser adquirido, da hipocrisia de uma realidade que não se sustenta mais e que precisa ser modificada e renovada imediatamente.
Tal é a mudança para melhor proposta pela transição e emancipação da modernidade para a conjuntura pós-moderna.
É um desafio que deve ser abraçado por todos nós.
2. A Informática,
uma possibilidade real
Desejos naturais que sonham
e necessidades culturais que se realizam
A História da humanidade é testemunha de que o Saber Digital e a Realidade Virtual, bem como a Cultura relativa à Informática e a Mentalidade Eletrônica, são sonhos antigos de homens e mulheres que se debruçaram sobre as descobertas científicas e as revelações tecnológicas, desde as origens da Matemática e da Astronomia produzidas por povos da Antiguidade Asiática e Africana tais como os Fenícios, os Hebreus, os Caldeus, os Babilônios, os Egípcios e os Mesopotâmios, que, mais tarde, no decorrer do tempo e em diversos lugares, se distribuíram pela Cultura Ocidental, a partir da Idade Média, atravessando a Modernidade, como o Iluminismo e a Renascença, baseados em uma nova filosofia humanista e mercantilista, até chegar ao momento contemporâneo desvelando algoritmos e circuitos integrados, a Nanotecnologia e a Inteligência Artificial, a Robótica e a Neurociência, a Bioética e a Eustática, a Informática e a Insofismática, configurando assim a Era Eletrônica de nossos dias atuais, o Tempo dos Espaços Virtuais e a Interface Digital, tornando então real o sonho informático, a geração da internet e a criação de computadores a serviço do bem da humanidade.
Desejos antigos pois hoje se concretizam entre nós.
A Pesquisa Científica e as descobertas tecnológicas, historicamente desenvolvidas, proporcionam aqui e agora em nossos instantes modernos uma outra, nova e diferente visão da realidade, cuja interpretação positiva e otimista aponta para o progresso material e espiritual das nações do mundo inteiro, para a evolução das consciências e experiências humanas, naturais e culturais em volta da política, da economia e da sociedade, constituindo ao nosso lado um ambiente de paz e de concórdia, de bem e de bondade, crescentemente mais comprometido com a felicidade humana real e atual, com o bem-estar de grupos, indivíduos e comunidades que se propagam por todo o Planeta agora Digital, estimulando bons pensamentos e boas atitudes entre os seres humanos, despertando seus bons sentimentos e suas práticas cotidianas bem ordenadas, disciplinadas e organizadas envolvendo energicamente o esporte, a arte e o lazer, a moral e a filosofia, a ciência e a religião.
Desse modo, a Informática e sua cultura digital e sua mentalidade virtual, e suas formas e conteúdos eletrônicos, penetraram nas sociedades humanas de hoje, animando projetos e eventos cada vez mais e melhor inovadores, motivando diferentes oportunidades de negócios, novas alternativas de trabalho e outras condições de obtenção de capital, produzindo a satisfação de desejos e a realização de necessidades por parte das populações humanas locais, regionais e globais, incentivando assim os bons exercícios físicos e mentais, e entusiasmando sobremaneira os sonhos da juventude, a esperança de crianças e adolescentes, o esforço e empenho das famílias e dos trabalhadores, e certamente a boa experiência e sabedoria dos idosos e mais velhos, a chamada terceira idade, com seu time quase completo de aposentados e pensionistas do INSS.
Nesse exato momento, observamos já os frutos da internet, os efeitos da Ciência Informática e as conseqüências do grande e gigantesco trabalho dos computadores.
Que Deus, o Senhor, conduza os passos e compassos da humanidade nesse instante, para que os Conhecimentos Informáticos, digitais, virtuais e eletrônicos ao serem postos em prática façam nascer uma boa e nova Civilização do Amor fundamentada no bem que a inteligência humana agora nos traz e nos faz e na paz que ela propicia a quem certamente colocou como base de sua vida e sustento de sua existência a fé neste Deus Maravilhoso, Senhor da Vida, que nos enriquece sempre com seus favores e benefícios como estamos vendo ora na história contemporânea da humanidade.
Que portanto a natureza glorifique o Senhor e o universo bata palmas, muitas palmas, para o nosso Deus nesses nossos e novos momentos atuais.
3. Cultura Digital
A Era do Compartilhamento
Na interface de janelas do Sistema Operacional Windows, nos programas de software e nos aparelhos de hardware, que permitem o diálogo do internauta com o computador, por ele interagindo com as pessoas de perto ou distantes, com ele produzindo outros, novos e diferentes conteúdos de conhecimento, nele copiando e colando textos, sons e imagens, fotos e músicas, filmes e vídeos, editando-os, formatando-os e configurando-os ao mesmo tempo em que os compartilha com seus amigos, parentes e familiares, namoradas e conhecidos, através de sites e emails, blogs e mensagens instantâneas, utilizando-se para isso de mídias como disquetes, CDs e DVDs, pendrives, cartões de memória e HDs externos, de forma online ou offline, enfim, inserido nesse universo de interatividade de pessoas e compartilhamento de trabalhos que é a internet e a informática, o usuário do desktop ou do nootbook ou laptop vive atualmente um sonho real, onde a cultura digital registra a sua marca conferindo aos que interferem em suas atividades virtuais e eletrônicas um rico repertório de novas possibilidades de ações, de comportamentos que cooperam entre si, de atitudes que colaboram mutuamente visando o mesmo ideal de crescimento e desenvolvimento tecnológico e científico, de progresso material e espiritual e de evolução mental e física, buscando desse modo construir entre nós um mundo mais livre e feliz para todos, mais justo e fraterno em suas emergências sociais e culturais e em suas emancipações políticas e econômicas, oferecendo às comunidades humanas locais, regionais e globais, reais e atuais, temporais e históricas, e a todo o conjunto das sociedades do mundo inteiro, as quais constituem a humanidade, a chance única e a oportunidade urgente de criar para si e para os outros melhores e maiores condições de vida e trabalho, saúde e educação, em função das quais se possa viver e existir dentro de uma natureza digna e de um universo de qualidade, o que nos possibilita bem-estar no corpo, na mente e no espírito, de acordo com as necessidades de todos e cada um e conforme os desejos naturais de quem precisa e quer ser alguém na vida.
Tais são as conseqüências de uma cultura digital bem desenvolvida, bem articulada no seu conteúdo de conhecimento e bem administrada nas suas possibilidades de compartilhamento, gerando entre nós interatividade de grupos e indivíduos, e intercâmbios culturais, propiciadores de progresso para as nações e evolução positiva e otimista para todos os países do globo terrestre.
Sim, o Planeta Digital caracteriza verdadeiramente essa gigantesca, profunda, aberta, renovadora e libertadora era de conteúdos compartilhados, de interfaces interativas, de colaboração virtual e de cooperação eletrônica em que os favorecidos somos nós, enriquecidos com o crédito dos computadores, com os lucros da informática e com os favores e benefícios da internet, a rede mundial de computadores.
Então, descobrimos que também somos digitais.
Nossa mentalidade é eletrônica.
Nossa cultura é virtual.
Somos seres cibernéticos.
4. Relações Humanas ou
Relações Virtuais:
Divisão ou Interação ?
É possível haver compatibilidade entre a vida humana em si e a cultura digital ou virtual ou eletrônica ?
Eles se contradizem entre si ?
Serão 2 realidades contrárias ou apenas diversas, admitindo-se ou não a interatividade entre elas ?
Mundos distintos, estranhos, esquisitos ?
Não são compatíveis ?
É possível sua união, interação e compartilhamento de conteúdos diferentes, todavia nem contrários nem contraditórios ?
Podem se casar ?
Creio que sim.
Apesar de opiniões as mais variadas em que alguns afirmam ora a indisponibilidade e a incompatibilidade de relações entre elas, ora a possibilidade de se unirem, interagirem, cooperarem entre si, colaborarem-se mutuamente, serem solidárias uma com a outra, compartilhando entre si ao mesmo tempo suas vidas e conteúdos, suas vivências e experiências simplesmente diferentes mas não contrárias, admito a segunda hipótese onde as relações humanas cheias de vida e energia podem de fato trabalhar juntas e unidas com a realidade virtual, construindo então desse modo novos conteúdos de conhecimento de qualidade, a partir se obterá uma outra e diferente visão da sociedade, um maneira diversa de interpretar os seres e as coisas, um olhar personalisado ou não da vida que vivemos diariamente e suas variadas áreas sociais, políticas, econômicas e culturais.
Sua união – e não a divisão – e sua interação – e não a exclusão – é possível desde que se respeite e compreenda o universo de cada uma – a realidade viva e humana e a realidade virtual ou digital – e a partir de então se avalie, examine e viabilize sua cooperação mútua e sua colaboração recíproca cujos efeitos, frutos e conseqüências, se a conclusão for positiva e otimista, serão a geração de maiores e melhores condições de vida e trabalho, saúde e bem-estar, educação de qualidade e produção de conteúdos de conhecimento excelentes, o que propiciará ao presente e futuro de nossas sociedades nas quais nos inserimos e incluímos cotidianamente uma experiência de vida quase perfeita em que todos e cada um crescerão física e mentalmente, progredirão material e espiritualmente e evoluirão sobremaneira na ciência dos bons pensamentos e sentimentos, na ética de atitudes elevadas, valores conscientes, virtudes qualificadas e vivências libertadoras, desenvolvendo pois comportamentos tais identificados com a construção do bem e da paz em nosso meio e de uma cultura de fraternidade e solidariedade entre as comunidades locais, regionais e globais, historicamente definidas e temporalmente determinadas, e outrossim de uma mentalidade não negativa nem pessimista da realidade porém que encontra bom astral da coletividade e na auto-estima de seus grupos e indivíduos a chance única e a oportunidade inovadora de com seu otimismo não exagerado e seu pensamento positivo bastante equilibrado tornar possível um mundo mais livre e mais feliz, de bem com a vida e em paz consigo mesmo.
Tais são os resultados de uma boa relação e ótima interação entre a vida humana e a realidade virtual.
Hoje.
5. Planeta Digital
O Intercâmbio de culturas e mentalidades, conhecimentos e experiências, consciências e comportamentos, valores e vivências, virtudes e intenções, e a interatividade de povos e nações no mundo inteiro, desenvolvendo a fraternidade universal e a solidariedade entre as diferentes sociedades modernas, com o compartilhamento de variados conteúdos de ordem física e mental, material e espiritual, eis uma realidade atual no mundo contemporâneo proporcionada pelo advento da cultura digital, o império da internet e sua rede mundial de computadores, e o saber informático em geral configurando pois a Terra como Planeta Digital.
A partir dessa realidade virtual, as pessoas se tornam mais amigas e solidárias, fraternas e generosas, ordeiras e pacíficas, livres e felizes.
A Interface que envolve internautas e computadores dá origem a um outro mundo baseado em valores digitais, de qualidade tal que a consciência humana assume um novo universo dentro de si mesma, uma diferente natureza bastante racional, ou até uma diversa globalidade interior que abarca um grande campo de filmes e músicas, sons e imagens, vídeos e textos, fotos e galerias tridimensionais, como que produzindo em si, de si e para si uma “outra” consciência de si própria.
Temos então lado a lado a consciência humana com sua racionalidade transcendental, a realidade virtual com seu outro mundo quase imaginário e a experiência cotidiana com seus fenômenos temporais e históricos, reais e atuais, locais e regionais, globais e universais.
Eis o Planeta Digital.
Diferentes mundos que se conectam, interagem entre si, compartilhando idéias, símbolos e valores.
Consequentemente, a vida se dinamiza, a sociedade se movimenta com mais vigor, as comunidades humanas crescem, progridem e evoluem.
A Cultura Virtual assim, em função do computador e da internet, desenvolve uma outra visão dos fatos, produz uma nova consciência da história e gera uma diferente realidade no meio de outras realidades diversas.
Sim, somos seres digitais.
6. Cibercultura: transformando
a educação e repensando a sala de aula
Fugindo de uma tradição secular na educação brasileira, em que a cultura de massa, baseada na televisão, apresentava uma comunicação monológica, de transmissão de conhecimentos, separando pois o emissor do receptor da mensagem, a Cibercultura, ou Cultura Digital ou Virtual, tem apresentado nesses últimos anos em território nacional um modelo de educação diverso onde sobressaem o discurso dialógico, a interação entre professor e aluno, o compartilhamento da mensagem entre o docente e o discente, unindo portanto o emissor e o receptor do conhecimento, criando assim em sala de aula um novo mundo de possibilidades, identificado com a coparticipação de mestre e discípulo, que juntos produzem diferentes conteúdos de conhecimento, colaborando então um com o outro, cooperando entre si na geração de uma outra didática e programação das matérias e disciplinas planejadas pela escola, o que resulta na verdade em mútua construção de um rico paradigma pedagógico cujo fundamento é o computador e a internet, refletindo logo a cultura da interatividade que possibilita a natureza da informática na sua produção de conhecimentos de conteúdo de qualidade a partir de textos, fotos, sons e imagens.
Temos por conseguinte uma nova educação – o discurso da cultura digital – que vem repensando seriamente o papel da sala de aula, a função do docente ali e o cargo que o estudante a partir de agora passa a ocupar no colégio onde estuda.
Tal é a metamorfose operada hoje aqui e agora pela Cibercultura no meio de nós.
7. Nativos e Imigrantes Digitais
Um novo olhar pedagógico
Nascidos dentro do mundo da informática, nela mergulhando para dela abstrair suas ferramentas tecnológicas, por ela inserindo-se no universo da ciência e da tecnologia e seus diferentes modelos de instrumentais atuais tais como a Nanotecnologia, a Robótica, os Circuitos Integrados, a Inteligência Artificial, a Genética, a Bioética, a Neurociência, a Insofismática, o Discurso Eustático, e outros mais, os Nativos Digitais diferem-se dos Imigrantes Digitais, que, um pouco mais tarde, como “estrangeiros” virtuais, penetram nesse contexto de computadores e internet, assumindo a partir de então uma diversa ambiência científica, um outro clima de conhecimentos e idéias, símbolos e valores, sons e imagens, virtudes e vivências, experiências técnicas e tecnicistas, configurando em si um rico visual pedagógico, com o qual professores e estudantes interagem compartilhando suas matérias e disciplinas, suas experiências e competências, oferecendo pois à Educação em geral um modelo de ensino e aprendizagem em que todos os envolvidos nesse processo digital de comunicação convergem em um ponto: a necessidade de mudança e renovação de culturas e mentalidades que respeitem e valorizem os novos recursos tecnológicos e as diferentes funções científicas que a era digital ou virtual está neste momento apresentando a todos nós.
Temos de fato assim um diferente modo de observar a educação atual a partir é óbvio das surpreendentes conquistas da informática e de sua cultura digital ou virtual.
8. Inclusão Digital
O Mergulho na Sociedade da Informação
A Era Digital, a Cibercultura e a Sociedade da Informação desejam abarcar em seu universo virtual todos e cada um dos cidadãos e cidadãs deste mundo globalizado, incluindo-os em seus conteúdos de conhecimento de qualidade, tornando-os partícipes desse ambiente de bancos de dados, sites, blogs, e-mails, redes sociais como o Orkut, Myspace e o Facebock, fazendo-os igualmente interagir com o contexto de computadores e internet e suas interfaces, compartilhando entre si – os internautas – suas idéias e ideais, conhecimentos e matérias de pensamento, seus sentimentos e comportamentos off-line e on-line, o que os transforma em produtores de conteúdo, co-criadores de mídias, participantes e colaboradores de uma “situação cibernética”, um “ciberespaço virtual”, uma “cidadania cibercultural”, a partir de que formalizam e configuram uma nova visão da cultura e da educação, uma diferente observação das ferramentas pedagógicas de ensino e aprendizagem.
Para acabar com a exclusão digital, deve-se não só oferecer os instrumentos tecnológicos de acesso à informática e à internet mas também realizar uma devida formação técnica desses incluídos virtuais, a fim de que se tornem de verdade cidadãos virtuais, agentes cibernéticos, produtores digitais, criadores de conteúdo eletrônico, inseridos pois na rede mundial de computadores, a internet, de onde geram a sua cidadania digital.
Tal o efeito imediato dessa inclusão digital.
9. Geração Copia,
Cola e Recorta
A Geração atual – de crianças e adolescentes na internet, de jovens informatizados, de adultos desenvolvedores de programas e produtores de conteúdo, e de idosos e mais velhos especialistas em computador – é tipicamente digital, que em seu novo e diferente mundo virtual torna a vida uma experiência eletrônica profunda e fecunda, a partir da qual busca o progresso de suas comunidades humanas e sociais, articula a evolução de seus corpos e mentes, espíritos e corações, e realiza de fato o crescimento cultural do conjunto das sociedades, desenvolvendo ao mesmo tempo seus aspectos políticos e econômicos, o bem-estar de suas famílias, a saúde dos trabalhadores e o bem-comum de toda a humanidade.
É a Geração Copia, Cola e Recorta.
E o que ela faz ?
Ela simplesmente trabalha digitalmente, em seu universo virtual, usando ferramentas eletrônicas que dão sentido à vida moderna e razão de ser e existir a milhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro.
É o Planeta Digital.
Um ambiente de grupos e indivíduos conectados, que interagem entre si, compartilhando textos e fotos, sons e imagens.
Assim produzem a vida contemporânea.
Com isso, outras alternativas se criam no mercado de trabalho, novas oportunidades se fazem no mundo dos negócios e diferentes possibilidades se constroem dentro da realidade da experiência cotidiana.
Em função dessa realidade, os conhecimentos se dilatam, as idéias se criam e se produzem, as consciências e seus valores se tornam bons e os comportamentos humanos e as atividades individuais e coletivas crescem gerando qualidade de vida para as pessoas, saúde vital para as sociedades e bem-estar geral para toda a humanidade.
Essa é a Geração geradora de uma vida nova, aberta para a liberdade e liberta para a felicidade.
Uma Geração cujo Deus é Outro.
Outro Digital.
Outro Virtual.
Outro Eletrônico.
Pois Ele é a Fonte de tudo isso.
10. Nômades Cibernéticos
O Fenômeno das Lan Houses – centrais públicas de conexão com a internet – surpreendeu o mercado de informática, alterou para melhor ou pior de certa maneira o ambiente de negócios, transformou as relações entre as pessoas a partir do computador e criou um novo personagem dentro da sociedade contemporânea identificado com o internauta em movimento, que se utiliza desses espaços coletivos para se conectar com a rede mundial de computadores, ignorando sua anterior privacidade de se ligar e antenar dentro de casa, invadindo pois assim esses lugares públicos eletrônicos, virtuais e digitais a fim de trabalhar e produzir e compartilhar diferentes conteúdos de conhecimento em forma de fotos e textos, sons e imagens, filmes e músicas, vídeos e conferências online, emails e mensagens instantâneas, blogs e sites, configurando então entre nós o chamado nômade cibernético.
Sem computador pessoal, ele usa esses centros de informática e internet, presentes em cybercafés, hotéis, restaurantes, shoppings, praias à beira-mar, supermercados, aeroportos, rodoviárias e ferroviárias, para se exercitar em jogos eletrônicos(games) e interagir com seus colegas de turma, ou os vizinhos do mesmo edifício, ou companheiros de rua e emprego, alunos do mesmo colégio, estudantes e universitários em geral, professores e profissionais portanto que ali empenham-se em construir as suas atividades diárias sejam comerciais ou industriais ou empresariais.
De fato, o nômade cibernético possui valores diversos de quem acessa a rede em seu lar, como por exemplo a velocidade da informação, a facilidade dos trabalhos, o lazer e o entretenimento rápidos e fáceis, a dinâmica cotidiana de sempre conseguir tudo às pressas, ser produtivo e criativo em relação aos outros, comunicar-se mais abertamente, a interatividade, o intercâmbio de ações, desejos e necessidades, a cooperação relativa mais em função de seu próprio ego, a sociabilidade efêmera, útil, interesseira e descartável, a indefinição de projetos e o indeterminismo de relacionamentos, as amizades passageiras e transitórias, a linguagem parcial, relativa e provisória, a filosofia do utilitarismo em massa, a carência afetiva e a alienação familiar, a ausência de regras sociais e normas morais, a turbulência mental e emocional e assim por diante.
Tal personagem real e atual, o nômade cibernético, caracteriza-se por ser principalmente dinâmico, rápido e interesseiro, aparentemente socialista e comunitariamente individualista, que se isola sempre que possível, visto que entre seus parceiros de internet abre-se a um estranho coleguismo sem valores essenciais e permanentes, reproduz coletivamente seu esconderijo solitário e seu individualismo socializador, e seu lado intencional é carregado de atitudes antiéticas em nome de uma modernidade hipócrita que faz das aparências comportamentais seu jogo de interesses mau-resolvidos, driblando então a ordem estabelecida nesses ambientes informáticos, faltando com a disciplina na hora de se relacionar com fatores que lhe são alheios e alienantes vivendo pois uma parcial desorganização interior, a qual se manifesta nas roupas e sandálias que veste, no tipo de alimentação que seleciona, no modelo de diálogo que estabelece, nas idéias que expressa em público, nos interesses obscuros que revelam maldade de intenções, nas suas atividades esquisitas e nos seus comportamentos estranhos que compartilha com seus amigos, conhecidos e familiares.
Sim, realmente, o nômade cibernético está nas ruas, praças e avenidas da Cidade propagando uma filosofia cujos valores são fúteis e efêmeros, remédios paliativos, parciais e transitórios, provisórios e relativos, indefinidos e indeterminados, niilistas e ceticistas, individualistas e solitários.
Ele sempre aparece em público no meio das pessoas, todavia em si, de si e para si vive a solidão das aparências solidárias e o individualismo falsamente socialista e coletivista.
E nós, também somos hoje nômades cibernéticos ???
11. Valores de Conexão
O Mundo dos computadores, a natureza da internet e o universo da informática têm construído no momento presente da história da humanidade um grande repertório de idéias, símbolos e valores que produzem atualmente aqui e agora um novo modelo de relações entre as pessoas conectadas, os chamados internautas, que por causa desses paradigmas de comunicação virtual, de ambiente digital e cultura eletrônica apresentam a todos uma diferente mentalidade de vida e trabalho, a partir de que geram suas atividades cotidianas, mantêm seus relacionamentos de cada dia e definem situações existenciais e circunstâncias psicológicas e sociais, políticas e econômicas, culturais e ambientais, capazes de interferir na consciência de grupos e indivíduos, modificar seus interesses e intenções e determinar suas experiências de cada momento.
Valores como interatividade, produção e compartilhamento de conteúdos de conhecimento de qualidade(textos e fotos, sons e imagens, filmes e músicas, vídeos e sites de redes sociais, blogs e emails), transferência de pastas e arquivos, programas de computador, cópias e reproduções de materiais informáticos, mundo virtual, ambiente de internet, afetam sobremaneira o comportamento de muitas pessoas, intervêm em seus pensamentos e sentimentos, configurando pois um contexto de vida e relações cotidianas cujo formato são: a gíria sob a forma técnica digital, alienação social e familiar, horas e horas de conexão, isolamento e solidão, desvio de comportamento, aberrações psicológicas e ideológicas, alterações na personalidade e no caráter das pessoas, cultura do que é fútil e rápido, fácil e veloz, interesseiro e acelerado, descartável e inconstante, provisório e instável, transitório e indefinido, imparcial e indeterminado, relativo e aparente, cético e duvidoso, ideais identificados com o nada e o vazio, assim como, do ponto de vista positivo e otimista, maior qualidade de vida para as comunidades, evolução física e mental para as sociedades, progresso material e espiritual para a humanidade, crescimento interior e exterior, outras maneiras de se vestir e se alimentar, novas formas de vida e existência, diferentes olhares sobre a realidade, visões diversas e pontos de vista variados sobre os problemas do dia a dia, maior poder criativo nos trabalhos desenvolvidos, elevação da auto-estima individual e coletiva, globalização de idéias e conhecimentos então adquiridos, visualização maior e melhor dos interesses e possibilidades, alternativas e oportunidades que causem mais saúde e bem-estar para as populações locais, regionais e globais, articulação de uma ética comportamental baseada no bem que se faz e na paz que se vive, na vida que se ama e no amor que se pratica, no respeito mútuo e na responsabilidade social e ambiental, no equilíbrio mental e emocional, no controle da mente e no domínio de si mesmo.
Essas qualidades e dificuldades, acima descritas, conseqüências de uma cultura digital já bastante evoluída e de uma mentalidade virtual já bem desenvolvida, mostram a importância desse novo universo de informática para os homens e as mulheres de hoje.
Que esses valores de conexão digital nos abram a cabeça para as novas realidades e exigências do mundo atual, renovem os nossos anseios e esperanças por uma sociedade melhor e nos libertem para sempre de nossas prisões culturais, cheias de preconceitos e superstições, bloqueios mentais e atitudes irreais e irracionais.
Que a consciência desses valores virtuais nos ajude a viver uma vida melhor no convívio diário com nossos semelhantes.
12. Ambiente Virtual
O Mundo online e seu contexto digital, com seu tempo entre o racional e o imaginário e seus espaços de experiências diferentes, identificadas com um universo além dos limites aparentes da inteligência criadora, cheias de possibilidades formais e imateriais, plenas de alternativas de conhecimento e novos conteúdos pensantes e discernentes, carregadas de oportunidades de criação e produção de diversas realidades fecundas e profundas, que não se contrariam todavia interagem entre si, cooperam umas com as outras, compartilhando do mesmo ambiente de conexão a partir de colaborações mútuas entre elas e de relacionamentos recíprocos onde uma ajuda a outra a crescer em suas ações internáuticas, a progredir em suas atitudes cibernéticas e a evoluir em seus comportamentos superficialmente diversos do real, e a desenvolver assim uma certa corporeidade eletrônica e um organismo de virtudes virtuais cuja alimentação é oferecida pela racionalidade humana e suas criativas especulações inteligentes.
Esse é o ambiente virtual.
Um produto da razão humana, natural e cultural, que lhe escapa, indo além de seus limites mentais, configurando então pois um novo e diferente campo de atividades supra-conscientes e meta-racionais, transformadoras de suas relações sociais, políticas, econômicas e culturais.
É um outro mundo de ambientes reais diferentes do universo cotidiano, entre o real e o racional, o racional e o imaginário, porém uma área de pensamentos verdadeiros, de sentimentos autênticos e de comportamentos transparentes.
Tal o ambiente online.
Eis as virtudes virtuais da vida digital.
13. Hardware e Software
Interação Digital
Intercâmbio Científico
Convergência Tecnológica
Os aparelhos e instrumentos de hardware e suas ferramentas virtuais como são chamados os softwares, os programas do computador, nasceram já interdependentes, interagindo digitalmente, frutos da pesquisa científica que decorreu há séculos até os dias de hoje para a qual colaboraram diversos cientistas, doutores e mestres, professores e especialistas de informática do mundo inteiro cujo resultado atualmente conhecido por todos, acima de tudo, é a convergência tecnológica conseguida com as variadas funções, desempenhos, alternativas e possibilidades oferecidas por essas 2 estruturas de conseqüências eletrônicas, onde a primeira, o hardware, propicia as bases físicas e materiais para que o segundo, o software, “pense”, programe e sistematize todas as operações computacionais no tempo e espaço cibernéticos possíveis e presentes então encontrados.
Tal interatividade dessas estruturas de efeitos digitais e seu compartilhamento de matérias e conteúdos diferentes, a sua cooperação mútua e a colaboração recíproca que realizam, fazem acontecer a internet, a rede mundial de computadores, os mundos online e offline, tornando viável a geração de outros, novos e diferentes conhecimentos, que certamente têm ajudado a muitos, internautas ou não, a se abrirem para a realidade, renovando sua visão de mundo e sociedade, e libertando-se de prisões passadas e tradicionais e de escravidões de preconceitos e superstições ideológicas e psicológicas, obstáculos mentais, físicos e espirituais que vêm bloqueando a humanidade há muito tempo de obter uma vida e trabalho, saúde e educação, mais dignos e com a qualidade de vida que a experiência informática praticamente tem proporcionado a muitas pessoas.
Consequentemente, em razão dessas novidades digitais e seus universos virtuais, a vida humana e seu meio rural e urbano têm se desenvolvido, tomando consciência de suas possibilidades inteligentes e de suas alternativas racionais que provocam comprovadamente o progresso material e espiritual das sociedades humanas em seus diversos locais, regionais e globais, no tempo de hoje e na história contemporânea, para que concorreram os sacrifícios de muitos estudiosos, os conhecimentos de muitos docentes e discentes, os empenhos diários e noturnos de grandes profissionais da área e os esforços de diversos intelectuais, ativistas e trabalhadores da era digital.
Que Deus, pois, o Senhor da Razão humana, e Gerador de sua inteligência ativa e suas possibilidades reais, nos ajude a entender bem a novidade desse momento atual em que vivemos presentemente, dando-nos conforme a sua Vontade Suprema e Superior as bases fundamentais para uma vivência e existência que encontrem na liberdade de pensamento e ação o sentido de sua verdadeira felicidade neste mundo temporal, e que seus efeitos renovadores e libertadores possam alcançar a realidade eterna condicionando então saúde, paz e bem-estar para todos os habitantes da eternidade.
Que, Ele, o Fundamento da Internet e da Informática, nos ajude sempre e abençoe justamente nessa hora presente e futura de toda a humanidade.
14. O Trânsito na Rede e seu grande
fluxo de dados e intenso complexo de informações, forte tráfego de conteúdos e gigantesca transferência de arquivos e programas
A Interatividade e o compartilhamento a partir da produção e consumo de conhecimentos é uma das marcas registradas da internet e sua rede mundial de computadores.
Esse vai e vem de informações, dados em forma de conteúdos importantes e interessantes(fotos e textos, sons e imagens, filmes e músicas, vídeos e teleconferências) tem crescido imensamente em toda a rede, muitas vezes gerando congestionamento no tráfego virtual devido ao alto volume de acessos, transferências de arquivos e programas e cooperação mútua e colaboração recíproca, fazendo o intercâmbio entre os internautas chegar ao auge da preocupação por parte dos gestores e responsáveis pela sua infraestrutura sistêmica, surpreendendo a muitos com o provável blecaute da internet e apagão da rede previstos pelos especialistas para 2010, caso se insistam a evolução das taxas de alta velocidade de conexão no mundo inteiro, o aceleramento do trânsito internáutico e os bloqueios e travamentos proporcionados não só pela congestão do excesso de informações bem como pelo surgimento cada vez maior de vírus e pragas virtuais espalhadas e propagadas por todo o universo online.
Aliviar o trânsito na internet e liberar o seu tráfego de dados cada vez mais apertado, eis um dos empenhos dos profissionais de informática e seu mundo de colaboradores, como que tentando salvar o bem-estar da realidade virtual oferecendo-lhe pois alternativas de saudáveis trabalhos online e offline e diferentes opções de produção e consumo de conteúdos de conhecimento de qualidade e excelência por toda a rede.
Se os dados e informações disponíveis atualmente na internet circularem bem diariamente por toda a rede, então teremos um presente próspero e um futuro promissor, quem sabe, para todos os usuários de computadores, os conhecedores de informática e os trabalhadores de internet.
Todos queremos saúde na rede.
15. Parangolé
A Arte da Interatividade
De acordo com o artista Hélio Oiticica, o Parangolé – uma forma de arte ou uma manifestação cultural que extrapola a própria obra de arte – deve sempre unir a arte com a vida, tornando a obra que cria maior e melhor do que si mesma, onde para isso o autor deve interagir com o receptor , transformando-o em co-criador, produtor de conteúdo, e não apenas este assumir uma atitude passiva diante de quem gera a mensagem. Em outras palavras, emissor e receptor da mensagem da obra de arte interagem entre si, compartilham das mesmas idéias e conhecimentos, cabendo ao ouvinte ou objeto da informação completar, e não só contemplar, a obra, acrescentando-lhe outras, novas e diferentes representações ou alternativas e possibilidades de enriquecimento e aperfeiçoamento do trabalho em referência. Assim, o autor cria a arte e o receptor completa-a, aperfeiçoa-a, enriquece-a, acrescentando-lhe ou somando a ela diversas matérias como variados conteúdos de conhecimento.
Por exemplo, se Aleijadinho, artista mineiro, ao criar a imagem de Moisés de modo escultural, visse no observador dessa escultura que ele poderia enriquecê-la ou aperfeiçoá-la transformando-a em uma música, ou um texto de redação, ou em uma galeria de fotos, ou ainda em um vídeo ou filme de cinema, ele na verdade estaria refletindo o Parangolé.
Assim se traduz o Parangolé.
Nele, a obra em si está incompleta, precisando do receptor de sua mensagem para completá-la, inserindo-lhe novas mídias ou outras maneiras de enriquecer e aperfeiçoar a mensagem do artista, isso de modo musical, teatral, cinematográfico, audiovisual, monografia do estudante ou fotográfico.
Isso em síntese é o Parangolé, que une a arte com a vida, faz interagir o emissor e o receptor de sua mensagem, contribuindo este com diferentes qualidades de conteúdo conforme se viu acima.
No campo da educação à distância ou do ensino presencial e virtual, online e offline, a mensagem do Parangolé é a de que professores e alunos interajam na construção dos conhecimentos propostos e oferecidos, os quais deixam de ser apenas transmissores ou monologais para se fazerem agora comunicadores, dialógicos, interativos e compartilhados, passando o estudante a ajudar o mestre acrescentando-lhe novas mensagens e conhecimentos, tornando o ensino mais completo, que soma forças, mais rico, mais perfeito, e de excelente qualidade.
Observa-se ainda que o ensino online ou virtual vê-se então enriquecido com a possibilidade de participação dos alunos e alunas co-criando e co-construindo com os docentes o conteúdo necessário para que os conhecimentos fiquem completos.
No Parangolé como no ensino virtual e online, a participação é importante, é interessante a interatividade e o compartilhamento, e sobretudo neles sobressaem a co-autoria dos estudantes que ora aperfeiçoam os conhecimentos dados pelo professor.
Para isso, usam-se ferramentas de fotos e vídeos, música e cinema, textos e audiovisuais.
O Parangolé na verdade é um processo em construção.
16. Saúde Digital
Diversas vezes é possível encontrar usuários de computador, trabalhadores da informática e internautas ligados à rede mundial tremendamente alienados da vida real cotidiana, isolados de suas famílias e de seus costumeiros relacionamentos diários e noturnos, solitários nas relações virtuais, desequilibrados mental e emocionalmente, descontrolados em seus desejos, anseios e paixões, carentes afetivamente falando, ausentes da realidade que os cerca, com desvios de caráter e aberrações na personalidade, sem completo ou parcial domínio de si mesmos, deprimidos e desanimados, tristes e angustiados, aflitos e desesperados, negativos e pessimistas, violentos e agressivos, tipificando assim um distúrbio patológico ou uma doença mental, uma moléstia de cunho ideológico e psicológico, uma enfermidade de conseqüências biológicas graves que afetam principalmente o cérebro e o coração, proporcionando-lhes pois uma vida conturbada e preocupante para si e os seus, o que na verdade demonstra a necessidade que há em garantir-lhes um saudável e agradável ambiente de relações virtuais, fazendo emergir entre eles um verdadeiro clima de bem-estar que enfatize o bom convívio com as pessoas ao seu lado e ao seu redor, ignorando portanto atitudes irreais e irracionais e comportamentos inconscientes, desrespeitosos e irresponsáveis, sempre optando por favorecer o bom equilíbrio interpessoal, a boa interdependência de valores, virtudes e vivências, o bom intercâmbio social e cultural, a razoável interatividade e o inteligente compartilhamento de conteúdos de conhecimento.
Agindo assim protege-se tanto o ambiente virtual como também os seus utilizadores, desenvolvendo entre eles ações fraternas e solidárias, amigas e generosas, ordeiras e pacíficas, bondosas e concordantes.
Deve-se sobretudo garantir o equilíbrio das convivências, a segurança de seus trabalhos e a estabilidade de suas relações.
Nunca fugir da realidade cotidiana.
Eis o caminho certo para uma boa saúde digital.
17. Direito Digital
Combater a pirataria e a transferência ilegal de arquivos e programas na internet, proteger os direitos autorais dos produtores de conteúdo, acabar com a aberração e os desvios do comércio eletrônico, defender a legalidade e a legitimidade virtuais, exterminar a propagação de sites de pedofilia e pornografia infantil, garantir a transparência de blogs e a autenticidade das páginas dos internautas, eliminar emails maliciosos, preservar a idoneidade e o equilíbrio no compartilhamento de matérias digitais, apagar o tráfico de mulheres para o exterior, contradizer o desrespeito e a irresponsabilidade entre os seus usuários, contrariar a violência e a agressividade e sua cultura de maldade e sua mentalidade de morte nas interfaces dos computadores, lutar contra o roubo e o latrocínio em função de senhas de bancos e de cartões de crédito adulteradas na rede, advogar os cadastros, nomes e códigos dos seus utilizadores, legislar em favor da verdade das relações e da boa disposição das interações interpessoais, sustentar a ótima disponibilidade dos relacionamentos interativos, batalhar pelo compartilhamento legal e a interatividade legítima, empreender uma guerra constante contra os “marginais da internet” e sua conexão nacional e internacional de trafico de drogas e entorpecentes, investir na extinção de vícios tais como o alcoolismo e o tabagismo, promover a inclusão digital e seus benefícios virtuais, propagar o bem e a paz em toda a rede, enfim, tornar justos os intercâmbios cibernéticos, julgando com bom-senso os conflitos existentes e dando-lhes soluções sensatas, racionais, conscientes e responsáveis, eis o papel do Direito e a função da Justiça digitais cujo trabalho árduo e difícil deve possibilitar a boa convivência e os saudáveis relacionamentos no cibermundo eletrônico e seus efeitos computadoriais e informáticos.
A Justiça deve causar o bom diálogo na rede, o qual precisa ser protegido por uma legislação técnica e específica em nome da bem e da paz da sociedade virtual.
18. Educação Digital
Tendo em vista os sinais dos tempos modernos e seus apelos de desenvolvimento, de globalização e cultura ambiental, de progresso tecnológico e possibilidades e alternativas informáticas, de crescimento dos desejos de emancipação política, econômica, social e cultural, e suas emergências de saúde, paz e bem-estar para a humanidade, de evolução das mentalidades e das consciências e suas experiências vitais, surge então uma nova era de interatividade virtual, de intercâmbio cultural e de compartilhamento dos conhecimentos ora produzidos dentro da rede mundial de computadores, a internet, que exige e supõe uma maior e melhor conscientização do que vem acontecendo na atualidade, e que encontra pois na educação e na prática pedagógica a chave do sucesso e o segredo de felicidade capazes de empreender entre nós o ensino da informática, condição básica e essencial para a boa manipulação dos computadores e seu universo online e offline, de seus conteúdos digitais e seu ambiente virtual, o que certamente trará para as sociedades humanas de hoje bem-estar generalizado, saúde física e mental, qualidade de vida material e espiritual, excelência de convívio entre as pessoas, aumento da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos, construção de outras, boas, novas e diferentes amizades a partir da boa generosidade entre grupos e indivíduos por todas as partes do Planeta Terra, aqui e agora, presente e futuramente, em cada uma das regiões do Globo e suas localidades particulares, historicamente definidas e temporalmente determinadas, constituindo a partir de então uma realidade diversa cujo fundamento propicia-nos liberdade de movimento e felicidade criadora do sentido do bem e da bondade e da existência da paz e da concórdia.
Nasce portanto a educação digital.
19. Liberdade na Internet
Direitos individuais ou
Direitos sociais e coletivos ?
A Rede não é um Domínio Público ?
E a Pirataria, até onde vai ?
A Rede Mundial de Computadores deve ser um lugar para todos, sem tempo para interesses particulares ou privilégios pessoais ou de grupos bem ou mal intencionados.
É um local de domínio público.
A partir dessa premissa, podemos tirar algumas conclusões importantes e de interesse da maioria da população nacional e internacional, que fica ligada em blogs, sites e emails, e antenada com seu universo de transferência e compartilhamento de arquivos e programas, de produção de conteúdo e de consumo prazeiroso por parte dos internautas.
Primeiro, devemos garantir a liberdade de uso, manipulação, exploração, interatividade, circulação e manifestação de quem faz da internet o sentido da sua vida e a razão de sua existência.
Segundo, os direitos autorais estão em domínio público, portanto não cabem atitudes egoístas e individualistas, exclusividade de interesses e defesa de privilégios seja de empresas ou de grupos particulares ou de qualquer pessoa, a não ser em questões de sobrevivência em que se alegue a necessidade econômica e se justifique o custo financeiro de tal empreendimento.
Em terceiro lugar, não se deve compactuar com ações de pirataria, ilegalidades na rede e ilegitimidades identificadas com comportamentos carregados de corrupção virtual que possam atingir a sociedade internáutica como um todo, causando-lhe prejuízos morais e sociais como expressões de pedofilia e pornografia, tráfico de drogas e alcoolismo, homossexualismo, racismo, relações irreverentes e desrespeitosas, apropriação indevida do ambiente virtual, monopólios de conteúdos e aberrações de ordem econômica e financeira, técnicas de linguagem sujas e porcas, violência e agressividade da parte de seus usuários e internautas.
Finalmente, abrir-se à democracia cibernética, o que significa assegurar direitos e cumprir deveres e obrigações.
Talvez a liberdade na rede esteja conjugada com os desejos de todos por saúde digital e bem-estar para todos os internautas, e a necessidade que temos de unir direito com respeito, liberdade com responsabilidade, ordem com justiça, bem com paz, fraternidade com solidariedade, otimismo com pensamento positivo, alegria com felicidade.
Em função dessas alternativas reais e possibilidades virtuais, é possível salvar a internet da violência dos interesses monopolistas, exploradores e manipuladores desse ambiente de liberdade, em que a vida da comunidade de internautas é mais importante do que as prisões ideológicas e as cadeias psicológicas, e mais interessante também que a divisão das classes que compõem esse contexto universal, e que sua capacidade insensata e desequilibrada de corromper o jogo de intercâmbios de produtos e conteúdos de suma relevância para todos nós.
Manter a liberdade e sustentar a democracia, garantir o respeito e preservar a responsabilidade, eis o estado seguro que deve suportar a internet, hoje em dia.
Assim, seremos mais livres e felizes.
20. A Natureza do
Ambiente Virtual
A Realidade online e sua rede mundial de computadores, a internet, é um ambiente que fica entre o real e o imaginário.
Seu contexto digital e sua linguagem eletrônica, e seu mundo de hardware e software, operam através de mudanças constantes e novidades permanentes onde o movimento de transferências de arquivos e programas e o compartilhamento de novos e diferentes conteúdos de conhecimento, em forma de textos e fotos, músicas e vídeos, sons e imagens, são a regra comum e básica dentro do universo de produção dos sistemas de computação, das estruturas da informática e seu ambiente de diversidades e interatividades, colaborações mútuas e cooperações recíprocas.
Assim é o mundo virtual.
Eis a essência das atividades computacionais e seus exercícios informáticos que contribuem eficazmente para o progresso da humanidade e a evolução das sociedades humanas em geral, o crescimento de suas comunidades locais, regionais e globais, e o desenvolvimento de seus grupos e indivíduos definidos temporalmente e determinados historicamente, aqui e agora, e no presente e no futuro do Globo Terrestre.
Tal intercâmbio de ações realizadas entre o homem e a máquina possibilita a saúde pessoal e coletiva dos internautas e o bem-estar da comunidade inteira ligada, antenada e conectada com a internet.
Eis a natureza do ambiente virtual.
Uma natureza aberta, de grandes tendências e inúmeras possibilidades, que se renova a todo instante e se recria a cada momento.
Seu processo de construção é infinito.
Sua dinâmica de movimento é eterna.
Nesse jogo interativo e nesse complexo colaborativo, surge o fluxo de conteúdos de conhecimento compartilhados uns com os outros, o que enriquece a Ciência da Informática e aperfeiçoa o universo da internet.
Em rede mundial, os computadores se conectam, distribuem entre si os seus fecundos arquivos e profundos programas, constituindo assim entre nós a cultura cibernética, que se consolida com os princípios da matemática, as leis da física, as orientações da psicologia humana, as construções atuais e históricas de seus conteúdos de conhecimento, o desejo de partilha e a realidade de interatividades abertas, que se completam, enriquecem e aperfeiçoam cada vez mais e melhor.
Tal a saúde que a internet nos propicia e o bem-estar que a informática nos proporciona.
Um mundo aberto, de novidades que se criam e recriam e de possibilidades que se constroem e reconstroem.
Uma realidade diferente.
E não doente.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Palavras de Vida
Palavras de Vida
A Realidade Cotidiana
Uma luz no seu Caminho
1. Recomeçar
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Páre, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.
2. O Grande problema
é não ter problemas
Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.
3. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem
A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.
4. Experiência
A Escola da Vida
Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Comfúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.
5. Raios de Sol
Enquanto houver luz sempre haverá vida.
Existe vida no meio de nós porque o Sol continua a brilhar todos os dias, em todos os tempos e em todos os lugares.
Somos como raios de luz do Sol, iluminando o nosso ambiente de família e trabalho com as coisas boas da vida, como por exemplo o beijo na namorada sempre que a encontramos, o abraço nos amigos quando nos deparamos com eles, o carinho e a atenção com a esposa e os filhos em casa, o conselho animador para um colega de trabalho, o gesto de bondade com a doente no hospital, a generosidade com os pobres da rua, a solidariedade com quem tem necessidade da nossa ajuda de vez em quando, a atitude fraterna diante de quem está triste ou desanimado, aflito ou desesperado, dar a mão a quem precisa, colaborar com o bem-estar da sociedade em que nos inserimos atualmente, cooperar com grupos de ajuda em eventos e campanhas em prol do bem-comum da humanidade, o respeito devido a quem quer que seja, as ações justas e pacíficas para o bem de todos e cada um de nosso convívio cotidiano, a oração junto a Deus a fim de favorecer parentes, amigos e familiares, as boas idéias e conhecimentos que compartilhamos uns com os outros, as ótimas experiências que nos faz interagir e beneficiar pessoas de nossa intimidade ou não, a melhoria de nossas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, a transparência ética e espiritual em nossos comportamentos e relacionamentos, o bem que fazemos e a paz que vivemos socialmente, as nossas atividades políticas que fazem bem à comunidade, a nossa consciência ambiental e as nossas práticas culturais que ajudam o mundo a ser mais livre e feliz, justo e fraterno, ordeiro e pacífico, amigo e generoso, solidário e contente, alegre e otimista, equilibrado e racional, cordial e contente.
Enquanto houver essa luz que ilumina e fortalece a todos a vida sempre sorrirá, será feliz e otimista, alegre e contente.
Esses raios de Sol devem encontrar em nós uma alternativa de seguimento e fidelidade capaz de tornar possível a permanência dessa luz entre nós.
Sim, nós precisamos ser esses raios de Sol.
Assumir essa condição luminosa, esse reflexo do Sol, essa luz brilhante que direciona para o bem e a paz o caminho dos homens e das mulheres deste Planeta Global, o que certamente contagiará a todos, proporcionando-lhes mais felicidade pessoal e coletiva, tornando-nos pessoas também de luz, raios de Sol, raios da bondade do Criador e luzes de bem para todos os que precisam de uma força para vencer e de uma energia para caminhar.
Enquanto houver luz a vida permanecerá, crescerá e evoluirá fazendo a felicidade de todos.
Por isso, sejamos luz e não trevas para os outros.
Sejamos os raios desse Sol humano e divino, natural e espiritual.
Rejeitemos a violência.
Não abracemos a maldade nem a agressividade.
Sejamos do dia, e não da noite.
Enquanto houver Sol, e os raios desse Sol, poderemos ser felizes aqui e além, no céu e na terra, no tempo e na eternidade.
Só nos basta o compromisso de ser luz para os outros, ser raios de Sol levantando os caídos e deprimidos, erguendo os medrosos e aflitos, animando os tristes e angustiados, encorajando os doentes e desesperados.
Feito esse compromisso com o Sol, o Autor da Vida, poderemos gozar da verdadeira felicidade eterna unidos à sociedade do bem e à humanidade da paz.
E seremos felizes.
6. Seja Otimista
Na Vida, tenha sempre otimismo, sobretudo nas horas de contradição, nos momentos de dificuldade e nos instantes de adversidade.
Seja bom com as pessoas.
Crie novos amigos.
Sorria sempre.
Seja alegre em seus ambientes de família e trabalho.
Seja feliz fazendo os outros felizes.
Seja contente espalhando o bem e a paz na sociedade.
Construa sempre, ao invés de destruir.
Seja criativo em suas obras.
Produza boas idéias.
Gere bons conhecimentos.
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas.
Seja interativo.
Compartilhe com os outros os seus problemas e os seus pontos de vista.
Colabore com o bem-estar da humanidade.
Coopere com a saúde ambiental e ecológica do Planeta.
Seja fraterno e solidário, amigo e generoso com quem quer que seja, em quaisquer situações de vida e em todas as circunstâncias de existência.
Ame, respeite e valorize a Deus, a si mesmo e aos outros também.
Namore e paquere as mulheres.
Brinque como as crianças.
Entusiasme-se como os jovens.
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos.
Respeite para ser respeitado.
Seja responsável por seus atos.
Tenha sempre equilíbrio e bom-senso.
Seja livre dando condições de liberdade para os outros.
Tenha juízo sempre.
Seja uma pessoa de fé.
Faça da oração o sentido da sua vida.
Acredite em Deus e confie no Senhor.
7. O Equilibrista
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no início da década de 80, conheci um cidadão brasileiro famoso por ser conselheiro espiritual de muitas pessoas daquela região mineira. Chamavam-no de o Equilibrista, por suas atitudes sóbrias, seu bom-senso na resolução de conflitos e distúrbios sociais e interpessoais, seu comportamento sensato na direção de grupos e indivíduos, seu controle mental e emocional diante dos problemas da realidade cotidiana, seu domínio do ego perante os relacionamentos com que mantinha com os seus amigos e parentes, colegas de trabalho e familiares dentro de casa.
Seu nome era Paulo Feijó de Oliveira Albuquerque, que com seus quase 50 anos de vida e longa experiência em solução de controvérsias e resposta positiva e otimista a muitas perguntas inquietantes, questionadoras das boas ações humanas, das virtudes mais importantes vigentes na sociedade, dos valores das consciências tidas como seguras, confiáveis e de crédito reconhecido por todos, e das vivências de quem aparentemente agia como se fosse a pessoa mais importante do mundo, de prática exemplar em seu ambiente de existência e de experiência tão virtuosa que não deixava erros em sua conduta exteriormente excelente, quase perfeita em relação a todos com os quais convivia diariamente.
Paulo Feijó, conhecido como o Equilibrista, vivia entre o certo e o errado, o bem e o mal, o óbvio e a diferença, o bom e o ruim, o gostoso e o amargo, o belo e o feio, o falso e o verdadeiro, assumindo pois em seu dia a dia um comportamento que se dizia equilibrado, visto que a todos tinha uma palavra amiga, um conselho espiritual razoável, uma orientação psicológica inteligente, a sensatez de um direcionamento mental bem racional, o bom-senso de uma consciência que decidia sempre em favor do bem e da paz, levava todos a ser bons e amigos das pessoas, propagando assim a bondade da relações e a concórdia das amizades sinceras e honestas, a saúde física, mental e espiritual baseada na alegria de viver, no otimismo de quem sabe o que quer, do sorriso nos lábios de quem sempre feliz e contente com a vida espalhava ao seu lado e ao seu redor a generosidade que tudo salva, a fraternidade que tudo liberta e a solidariedade que tudo ajuda, o que eliminava em ambientes contrários a violência das atitudes e a maldade de ações adversas entre si, contribuindo na verdade para um mundo mais feliz, uma sociedade mais ordeira e pacífica e uma humanidade decididamente mais fraterna e solidária entre si.
Paulo Feijó assim com seu equilíbrio de vida e bom-senso de existência consertava o desregramento cotidiano de famílias inteiras e de comunidades numerosas, ajudando-as de fato a viverem de bem com a vida e em paz consigo mesmas, através de operações reais onde se sublinhava o bem que devemos fazer às pessoas, a bondade nos relacionamentos, e a amizade e a concórdia de quem faz dos amigos que cria o segredo do tempo e da história e a chave da felicidade, a partir de ações em que se destacavam a busca da liberdade social e individual, o respeito mútuo e a responsabilidade no convívio entre grupos e comunidades.
Assim era Paulo Feijó, o bom mineiro.
O Equilibrista.
Que administrava bem a sua imaginação diante da loucura dos vizinhos, que se perdiam na violência cotidiana, discutindo com amigos e familiares, brigando constantemente com adversários, confusos em suas cabeças, de comportamentos complicados e doentios, revelando as anomalias de uma patologia psicológica bastante grave.
No entanto, Paulo Feijó sempre mantinha o equilíbrio necessário ao seu bom comportamento cotidiano, usando o seu bom juízo e bom-senso para resolver conflitos, consertar os maus relacionamentos em torno de si, solucionar as contradições diárias e noturnas que invadiam o seu ambiente de boas maneiras e grandes atitudes, e responder assim de modo inteligente às perguntas da vida moderna, aos questionamentos de sua época e às interrogações de seu momento presente.
Eis Paulo Feijó, o Equilibrista, com o seu bom-senso razoável solucionador dos problemas mais graves e angustiantes do dia a dia tais como brigas de namorados, conflitos familiares, choques de casais, desordens mentais e emocionais, indisciplina moral e espiritual, desemprego e falta de trabalho, distúrbios sexuais, desorganização das idéias e do pensamento, conhecimentos inadequados e ausência de discernimento para se fazer a devida diferença entre as coisas.
Com seu exemplo de vida, o Equilibrista me ensinou hoje a viver bem a vida, construindo a paz ao meu lado e propagando a cultura da bondade em meu dia a dia como forma de combater a maldade das pessoas e a violência da sociedade.
Também eu aqui e agora busco sempre o equilíbrio em meus momentos de família e trabalho e em meus instantes de rua e de supermercado, no diálogo com conhecidos e na boa amizade com indivíduos que encontro pelo caminho.
Obrigado, Senhor, por Paulo Feijó, o Equilibrista.
8. A Filosofia das Águas
Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.
9. A Escola das Tartarugas
Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.
10. Viva a diferença!
Se o seu dia a dia vai mal, então semeie o bem e seja bom com as pessoas.
Seja diferente!
Se no seu local de trabalho ou no seu ambiente de família, todos lhe são adversos ou contrariam você, ou discordam da sua maneira de viver e se comportar, então crie as condições necessárias para que a paz e a concórdia reinem ao seu lado e em torno de você.
Seja diferente!
Diante da tristeza e da angústia, seja alegre e contente.
Seja diferente!
Perante a maldade e a violência cotidianas, ilumine e fortaleça os outros.
Seja diferente!
Se o clima está pesado com a doença e a enfermidade em sua volta, então sorria para as pessoas, anime os desanimados, motive os deprimidos, incentive os aflitos e perturbados, console os desesperados e se aproxime de quem está aparentemente infeliz.
Seja diferente!
Se na sua frente só há destruição e tragédia, briga e confusão, então gere amor e amizade, construa o direito e a justiça, pratique o respeito e a responsabilidade, produza o equilíbrio, o juízo e o bom-senso.
Seja diferente!
Na falta de fé, acredite em Deus.
Na dúvida e incerteza, confie no Senhor.
Na insegurança e instabilidade, seja firme fazendo o bem e seja forte construindo a paz.
Seja diferente!
Se o mal-estar invade a sua alma e a sua casa, tenha calma e espalhe a tranqüilidade, gere um ambiente seguro e confiante em si e em seu círculo de amigos.
Seja diferente!
Construa ao invés de destruir.
Em meio à divisão entre grupos e indivíduos, seja amigo e generoso, fraterno e solidário.
Se o orgulho e o egoísmo prevalecem, prefira a o amor e a humildade.
Se os complicados confundem, use a simplicidade para iluminar e a inteligência para fazer a diferença entre as coisas.
Seja diferente!
Seja luz onde existe a escuridão.
Seja alegria onde invadir a tristeza.
Seja entusiasmo onde houver a fraqueza.
Seja corajoso onde insistir a covardia.
Seja amor e vida onde imperam o ódio e a morte.
Seja bom quando fazem o mal.
Gere bem diante dos seus contrários e adversários.
Faça o jogo do bem diante do mal.
Utilize a malandragem do bem nessa hora.
Seja diferente!
Você não é obrigado a ser feio e ruim, por isso escolha ser bom e bonito.
Troque o seu pessimismo pelo otimismo de quem está de bem com a vida, e o seu negativismo pelo pensamento positivo de quem curte com prazer e alegria as boas coisas que a vida tem.
Eleve a sua auto-estima e elimine o seu baixo-astral.
Seja diferente!
Seja amigo da verdade e inimigo da mentira.
Procure a liberdade onde só há escravidão.
Busque a felicidade sempre e a guerra jamais.
Construa saúde perante a doença que lhe ameaça.
Arrisque no bem que você constrói e na paz que você vive, quando os conflitos forem fabricados e as contradições forem industrializadas.
Que Deus o ajude quando a maldade lhe perseguir e a violência desejar estragar a sua vida.
Deus existe.
Mas o mal também.
Seja diferente!
11. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
12. A Bagunceira
A Vida é uma Criança
Criança gosta de brincar
Da brincadeira surge a bagunça
Com a bagunça, a casa fica desarrumada
Nasce o desejo da ordem
Com a ordem, se disciplinam as coisas
Através da disciplina, se organiza tudo e todos
A Dança da esperança é a bonança da criança
Vivemos de sonhos
Sonhos que devem se realizar
O Ciclo natural da história:
Bagunça e ordem
Trabalho e descanso
Movimento e repouso
Mobilidade e constância
Dinâmica e permanência
Operação e estabilidade
O Mundo é lógica e dialética
Ordem e caos
Regra e confusão
Norma e complicação
Direito e falsidade
Verdade e mentira
Justiça e injustiça
A Natureza possui as suas leis
As suas leis são os seus limites
Seus limites são o equilíbrio
O Equilíbrio é o bom-senso
Bom-senso é autocontrole
Autocontrole é autodomínio
O Bom juízo é algo natural
O Universo é infinito
Seu princípio é eterno
Eterno é o seu Organizador
A Vida,
uma Eterna Bagunceira,
que bagunça tudo para depois ordenar.
Assim são os fatos históricos,
acontecimentos desordenados em sua origem
para depois serem disciplinados pela racionalidade humana e organizados pela consciência inteligente do ser vivo criado por Deus.
Vivemos de possibilidades,
que interferem na realidade cotidiana e intervêm no destino dos povos.
Nossa existência humana,
natural e cultural,
social e política,
econômica e financeira,
é definida pelo bem ou pelo mal,
opções que devem ser feitas por nós.
No equilíbrio da natureza e no bom-senso da mente humana
se encontram o segredo do sucesso e a chave da felicidade.
O Bom caminho da vida
nos indica o sorriso como cura de nossos males,
a alegria como remédio de nosso mal-estar
e o otimismo como o melhor médico para a nossa saúde física, mental e espiritual.
Quando somos amigos das pessoas,
fraternos com os necessitados,
solidários com quem precisa de nós
e generosos com os fracos e pobres,
a vida então se coloca ao nosso lado
e Deus nos abençoa com inúmeros favores e benefícios sem fim.
No silêncio,
a bagunça se transforma em ordem.
Com a paciência,
dominamos nossas adversidades.
Se os contrários nos afligem,
ou se as contradições nos amedrontam,
ou se os antagonismos nos causam pânico,
ou se a violência e a morte se apresentam à nossa porta,
então tenhamos fé,
rezemos,
e confiemos em Deus,
e acreditemos no Senhor.
A Vida é assim:
o bem ou o mal que devemos escolher.
A Paz ou a guerra
que devemos optar.
O Amor ou o ódio
que devemos preferenciar.
Como meninos que brincam
ou garotos que bagunçam,
vivemos de sonhos e esperanças,
dançamos a música da felicidade e da bonança
ou nos entregamos à cultura da morte ou à mentalidade da violência.
A Vida é feita de escolhas
porque nosso desejo é a nossa liberdade,
e somos livres optando pelo bem ou pelo mal.
Sabemos o bom caminho
mas somos nós que devemos fazer a boa caminhada.
Deus nos dá as condições,
todavia a liberdade é nossa.
Não basta caminhar,
é preciso ter as condições de caminhar.
Sim, necessitamos de Alguém que nos faça caminhar.
Precisamos de um Primeiro Motor.
Somos movimento,
a natureza nos direciona
e a razão faz o discernimento
nos colocando no caminho certo.
Precisamos de regras,
porém necessitamos igualmente de bagunça
para fazer as regras.
Tal a sabedoria da vida:
entre ordens e bagunças
construímos a existência,
fazemos a história
e criamos a boa eternidade.
Esse foi o jeito que Deus encontrou para nos trazer felicidade.
Felicidade, que é fruto da liberdade.
13. Um Bom Caminho
para 2010
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
A Realidade Cotidiana
Uma luz no seu Caminho
1. Recomeçar
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Páre, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.
2. O Grande problema
é não ter problemas
Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.
3. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem
A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.
4. Experiência
A Escola da Vida
Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Comfúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.
5. Raios de Sol
Enquanto houver luz sempre haverá vida.
Existe vida no meio de nós porque o Sol continua a brilhar todos os dias, em todos os tempos e em todos os lugares.
Somos como raios de luz do Sol, iluminando o nosso ambiente de família e trabalho com as coisas boas da vida, como por exemplo o beijo na namorada sempre que a encontramos, o abraço nos amigos quando nos deparamos com eles, o carinho e a atenção com a esposa e os filhos em casa, o conselho animador para um colega de trabalho, o gesto de bondade com a doente no hospital, a generosidade com os pobres da rua, a solidariedade com quem tem necessidade da nossa ajuda de vez em quando, a atitude fraterna diante de quem está triste ou desanimado, aflito ou desesperado, dar a mão a quem precisa, colaborar com o bem-estar da sociedade em que nos inserimos atualmente, cooperar com grupos de ajuda em eventos e campanhas em prol do bem-comum da humanidade, o respeito devido a quem quer que seja, as ações justas e pacíficas para o bem de todos e cada um de nosso convívio cotidiano, a oração junto a Deus a fim de favorecer parentes, amigos e familiares, as boas idéias e conhecimentos que compartilhamos uns com os outros, as ótimas experiências que nos faz interagir e beneficiar pessoas de nossa intimidade ou não, a melhoria de nossas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, a transparência ética e espiritual em nossos comportamentos e relacionamentos, o bem que fazemos e a paz que vivemos socialmente, as nossas atividades políticas que fazem bem à comunidade, a nossa consciência ambiental e as nossas práticas culturais que ajudam o mundo a ser mais livre e feliz, justo e fraterno, ordeiro e pacífico, amigo e generoso, solidário e contente, alegre e otimista, equilibrado e racional, cordial e contente.
Enquanto houver essa luz que ilumina e fortalece a todos a vida sempre sorrirá, será feliz e otimista, alegre e contente.
Esses raios de Sol devem encontrar em nós uma alternativa de seguimento e fidelidade capaz de tornar possível a permanência dessa luz entre nós.
Sim, nós precisamos ser esses raios de Sol.
Assumir essa condição luminosa, esse reflexo do Sol, essa luz brilhante que direciona para o bem e a paz o caminho dos homens e das mulheres deste Planeta Global, o que certamente contagiará a todos, proporcionando-lhes mais felicidade pessoal e coletiva, tornando-nos pessoas também de luz, raios de Sol, raios da bondade do Criador e luzes de bem para todos os que precisam de uma força para vencer e de uma energia para caminhar.
Enquanto houver luz a vida permanecerá, crescerá e evoluirá fazendo a felicidade de todos.
Por isso, sejamos luz e não trevas para os outros.
Sejamos os raios desse Sol humano e divino, natural e espiritual.
Rejeitemos a violência.
Não abracemos a maldade nem a agressividade.
Sejamos do dia, e não da noite.
Enquanto houver Sol, e os raios desse Sol, poderemos ser felizes aqui e além, no céu e na terra, no tempo e na eternidade.
Só nos basta o compromisso de ser luz para os outros, ser raios de Sol levantando os caídos e deprimidos, erguendo os medrosos e aflitos, animando os tristes e angustiados, encorajando os doentes e desesperados.
Feito esse compromisso com o Sol, o Autor da Vida, poderemos gozar da verdadeira felicidade eterna unidos à sociedade do bem e à humanidade da paz.
E seremos felizes.
6. Seja Otimista
Na Vida, tenha sempre otimismo, sobretudo nas horas de contradição, nos momentos de dificuldade e nos instantes de adversidade.
Seja bom com as pessoas.
Crie novos amigos.
Sorria sempre.
Seja alegre em seus ambientes de família e trabalho.
Seja feliz fazendo os outros felizes.
Seja contente espalhando o bem e a paz na sociedade.
Construa sempre, ao invés de destruir.
Seja criativo em suas obras.
Produza boas idéias.
Gere bons conhecimentos.
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas.
Seja interativo.
Compartilhe com os outros os seus problemas e os seus pontos de vista.
Colabore com o bem-estar da humanidade.
Coopere com a saúde ambiental e ecológica do Planeta.
Seja fraterno e solidário, amigo e generoso com quem quer que seja, em quaisquer situações de vida e em todas as circunstâncias de existência.
Ame, respeite e valorize a Deus, a si mesmo e aos outros também.
Namore e paquere as mulheres.
Brinque como as crianças.
Entusiasme-se como os jovens.
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos.
Respeite para ser respeitado.
Seja responsável por seus atos.
Tenha sempre equilíbrio e bom-senso.
Seja livre dando condições de liberdade para os outros.
Tenha juízo sempre.
Seja uma pessoa de fé.
Faça da oração o sentido da sua vida.
Acredite em Deus e confie no Senhor.
7. O Equilibrista
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no início da década de 80, conheci um cidadão brasileiro famoso por ser conselheiro espiritual de muitas pessoas daquela região mineira. Chamavam-no de o Equilibrista, por suas atitudes sóbrias, seu bom-senso na resolução de conflitos e distúrbios sociais e interpessoais, seu comportamento sensato na direção de grupos e indivíduos, seu controle mental e emocional diante dos problemas da realidade cotidiana, seu domínio do ego perante os relacionamentos com que mantinha com os seus amigos e parentes, colegas de trabalho e familiares dentro de casa.
Seu nome era Paulo Feijó de Oliveira Albuquerque, que com seus quase 50 anos de vida e longa experiência em solução de controvérsias e resposta positiva e otimista a muitas perguntas inquietantes, questionadoras das boas ações humanas, das virtudes mais importantes vigentes na sociedade, dos valores das consciências tidas como seguras, confiáveis e de crédito reconhecido por todos, e das vivências de quem aparentemente agia como se fosse a pessoa mais importante do mundo, de prática exemplar em seu ambiente de existência e de experiência tão virtuosa que não deixava erros em sua conduta exteriormente excelente, quase perfeita em relação a todos com os quais convivia diariamente.
Paulo Feijó, conhecido como o Equilibrista, vivia entre o certo e o errado, o bem e o mal, o óbvio e a diferença, o bom e o ruim, o gostoso e o amargo, o belo e o feio, o falso e o verdadeiro, assumindo pois em seu dia a dia um comportamento que se dizia equilibrado, visto que a todos tinha uma palavra amiga, um conselho espiritual razoável, uma orientação psicológica inteligente, a sensatez de um direcionamento mental bem racional, o bom-senso de uma consciência que decidia sempre em favor do bem e da paz, levava todos a ser bons e amigos das pessoas, propagando assim a bondade da relações e a concórdia das amizades sinceras e honestas, a saúde física, mental e espiritual baseada na alegria de viver, no otimismo de quem sabe o que quer, do sorriso nos lábios de quem sempre feliz e contente com a vida espalhava ao seu lado e ao seu redor a generosidade que tudo salva, a fraternidade que tudo liberta e a solidariedade que tudo ajuda, o que eliminava em ambientes contrários a violência das atitudes e a maldade de ações adversas entre si, contribuindo na verdade para um mundo mais feliz, uma sociedade mais ordeira e pacífica e uma humanidade decididamente mais fraterna e solidária entre si.
Paulo Feijó assim com seu equilíbrio de vida e bom-senso de existência consertava o desregramento cotidiano de famílias inteiras e de comunidades numerosas, ajudando-as de fato a viverem de bem com a vida e em paz consigo mesmas, através de operações reais onde se sublinhava o bem que devemos fazer às pessoas, a bondade nos relacionamentos, e a amizade e a concórdia de quem faz dos amigos que cria o segredo do tempo e da história e a chave da felicidade, a partir de ações em que se destacavam a busca da liberdade social e individual, o respeito mútuo e a responsabilidade no convívio entre grupos e comunidades.
Assim era Paulo Feijó, o bom mineiro.
O Equilibrista.
Que administrava bem a sua imaginação diante da loucura dos vizinhos, que se perdiam na violência cotidiana, discutindo com amigos e familiares, brigando constantemente com adversários, confusos em suas cabeças, de comportamentos complicados e doentios, revelando as anomalias de uma patologia psicológica bastante grave.
No entanto, Paulo Feijó sempre mantinha o equilíbrio necessário ao seu bom comportamento cotidiano, usando o seu bom juízo e bom-senso para resolver conflitos, consertar os maus relacionamentos em torno de si, solucionar as contradições diárias e noturnas que invadiam o seu ambiente de boas maneiras e grandes atitudes, e responder assim de modo inteligente às perguntas da vida moderna, aos questionamentos de sua época e às interrogações de seu momento presente.
Eis Paulo Feijó, o Equilibrista, com o seu bom-senso razoável solucionador dos problemas mais graves e angustiantes do dia a dia tais como brigas de namorados, conflitos familiares, choques de casais, desordens mentais e emocionais, indisciplina moral e espiritual, desemprego e falta de trabalho, distúrbios sexuais, desorganização das idéias e do pensamento, conhecimentos inadequados e ausência de discernimento para se fazer a devida diferença entre as coisas.
Com seu exemplo de vida, o Equilibrista me ensinou hoje a viver bem a vida, construindo a paz ao meu lado e propagando a cultura da bondade em meu dia a dia como forma de combater a maldade das pessoas e a violência da sociedade.
Também eu aqui e agora busco sempre o equilíbrio em meus momentos de família e trabalho e em meus instantes de rua e de supermercado, no diálogo com conhecidos e na boa amizade com indivíduos que encontro pelo caminho.
Obrigado, Senhor, por Paulo Feijó, o Equilibrista.
8. A Filosofia das Águas
Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.
9. A Escola das Tartarugas
Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.
10. Viva a diferença!
Se o seu dia a dia vai mal, então semeie o bem e seja bom com as pessoas.
Seja diferente!
Se no seu local de trabalho ou no seu ambiente de família, todos lhe são adversos ou contrariam você, ou discordam da sua maneira de viver e se comportar, então crie as condições necessárias para que a paz e a concórdia reinem ao seu lado e em torno de você.
Seja diferente!
Diante da tristeza e da angústia, seja alegre e contente.
Seja diferente!
Perante a maldade e a violência cotidianas, ilumine e fortaleça os outros.
Seja diferente!
Se o clima está pesado com a doença e a enfermidade em sua volta, então sorria para as pessoas, anime os desanimados, motive os deprimidos, incentive os aflitos e perturbados, console os desesperados e se aproxime de quem está aparentemente infeliz.
Seja diferente!
Se na sua frente só há destruição e tragédia, briga e confusão, então gere amor e amizade, construa o direito e a justiça, pratique o respeito e a responsabilidade, produza o equilíbrio, o juízo e o bom-senso.
Seja diferente!
Na falta de fé, acredite em Deus.
Na dúvida e incerteza, confie no Senhor.
Na insegurança e instabilidade, seja firme fazendo o bem e seja forte construindo a paz.
Seja diferente!
Se o mal-estar invade a sua alma e a sua casa, tenha calma e espalhe a tranqüilidade, gere um ambiente seguro e confiante em si e em seu círculo de amigos.
Seja diferente!
Construa ao invés de destruir.
Em meio à divisão entre grupos e indivíduos, seja amigo e generoso, fraterno e solidário.
Se o orgulho e o egoísmo prevalecem, prefira a o amor e a humildade.
Se os complicados confundem, use a simplicidade para iluminar e a inteligência para fazer a diferença entre as coisas.
Seja diferente!
Seja luz onde existe a escuridão.
Seja alegria onde invadir a tristeza.
Seja entusiasmo onde houver a fraqueza.
Seja corajoso onde insistir a covardia.
Seja amor e vida onde imperam o ódio e a morte.
Seja bom quando fazem o mal.
Gere bem diante dos seus contrários e adversários.
Faça o jogo do bem diante do mal.
Utilize a malandragem do bem nessa hora.
Seja diferente!
Você não é obrigado a ser feio e ruim, por isso escolha ser bom e bonito.
Troque o seu pessimismo pelo otimismo de quem está de bem com a vida, e o seu negativismo pelo pensamento positivo de quem curte com prazer e alegria as boas coisas que a vida tem.
Eleve a sua auto-estima e elimine o seu baixo-astral.
Seja diferente!
Seja amigo da verdade e inimigo da mentira.
Procure a liberdade onde só há escravidão.
Busque a felicidade sempre e a guerra jamais.
Construa saúde perante a doença que lhe ameaça.
Arrisque no bem que você constrói e na paz que você vive, quando os conflitos forem fabricados e as contradições forem industrializadas.
Que Deus o ajude quando a maldade lhe perseguir e a violência desejar estragar a sua vida.
Deus existe.
Mas o mal também.
Seja diferente!
11. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
12. A Bagunceira
A Vida é uma Criança
Criança gosta de brincar
Da brincadeira surge a bagunça
Com a bagunça, a casa fica desarrumada
Nasce o desejo da ordem
Com a ordem, se disciplinam as coisas
Através da disciplina, se organiza tudo e todos
A Dança da esperança é a bonança da criança
Vivemos de sonhos
Sonhos que devem se realizar
O Ciclo natural da história:
Bagunça e ordem
Trabalho e descanso
Movimento e repouso
Mobilidade e constância
Dinâmica e permanência
Operação e estabilidade
O Mundo é lógica e dialética
Ordem e caos
Regra e confusão
Norma e complicação
Direito e falsidade
Verdade e mentira
Justiça e injustiça
A Natureza possui as suas leis
As suas leis são os seus limites
Seus limites são o equilíbrio
O Equilíbrio é o bom-senso
Bom-senso é autocontrole
Autocontrole é autodomínio
O Bom juízo é algo natural
O Universo é infinito
Seu princípio é eterno
Eterno é o seu Organizador
A Vida,
uma Eterna Bagunceira,
que bagunça tudo para depois ordenar.
Assim são os fatos históricos,
acontecimentos desordenados em sua origem
para depois serem disciplinados pela racionalidade humana e organizados pela consciência inteligente do ser vivo criado por Deus.
Vivemos de possibilidades,
que interferem na realidade cotidiana e intervêm no destino dos povos.
Nossa existência humana,
natural e cultural,
social e política,
econômica e financeira,
é definida pelo bem ou pelo mal,
opções que devem ser feitas por nós.
No equilíbrio da natureza e no bom-senso da mente humana
se encontram o segredo do sucesso e a chave da felicidade.
O Bom caminho da vida
nos indica o sorriso como cura de nossos males,
a alegria como remédio de nosso mal-estar
e o otimismo como o melhor médico para a nossa saúde física, mental e espiritual.
Quando somos amigos das pessoas,
fraternos com os necessitados,
solidários com quem precisa de nós
e generosos com os fracos e pobres,
a vida então se coloca ao nosso lado
e Deus nos abençoa com inúmeros favores e benefícios sem fim.
No silêncio,
a bagunça se transforma em ordem.
Com a paciência,
dominamos nossas adversidades.
Se os contrários nos afligem,
ou se as contradições nos amedrontam,
ou se os antagonismos nos causam pânico,
ou se a violência e a morte se apresentam à nossa porta,
então tenhamos fé,
rezemos,
e confiemos em Deus,
e acreditemos no Senhor.
A Vida é assim:
o bem ou o mal que devemos escolher.
A Paz ou a guerra
que devemos optar.
O Amor ou o ódio
que devemos preferenciar.
Como meninos que brincam
ou garotos que bagunçam,
vivemos de sonhos e esperanças,
dançamos a música da felicidade e da bonança
ou nos entregamos à cultura da morte ou à mentalidade da violência.
A Vida é feita de escolhas
porque nosso desejo é a nossa liberdade,
e somos livres optando pelo bem ou pelo mal.
Sabemos o bom caminho
mas somos nós que devemos fazer a boa caminhada.
Deus nos dá as condições,
todavia a liberdade é nossa.
Não basta caminhar,
é preciso ter as condições de caminhar.
Sim, necessitamos de Alguém que nos faça caminhar.
Precisamos de um Primeiro Motor.
Somos movimento,
a natureza nos direciona
e a razão faz o discernimento
nos colocando no caminho certo.
Precisamos de regras,
porém necessitamos igualmente de bagunça
para fazer as regras.
Tal a sabedoria da vida:
entre ordens e bagunças
construímos a existência,
fazemos a história
e criamos a boa eternidade.
Esse foi o jeito que Deus encontrou para nos trazer felicidade.
Felicidade, que é fruto da liberdade.
13. Um Bom Caminho
para 2010
Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
O Código da Juventude
O Código da Juventude
Jovem, quem és tu ?
Este trabalho de pesquisa se baseia nas últimas estatísticas do IBGE sobre o assunto, nas observações de analistas do comportamento humano, nas orientações de psicólogos e psicanalistas atuais acerca de problemas de relacionamento desenvolvidos por jovens de 16 a 27 anos de idade, o que refletem bem os questionamentos existenciais e as interrogações cotidianas desse período da juventude, que então vive no interior de uma sociedade brasileira bastante turbulenta, crítica e caótica, cuja problemática mental, física e espiritual se insere no conjunto de dificuldades e adversidades de um mundo globalizado fundamentado sobretudo no nomadismo das relações humanas e sociais, na cultura da mudança e do movimento que atravessa todas as nações modernas e todas as regiões locais e globais do Planeta, na mentalidade estudantil, jovem e adolescente alicerçada na violência urbana e rural, na agressividade das comunidades
e na aparência terrorista de grupos e indivíduos que fazem do horror de suas vidas e do pavor de suas atitudes a fonte de conflitos entre classes distintas, a causa da insegurança das ações empreendidas, a origem dos desequilíbrios no corpo, na mente e no espírito dessas categorias vítimas dos sonhos imaginários de quem faz de suas fantasias e loucuras mentais, irreais e irracionais o pretexto para expulsar os seus traumas e frustrações, destruindo assim as esperanças de um povo que luta por dias melhores em suas vidas de cada dia e estragando projetos de realidade que certamente trariam mais saúde de qualidade e maior bem-estar material e espiritual para muitas famílias responsáveis pelos desejos da juventude e sua batalha em prol da satisfação de suas necessidades naturais e culturais e a realização de seus anseios políticos, sociais e econômicos, razão de suas existências e sentido de suas vidas.
Em face dessa realidade acima exposta pergunta-se: jovem, quem és tu ? O que queres ? O que sentes ? Para onde vais ? Qual o sentido de tua vida ? Qual a razão do teu ser, pensar e existir ?
É o que procuraremos responder nas páginas seguintes.
1. Sonhador, como sempre
Desde criança e durante a fase da adolescência, o jovem estudante ou trabalhador começa a sonhar com realidades mais positivas e otimistas para suas vidas de cada dia, desejando mais qualidade de vida para si e para os seus, buscando anseios de realização vocacional e profissional, desenvolvimento de sua criatividade, de seus dons e talentos e carismas, produzindo projetos de abertura da sua consciência para novas realidades diante de si, renovação de seus valores, virtudes e vivências e libertação de preconceitos morais e superstições religiosas que aprisionam o seu caráter e obscurecem a sua personalidade, bloqueiam a sua mente e escravizam o seu corpo e a sua alma, manipulam o seu espírito tornando-o preso de ideologias alienadoras da realidade que o cegam espiritualmente, o adoecem fisicamente e o escravizam mentalmente.
Então o jovem sonha para procurar novas realidades libertadoras desse caos psicológico e ideológico onde a sua liberdade seja respeitada e valorizada como elemento de transformação social e cultural, política e econômica.
Desse modo, ele cultiva e desenvolve a sua liberdade, fonte de sua felicidade.
2. Sem perspectivas para o futuro
A Confusão das cidades, o desemprego em massa, a crise de valores éticos e espirituais, o excesso de informação, conhecimento e entretenimento, a nova era da internet e da informática e suas lan houses, a extravagância da mídia eletrônica e seus aparelhos de última geração, o intercâmbio positivo e negativo de culturas e mentalidades ao mesmo tempo, o conflito de gerações diferentes na família, na rua e no trabalho, a grande produção de conteúdos culturais novos e diferentes, as transformações da linguagem e dos discursos sobretudo artísticos, científicos e filosóficos, o surgimento de outras ideologias políticas e filosofias de vida que exigem da juventude compromisso, mudança e responsabilidade, os distúrbios familiares, os transtornos das relações amorosas, o individualismo exacerbado, o niilismo que cultua o vazio da vida e o nada da existência, o relativismo das idéias, valores e atitudes, o ceticismo de gerações que privilegiam a dúvida dos conhecimentos e a incerteza dos pensamentos, o indeterminismo filosófico que põe na berlinda da sociedade as instituições sociais e os modelos de autoridade competente, o ateísmo relativo que projeta no meio social seitas e cultos religiosos os mais variados, o desequilíbrio mental e emocional de muitos jovens que então perdem o domínio de si mesmos e o controle de sua racionalidade e consciência, perdendo-se em loucuras imaginárias e sonhos irrealizáveis, a ausência de atividades de emancipação financeira, a insatisfação sexual, vocacional e profissional, a irrealização de compromissos e responsabilidades cotidianas, a carência de afeto e a falta de amigos confiáveis, a cultura do descartável que assola as suas bases existenciais, a sua inquietude comportamental e velocidade de operações executáveis, a rapidez de suas transações relacionais, os relacionamentos confusos que mantém pelo caminho, enfim, todo esse fluxo de contradições e acertos que encontra em sua estrada diária de vida e seu complexo de tendências, limites e possibilidades, proporcionam à juventude contemporânea a experiência de um labirinto de dificuldades e contrariedades que exigem dela boas perspectivas de vida, novas oportunidades de existência e diferentes alternativas de comportamento individual e relacionamento social.
Os jovens buscam novas opções de vida
É a realidade de um mundo de transformações para melhor, é óbvio.
3. Perdido dentro de si mesmo
A Turbulência que reina fora de si mesmo igualmente está presente em seu interior provocando-lhe confusão mental e emocional e complicações irreais e irracionais, alienação da realidade, perdendo-se em anomalias da imaginação, que sonha com o real fantástico, incrível e extraordinário, colocando-o em um universo diverso do cotidiano, muitas vezes virtual ou digital, ou então imaginário, louco, demente, doente, longe de sua interioridade consciente, racional e inteligente.
Perdido em si, de si e para si, o jovem procura em quem se apoiar, busca segurança em alguém ou em alguma coisa, quer assim garantir a sua sustentabilidade. Eis então que aparecem os ídolos musicais, os mitos da arte e do cinema, os astros materiais e imateriais, os objetos de culto ou os deuses de adoração que tentam sustentar as suas bases existenciais, como uma tábua de salvação na qual o jovem se segura e apóia para sobreviver em meio à confusão da sociedade, perdida como ele no caos da violência e da maldade de grupos e indivíduos, que abraçam desse modo culturas de morte e mentalidades cujas ideologias apontam sempre para a alienação da realidade.
Ocorre nessa hora que a sociedade humana constituída por uma juventude aparentemente perdida sobre si própria apela para os ídolos em forma de artistas, músicos, poetas, atores de cinema, jogadores de futebol e astros do carnaval, como se fossem os deuses da salvação da pátria brasileira, ou os Messias salvadores da humanidade esquecida de si mesma.
Sem falar ainda dos deuses materiais sob o modo de política e suas ideologias, o dinheiro, o sexo, a família, o poder, a religião, a moral dos bons costumes, a ciência e a tecnologia, o computador e a televisão, o rádio e o cinema, a música e a novela, e assim por diante.
Nesse momento, o jovem procura se segurar em alguém ou alguma coisa, a fim de garantir a sua sobrevivência nesse mundo.
4. Comportamento Nômade
O Jovem de hoje vive um nomadismo permanente.
No interior de um mundo em constante mudança, com novos apelos de transformação e diferentes maneiras de metamorfose mental e emocional, física e espiritual, ele se comporta de um modo nômade onde a rapidez de seus movimentos e a velocidade de suas decisões e atitudes, ao lado de sua mobilidade incessante em que varia de lugar para lugar e de tempo para tempo, buscando assim viver a sua juventude cheia de sonhos e fantasias, todavia também de realidades cruéis e violentas, dentro das quais se insere no momento atual de sua sociedade à procura de uma identidade própria que revele o seu caráter original e autêntico e a sua personalidade transparente e verdadeira.
Nessa busca por autenticidade, ele se desloca quase sempre para satisfazer os seus desejos, anseios e esperanças e realizar as suas necessidades básicas, naturais e culturais, em meio a um contexto global de interatividade entre as pessoas e compartilhamento de idéias, conhecimentos e experiências que possam ajudar à humanidade a construir uma realidade de saúde positiva e otimista e de bem-estar generalizado onde se configuram a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
Deste modo, os jovens atuais criam seus amigos pensando nesse intercâmbio de novas gerações que se completam, se enriquecem e se aperfeiçoam a si mesmas.
A Juventude moderna quer não só conhecer, porém também compartilhar os seus conhecimentos, interagir com os outros trocando idéias e ideais comuns, cambiando bons, novos e diferentes conteúdos de aprendizagem, uns ajudando aos outros na busca da felicidade completa, a partir da constituição de sua liberdade construtora e criativa, voltada para o bem que faz e para a paz que vive, a vida que ama e o amor que pratica sempre em comunidade, consolidando entre si a melhor maneira de distribuir bondade e concórdia para todos.
O Jovem atual gosta de ser nômade.
È assim que ele transforma tudo e todos, e realiza igualmente a transformação para melhor de si próprio.
Juventude é sinônimo de mudança.
Mudança que é o movimento construtor de novas e diferentes possibilidades para todos.
5. Mente Indefinida
Em seus instantes de rapidez imediata e velocidade nômade, o jovem se vê em um processo permanente de construção da sua consciência, ainda indefinida em sua natureza e indeterminada em sua constituição, precisando de experiência e maturidade na formação de seus valores éticos e espirituais, de suas virtudes morais e religiosas e de suas vivências sociais e interpessoais, onde procura interagir criando amizades que constroem e compartilhar suas práticas de cada dia, no sentido de tornar possível os bons relacionamentos que mantém com outras pessoas, comportando-se então de maneira digna e respeitosa, responsável quase sempre, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, amiga e generosa.
Tal indefinição dos fenômenos de sua mente faz parte do processo constante de construção positiva de sua realidade interior, para o qual contribui efetivamente o intercâmbio de idéias e conhecimentos, vivências e experiências de seus colegas de faculdade, seus parentes e familiares de casa, seus amigos da rua ou do trabalho, e as amizades que vai construindo ao longo do caminho.
Pouco a pouco, com a sabedoria do tempo e a consolidação de seus princípios éticos e valores espirituais, vai se produzindo a sua racionalidade, que será boa ou má à medida em que abraçar ou não as boas experiências virtuosas de seu caminhar cuja essência necessita de uma boa experiência de Deus se é que deseja se tornar um bom cidadão no interior da sociedade em que vive, ajudando-a a crescer com estabilidade, progredir com constância e evoluir com coragem e determinação, desenvolvendo então a sua boa criatividade, os seus dons, talentos e carismas, colocando-os em prol da coletividade.
Vivendo assim se tornará uma pessoa feliz, a partir da construção de sua liberdade responsável e de seu comportamento equilibrado onde devem imperar o direito com o respeito, a ordem com a justiça, o bem e a paz, o juízo e o bom-senso.
Somente assim se dará bem na vida, terá amigos ao seu lado, receberá apoio dos colegas de trabalho e da família que o sustenta, crescendo forte nas virtudes praticadas, firme nas idéias que abraça e compartilha, corajoso nos empreendimentos que realiza, ativo nos trabalhos que desenvolve, esforçado nos empenhos que assume com compromisso e responsabilidade.
Eis o jovem de hoje.
Construtor de boas possibilidades para si e para os outros.
6. Atitudes Indeterminadas
Hoje, inseguro e instável, inconstante em suas ações, o jovem estudante ou trabalhador sofre com o indeterminismo de suas ideologias e experiências, achando-se assim confuso nos conhecimentos obtidos e turbulento nos pensamentos construídos, fruto de um ambiente de vida, família e trabalho, estudo e lazer, onde a lei é o desequilíbrio dos comportamentos e a norma é o desregramento dos relacionamentos, o vazio das informações e as dúvidas criadas pelas desordens mentais, pela indisciplina racional e prática e pela desorganização das idéias, símbolos e valores da consciência.
Desse modo, na vida cotidiana, vive a cultura do descartável em que no emprego pode ser mandado embora a qualquer momento, na família pode ser excluído do convívio de seus parentes, na rua pode entrar em conflito com conhecidos e ser vítima da violência de transeuntes, no supermercado pode lhe faltar o dinheiro necessário para fazer as compras, no jornaleiro pode discutir com colegas e se perder na confusão do debate, na padaria pode entrar em choque com o padeiro por não fazer boa apresentação das mercadorias postas nos balcões, no botequim ser criticado pelo excesso de cerveja no dia anterior, na farmácia reclamar por causa do alto preço dos remédios, e assim por diante.
Tudo isso configura o estado de indeterminação do estudante ou do jovem trabalhador em seu dia a dia, levando-o muitas vezes a fugir dessa rotina diária e buscar alternativas em outros lugares e diferentes momentos, optando às vezes pela mobilidade constante em seus afazeres, mudando-se toda hora a fim de distrair a sua cabeça, melhorar o clima a sua volta e aprimorar o ambiente antes discordante ali ora encontrado.
Tal estado de conflito e violência caracteriza bem a juventude moderna, que busca então novas oportunidades de fuga dessas realidades que lhe são contrárias, desenvolvendo pois atividades inúmeras tais como os jogos eletrônicos no computador ou no videogame, passeios turísticos e longas caminhadas no interior do Brasil, viagens ao exterior, esportes radicais, música e dança nas discotecas quase todo final de semana, cursos de atualização vocacional e de capacitação técnica e profissional, aulas na faculdade conquistadas com os vestibulares da vida e os ENEMs do cotidiano, ginástica esportiva, teatro e cinema, shows, eventos e espetáculos de ídolos famosos nacionais e internacionais, ou até refugiando-se nas drogas e no alcoolismo, na maconha e na cocaína, desestruturando assim a sua vida e desregulamentando a sua existência de cada momento.
Indeterminado, o jovem costuma perder o bom-senso das atitudes e o equilíbrio da consciência.
Torna-se então violento.
7. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
Tal ambiente descartável mexe também com a juventude em geral, aliás a principal vítima dessa cultura alienante e indeterminista, cética e duvidosa, incerta e incoerente, crítica e dialética, ignorada então pelos meios sociais como elemento improdutivo e desnecessário, inútil e niilista, o que produz nela conflitos de gerações e turbulências mentais e emocionais, confusões no corpo e na alma, e contradições espirituais e existenciais.
Atualmente, qualquer jovem, por preconceito da sociedade ou negligência das instituições, por ignorância das autoridades ou exclusão dos poderes constituídos, é em tese marginalizado em suas atitudes surpreendentes e em seus comportamentos instáveis e inseguros, como se fosse alguém sem voz e sem vez em muitos setores da cidade, e em muitos lugares e momentos urbanos e rurais.
Ser jovem não é fácil.
Seu convívio com a sociedade requer dele equilíbrio na mente, no corpo e no espírito, paciência diante dos contrários, tolerância e compreensão perante as adversidades diárias, boa atitude em meio às contradições sociais e culturais, políticas e econômicas.
Equilibrado e sensato é o jovem menos comum na sociedade de hoje.
8. Inseguro de vez em quando
Emitir opiniões sem fundamento algum, agir de modo inesperado ou surpreendente, fechar-se ao debate em sala de aula, esconder-se quando deveria expor-se em público, falar pouco e não discutir as notícias do dia a dia, obscurecer-se dentro de si mesmo, isolar-se dos amigos, parentes e familiares, fugir da realidade, buscar atividades alienando-se do cotidiano, procurar o seu individualismo próprio e a solidão quando precisaria estar em grupo ou em comunidade, não esclarecer certas situações injustas então ocorridas, desejar circunstâncias de risco onde se configure a gravidade de momentos de violência e agressividade, sonhar demais e realizar pouco, perder-se nas loucuras da imaginação que o eliminam do contexto real em que vive atualmente, desequilibrar-se e ignorar o bom-senso em algumas atitudes, descontrolar-se e ausentar-se de si próprio perdendo o completo autodomínio, assumir ações irreais e irracionais, faltar com a consciência nos comportamentos do dia a dia, brigar na escola e discutir com os vizinhos, soltar palavrões em demasia e xingar e violentar colegas ou conhecidos, entrar em choque com autoridades desrespeitando os superiores e seus poderes centralizadores, comprometer-se com a cultura da morte e a mentalidade baseada na maldade comportamental e na violência dos relacionamentos, não saber conviver com as pessoas em torno de si, tudo isso, enfim, demonstra a insegurança do jovem nos instantes do dia a dia e principalmente nos momentos de maior tensão e discórdia onde costuma perder a cabeça, irritar-se, ficar nervoso, e agir agressivamente.
Inseguro, ele busca garantias de vida e sobreviver diante dos ambientes de risco que suporta.
Com alguma malandragem, ele sustenta essa falta de segurança e ausência de equilíbrio mental e emocional.
Ele anseia por um lugar seguro na existência de cada hora e de cada instante.
9. Inconstante em certos momentos
Em algumas ocasiões, o jovem indivíduo se perde com atitudes inseguras, ações instáveis e comportamentos inconstantes, sobretudo na hora de assumir compromissos e abraçar responsabilidades, chegando quase sempre atrasado aos encontros marcados, esquecendo-se de documentos que deveriam ser mostrados naquele instante preciso, alienando-se do ambiente em que está naquele momento, “voando” ao lado das pessoas, faltando com a palavra junto a grupos de interesse e comunidades de ajuda e apoio, perdendo a dignidade e o respeito quando começa a falar de assuntos estranhos com temas esquisitos onde a ênfase é sobre violência urbana e péssimos relacionamentos que mantém com alguém, assumindo atitudes que envergonham os familiares, constrangem os amigos e desafiam as autoridades encarregadas de estabelecer a ordem em determinados lugares.
Tal inconstância no comportamento do dia a dia reflete uma juventude bastante alienada da realidade, que ignora seus direitos e lutas, deveres e obrigações, que foge de compromissos responsáveis, que não respeita quem quer que seja sobremaneira quem tem algum poder ou autoridade constituída, que perde o equilíbrio e o bom-senso em situações contrárias e circunstâncias adversas, que se descontrola violentamente quando está em grupo ou isolado, que não se domina nem sabe administrar razoavelmente o seu ego em relação aos outros.
Nesses momentos de insegurança pessoal e desequilíbrio social e ambiental é preciso que alguém o desperte para as suas responsabilidades sociais e o faça acordar para o respeito devido às pessoas a sua volta e que dele esperam atitudes dignas de um cidadão coerente com a sua boa consciência.
Esses transtornos da adolescência e anomalias da juventude caracterizam esse período caótico e turbulento, de pontos positivos e negativos, e que deve receber de seus protagonistas o compromisso com ações mais otimistas em sua vida, que revelem a todos o seu bom-senso racional e cordial, agindo sempre em prol do bem e da paz das pessoas em torno de si.
Se for bom e amigo das pessoas, o jovem certamente superará esses problemas, ultrapassará tais dificuldades e transcenderá realisticamente essas controvérsias e antagonismos do dia a dia.
Basta-lhe um pouco de bondade e concórdia.
Urge chegar mais perto de Deus.
10. Irrealista
Inserido em um contexto histórico local bastante complexo, confuso e turbulento, o jovem carioca e brasileiro carrega essas anomalias sociais, políticas e econômicas dentro de si, suportando em si as diversidades culturais e as contradições ambientais de uma Cidade e de um país emergentes, em vias de desenvolvimento, o que reflete nele as contingências temporais de uma nação que luta por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos os seus filhos, e ainda as contrariedades de relacionamento e os débitos de comportamento de pessoas aparentemente debilitadas, em crise de identidade, com o caráter transtornado e a personalidade ferida, tornando-o muitas vezes envolvido por sua própria capacidade de imaginar as coisas e os seres ao seu lado e em seu entorno, alienando-se então assim da realidade cotidiana a sua volta, assumindo pois condutas irreais e atitudes atemporais, revelando-lhe logo um certo estado de patologia que vai da doença mental à completa loucura da razão.
É assim que certas vezes o jovem de hoje se encontra perdido portanto em sonhos imaginários e em esperanças que não se concretizam, em anseios que não se realizam e em práticas que só o alienam do mundo real e atual que o cerca.
Tal realidade de sonhos e fantasias e de imaginações doentias se verifica por exemplo nos videogames e jogos eletrônicos onde o jogador se deixa envolver por um universo excêntrico, extravagante e irreal, que o expropria do lugar em que se encontra, o aliena do ambiente real onde está e o afugenta do convívio de pessoas, grupos e indivíduos que muitas vezes são os seus próprios familiares ou os amigos mais de perto, colegas de trabalho ou namoradas que há muito se relacionam com ele.
Irrealista em algumas horas, o jovem moderno então se esquece do momento presente, ignora o seu aqui e agora e não reconhece o local em que se encontra naquele instante.
Então, o jovem sonha alto, “voa” mesmo no chão, assume asas de avião e viaja dentro de si para longe de si próprio.
Vê-se pois completamente alienado.
11. Irracional
A Desrazão e suas conseqüências se traduz nessa etapa da juventude em opiniões não fundamentadas, em idéias desconexas e sem lógica alguma, na imaturidade dos ideais abraçados, na velocidade das informações prestadas, na rapidez de intuições sem raciocínios diretos, na inteligência que não pensa e se satisfaz com uma consciência bastante descartável, no silêncio que ignora a razão e desconhece a produção lógica dos conhecimentos, na falta de tempo para pensar em coisas boas e atitudes virtuosas, na ausência de idéias construtoras da boa racionalidade, na busca de valores inúteis e sem conteúdo algum, na procura por vivências cujas virtudes se apagam perante a dialética das experiências assumidas, na existência cheia de contradições vivas que favorecem os bloqueios mentais e a confusão dos raciocínios, na vida turbulenta onde a lógica perde para a ignorância das operações conscientes não desenvolvidas, na inconsciência dos pensamentos criados e na inconsistência dos ideais abraçados sem segurança alguma ou sem garantias de estabilidade em si mesmos, nos pontos de vista sem princípios e nos valores sem fundamento, nas práticas sem vida e nas experiências sem alma, no comportamento sem sentido e nas atitudes estranhas e esquisitas, nas ações truculentas e mórbidas que revelam a apatia de patologias comprometidas com o lado imaginário da consciência, na maldade que emburrece as pessoas e violenta os espíritos, na agressividade que nos faz ignorantes e perdidos nos obstáculos da boa racionalidade, na cultura de morte que nos cria barreiras obscuras que confundem a nossa boa inteligência, na carência de idéias que deveriam nos ajudar a superar os preconceitos mentais e as superstições religiosas, no vazio existencial que não ultrapassa os bons conteúdos de nossa boa espiritualidade, na dúvida da alma e na incerteza de pensamentos que não transcendem os transtornos da mente e as anomalias da razão, no nomadismo constante do corpo, da mente e do espírito, no imediatismo das ações impensadas e na rapidez das atitudes sem lógica definida, no indeterminismo das idéias concebidas, no endeusamento de símbolos naturais e imagens culturais que não precisam ser sacralizadas, no exagero de comportamentos radicais e na extravagância dos sentimentos vazios e na falta de transparência dos relacionamentos assumidos, na vivência de atitudes sem autenticidade, na inverdade de nossas racionalidades ocas sem princípios éticos e sem fundamentos espirituais originais, enfim, nesse complexo de turbulências mentais e emocionais, físicas e espirituais, se encontra a área desracional de nossas consciências, que tornam os jovens de hoje vítimas de sua própria ignorância, carentes de virtudes razoáveis e insatisfeitos com essa vida de caos generalizado onde as experiências embrutecem a inteligência e instabilizam a racionalidade, tornando-os seres impensantes, inconscientes e irracionais acima de tudo.
Eis o contexto de vida de uma existência onde o campo racional é superado pelas emoções do coração e os delírios da mente, as desrazões imaginárias e as idéias sem fundamento algum.
Essa a juventude atual.
12. Cordial, Romântico e Sentimental
Nessa idade de formação intelectual e desenvolvimento da racionalidade lógica e da consciência crítica e dialética, predominam o lado sentimental dos indivíduos, o romantismo de sonhos reais, a cordialidade das emoções experimentadas e o bom coração da juventude, que então articula momentos de música e arte, teatro e cinema, rádio e televisão, games e vídeos, jogos eletrônicos e instantes de internet, repertórios de computador e cultura de informática, ambientes digitais e virtuais, satisfazendo assim os seus desejos naturais e culturais, e realizando as suas necessidades humanas e cotidianas.
Nessa fase, o coração fala mais alto e a razão ainda está em vias de desenvolvimento, constituindo-se como inteligência operadora, dando lugar então ao fator sentimental das pessoas, às suas emoções mais fortes, aos seus anseios mais sinceros e profundos e aos seus desejos mais esperançosos.
É um tempo de sonhos que se realizam pouco a pouco.
Nesse tempo jovem, a sensibilidade é maior e os sentimentos são melhores que a inteligência, as emoções brotam à flor da pele e o romantismo torna-se até exagerado, produzindo as cordialidades de uma juventude que vai conquistando paulatinamente os seus espaços na vida e na sociedade, assumindo a sua temporalidade rica de repertórios culturais e plena de conteúdos de conhecimento, comprometendo-se com uma história de sucessos e realizações, de esperanças que não morrem, de realidades que são autênticas, verdadeiras e transparentes.
Eis uma época de vitória para o ser humano que sonha com realidades vivas, que podem ser verdade.
Essa a verdade de seus sonhos e a realidade de seu ser jovem.
13. Consciência Plural
Em meio a um mundo globalizado, de intercâmbios culturais em todos os sentidos, de ações interativas entre as pessoas e compartilhamento de bons conteúdos de conhecimento, o jovem atual vê sua cabeça carregada de possibilidades variadas, de fenômenos polivalentes e de essências racionais e conscientes que superam os limites das fantasias imaginárias e das loucuras doentias de companheiros que se deixam submeter aos arbítrios da imaginação, alienando-se da realidade em torno de si, vítimas de ideologias que manipulam as consciências, que exploram os bons sentimentos de grupos e indivíduos e que monopolizam as boas intencionalidades de cidadãos que só aspiram por uma sociedade justa e fraterna, livre e feliz, ordeira e pacífica, de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Em tal processo de construção de mentalidades que ignoram a cultura da maldade e da violência, o jovem moderno, otimista acima de tudo e de pensamento positivo em relação à vida, de bom astral e auto-estima elevada, tem dentro de si um imenso complexo de conteúdos de idéias criativas e de essências de pensamentos gerados tendo em vista a sua boa saúde mental e emocional, física e espiritual, e o seu bem-estar material, no tempo de hoje e na história cotidiana, realidades que ultrapassam as fronteiras do dia a dia e mergulham para além da eternidade da alma e da felicidade do espírito.
Assim, o espírito jovem contemporâneo acha-se inserido em muitas realidades dentro de si, o que o faz assumir um intenso fluxo de mudanças e movimentos a sua volta e um grande e gigantesco manancial de fenômenos substanciais que ocorrem em sua mente positiva, transformando a sua consciência agora plural e multidimensional em um banco de dados de fecundas alternativas e profundas possibilidades, gerando-lhe as mais novas e diferentes oportunidades de progresso material e espiritual, de evolução física e mental, de crescimento interior e exterior, e de desenvolvimento de sua fértil criatividade onde sobressaem os dons de Deus recebidos, os seus talentos profissionais e os seus carismas vocacionais.
Sua cabeça, então, carregada de conteúdos de boas idéias e ótimos conhecimentos, plena de essências criativas e originais e cheia de substâncias inteligentes, de ordem racional e consciente, se torna verdadeiramente um complexo de inúmeras atividades e de intensas possibilidades, fazendo-o produtor de felicidade para todos, a partir é claro de sua liberdade opcional, fonte de qualidade de vida e excelência de existência para si e para os que se encontram ao seu lado e em seu entorno.
Desde então, um novo universo se abre para a juventude, essencialmente grande e diferente, do qual recebemos imensos favores e largos benefícios, créditos sem fim.
Sim, parece que Deus nessa hora também se faz jovem.
14. Emoções Múltiplas
Essa juventude pluralista, polivalente e multifuncional, no seu percurso real e atual, temporal e histórico, apresenta um estado de vida onde as emoções são numerosas e diversas, reagindo conforme o ambiente vivido ou o contexto natural e cultural experimentado, e de acordo ainda com a herança genética e biológica deixada por seus pais.
Em tal processo de reações emocionais a tristeza se articula com a alegria, a paz e a tranqüilidade fazem um troca-troca com a violência e a agressividade, a calma e o sossego contrastam com o cansaço físico, a fadiga mental e o esgotamento espiritual, o amor diverge do ódio e do ciúme, a vida se encontra em constante conflito com a morte, o bem e a bondade ignoram o mal e a maldade, a concórdia nega a discórdia, a luz contraria as trevas, a justiça caminha com a ordem e o respeito, o direito abraça a verdade e a responsabilidade, o equilíbrio beija permanentemente o bom-senso, disciplina e organização se juntam e se unem, saúde e bem-estar estão de mãos dadas, amigos se criam e a generosidade se constrói, a fraternidade segue a mesma estrada da solidariedade, em um vai e vem diante do qual os jovens fazem as suas opções de vida e escolhem as suas alternativas de existência, produzem boas idéias e ótimos conteúdos de conhecimento, estudam e trabalham em prol de um presente bom e um futuro melhor, em que todos se amem de verdade, se respeitem uns aos outros e se valorizem pelo que são e pelo que têm.
Nesse quadro emotivo buscado pela juventude moderna encontramos o reflexo de sua consciência positiva e a revelação de sua liberdade otimista.
Entre negativismos e positivismos, otimismos e pessimismos, os jovens caminham construindo o bem e a paz a sua volta.
É o lado humano e divino da juventude de hoje.
15. Estudante de mão cheia
A busca do conhecimento e o desejo de seu compartilhamento com os outros, jovens ou não, parece ser uma das grandes características da juventude hodierna.
Cada vez mais e melhor inserido no mundo da informática, através sobretudo das lan houses onde é possível conectar-se com a internet, a rede mundial de computadores, o jovem de hoje é um estudante nato, realizando pela rede pesquisas e trabalhos universitários, redações e monografias grandes ou pequenas, ou mergulhando em outras mídias eletrônicas, novas realidades digitais e diferentes ambientes virtuais, a partir de que produz grandes conteúdos de aprendizagem, repartindo-os com seus amigos e colegas de trabalho, parentes e conhecidos, por meio de álbuns de fotos, textos e músicas, vídeos e cinemas, áudios e imagens, entre tantas possibilidades que a cibercultura hoje lhe oferece.
Assim, o jovem estuda, pesquisa e conhece, para depois interagir com outras pessoas e com elas compartilhar seu mundo de idéias, seja em escolas de ensino médio ou faculdades e universidades espalhadas pelo país afora.
Surgem de vez em quando os movimentos estudantis com sua cultura de novidades permanentes e mentalidade de opções diferentes que a tornam pioneira na animação de grupos e indivíduos, original no incentivo aos tristes e desanimados, e entusiasta na motivação dos mais fracos e limitados na procura de melhores condições de vida e trabalho para todos.
Esse lado estudantil da juventude moderna se apresenta como algo próprio da natureza do ser humano em geral, refletindo pois a sua ânsia por conhecimento e produção de boas, novas e diferentes idéias, e poder compartilhá-las com a sociedade.
Sim, somos estudantes por natureza.
16. Na era da Informática e da Internet
Com a ascensão do computador nos momentos atuais, as possibilidades reais da internet e a novidade que representa a cultura da informática, o jovem moderno abriu-se a um grande e diferente universo de oportunidades, renovou a sua consciência cheia de surpresas e boas tendências e se libertou das prisões das tradições morais e religiosas, dos preconceitos das ideologias sociais e políticas e das superstições de culturas alienadoras da realidade em que vive.
De fato, a rede mundial de computadores tornou possível uma verdadeira abertura às novas e diferentes possibilidades da juventude.
Em rede, o jovem pesquisa e adquire ótimos conhecimentos, produz novas idéias e as reparte com os outros, interage com os internautas e com eles compartilha os seus conteúdos de ensino e aprendizagem.
Hoje, o jovem é fundamentalmente cibernético, nativo digital, conteudista e produtor virtual, realizando intercâmbios culturais com todos que participam de seus pensamentos, admitem os seus ideais e respeitam a sua ética comportamental, se comprometem com os conhecimentos que compartilha e assumem interativamente os seus valores éticos, as suas virtudes espirituais e as suas vivências existenciais.
Assim, a juventude no instante presente cresce sem parar, progride na sua consciência positiva, evolui na conquista de sua liberdade e de seus direitos civis, e desenvolve a sua criatividade fecunda ajudando outras pessoas a serem felizes na vida, como ela própria o procura ser.
Realmente, o mundo da informática hoje abriu os novos horizontes da juventude, deu-lhe mais razão de ser e sentido de vida, imprimiu-lhe uma outra disposição agora mais otimista em relação à vida, animou-a nos seus trabalhos e atividades cotidianas, motivou-a a crescer com estabilidade e sustentabilidade, incentivou a sua luta de cada dia, e entusiasmou-a no envolvimento e compromisso livre e responsável com as novas mídias eletrônicas, as diversas formas de arte e ciência como a música e o cinema, o rádio e a televisão, o que constitui aqui e agora um gigantesco tesouro da juventude presente, a partir de que pode construir um mundo mais justo e fraterno, uma sociedade mais livre e feliz, e uma humanidade mais ordeira e pacífica.
Os jovens internautas de hoje são a grande esperança das sociedades humanas atuais.
17. A Música como opção
Nesse período de constantes surpresas e novidades permanentes, a música para o jovem de hoje parece ser a sua grande marca, a sua opção mais fundamental, a sua alternativa mais excelente, talvez porque a sua idade favoreça o surgimento de grandes ideais e belos sonhos, onde a sua sensibilidade é mais forte, os seus sentimentos são mais profundos e o seu romantismo é bem mais original e autêntico, tornando-o uma pessoa cujo ser é sumamente radical em que as suas essências de juventude são mais criativas e sinceras, o seu pensamento busca incessantemente o novo e o diferente, a sua existência se faz mais aberta a outras tendências e possibilidades, gerando-lhe, apesar de seus limites naturais e de suas fronteiras culturais, imensas oportunidades de trabalho e conhecimento, de onde se produzem boas idéias e grandes valores, ótimas virtudes e vivências cordiais e racionais, mas sempre procuradas com o necessário equilíbrio e o vital bom-senso, paradigmas que o transformam em um indivíduo sério e responsável, direito e de respeito, talvez não muito comum nos tempos atuais.
Com efeito, também a juventude moderna anseia por viver uma boa vida baseada em atitudes responsáveis, no respeito mútuo, no compromisso razoável com o bem da sociedade em que vive, através de ações fraternas e solidárias, ordeiras e pacíficas, nas quais revela que está de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Esses os jovens de hoje.
Brincalhões, mas responsáveis.
Humoristas, porém que sabem manter o respeito devido quando preciso.
Otimistas, todavia bastante realistas.
Positivos, embora saibam que o mal existe.
Bons e do bem quase sempre.
Pacíficos na maioria das vezes.
Amantes e apaixonados, sobretudo.
Eles desejam viver autenticamente.
Tal o sentido de seu ser, pensar e existir, hoje.
18. Ser artista quem sabe
Os traços característicos que identificam historicamente a juventude, sobretudo os jovens atuais, são definidos não apenas por sua estrutura biológica e seu sistema genético, todavia igualmente pela influência de seu meio ambiente de vida e trabalho, de relacionamentos constantes e comportamentos diversos, pela educação familiar recebida, pelos valores éticos e religiosos herdados de seus pais e colegas, pelo repertório cultural assumido durante a sua existência até aqui, pelas idéias produzidas e pelos conhecimentos obtidos, pelas virtudes praticadas e pelas vivências experimentadas, pela boa consciência que construiu até esse momento, por sua experiência na família e na escola, no emprego e na universidade, das quais sobressai certamente a sua qualidade artística, de onde opera seus esforços no desenho técnico, nas artes plásticas, na pintura e na escultura, na música e na literatura, na arquitetura e na engenharia, e assim por diante.
Como artista, o jovem cria as suas obras, produz boas idéias e desenvolve ótimos trabalhos, pesquisas e conhecimentos.
Tendencialmente, busca todas as formas de arte e cultura, assim como evolui na procura por discursos de ordem científica e tecnológica, histórica e filosófica, artística e religiosa, ética e espiritual, que articulem e possibilitem a interação entre o corpo, a mente e o espírito.
Eis o jovem hodierno: pluralista, polivalente, multifuncional, interativo, compartilhador, capaz de realizar ao mesmo tempo novos e diferentes intercâmbios culturais e sociais, políticos e econômicos.
19. Praticante de esporte
Esportes como Futebol, Voleibol, Basquetebol, Handebol, Ginástica, Natação e Atletismo, muito comuns hoje, têm a preferência de nossos jovens esportistas, com os quais aprimoram a sua saúde e bem-estar físico, mental e espiritual, desenvolvem as suas aptidões e anseios, desejos e necessidades, talentos e carismas, os dons recebidos de Deus e a sua natural criatividade, o seu lado vocacional e a sua área profissional para os quais segue a sua natureza específica de estudante ou de trabalhador já comprometido com o atual mercado de trabalho.
Nessas atividades, pode a juventude conquistar os seus direitos em sociedade, ganhar o pão de cada dia, receber um bom salário para as suas despesas pessoais, adquirir ótimas condições de vida e saúde, lutar por sua dignidade social, política e econômica, e lucrar com os estudos e conhecimentos que obtém ao longo desse caminho.
Desse modo, o jovem se sente mais cidadão e mais útil a sua comunidade local, capacitado para ajudar a humanidade na busca por melhores condições de bem-estar, saúde e educação para todos.
Então, ele se vê responsável, comprometido socialmente, emergindo economicamente e emancipando-se politicamente.
Já pode assim entrar na idade adulta mais seguro de suas opções de vida e mais consolidado nas suas alternativas de existência, diante das quais se abrem inúmeras oportunidades de trabalho e geração de capital para a sua sobrevivência enquanto cidadão brasileiro.
20. O Culto ao Lazer
Se o negócio é um programa de fim de semana, então lá está o coração da juventude participando de festinhas, discotecas, shows, grandes espetáculos, bailes funk, noitadas musicais, passeios, viagens de turismo, um filme de cinema, uma peça de teatro, um evento humorista, um festival de verão, uma rodada no Maracanã, um samba na Marquês de Sapucaí, o desfile das escolas de samba no carnaval carioca, musicais com dança e novela, temporadas de rádio e televisão, jogos eletrônicos e videogames, audiovisuais sobre temas divertidos e assuntos variados, enfim, gostar de brincar e se divertir, eis o prato predileto dos jovens de todos os tempos e de todos os lugares.
Além de distrair a cabeça, o lazer faz bem à saúde mental, física e espiritual, conduz ao bem-estar material, emocional e existencial, torna as pessoas mais contentes com a vida, mais felizes em viver e existir, mais alegres e otimistas, animando-se para o trabalho mais tarde, ou para uma bela noite de sono onde pode descansar de suas atividades e esforços por felicidade.
O Jovem gosta de ser feliz.
Ele ama a recreação, a distração e o divertimento.
Ali, ele sonha com projetos realizáveis.
Lá, ele concretiza os seus desejos de vida boa e esperança por melhores dias.
Eis o seu carisma fundamental, o seu dom especial, o seu talento extraordinário, a sua criatividade essencial, a sua vocação mais interessante, a sua profissão de saber jogar e se dar bem na vida.
É o jovem e sua cultura de lazer.
21. Efeitos da Globalização
O Fenômeno da Globalização também contagiou os jovens atuais dando-lhes mais interatividade em seus relacionamentos diários, permitindo-lhes realizar intercâmbios culturais com pessoas no mundo inteiro sobretudo por meio da internet, propiciando-lhes atividades compartilhadoras de seus conteúdos de conhecimento, ajudando-os a repartir e distribuir as suas boas idéias e grandes ideais dentro das esferas política, social e econômica, oferecendo-lhes oportunidades diversas de trabalho individual e coletivo, condicionando-lhes a criação de novos, bons e diferentes amigos, proporcionando-lhes o engajamento nos exercícios de fraternidade, solidariedade e generosidade entre comunidades locais, regionais e globais, o que na verdade tem trazido ao conjunto da humanidade maiores chances de sobrevivência e melhores condições de vida, saúde e educação para todos.
Globalizada, a juventude moderna opera hoje transformações radicais e essenciais no presente conceito de família, nos valores da sociedade em que se encontra, nas virtudes que pratica junto com outros grupos e indivíduos, nas vivências abraçadas com as quais nos abre para uma nova e diferente visão da realidade, uma outra interpretação dos seres e das coisas que estão a nossa volta, um bom entendimento de realidades que antes eram carregadas de preconceitos mentais e sociais e de superstições morais e religiosas, uma cabeça mais consciente e responsável, capaz de respeitar quem se acha ao nosso lado e em torno de nós, mantendo sempre o bom-senso da vida e o equilíbrio da existência diante dos problemas de cada dia e de cada noite e perante as contradições e as violências cotidianas com que convivemos a todo instante.
Graças aos jovens, somos mais colaboradores uns com os outros e mais cooperativistas, trocando idéias e conhecimentos constantemente, o que de fato nos causa maior bem-estar e melhor saúde física, mental e emocional, espiritual e existencial.
Globalizados, somos mais livres e responsáveis, mais felizes e respeitosos, mais fraternos e solidários, mais amigos e generosos, mais justos e equilibrados, mais ordeiros e pacíficos, mais sensatos e autocontrolados.
A Globalização nos trouxe mais liberdade, fonte da felicidade.
22. Conflito de Gerações diferentes
O Constante choque de idéias, valores e vivências entre pais e filhos revela uma juventude com caráter próprio e personalidade específica, com uma experiência de vida onde se reflete a busca da novidade permanente, o compromisso com a liberdade, fonte de felicidade, o desejo de uma outra perspectiva de vida e existência em que a visão da realidade é diferente da tradição familiar, se procura observar o mundo, os seres e as coisas com os olhos da bondade humana, da paz interior assumida com responsabilidade, do respeito mútuo através do qual se tenta encontrar uma sociedade mais digna e feliz, mais ordeira e fraterna, mais generosa e solidária, mais justa e direita, mais autêntica e verdadeira, mais transparente em suas atitudes e experiências do dia a dia.
Essa nova e diferente geração de jovens autênticos luta por uma humanidade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
É uma juventude lutadora, que trabalha incessantemente para o bem e a paz social, política, econômica e cultural.
São jovens engajados na batalha da vida, na guerra cotidiana por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação para todos.
São jovens felizes por fazerem os outros felizes.
23. As transformações sociais, políticas e econômicas
A Cabeça da juventude hoje como sempre é o reflexo do seu meio ambiente natural e cultural, social e econômico, político e ideológico, ainda que o fator genético e biológico influencie o seu comportamento cotidiano.
Assim, as mudanças temporais afetam a consciência humana historicamente mutável, acompanhando o progresso da humanidade, os problemas urbanos e rurais como a violência das ruas e a agressividade das pessoas, os transtornos mentais e emocionais e as anomalias espirituais e existenciais, as alterações físicas e os movimentos de sua inteligência criadora, a sua produção de novos e diferentes conteúdos de conhecimento e as suas atitudes eticamente equilibradas ou não.
Observa-se portanto a relação biunívoca entre pensamento e realidade, um agindo positivamente ou não sobre o outro, definindo a sua estrutura do bem e do mal, e determinando a sua sistemática nem sempre otimista onde o que prevalece são os conflitos entre os bons valores da consciências e as experiências negativas de vícios que se sobrepõem às virtudes de sua idade, revelando o combate constante entre situações justas e injustas no meio da coletividade.
As vivências históricas, reais e atuais do seu dia a dia afetam a sua interioridade, em que a racionalidade humana tomará certamente o caminho bom de qualidade de vida ou se entregará à falta de bom-senso com ações que desvelam então uma imaginação doentia e um comportamento patológico.
De fato, as transformações externas contaminam bem ou não o lado interno da juventude.
Somos definidos pelas mudanças no meio ambiente e determinados pelos movimentos sociais, políticos e econômicos.
Somos partes da natureza e elementos de uma cultura permanentemente alterada, renovada e diversificada, que nos levam a compromissos com o bem das pessoas e a paz da humanidade ou nos encaminham para realidades contraditórias que se opõem à constituição natural do nosso ser, pensar e existir, e às consolidações espirituais de nosso corpo, mente e espírito.
Pertencemos ao mundo que se transforma dentro e fora de nós.
24. Entre a Cultura da violência e a Mentalidade do bem e da paz
Esse período real e atual da juventude moderna é atravessado constantemente por duas realidades que se opõem e se contradizem diariamente, mostrando de um lado a força do bem que constrói e da paz que acalma, e por outro lado a cultura da violência presente e insistente nas ruas urbanas e nos campos rurais, a agressividade de grupos e indivíduos que cultuam a maldade das atitudes e a guerra das relações, dividindo a sociedade presente entre os construtores da ordem social e os destruidores da paz pessoal e do bem coletivo.
Também os jovens de hoje estão aqui e agora diante dessa alternativa concreta: ou adoram a Deus ou abraçam o diabo em suas vidas de cada dia.
A Tendência natural é a de que os moços se comprometam com o amor e a vida de todo instante e ignorem as contradições do meio ambiente em que vivem, desprezem o pessimismo das pessoas que estão ao seu redor e menosprezem o negativismo de quem hoje está de mal com a vida, inseguro em sua existência diária, intranquilo perante os problemas da realidade e instável física e mentalmente, inquieto nas situações adversas e irreverente nas circunstâncias contrárias.
Os jovens atuais precisam de Deus.
Somente desse modo manterão o seu entusiasmo apaixonante, sustentarão a sua alegria contagiante, consolidarão o seu otimismo positivista e tornarão estáveis a sua maneira de ser feliz e o seu jeito sereno de ser contente com quem quer que seja.
O Bem e a paz naturalmente acompanham a juventude de ontem, de hoje e de sempre.
Apenas a sua cultura real e diversificada pode desfazer esse quadro animador.
25. Poético e Eclético
Outros de muitos caracteres que identificam a juventude real e atual do mundo moderno são sem dúvida o seu lado poético de encarar a vida de cada dia e o seu modo eclético de conviver com as pessoas que estão ao seu lado e em torno de si.
Poeticamente, o jovem de hoje se faz de artista para amenizar as contrariedades da vida, suportar os sofrimentos diários e animar o seu cotidiano cheio de oportunidades, alternativas e possibilidades, tornando assim mais otimista e alegre o seu contato permanente com as pessoas, o seu convívio com os problemas da realidade e os seus relacionamentos de lazer e trabalho, de família e de rua, de escola e sociedade.
Ecleticamente, o jovem hodierno busca diferentes idéias mas que sejam boas em diversas ideologias políticas, em novas ou antigas filosofias de vida, em variados universos culturais e musicais, abstraindo pois desses campos de discurso plenos de repertórios de ótimos conhecimentos o que de melhor possuem, para depois constituir as suas próprias teorias e práticas baseadas nesses mundos ideológicos e psicológicos carregados de saberes de qualidade que possam moldar as suas ações e modelar as suas atitudes, o que lhe dará condições suficientes para bem viver em sociedade.
Assim, o cidadão da bela idade se faz de artista e poeta para bem suportar a vida e oferecer uma direção otimista e positiva a sua existência, ao mesmo tempo em que se torna eclético nas idéias que abraça e nos conhecimentos que mantém a fim de administrar bem a sua consciência em formação e trabalhar melhor o seu comportamento em meio à sociedade, diante de uma humanidade em mudança constante e móvel, disposta a assumir responsavelmente os novos e bons valores de sua mente pluralista e as grandes virtudes de suas experiências culturais, tendo sempre como foco principal o que eles podem nos ajudar em termos de bondade e respeito às pessoas, fraternidade e solidariedade entre comunidades que caminham juntas, embora muitas vezes desunidas.
Desse modo, o jovem atual carrega a sua existência de cada dia com leveza de alma e serenidade de corpo, doçura de espírito e suavidade mental e emocional, física e espiritual.
É o jovem caminhando assim com as suas próprias pernas, ajudado pelas novidades da vida e os detalhes e as diferenças de sua existência de todo momento.
Dessa maneira, ele é mais forte nas adversidades, aberto diante das prisões ideológicas, novo em relação aos seus bloqueios mentais e livre de suas escravidões psicológicas, superstições morais e religiosas e preconceitos da sua mente tradicional que agora e sempre apela para a sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade.
Em nome da liberdade, ele empreende pois todas as suas mudanças e atividades.
26. Crítico e Dialético
O Fato de estar em uma época de vida cheia de surpresas, novidades, tendências, alternativas, possibilidades e oportunidades, faz com que esse cidadão jovem carregado de esperança, sonhador e pleno de desejos e anseios, critique os modelos antigos e tradicionais de valores e culturas voltadas para a mentalidade do passado, que ainda não se abriu para as novas perspectivas de uma sociedade em permanente mudança, que quer crescer moralmente, progredir espiritualmente e evoluir física e mentalmente, desenvolver a sua fecunda criatividade, os seus dons naturais e os seus talentos culturais, os seus carismas políticos e sociais, a sua emergência financeira e econômica, a sua emancipação ética, em meio a um ambiente propício a movimentos de libertação ideológica e psicológica, comprometidos com o bem da sociedade e a paz da humanidade, com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, com a boa saúde das pessoas e o bem-estar geral das comunidades que aspiram por maior qualidade de vida e melhores condições de trabalho e emprego, saúde e educação.
Embora crítico das tradições antigas e dos modelos de estabilidade institucional, os jovens de hoje também se vêem dialéticos, caindo muitas vezes em contradições morais, espirituais e existenciais, pessoais e interpessoais, individuais e coletivas, o que os torna vítimas de princípios mais firmes e mais sólidos que ainda imperam no conjunto das sociedades humanas.
Então, suas bases teóricas e seus determinismos comportamentais se chocam com os fundamentos consolidados de um sistema social bem estruturado que não aceita o seu entusiasmo renovador nem coopera com suas motivações aparentemente libertadoras.
Assim, crítico das coisas antigas e deficiente diante de princípios consolidados da sociedade em que vivem, esses jovens vivem a crise da mudança, estão na berlinda de valores que ainda não se renovaram e se perdem em vivências que estão longe de garantir os seus direitos de cidadão emergente e que luta por um lugar na estrutura dessa mesma sociedade que parece rejeitá-lo.
A Juventude então luta para sobreviver perante o império das autoridades competentes e seus modelos tradicionais de estabilidade constitucional e institucional.
27. Eustático e Insofismático
Tal momento da juventude é construído com eustaticidade – busca-se o mais profundo fundamento das coisas – através de um caminho insofismático e autêntico, verdadeiro e transparente, bases do seu edifício inovador, criativo, original, surpreendente, libertador...
Eis a essência do ser jovem: a sua autenticidade.
Com ela, eles abrem o seu caminho, renovam as suas possibilidades e esperanças, e se libertam de seus preconceitos e superstições.
A partir dela, tornam-se justos, vivem uma vida de direito e de respeito, constroem a paz de suas vidas em formação.
Dela, nascem os bons valores de sua consciência e as boas virtudes de sua experiência.
Sem ela, não é possível a liberdade e a felicidade.
Em função dela, produzem as suas atividades diárias, dirigem-se a shows, eventos e espetáculos, cultuam os seus ídolos musicais e abraçam as suas ideologias políticas e sociais, criam os seus trabalhos cotidianos e geram os seus conhecimentos carregados de ótimo conteúdo.
Eis a juventude na sua essência vital, na sua substância real e atual, no seu ser fundamental, no seu pensamento básico e na sua existência temporal e eterna.
Por isso, somos eternos jovens.
Porque a nossa natureza humana traz em si essa fonte de vitalidade e eternidade que não perderemos jamais: o seu anseio pela verdade, por ser sempre autêntica em suas ações, paixões e decisões, a transparência de sua ética comportamental, a sua eustaticidade.
Somos insofismáticos.
28. A sua transparência ética
A Idade jovem é um tempo de verdades abraçadas e de certezas assumidas com transparência ética e autenticidade espiritual.
Nesses momentos de surpresas e novidades adquiridas, e diante das transformações ao seu lado e em torno de si, o ser jovem se torna mais feliz e satisfeito com esse estado de metamorfoses provocadoras de sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade.
Eles se fazem mais sensatos diante dos problemas cotidianos e mais equilibrados perante os conflitos e as dificuldades do dia a dia.
É a juventude moralmente bem e espiritualmente feliz e em paz com os seus semelhantes.
Tal transparência de virtudes praticadas e de experiências realizadas com sucesso em sua trajetória de vida, faz com que as pessoas mais jovens se transformem em sujeitos fraternos uns com os outros, mais amigos da sociedade a que pertencem e mais solidários com os seus, ajudando-os sempre a terem mais qualidade de vida e riqueza de conteúdos sociais e culturais que se identificam com a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo.
Mais autênticos, os jovem se tornam indivíduos felizes, e assim fazem igualmente os outros felizes.
Essa a liberdade conquistada por essa juventude que faz da verdade a chave da sua liberdade, base da felicidade verdadeira que vive no convívio com os seus parentes, amigos e familiares.
Eis o que faz o jovem feliz.
A sua autenticidade.
29. A sua espiritualidade natural
Algo que faz parte da essência da juventude é a sua natural busca de Deus, o respeito pelas coisas sagradas e a valorização do além, da imortalidade da alma, da eternidade do espírito e da infinitude do tempo que se faz eterno, ainda que não entenda bem esses entes espirituais nem compreenda razoavelmente essas realidades transcendentes.
Todavia, o jovem de hoje procura naturalmente a Deus, Aquele que é o Fundamento de todos os fundamentos, que responde a todas as suas perguntas existenciais e soluciona todas as suas dúvidas e incertezas de ordem psicológica, social e espiritual.
Naturalmente, os jovens modernos anseiam pelo infinito, desejam mergulhar já na eternidade futura do além e viver autenticamente as realidades que superam o tempo e a história, ultrapassam os limites do pensamento humano e transcendem o ambiente de aqui e agora, nesse contexto de temporalidades que se contrastam e se interrogam, e de historicidades que refletem os apelos do eterno e das realidades infinitas que se encontram acima de nós.
Assim, experimentam já a Divindade sob as limitações das realidades humanas e naturais, temporais e históricas.
É o jovem transcendendo a si mesmo, uma das características substanciais da juventude dos tempos atuais.
Os jovens querem se superar.
Vivem aqui e agora a superação de si mesmos.
É uma marca da sua transcendência.
É um reflexo de Deus dentro do coração da juventude.
Naturalmente, ela deseja se ultrapassar a si mesma.
É a juventude transcendente de nossos dias de hoje.
30. Projetos nem sempre concretos
Muitas vezes, em sua jornada de existência e trajetória de vida, os jovens ficam mais nos sonhos do que na realidade. Então, se alienam, não participam de seu momento histórico, não comungam com os problemas da sociedade a que pertencem, entregando-se a um mundo de perspectivas onde reinam o fator imaginário da consciência, a irrealidade de seus comportamentos e a irracionalidade de seus pensamentos bem longe de terem concretude no convívio com o seu ambiente social, político, econômico e cultural.
Fogem assim para a arte e a música, o teatro e o cinema, se envolvem em eventos e discotecas, baladas da noite e prazeres da madrugada, paqueras improvisadas e namoros descartáveis, fazendo dos sonhos a sua realidade mais viva e verdadeira.
Isso reflete a sua fuga de compromissos dentro da sociedade.
Preferem ser sonhadores, não querem sofrer as amarguras da realidade nem sentir o lado triste da vida e a angústia do trabalho em meio a problemas sociais, conflitos políticos, intempéries culturais e inadimplências econômicas.
Talvez seja essa a questão mais problemática do atual instante da juventude moderna.
Perder-se em sonhos irrealizáveis.
Misturar-se com a confusão de uma sociedade que complica a sua cabeça e só lhe causa transtornos mentais e emocionais, e distúrbios psicológicos e espirituais.
Sim, esse é o grande problema da juventude de hoje.
A Alienação da realidade.
A Fuga de compromissos.
A Irrealidade de suas práticas.
A Irracionalidade de sua consciência.
Nesse sentido, diz-se que os jovens estão doentes.
Porque encontram também na internet uma oportunidade para fugirem da realidade feita de interrogações sérias que exigem uma resposta responsável e uma atitude de respeito de quem padece de tal problemática real.
São os jovens alienados.
31. Ações polivalentes
Um dos registros comportamentais que marcam a presença da juventude em nosso meio, hoje, é a sua capacidade operacional de realizar ao mesmo tempo muitas tarefas e diversas atividades, mostrando na prática o seu poder polivalente de bem concretizar as suas experiências cotidianas no interior do convívio com os que estão ao seu lado e em torno de si.
Assim, os jovens sabem trabalhar com várias alternativas simultâneas de ações e operações que interagem entre si, se completam umas com as outras, se enriquecem mutuamente, fazendo intercâmbios culturais, sociais e artísticos que revelam a reciprocidade de seus conteúdos de conhecimento, compartilhados por entre parentes, amigos e familiares, colegas de emprego e garotas cuja paquera é feita algumas vezes segundo padrões descartáveis onde o seu fundamento é a instabilidade de emoções e a transitoriedade de idéias e valores quase sempre inconstantes, inseguros e relativos, ainda que tal juventude possa igualmente se sustentar a partir de princípios estáveis, permanentes e absolutos, consolidados certamente de acordo com a formação familiar e a cultura ambiental obtida em sua trajetória de vida e jornada de existência feita através de transformações nas sociedades em que vivem atualmente.
Tal mundo de metamorfoses sociais e econômicas, políticas e culturais, fazem a cabeça dos jovens, que tentam deste modo se virar como podem dentro dessas comunidades mutáveis cujo movimento de mudanças e alteridades, mobilidades permanentes e realidades sem estabilidade os tornam sujeitos a um contexto de interesses que não se sustentam e não possuem a garantia interior de ideais consolidados com o tempo e segundo o bom ambiente de bem e de paz em que deveriam viver e existir cotidianamente.
Sim, os jovens são polivalentes.
Tal característica hodierna reflete a sua disposição de ajudar a construir um mundo melhor de boas tendências para a sociedade e de grandes possibilidades para as comunidades a que pertencem, de ótimas alternativas de trabalho para os seus companheiros de caminhada e de excelentes oportunidades de compromisso sério e responsável com as pessoas que os cercam.
Talvez seja essa hoje em dia uma gigantesca novidade na vida da juventude moderna.
É o jovem multifuncional.
32. Muitas tarefas para uma só cabeça
Esse fluxo de tendências positivas e de possibilidades reais que tornam os jovens pessoas engajadas em seus sonhos cheios de esperança e em seus projetos carregados de realidade, transformam eles em núcleos polivalentes de construção de novos e diferentes conteúdos de conhecimento e em centros geradores de várias alternativas de trabalho e diversas oportunidades de compromisso com a sociedade em que se inserem cotidianamente.
Deste modo, eles realizam muitas coisas ao mesmo tempo, resolvem conflitos e solucionam problemas segundo a sua visão ainda imatura da realidade, produzem atividades de acordo com os gostos e os dotes de sua natureza surpreendente feita de emoções que se expandem e de atividades que enriquecem psicológica e espiritualmente a si e aos outros.
Vivendo a globalização dentro e fora de si mesmos, eles experimentam esse complexo de intercâmbios culturais, sociais e ambientais em seu entorno, compartilham idéias, sentimentos e práticas uns com os outros, e fazem da interatividade de relações que se criam e de comportamentos que se geram o seu universo de cooperações mútuas e de colaborações recíprocas em torno de uma temática que envolve a boa saúde e o bem-estar da juventude em geral.
De mente multifuncional e de consciência bastante polivalente, ele, o jovem atual, comunga com eventos e atividades transformadoras para melhor de sua realidade dinâmica, participa de shows, discotecas e espetáculos que movimentam a sua criatividade inovadora, cultiva sons e imagens, músicas e cinemas construtores de novas e diferentes experiências de aprendizagem, educando-os assim para a vida cotidiana e preparando-os para o que der e vier em termos de trabalho e emprego, sexo e família, casa e amigos, rua e choques com as gerações passadas com quem debate e toma iniciativas em face do seu presente e futuro no interior da humanidade.
O Jovem hoje é um complexo de possibilidades.
Sua cabeça é um mundo fecundo e profundo de transformações radicais que se reflete nos grupos e comunidades onde se encontram.
Suas atividades são metamórficas.
33. Dinâmico e mutável
Em meio a transformações radicais que se processam no interior das sociedades a que pertencem, os jovens de hoje se acham dentro de um movimento transitório ou não de suas estruturas mentais, emocionais e espirituais em constante mudança, acompanhando assim a realidade que os cerca, o ambiente social que os envolve e o contexto político, econômico e cultural em torno dos quais giram a sua vida cotidiana e a sua existência inovadora e cheia de surpresas do dia a dia.
Os jovens pois mergulham nessa realidade de metamorfoses profundas que alteram bem o seu ego e o seu interior, fazendo-os mais sujeitos à mutabilidade de seus corpos, mentes e espíritos.
A Juventude então realiza a sua mudança para melhor de seus valores morais e religiosos, de seus princípios éticos e espirituais, configurando assim em si e nos outros maior bem-estar pessoal e coletivo, e saúde existencial identificada com as raízes de uma sociedade voltada para o bem de sua gente e a paz de suas comunidades, fugindo da violência urbana e rural e das agressividades psicológicas e sociais que a tornam patologicamente enfraquecida.
Surge pois a juventude comprometida com mudanças permanentes e transformações constantes, assumindo em si a construção de um mundo mais justo e humano, fraterno e solidário, ordeiro e pacífico, saudável e agradável.
Sim, os jovens são agentes transformadores de suas realidades cotidianas.
34. Movido pela esperança
Parece que o ser humano em geral costuma fazer da esperança por dias melhores o motor da sua existência cotidiana, capaz de empurrá-lo para frente e para o alto, animá-lo na prática das virtudes e dos bons valores e princípios da sua consciência, motivá-lo a caminhar construindo o bem e a paz a sua volta, incentivá-lo a estar bem socialmente seguindo as normas da sociedade em que se insere no dia a dia e abraçando as regras mentais da sua racionalidade transformadora para melhor das realidades diárias e noturnas ao seu lado e em torno de si.
Também os jovens vivem de sonhos e praticam a esperança, criam fantasias e imaginam realidades que possam viver e experimentar dentro de um presente e futuro bem próximo.
A Esperança move a juventude.
Com ela, se entusiasma para construir o que é bom para si e para os outros.
Sem ela, não tem desejos nem consegue suspirar por tempos cheios de vida, que a tornam mais saudável e agradável, mais otimista e alegre, mais sensata e equilibrada.
Os jovens precisam de esperança.
Não só eles, como todos nós.
35. Novos tempos, novos valores
Com o ritmo e o processo de transformações que se operam em todas as esferas das sociedades humanas de hoje, seja na área política e social como no campo econômico e cultural, observamos que novos tempos estão surgindo, novos valores se vêm criando, novos princípios se produzem, novas regras se estabelecem e novas normas se consolidam.
Com essas comunidades temporais e históricas, locais e regionais, e globais, os jovens crescem, progridem material e espiritualmente, evoluem física e mentalmente.
Através de sua criatividade original, com seus pontos de vista diferentes, equipados com seus talentos naturais e carismas que a vida lhes concedeu, obtendo uma diversidade de conhecimentos fecundos e profundos, participando de ações comunitárias e de eventos esportivos e artísticos, políticos e religiosos, comungando com gerações de outrora e com o presente e o futuro das novas investigações científicas e variadas conquistas tecnológicas como a internet, o rádio e a televisão, os jovens atuais vivem no momento a sua própria metamorfose circunstancial, onde se abrem para novas perspectivas de vida, outras alternativas de existência e diferentes oportunidades de emprego e trabalho, de relacionamentos saudáveis e de comportamentos agradáveis aos olhos de todos.
Deste modo, a juventude adquire para si e para os outros valores mais consistentes e princípios mais firmes e fortes.
Surgem hoje pois jovens mais preparados para essa realidade de mudanças e de movimentos transformadores dos ambientes vividos e dos contextos experimentados, diante de um mundo globalizado que deles exige um compromisso responsável com o bem-estar de suas comunidades e a saúde individual e coletiva das sociedades humanas a que pertencem.
Temos uma juventude também mais séria e que merece o nosso devido respeito.
São jovens comprometidos.
36. Diferentes virtudes, diferentes vivências
Boas coisas também têm os jovens de hoje.
Suas virtudes do bem que fazem e da paz em que vivem.
Suas experiências de respeito mútuo e de responsabilidade recíproca.
Suas vivências de bondade e de concórdia.
Suas práticas de fraternidade e de solidariedade, amizade construída e generosidade em comum.
Seus comportamentos de amor e vida onde namoram e paqueram sem parar.
Seus empenhos de trabalho criativo e de esforços por ajudar as pessoas ao seu lado e em torno de si a ser alguém na vida.
O Amor à família e o desejo de ter amigos e de ser amigo de outros.
Sua visão aberta da realidade.
Sua ânsia de renovação de costumes, hábitos e atitudes.
Sua busca por libertação dos preconceitos das gerações passadas, das tradições dos mais velhos e das superstições religiosas e obstáculos morais das sociedades em que vivem.
Sua abertura a novas tendências e diferentes possibilidades em termos de cultura e conhecimento.
Sua procura por liberdade e felicidade.
Sua crítica às barreiras da sociedade quanto à liberdade de expressão e manifestações de valores estabelecidos e princípios consolidados que eles às vezes questionam.
Seu amor a Deus.
Sua autenticidade.
Sua verdade existencial.
Sua transparência ética e espiritual.
Seu desejo de viver.
Seu gosto pela vida.
Seu lado artístico e musical.
Seus momentos recreativos e esportivos.
Seus instantes de lazer.
Sua ajuda aos pobres e menos favorecidos.
Suas ações favoráveis à dignidade humana e aos direitos dos grupos e indivíduos por mais saúde e bem-estar pessoal e coletivo.
Sua ânsia por novidade.
Seu desejo por eternidade.
37. Cheio de tendências e pleno de possibilidades
O Fluxo de atividades e seu complexo de transformações e intercâmbios culturais, sociais e ambientais, políticos e econômicos, tornam a juventude moderna comprometida com as boas tendências dos trabalhos que realizam e feliz pelas ótimas possibilidades de criatividade em seus eventos, jornadas e empreendimentos, além de encontrar excelentes alternativas de sucesso em suas experiências com arte e música, teatro e cinema, rádio e televisão, e a rede mundial de computadores a internet, bem como achar outras, novas e diferentes oportunidades de crescimento interior, desejo de progresso, satisfação de suas necessidades e realização de seus interesses mais fundos e profundos em termos de moral e espiritualidade, ciência e tecnologia, história e filosofia, ética e religiosidade, esporte e lazer.
Em meio a um ambiente social de mudanças rápidas e movimentos superadores de si mesmos, os jovens caminham seguros em suas idéias revolucionárias e surpreendentes, abraçando ideologias cujos princípios garantem a sua sustentabilidade histórica e cujos valores fazem com que mantenham relacionamentos e atitudes aparentemente estáveis, estabelecidos com certo rigor comportamental e consolidados no interior de suas famílias e relações amorosas, junto a seus amigos e companheiros, no convívio com a sociedade em que vivem, produzindo assim em si e em seu entorno as condições reais e atuais de fraternidade e solidariedade entre si, e responsabilidade sincera e autêntica, verdadeira e transparente, com o bem que devem fazer e a paz que devem viver e construir dentro do contexto temporal em que realizam a sua existência cotidiana.
Eis portanto o estado de vida e a situação existencial dessa juventude ansiosa por transformar os seus ambientes culturais, construir novas realidades de cooperação mútua e colaboração recíproca entre seus grupos e indivíduos preocupados com a evolução de seus parceiros de caminhada, e ocupados com colegas e comunidades cuja intenção positiva é criar novos momentos de amizade construtiva onde a generosidade entre eles torne possível o desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, talentos e carismas, capaz de realizá-los profissionalmente e satisfazer as suas vocações naturais junto à convivência humana e cotidiana.
Eis pois as circunstâncias sociais e culturais que permitem a saúde e o bem-estar de uma juventude em constante metamorfose, construtora de realidades cada vez mais e melhor identificadas com a boa qualidade de vida e riqueza de conteúdos espirituais, físicos e mentais que toda sociedade deve possuir.
São os jovens transformando a realidade em que vivem e transformando-se interior e exteriormente tendo em vista o progresso vital de toda a humanidade.
38 . O Desejo do barulho e a ausência do silêncio
Talvez o que marque mais claramente a juventude de hoje é a sua ânsia por movimento e barulho, participação em eventos culturais, artísticos e esportivos, atividades que envolvem jogos eletrônicos, os famosos games, trabalhos realizados via rede na internet, produção e consumo de música, teatro e cinema, comunhão com o rádio e a televisão, interesse por discotecas e baladas da noite e da madrugada, sexo descartável, ideologias políticas e partidárias, campanhas de solidariedade e fraternidade, mobilizações em torno de sua religiosidade, cooperação com as transformações da sociedade, colaboração em debates científicos e discussões referentes a problemas de ordem social e ambiental, busca por opções de liberdade em conflito com gerações passadas, procura por felicidade em grupo ou individualmente, realizações profissionais e vocacionais a partir do seu esforço de criatividade gerando ações de saúde pessoal e bem-estar coletivo com qualidade de vida que possa inclusive ultrapassar os limites da excelência e as fronteiras da perfeição, enfim, os jovens atuais buscam o silêncio apenas para reordenarem suas vidas internas e atitudes comportamentais geradoras de paz interior e tranqüilidade do corpo e da alma, calma espiritual e repouso de suas práticas cotidianas, após dias e noites de intensos e extensos trabalhos em que sobressaem o barulho dos recursos digitais e eletrônicos, o uso de tecnologias sofisticadas e suas técnicas de som e vídeo bem enriquecidas de conteúdos virtuais, quando então ajudam a sua maneira o progresso das sociedades a que pertencem e o desenvolvimento dos campos e cidades onde vivem, garantindo assim a evolução da consciência humana dentro e fora das realidades imanentes, transcendentais e transcendentes da existência da humanidade local, regional e global, no tempo que se chama hoje.
É interessante notar que o cultivo do som agressivo ou barulho intenso já faz parte de uma cultura jovem em que se enfatiza a violência urbana e rural, refletindo pois o estado aparentemente doentio de uma juventude quase que alienada de seu cotidiano, perdida no quadro negro patológico de realidades imaginárias e irrealidades inconscientes e irracionalidades reveladoras do alto grau de fuga de compromissos responsáveis que caracterizam essa idade de surpresas inevitáveis e de novidades ilimitáveis.
O Jovem gosta de ser barulhento.
E ainda faz do silêncio um meio alternativo de ficar bem consigo mesmo, com Deus e com os outros.
39. Impaciente, aflito e angustiado
Diante de um mundo de mudanças contínuas, transformações rápidas e alterações velozes nos costumes das pessoas e nos valores da consciência individual e coletiva, onde os princípios se estabelecem e as regras de conduta se consolidam, as normas sociais se cristalizam ou não, a juventude parece impaciente perante uma realidade a sua volta que se movimenta sem parar, abrindo-se a novas tendências e diferentes possibilidades, renovando-se interior e exteriormente, e libertando-se cada vez mais e melhor dos preconceitos e superstições das gerações passadas, ao mesmo tempo em que se vê aflita junto a tantos problemas, conflitos e dificuldades, e angustiada igualmente pois vê diante de si e dos outros os limites da natureza humana cercada pela violência e agressividade dos campos e cidades, quando então procura uma saída para esses questionamentos reais, ideológicos e psicológicos, busca soluções para esse contexto de maldade generalizada em seu entorno e respostas para tantas perguntas e interrogações de ordem existencial e espiritual.
Sabe, porém, que o caminho do amor, do bem e da paz é a sua alternativa predileta como resolução desses antagonismos mentais e sociais, o lugar seguro capaz de resolver inúmeras inseguranças da vida cotidiana e encaminhá-la para uma vida de paz interior, de tranqüilidade do corpo e da alma, e de calma no espírito envolto por imensos transtornos do dia a dia e grandes distúrbios da vida moderna.
Tem consciência que deve assumir o compromisso responsável de ajudar a humanidade a ter um presente mais justo e fraterno, e um amanhã cuja essência seja uma existência pacífica, ordeira e solidária com os seus companheiros de caminhada e suas parceiras de namoro constante e paquera incessante.
O Jovem assim quer qualidade de vida para si e para os outros.
40. Triste em muitos momentos
Em meio a um contexto de intensas alegrias, muitas festas e eventos, prazeres os mais diversos, júbilos exagerados, shows musicais e festivais de canções, espetáculos de teatro e cinema, baladas da noite e discotecas da madrugada, namoros constantes e paqueras em demasia, ausência de compromissos responsáveis, falta de equilíbrio interno, insensatez de pensamentos e atitudes, vazios espirituais, transtornos psicológicos e distúrbios emocionais, enfim, perante toda essa bagunça generalizada que faz a cabeça da juventude moderna, eis que surgem momentos de tristeza e angústia, instantes de aflição e desespero, situações de pânico e desordem, circunstâncias de insegurança existencial, que revelam o estado de instabilidade física, mental e espiritual que envolve esses jovens ansiosos por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, muitas vezes sem chances de conseguir um bom emprego, uma família compreensiva, uma garota equilibrada ou amigos com quem conversar e repartir seu dia a dia de vazios e ausências em si mesmos, refletores de uma sociedade que ainda não se encontrou consigo mesma, de mal com a vida e com sua consciência sem paz, sem a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Tal estado de tristeza consegue tantas vezes mergulhar esses jovens em profundas crises existenciais.
Sua salvação é encontrar uma boa orientação psicológica e espiritual e abraçar princípios, normas e valores de vida que lhes indiquem um ótimo caminho a seguir, dando-lhes então a paz interior tão necessária e o encontro com Deus, razão de suas vidas e sentido de suas existências.
Os jovens precisam de Deus.
41. Medroso em alguns instantes
A Insegurança e a violência do dia a dia, as surpresas e as novidades que fazem as transformações da sociedade, a mudança permanente de culturas e mentalidades em torno de si, as metamorfoses sociais e ambientais, políticas e culturais, econômicas e financeiras que envolvem grandes grupos e indivíduos trabalhadores na realidade cotidiana, as doenças mentais e emocionais em que estão mergulhadas várias pessoas, o estado de crise de identidade que assola parte imensa de seus companheiros de jornada, o desemprego em massa e a falta de opções e oportunidades para o trabalho, os limites da natureza humana, o conflito de gerações e a controvérsia entre instituições e sociedades diversas, enfim, essa realidade de contradições internas e de interesses que se jogam uns contra os outros, causando instabilidade no ambiente e inconstância nas relações, torna a juventude em geral sujeita aos mais terríveis graus de medo e níveis espantosos de pânico e desespero, que abarca grande parte desses jovens mutáveis, muitas vezes sem princípios seguros e sem valores fortes que possam sustentar as suas quedas no abismo da existência temporal e histórica deste mundo em que vivemos diuturnamente.
Esses medos refletem a insegurança e a falta de garantias fundamentais para sobreviverem bem e em paz no meio social em que vivem.
Tais medos pessoais mostram o medo coletivo, reflexo de uma sociedade sem chão nem teto, sem portas nem janelas, que possam abrigá-la de seu desfalecimento urbano e rural.
Nessa sociedade produtora de medos e incertezas, dúvidas e contradições, encontramos jovens caídos sem condições de subirem as escadarias da segurança individual e social.
Como vencer esses medos ?
Através de bons princípios estabelecidos e de ótimos valores consolidados com o tempo, capazes de oferecer hoje à juventude de aqui e agora uma razoável orientação, seguindo o bom caminho das virtudes, uma espiritualidade natural onde Deus tenha voz e vez em sua vida.
Orientados bem, podem vencer quaisquer obstáculos que os impeçam de viver bem e existir com dignidade e qualidade de vida no cotidiano da existência.
Uma boa caminhada terrena faz-se com regras estáveis e normas de conduta baseadas na liberdade, fonte da felicidade.
42. Impotente e limitado em outras situações
Os jovens, assim como todo ser humano em geral, precisam entender que a sua natureza tem limites, se acha impotente em algumas circunstâncias da realidade cotidiana, bloqueada em outras horas na sua capacidade de conhecimento, com fronteiras em seus espaços físicos, mentais e espirituais, o que, em síntese, demonstra a nossa total dependência das condições naturais da vida biológica, social e ambiental, quando, então, devem reconhecer que somos limitados no tempo e na história, definidos geneticamente e determinados culturalmente.
Assim é a vida humana e natural.
Somos limitados.
Se soubermos compreender essa realidade própria da pessoa humana, então diminuiremos nossos problemas reais, cairão as nossas moléstias espirituais e desaparecerão mais do que pela metade as nossas enfermidades psicológicas e os nossos distúrbios de ordem mental e emocional.
Basta-nos ter consciência dos nossos limites naturais.
Então, passaremos a viver melhor a nossa vida de cada dia, bem orientados sobre as condições da vida humana e a natureza de nossos fundamentos genéticos, sociais e culturais.
Seremos mais naturais.
E menos problemáticos.
43. Nem sempre normal embora natural
O Fato de muitas vezes estarem sujeitos às intemperanças do cotidiano, às instabilidades da realidade social que os cerca, aos distúrbios da mente e aos transtornos das emoções, torna os jovens de certa maneira anormais embora naturais.
Por vários momentos se alienam da realidade e mergulham no complexo imaginário de sua razão sem razões, irreal e irracional, fugindo do convívio com amigos, parentes e familiares, deixando de lado os compromissos com a sociedade, isolando-se do contexto ambiental que os envolve, caindo pois em um mundo desconhecido, feio e trágico, onde se perde a sensatez da inteligência e o bom-senso das coisas, o equilíbrio da consciência e o juízo da racionalidade, única capaz de transformar em saudável e agradável a vida dessa juventude obscurecida por si mesma.
Mergulham assim no vazio da existência, na inconsciência do nada que os envolve, no relativismo das coisas e no indeterminismo da realidade.
Buscam então a sua libertação na música ou no cinema, em atividades barulhentas ou no insano universo das drogas e entorpecentes, sujeitando-se à violência e à agressividade de seus parceiros de trabalho e companheiros de caminhada.
È o contexto da alienação doentia que persegue muitos jovens de hoje.
São naturais todavia nem sempre normais.
Seguem a natureza.
Mas perdem-se no vazio da alienação patológica, reflexo de seus desajustes psicológicos e inseguranças na família e no trabalho.
Somente caindo na real é que essa juventude agora alienada pode se libertar desse ambiente de enfermidades mentais e emocionais, e recomeçar novamente a vida a partir do bem que devem fazer e da paz que precisam viver, ao mesmo tempo que bem orientados abracem bons valores da consciência e ótimos princípios éticos e espirituais que possam redimensionar para melhor a sua realidade de cada dia e de toda noite.
Feito isso, teremos uma juventude saudável, de bem com a vida e em paz com a sua consciência.
Os jovens querem paz e tranqüilidade.
44. O Choque com a realidade
Ao buscar sair da alienação em que se encontra, o jovem choca-se com a realidade ao seu lado e em torno de si.
É o instante mais duro, mais crítico e mais difícil para uma juventude ainda sonhadora, musical, longe de compromissos e responsabilidades, ansiosa por assumir o cotidiano logo e contribuir do seu jeito para o desenvolvimento da humanidade, o progresso das sociedades, a evolução dos povos e o crescimento das pessoas, grupos e indivíduos com quem convive diariamente.
Nesse momento, ela passa a se comprometer em ajudar a seu modo no bem-estar das gentes e na saúde das nações, contribuindo de maneira fraterna e solidária para que o mundo em que vive aqui e agora tenha mais dignidade humana e maior qualidade de vida, o que refletirá igualmente em uma juventude mais saudável, boa de cabeça, sem muitas enfermidades, ótima física e mentalmente, material e espiritualmente.
Desde então, os jovens começam a trabalhar seriamente na construção de um ambiente de vida para si e para os outros
mais agradável, justo e amigo, ordeiro e pacífico, onde o bem seja a regra de comportamento e a bondade das pessoas a norma de conduta das sociedades em que se encontram.
Consequentemente, a natureza lhes serão favoráveis e o universo conspirará em seu benefício, o tempo lhes dará as mãos e a história abraçará o seu jeito transformador para melhor de realidades em mudança, de surpresas imediatas e de novidades em processo de produção de diferentes culturas e mentalidades onde o apelo por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação seja ouvido por todo o Planeta.
Realista, o jovem se torna agente de mudança e motor de transformação, criando para si e para os outros os fundamentos de um universo social, político, econômico e cultural em que os direitos de todos sejam preservados, e os deveres e obrigações cumpridos com consciência, liberdade e responsabilidade.
Nasce assim a juventude realista do século XXI embora politicamente ideológica, filosoficamente sonhadora, socialmente ainda não tão engajada, economicamente em crescimento e produtividade, e culturalmente cada vez mais perfeccionista, excelente em geração de conteúdos ainda que bastante imatura na boa relação com os seus semelhantes.
Realista, os jovens mudam a realidade, transformam a sociedade, qualificam o ambiente e restauram novidades, abraçando princípios de vida e regras de ação, valores positivos e normas de vida que, enfim, lhes ofereçam um bom caminho de existência em que se sintam felizes, e livres na construção de um contexto existencial mais cheio de respeito entre os cidadãos, mais direito no convívio entre as pessoas e mais transparente, autêntico e verdadeiro nas suas atividades cotidianas.
Realistas, eles constroem um mundo novo, diferente e mais saudável e agradável.
A Realidade faz bem.
45. A Filosofia do amor
É próprio da juventude em geral o relacionamento amoroso, quando então jovens moços e jovens raparigas praticam o namoro e a paquera como formas de viver bem a vida de cada dia, fazer a opção pelo romantismo como meio de existência saudável e agradável, capaz de ajudá-los a encontrar o sentido da vida e a razão da existência, a partir dos quais podem construir toda uma vida de trabalho e família, ajudando assim a sociedade em que vivem a crescer em qualidade de vida e dignidade humana, contribuindo pois à sua maneira para a felicidade da humanidade da qual fazem parte.
Do amor, nascem uma vida de paz e ordem, equilíbrio e sensatez, disciplina e organização, otimismo e bem-estar, alegria e contentamento.
O Amor é a base fundamental de onde se eleva o edifício do bem e da paz.
E é isso que os jovens querem.
Paz e tranqüilidade.
Que só o amor pode oferecer-lhes.
Surge assim uma juventude de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Porque o amor vem de Deus.
E Deus é o fundamento da felicidade.
46. Sexo e amizade
As relações entre os jovens masculinos e femininos têm como alternativa de boa convivência uma vida sexual ativa ou um puro relacionamento de amizade.
Ao fazer essa opção – criar amigos ou partir para uma vida de romance intenso e profundo – eles e elas estão escolhendo o seu meio de felicidade, correndo o risco de construir sem querer sexo descartável ou amizades passageiras, reflexo de um comportamento sem bases sólidas de bons valores da consciência e a ausência de princípios de vida bem estabelecidos e bem consolidados.
Por outro lado, também existe a sua preferência por uma existência equilibrada, constituidora de uma boa família e de ótimos relacionamentos na rua e no trabalho.
Talvez essa última alternativa seja mais característica da juventude moderna.
Que já começa em nosso tempo a assumir compromissos responsáveis, a respeitar o seu semelhante, a agir com juízo e bom-senso, e a abraçar a seriedade da interatividade e do compartilhamento de suas pessoas uns com os outros.
Parece que uma outra, nova e diferente juventude está a despertar em nosso mundo de hoje.
Aquela comprometida com a cultura da vida e com uma mentalidade onde o bem e a paz são os paradigmas mais importantes.
Fogem assim da violência generalizada que vem se espalhando pelos campos e cidades.
Excluem de si mesmos a opção pela agressividade.
Desejam ser pacíficos.
Obterem a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
São jovens sérios e bastante responsáveis, comprometidos com o respeito e o direito.
Eis uma juventude verdadeiramente transparente.
Autêntica em suas práticas cotidianas.
Verdadeira nos seus sentimentos mais profundos.
Os jovens são amigos da verdade.
A Verdade é o seu sexo.
A Verdade é a sua amizade.
47. Namorar e paquerar
Gostar de uma garota, namorar uma menina ou paquerar uma jovem mulher, eis uma das propriedades mais bonitas da vida da juventude em geral.
Tal estilo de vida revela a beleza de ser jovem, a grandeza da natureza humana e a riqueza que é a vida compartilhada e interagida com outra pessoa, para que, juntos, ele e ela, construam uma humanidade mais livre e feliz, justa e amiga, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, calma e tranqüila, sem os apelos da violência urbana e rural, e muito menos sem a agressividade de uma existência perturbada mental e emocionalmente.
Através do amor por uma mulher, o jovem busca o seu equilíbrio interno e a sua paz interior, contribuindo assim para a geração de uma sociedade verdadeiramente feliz, de bem com a vida e em paz consigo mesma, como disse acima.
Eis o caminho mais perfeito e natural de uma juventude que sabe o que quer, tem consciência da sua natureza romântica, procura a sua verdadeira liberdade, fonte da autêntica felicidade.
Vivendo assim tem condições de produzir o bem e a paz a sua volta, gerar conteúdos de bondade e concórdia em seu entorno, colaborando deste modo para o crescimento positivo dos homens e das mulheres com quem convive diariamente, o desenvolvimento dos povos e nações com os quais mantém relacionamento humano eficaz, o progresso da humanidade e a evolução das consciências em busca da perfeita saúde e excelente bem-estar físico, mental e espiritual.
Com o amor, os jovens ordenam a sua vida, equilibram o meio ambiente, disciplinam as suas atitudes e organizam melhor as suas boas idéias e ótimos conhecimentos.
É bom namorar.
Paquerar é ótimo.
É a lei da vida.
Aqui, Deus está presente.
Porque o amor vem de suas manifestações na vida da humanidade.
Deus é Amor.
48. Casar talvez
Quem sabe o casamento ou matrimônio não seja a melhor alternativa para uma vida a dois, preferida por essa juventude de sexo descartável e de amor inconstante, de relação instável e de compromisso inseguro.
Talvez o seu melhor caminho seja o namoro eterno e a paquera permanente, uma paixão construída para ser constante, criada a cada momento e realizada a todo instante.
Parece que o amor apaixonado dos jovens de hoje não aceite compromissos absolutos nem responsabilidades permanentes, optando então por um relacionamento rápido mas eficaz, veloz contudo duradouro, acelerado porém dinâmico e positivo.
Eis a estrada de amor e vida, e suas conseqüências sexuais, que fazem a cabeça dessa juventude romântica e musical, participante de uma vida globalizada plena de mudanças permanentes e transformações ligeiras, tornando-a comprometida com o seu bem-estar emocional e físico, mental e espiritual, ainda que através de compromissos muitas vezes irresponsáveis e responsabilidades sem fundamentos seguros e estáveis.
No entanto, devemos respeitar os sinais dos tempos modernos, que exige dessa juventude mutável a busca por uma segurança psicológica baseada no amor conjugal, mesmo que passageiro, sem princípios constantes e ausente de valores permanentes.
Os jovens procuram as suas raízes ideológicas em um amor transitório diverso das gerações passadas, um romance bonito todavia muitas vezes sem chão ou sem bases em normas de vida absolutas ou que lhes garantam uma existência de estabilidade consolidada com o tempo em idéias e ideais firmes e fortes, frutos de uma educação equilibrada e sensata que deveriam receber da sociedade, principalmente da família de onde se originaram.
Os jovens querem compromisso entretanto sem largas distâncias ou sem períodos longos de relacionamento que talvez não tenha raízes seguras, valores constantes e princípios estáveis.
Hoje, sua lei é o descartável.
Amor inseguro.
Sexo relativo.
Romance provisório.
Relação transitória.
Compromisso sem chão.
O Jovem hoje é assim.
Sua essência aqui e agora é a intemperança, a insensatez e o desequilíbrio interno e externo.
Deste modo, ele se acha feliz.
Tem encontro com a felicidade.
É seu ponto de vista.
Ele pensa assim.
O que vamos fazer.
Cada qual é feliz do seu jeito.
Felicidade hoje está personalizada.
Depende da vida de cada um.
Embora existam pessoas que discordem dessa postura social.
Sim, o importante é ser feliz.
49. Uma vida de dúvidas e incertezas
Inserida em uma sociedade mutável, cheia de transformações rápidas e plena de metamorfoses circunstanciais, essa juventude atual parece em sua maioria perdida em meio a turbulências políticas e sociais, carente de amor e sujeita às incertezas de grupos ideológicos que lhe fazem a cabeça, obscurecida pelas dúvidas e confusões mentais das classes dominantes, dos partidos de direita e de esquerda e das elites econômicas e financeiras , e ainda fechada pelos bloqueios psicológicos e até culturais de sua consciência várias vezes alienada da realidade cotidiana.
Eis uma juventude crítica, cética e dialética quanto ao seu presente momentâneo e ao seu futuro instável, inseguro e sem garantias de uma vida confortável, saudável e agradável.
Os jovens de hoje se encontram no domínio do relativismo dos valores inconstantes e das idéias sem estabilidade.
Seu campo de atuação parece carregado de indefinições culturais e de indeterminismos de atitudes e sentimentos.
Seu pensamento é vago, sem fontes alternativas que lhe garantam bases sustentáveis de uma existência envolta por princípios de vida que possam ser consolidados pelo tempo e a história.
Talvez seja a sua alienação da realidade a responsável por suas crises de identidade, seus distúrbios mentais e emocionais e seus transtornos materiais e espirituais.
Eis uma juventude que luta por alcançar um lugar no convívio com a sociedade em que se encontra.
Busca dignidade diante das controvérsias de outras gerações.
Procura seus direitos perante a violência das autoridades competentes que parecem não respeitar os seus valores de juventude e seus fundamentos de criatividade original, de conhecimentos novos e diferentes, de uma cultura pura e cristalina e de uma mentalidade pegando fogo ao questionar as instituições que a perseguem e colocar na berlinda do cotidiano aqueles e aquelas que com seus preconceitos morais e superstições religiosas agridem os seus desejos por uma vida melhor, os seus anseios por liberdade e felicidade, e as suas necessidades de uma realidade comprometida com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
Ela tem necessidade de ajudar a construir um mundo novo onde a justiça seja a sua regra e a bondade a sua saúde mental, física e espiritual.
São jovens que querem ajudar a sociedade a crescer ainda que nos limites de sua natureza duvidosa e bastante alienada.
Mas têm a boa intencionalidade, que faz do bem e da paz os critérios positivos de uma vida feliz em sociedade.
Esses jovens só querem nos ajudar.
50. Às vezes mergulhado no vazio espiritual e no nada da existência
A sua natureza crítica e dialética, questionadora da realidade em que se encontra aqui e agora, cheia de interrogações sobre o sentido da vida e a razão da existência, com perguntas sobre tudo e todos, o seu jeito transparente de ser, pensar e existir, a sua busca por autenticidade, a verdade como caminho de libertação, o anseio por liberdade, fonte da verdadeira felicidade, as dúvidas constantes de sua racionalidade cotidiana, as incertezas e conflitos do dia a dia, as dificuldades e problemas achados em cada situação vivida e em todo instante em que seu comportamento parece contraditório e em choque com as mudanças do mundo e as transformações da sociedade, enfim, todo esse conjunto de problemáticas experimentadas todos os dias e todas as noites, com seus apelos sentimentais, suas opções de trabalho, suas atividades diuturnas, e seu desejo por manter sempre uma boa dose de equilíbrio e sensatez em suas práticas de rua, emprego e família, tudo isso pois talvez seja a realidade responsável por suas quedas algumas horas no abismo da existência onde o vazio espiritual é a sua marca mais importante quando então tudo é nada e todos são nada em termos de experiência social e política, econômica e cultural.
Tal realidade vazia e nadante é um dos registros dolorosos da juventude de todos os tempos e lugares, sobretudo hoje quando as gerações se encontram carregadas de controvérsias e em crise de personalidade, perturbadas em suas identidades ainda não encontradas e quem sabe desesperadas por sofrer as turbulências de uma consciência desordenada, mal disciplinada e bastante desorganizada em termos de vivência sem fundamento algum, perdida em desrazões variadas e irrealidades diversificadas, ausente de suas próprias características positivas onde os seus valores e princípios a orientam para o otimismo da vida e o bem-estar físico e mental, material e espiritual.
Responder bem a essas questões espirituais e interrogações existenciais parece ser a chave da felicidade dessa juventude ainda vazia na sua realidade crítica e ansiosa por viver uma vida boa, de bem e de paz, talvez as soluções possíveis, viáveis e cabíveis nesses instantes sem muitas fontes alternativas de existência saudável e agradável.
Fazer o bem e viver em paz, eis o segredo de uma vida sem vazio em que não se mergulha jamais no nada de uma realidade sem Deus, carente de fraternidade e solidariedade.
Encontrar esse Deus talvez resolva o problema desses jovens.
Deus é a resposta que eles procuram.
51. As contradições do seu tempo
A História da juventude no seio da humanidade mostra que sua trajetória de vida é feita de contradições naturais, humanas e cotidianas, condicionadas por sua inserção no tempo tais como as dores físicas, a violência urbana e rural, a fome e a miséria, as moléstias em geral em forma de endemias e epidemias, as enfermidades mentais e emocionais, os transtornos psicossociais, os traumas e as frustações da realidade do dia a dia na família, no trabalho e em seus relacionamentos e comportamentos diários e noturnos, os distúrbios psicológicos, os conflitos com ideologias político-partidárias, suas crises existenciais e vazios espirituais, dificuldades e carências no amor e no sexo, problemas familiares, falta de oportunidades de emprego e trabalho, a ausência de satisfação de seus desejos humanos e realização de suas necessidades naturais, a ignorância das autoridades competentes, o analfabetismo, a baixa renda de muitas comunidades, a infraestrutura pobre e fraca de algumas sociedades, as contrariedades das relações entre grupos e indivíduos, o desinteresse pela profissão e por sua vocação específica e criatividade original, eis, pois, além da morte temporal, as controvérsias de sua natureza conflitante, problemática e questionadora que do seu modo procura responder às mais diferentes interrogações de sua vida cultural e ambiental, social e política, econômica e financeira, artística e científica, histórica e filosófica, moral e religiosa, esportiva e recreativa.
Em meio a essas contradições reais internas e externas, esses jovens modernos buscam a sua paz interior, ficar de bem com a vida e com as pessoas ao seu redor, tentando evitar de todas as maneiras partir para a violência diante desses antagonismos da existência, conter a sua agressividade, ignorando se possível a aflição e o desespero de certas ocasiões e o medo e o pânico encontrados em diversas áreas da sociedade turbulenta em que nos achamos atualmente.
Tentam assim resolver os seus contrários de vida.
É importante salientar que eles e elas não se esquecem de Deus nesses contextos momentâneos que surgem em seu cotidiano.
Sim, a juventude tem o seu jeito próprio de solucionar as suas interrogações características.
Procura não fugir dos problemas.
Mas conviver com eles, a fim de resolvê-los.
Busca respostas.
E elas se encontram no interior de seu coração.
Um coração em chamas.
Todavia, capaz de solucionar as suas dificuldades.
Os jovens querem soluções.
Boas soluções.
52. Perdido no espaço, sem lugar para ficar
O Nomadismo talvez seja uma das propriedades mais originais características da juventude hodierna, que se move sem parar, se muda constantemente de lugar, parecendo perdida no tempo e no espaço, em movimento permanente, o que revela a sua profunda necessidade de mobilização, tendo em vista saciar os seus anseios por novidades e surpresas, superar os seus limites naturais e temporais, transcender as suas barreiras psicológicas e emocionais, ultrapassar os seus obstáculos mentais, sociais e culturais, ir além das ideologias e teorias de reprodução de comportamentos tradicionais, à procura portanto de um lugar ao sol, capaz de lhe dar a verdadeira felicidade e bem-estar, orientá-la no caminho da liberdade, escolhendo assim a opção de vida e trabalho que melhor satisfaça as suas necessidades e realize os seus desejos, usando para isso a sua criatividade original, base de outros, novos e diferentes conteúdos de aprendizagem, de boas relações humanas e de ótimo entendimento com as pessoas com quem convive diariamente.
A Juventude é essencialmente nômade.
E nesse movimento construtor de realidades cotidianas, de princípios e valores de vida, de regras e normas sociais, vai ajudando ao seu modo a humanidade e as sociedades das quais participa e com que comunga a crescer em saúde ambiental, material e espiritual, promovendo outrossim o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações, e a evolução das consciências humanas na sua estrada positiva de qualidade de vida interior e dignidade do homem e da mulher, o que resulta em favores, créditos e benefícios para todas e cada uma das comunidades humanas e sociais de todo o globo terrestre.
Movimentar-se é uma necessidade humana, que envolve a juventude de nossos dias.
Os jovens parecem querer revolucionar todos os ambientes de vida e cada um dos contextos culturais em que se envolvem.
Seu desejo é incendiar as multidões.
Abrasar os corações.
Acalorar as gentes.
Transformar para melhor a vida das pessoas.
53. Alienado, pode ser
Devido a um universo de interesses grande parte das vezes longe da realidade, os jovens de hoje se encontram quem sabe parcialmente alienados, longe do cotidiano, fugindo para a internet, distantes da família e do trabalho, sem participarem da vida social e política do seu tempo e momento presentes, excluídos por si mesmos de compromissos responsáveis e obrigações trabalhistas, preferindo a arte e a música, o teatro e o cinema, os passeios e as viagens apenas como formas de lazer e entretenimento, ignorando em seu meio de vida social e comunitária, a informação necessária e a construção de uma formação adequada com as quais possam se integrar na realidade em transformação que se opera em seu cotidiano.
Falta-lhes incluir-se mais politicamente, inserir-se com rigor na vida da sociedade, comungar com as intenções financeiras de sua comunidade e cultivar com mais intensidade e criatividade o seu lado cultural, construindo conteúdos de conhecimento e matérias de discernimento que os façam caminhar bem em sua jornada de existência aqui e agora no tempo e na história.
Ao cair na real, podem destruir essa alienação doentia misturada com o seu poder de imaginação patológica.
Precisam ser mais realistas.
Deste modo, evitarão doenças mentais, transtornos físicos e espirituais, moléstias de ordem psicológica e distúrbios em seu campo de experiências éticas e religiosas, comportando-se então de maneira a superar enfermidades que possam surgir de sua desordem interior, indisciplina moral e desorganização na área material e espiritual.
Somente desse jeito podem vencer os estigmas dessa alienação irreal e irracional.
Serão vencedores quando mergulharem na realidade.
54. A busca por autenticidade
Outra propriedade bastante interessante na vida da juventude de aqui e agora é a sua busca da verdade, o seu compromisso com a transparência e a sua prática da autenticidade.
Os jovens anseiam por ser verdadeiros.
Fazem da verdade a sua lei maior e a sua experiência melhor de vida.
Em função dessa procura pela verdade, tornam-se críticos das aberrações da sociedade em que vivem, das incongruências sem lógica das autoridades e suas instituições, da falta de competência de quem deveria ser exemplo de vida e orientar-se por um caminho de boas virtudes, de bons valores da consciência e de bons princípios de vida, de regras de conduta razoáveis e de normas sociais bem desenvolvidas.
Seguem os jovens a sua consciência.
Percorrem a estrada da natureza.
Com base nessa realidade, critica as antigas gerações, diverge das culturas passadas e ultrapassadas e entra em conflito com mentalidades que absolvem o uso da violência e se contrapõem ao direito da vida, à beleza do amor, à prática do bem e à vivência da paz.
Sua bondade é a sua verdade.
Sua verdade é o respeito e o direito.
Sua ética é uma boa experiência de atitudes sensatas e equilibradas.
Sua espiritualidade costuma se fundamentar em uma vida de otimismo, alegre e positiva, de bem com todos, contente com o ambiente em que encontra, de sorriso no rosto, levando a cada um o ânimo para bem viver e existir, a motivação para bem trabalhar e o incentivo para um bom convívio com os familiares, parentes e amigos, e o entusiasmo para um ótimo relacionamento amoroso com uma garota qualquer ou uma menina especial ou uma jovem mulher da sua idade.
Desta maneira, os jovens praticam a verdade.
Ao serem verdadeiros, se tornam humanos.
Humanos e naturais.
55. A procura pela liberdade
Eles e elas estão ao encontro de alternativas de vida e trabalho que os levem a uma existência segura e estável, saudável e razoável, agradável e admirável, como que construindo valores firmes e fortes que lhes apresentem a porta da felicidade cuja fonte é esse desejo por liberdade, a tendência da natureza humana por opções de saúde e bem-estar integrada com a possibilidade de uma realidade sustentável para toda a sociedade onde se encontram, os jovens de hoje.
Fazer da vida uma possibilidade.
Criar alternativas de valor.
Buscar opções de progresso.
Caminhar com equilíbrio.
Ser otimista.
Sorrir de vez em quando.
Viver alegre e contente.
Ser bom e fazer o bem.
Praticar a paz.
Experimentar o amor e o sexo.
Fazer política.
Ganhar dinheiro.
Ter o seu próprio ponto de vista.
Abraçar a cultura da vida.
Seguir uma mentalidade sem violência.
Fugir da agressividade.
Preferir a fraternidade.
Construir boas amizades.
Sempre ser solidário.
Generosidade acima de tudo.
Respeitar para ser respeitado.
Ser uma pessoa justa e direita.
Ser transparente.
Ser verdadeiro.
Ser autêntico.
Eis o programa atual de liberdade da juventude moderna.
Felizes porque livres.
Livres porque transparentes.
56. O anseio por felicidade
Felicidade é fazer de cada momento uma eternidade.
E isso os jovens sabem realizar muito bem.
Em seus shows musicais, ou em seus eventos culturais, ou em seus festivais de cinema, ou em seus passeios pelo país e viagens pelo exterior, ou no culto das suas religiões, ou na prática de seus pontos de vista políticos e ideológicos, ou nas experiências de solidariedade e fraternidade, ou na ética comportamental do respeito mútuo e da responsabilidade recíproca, ou nas suas amizades sinceras e namoros e paqueras construídas, eis que essa juventude ativista põe em prática o seu conceito de felicidade.
E faz desses instantes eternos uma maneira de levar ajuda às comunidades que freqüentam, colaborando com a saúde da sociedade e o bem-estar da humanidade.
Cooperam pois com o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações.
Constroem a evolução das consciências de bem e o crescimento da cultura da paz e de uma mentalidade sem violência.
Ajudam deste modo a construir sempre a vida, sem destrui-la jamais.
Isso é felicidade.
Isso é a vida.
Isso é eternidade.
57. E Deus, como fica ?
Que pensam os jovens a respeito do Senhor ?
Que acham de Deus ?
Certamente, projetam nAquele que é o Princípio da Vida e o Fundamento de todos os fundamentos as suas ideologias e filosofias de existência, os seus valores de juventude e os seus pontos de vista pessoais, as suas opiniões carregadas de crítica construtiva ou não, as suas visões de religião e espiritualidade, e as suas interpretações de divindade ou do além, da vida depois da morte, do transcendente e do infinito, da eternidade e da imortalidade, com definições de fé e culto segundo os paradigmas por eles e elas jovens estabelecidos em seus grupos e comunidades.
Primeiro, para eles Deus é jovem.
Usa cabelos compridos e calças Lee.
Utiliza tênis e camisa esporte.
Pode ter barba ou não.
E bigode igualmente.
Um óculos pode ser.
Pode ser hippie ou um dramarturgo.
Um grande profeta quem sabe.
Um filósofo inteligente também pode.
Ou então um teólogo gigante.
Um artista pop talvez.
Um bom pensador é possível.
Um ótimo estrategista popular.
Um caro solidário não é verdade.
Ou uma pessoa amiga e fraternal.
Todavia, para eles e elas jovens de hoje Deus tem que ser legal e bacana, bom e amigo, do bem e da paz, do amor e da vida, direito e de respeito, saudável e agradável, sensato e equilibrado, otimista e sorridente, alegre e contente, livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário, justo e verdadeiro, autêntico e transparente, natural e espiritual, semelhante a eles, parecido com suas idéias e ideais, concebido como Alguém que quer sempre construir e nos ajudar.
Tal o Deus da juventude.
Sem preconceitos.
Não violento.
De bem com a vida.
Promotor da paz e do diálogo.
Do progresso e do desenvolvimento.
Um Deus evolutivo.
Que nos faz crescer e caminhar para frente e para o alto.
Assim deve ser o Deus da juventude.
Hoje.
Aqui e agora.
58. Falta de compromisso e ausência de responsabilidade
Raros são aqueles e aquelas que nessa idade de sonhos e esperanças, fantasias e realidades imaginárias, assumem compromissos responsáveis com a realidade em que vivem e trabalham, visto que são poucos os jovens com formação bem estabelecida e consolidada, preferindo eles atividades descartáveis, ações transitórias e comportamentos provisórios, talvez por não estarem ainda no tempo maduro de crescimento interior, com a cabeça confusa e fora do lugar, sem tempo para os outros e para si mesmos, inseguros em suas atitudes, instáveis em suas consciências e inconstantes na sua moralidade formal e espiritualidade natural.
Temos pois ainda uma juventude muito imatura.
Sem bases familiares consistentes.
Longe de uma educação voltada para os princípios da vida e os valores da boa racionalidade, as regras psicológicas e ideológicas e as normas sociais, culturais e ambientais, bem orientadas, bem estabelecidas e bem consolidadas com o tempo, de acordo com o processo pedagógico de amadurecimento das idéias e sentimentos, a partir de que podem se tornar pessoas comprometidas com o trabalho e a família, e responsabilizar-se pelo meio em que se encontram, nele inserindo seus pontos de vista e suas visões da realidade capazes de fazer crescer, progredir e evoluir a sociedade em que se incluem, propiciando ao conjunto da humanidade um estado feliz e satisfatório de boa saúde física e mental, e ótimo bem-estar material e espiritual.
Desta forma, é possível engajarem-se em campanhas de solidariedade, eventos e congressos de música, teatro e cinema, participar de shows e espetáculos em seus passeios turísticos e viagens de trabalho, construindo assim pois um universo em equilíbrio com a natureza, em paz com as sociedades com as quais convivem e de bem com os grupos e indivíduos que advogam a sua causa de sustentabilidade global e integral.
Pouco a pouco, a juventude se torna mais séria, comprometida e responsável.
Precisa de tempo para isso.
A Sabedoria do tempo construirá essa realidade.
É só esperar.
59. Cadê o respeito ?
É impressionante hoje em dia o modo pelo qual a grande maioria dos jovens tratam os seus semelhantes, sobretudo as pessoas mais idosas, aposentadas e pensionistas, faltando com o devido respeito diante de gente mais velha do que eles.
Se querem ser respeitados devem primeiro respeitar.
O Respeito é a base da ordem e o princípio do diálogo.
Sem respeito, não há cidadania nem dignidade nem direitos humanos.
Com respeito, começa a qualidade de vida e a excelência de conduta perante a sociedade.
Sem respeito, não serão ouvidos nem levados em conta pela população em geral.
Com respeito, terão voz e vez no interior da coletividade.
Quem respeita tem boa saúde e boa educação.
Respeitar pois é a condição do bom convívio social.
Devemos respeitar os jovens e os jovens precisam respeitar as comunidades.
No respeito, a seriedade de uma pessoa, o direito de um indivíduo e a responsabilidade de um grupo.
Respeitando as pessoas, os jovens serão respeitados.
Respeito é bom e todo mundo gosta.
60. Sem equilíbrio, sem controle e sem domínio
Ao mostrar as turbulências de uma juventude então desequilibrada, notamos a sua aparente alienação da realidade cotidiana, o que a faz ausente em si mesma, desordenada mental e emocionalmente, indisciplinada ética e espiritualmente, e desorganizada na sua linha de idéias criadas e de conhecimentos obtidos e de conteúdos adquiridos com o tempo.
Muitas vezes, perde o controle sobre si mesma porque abraça ideologias céticas e relativistas, niilistas e indeterministas, ideais confusos e teorias complicadas do ponto de vista filosófico.
Sem domínio, cai na patológica imaginação alienante, desvirtua-se moralmente e entra em crise existencial, em conflito com a sociedade, tornando-se violenta e agressiva com seus semelhantes.
Precisa então se recuperar no seu caráter desencaminhado e na sua personalidade obscurecida por desvios de comportamento, aberrações psicológicas, transtornos mentais e emocionais e distúrbios de ordem material e espiritual.
Tem necessidade de voltar a gerenciar-se.
Administrar o seu interior e as suas ações cotidianas.
Regularizar os seus descaminhos sociais e culturais.
Regulamentar as suas atitudes orientadas para a prática do bem e da paz.
Restaurando-se, pode retornar a ser dona de si mesma.
Resgatando-se, regressa ao seu eu pessoal e coletivo.
Urge pois recuperar-se.
Regenerar-se de suas turbulências reais.
Somente assim ficará de bem com a vida e em paz consigo mesma.
61. Falta-lhe bom-senso ?
Sua agitação diária, movimento exagerado e mutações constantes, além de sua ansiedade sem controle e desordenamento interno, podem revelar uma certa insensatez da parte de muitos jovens nessa idade de transformações rápidas e mudanças velozes, um grande desequilíbrio interior, ausência de paz em sua consciência, indisciplina em suas virtudes e valores morais, instabilidade mental e emocional, carência afetiva, falta de mulher, incongruência e insuficiência de fé e espiritualidade na condução de suas ações em torno do transcendente, das coisas do além, da imortalidade da alma e do mundo eterno que ultrapassa os limites do tempo e da morte, e as fronteiras da história e da imanência material.
Os jovens de hoje precisam de mais equilíbrio em suas atitudes.
De mais racionalidade em seus comportamentos reais e cotidianos.
De mais inteligência na gerência de seus sonhos ainda metafísicos e na administração de seus projetos de ordem psicológica, social e espiritual.
Com bom-senso, podem caminhar seguros na realidade de cada dia e de toda noite.
Vivendo assim terão a paz e o repouso de que precisam.
62. Quer conciliar alegria com trabalho
63. Aspira por prazer em suas atividades
64. Adora ginástica e vai fundo nos exercícios físicos
65. Sua vocação é a novidade
66. Sua profissão é a utopia
67. Seu limite não tem fronteiras
68. Não aceita condições nem regras nem normas
69. Sua lei ultrapassa a realidade
70. Seus projetos superam as circunstâncias reais de vida
71. Seus sonhos transcendem a história e a sociedade
72. Aonde estão as suas seguranças ?
73. Confia em quem ?
74. Tem fé em alguma coisa ?
75. Acredita na vida...
76. Sua religião é a sua opinião pessoal
77. Tem seu próprio ponto de vista
78. Sua visão das coisas é radical e imparcial
79. Gosta de ser agitado
80. Agir com velocidade é a sua meta
81. Perfeito na correria
82. Sonha com um mundo barulhento
83. Sua paz é a guerra
84. Sua tranqüilidade é o movimento
85. Sua calma é a mudança
86. Seu repouso é o trabalho
87. Dormir pra quê ?
88. A Vida em primeiro lugar
89. O Amor também
90. A Beleza das garotas
91. A Coragem dos meninos
92. A Vida é bela
93. Mas existe a dor e o sofrimento
94. O Bem convive com o mal
95. Uma sociedade alternativa
96. Uma humanidade de bem com a vida
97. Gosto de ter as minhas coisas
98. Gosto de ser jovem
O estado de juventude que atravessa o nosso corpo, mente e espírito é sustentado por essa busca por inovação e desejo de liberdade próprias dos jovens, além de sua atitude de irreverência perante o autoritarismo e manipulação das velhas gerações, seu anseio por viver bem a vida e com qualidade e intensidade, trabalhar com alegria e fazer bem todas as coisas, experimentar um estilo de vida onde o bem e a paz são abraçados, a bondade e a concórdia praticadas, o não uso da violência e da agressividade, ainda que a sua volta muitos se deixem levar por essa onda de pessimismo e mal-estar, negativismo exacerbado e indiferença e vazio em suas existências sem sentido e sem nada.
Gosto dos jovens porque gosto de ser jovem.
Quero ser como eles, construtores da paz e criadores do bem em torno de si.
Sou jovem quando abarco em mim esse sentimento de carinho e amor por uma mulher, faço novos e diferentes amigos, desenvolvo o bem-estar das pessoas ao meu lado e produzo saúde material e espiritual junto àqueles e aquelas que andam comigo.
Sou jovem porque sou da paz e do bem e da bondade que eu vivo diariamente.
Sou jovem porque amo a vida, respeito o meu semelhante e valorizo a Deus na minha realidade do dia e da noite.
Gosto de ser jovem.
Porque busco sempre o novo, procuro ser criativo nas minhas atividades cotidianas e faço da liberdade a base da minha felicidade temporal e eterna.
Gosto de viver.
Isso é o mais importante.
99. Deus é Jovem
Para a juventude em geral, a realidade cotidiana tem que ser modelada por seus valores novos e diferentes, alimentada por seus princípios irreverentes e entusiastas, fecundada por suas raízes inovadoras e libertadoras de preconceitos e superstições, aprofundada por seus pontos de vista plenos de idéias surpreendentes e que cultivam os ideais de liberdade e felicidade parcial ou global.
Também Deus deve ser envolvido por essa esfera de respiração cujo ar e oxigênio são a boa visão da sociedade e a ótima interpretação que se dá à realidade.
Assim, Deus e o sagrado, a eternidade e a espiritualidade são observados segundo os parâmetros inovadores e libertadores dessa juventude real e atual em constante transformação de normas sociais e regras mentais, que busca a mudança de atitudes em função de um outro, novo e diferente olhar sobre o mundo em que vivemos, fazendo assim o movimento cotidiano que vai das experiências limitadas de gerações passadas para o grande descobrimento de novos conteúdos dessa idade original que se faz aqui e agora.
Nesse tempo de metamorfoses ambulantes, Deus aparece com o rosto e o olhar da juventude, tendo seu ambiente de vida e existência emoldurada de acordo com as perspectivas óticas desses jovens transformadores de realidades pobres para práticas ricas de conteúdo artístico e musical, com isso trabalhando para uma sociedade mais justa e fraterna, mais amiga e solidária, mais ordeira e pacífica.
Deus assim é reconstruído por essa juventude moderna, que o torna mais jovem e mais humano, mais participante de nosso cotidiano, mais inserido em nossos problemas e realidades de cada dia e de toda noite.
Com os jovens, Deus aparece menos divino e mais humano.
É um Deus novo e diferente.
100. O Mundo precisa dos jovens
As sociedades contemporâneas para a sua renovação interna e libertação de seus preconceitos morais e religiosos e de suas superstições psíquicas e sociais, culturais e ideológicas, têm necessidade da juventude e seu universo de pontos de vista diferentes, de visões da realidade sempre novas e de interpretação dos seres e das coisas sempre aberta, visando permanentemente a transformação do mundo para melhor e a metamorfose da vida vivida em comunidades diversas que constituem a dinâmica operacional desta humanidade em mudança constante dentro de que nos inserimos cotidianamente.
Precisamos dos jovens.
Eles são a nossa esperança por dias melhores, de uma vida de qualidade e de equilíbrio, e de uma existência sempre renovada, liberta das prisões da consciência e das escravidões que o convívio social nos impõe.
Ao contrário do que muitos pensam, os jovens, como agentes de transformação da realidade social e política, econômica e cultural, nos ajudam mesmo a obedecer as normas ambientais e a seguir as regras da sociedade a que pertencemos, a nos orientar segundo os valores da nossa família e caminhar de acordo com os princípios mentais adquiridos durante a nossa formação e educação para a vida social, ainda que outros imaginem que tal juventude seja bastante irresponsável e perturbadora da estabilidade das instituições e seus governos na área federal, estadual e municipal.
Dependemos dos jovens para nos abrirmos para uma realidade que se modifica a toda hora, enxergarmos melhor os acontecimentos e vivermos de fato uma vida boa, excelente e de qualidade reconhecida por todos.
Os jovens nos ajudam a avançar em sociedade, progredir na vida, evoluir social e psicologicamente e desenvolver em nós as boas condições de saúde e bem-estar, de liberdade com responsabilidade, de felicidade com otimismo, de direito com respeito, de ordem com justiça e de verdade com transparência ética e autenticidade espiritual.
Somos dependentes da juventude.
Inclusive para nos fazermos jovens.
Jovens de espírito.
Jovens de corpo e de alma.
Os Jovens nos ensinam que Deus é Jovem e sempre Novo.
E que eles seguem o Deus Jovem e Novo, capaz de renovar os seus desejos, sonhos e esperanças, e realizar bem as aspirações que fazem as sociedades de hoje.
Sim, os jovens são muito humanos.
E divinos até demais.
Que o Senhor abençoe os jovens.
Jovem, quem és tu ?
Este trabalho de pesquisa se baseia nas últimas estatísticas do IBGE sobre o assunto, nas observações de analistas do comportamento humano, nas orientações de psicólogos e psicanalistas atuais acerca de problemas de relacionamento desenvolvidos por jovens de 16 a 27 anos de idade, o que refletem bem os questionamentos existenciais e as interrogações cotidianas desse período da juventude, que então vive no interior de uma sociedade brasileira bastante turbulenta, crítica e caótica, cuja problemática mental, física e espiritual se insere no conjunto de dificuldades e adversidades de um mundo globalizado fundamentado sobretudo no nomadismo das relações humanas e sociais, na cultura da mudança e do movimento que atravessa todas as nações modernas e todas as regiões locais e globais do Planeta, na mentalidade estudantil, jovem e adolescente alicerçada na violência urbana e rural, na agressividade das comunidades
e na aparência terrorista de grupos e indivíduos que fazem do horror de suas vidas e do pavor de suas atitudes a fonte de conflitos entre classes distintas, a causa da insegurança das ações empreendidas, a origem dos desequilíbrios no corpo, na mente e no espírito dessas categorias vítimas dos sonhos imaginários de quem faz de suas fantasias e loucuras mentais, irreais e irracionais o pretexto para expulsar os seus traumas e frustrações, destruindo assim as esperanças de um povo que luta por dias melhores em suas vidas de cada dia e estragando projetos de realidade que certamente trariam mais saúde de qualidade e maior bem-estar material e espiritual para muitas famílias responsáveis pelos desejos da juventude e sua batalha em prol da satisfação de suas necessidades naturais e culturais e a realização de seus anseios políticos, sociais e econômicos, razão de suas existências e sentido de suas vidas.
Em face dessa realidade acima exposta pergunta-se: jovem, quem és tu ? O que queres ? O que sentes ? Para onde vais ? Qual o sentido de tua vida ? Qual a razão do teu ser, pensar e existir ?
É o que procuraremos responder nas páginas seguintes.
1. Sonhador, como sempre
Desde criança e durante a fase da adolescência, o jovem estudante ou trabalhador começa a sonhar com realidades mais positivas e otimistas para suas vidas de cada dia, desejando mais qualidade de vida para si e para os seus, buscando anseios de realização vocacional e profissional, desenvolvimento de sua criatividade, de seus dons e talentos e carismas, produzindo projetos de abertura da sua consciência para novas realidades diante de si, renovação de seus valores, virtudes e vivências e libertação de preconceitos morais e superstições religiosas que aprisionam o seu caráter e obscurecem a sua personalidade, bloqueiam a sua mente e escravizam o seu corpo e a sua alma, manipulam o seu espírito tornando-o preso de ideologias alienadoras da realidade que o cegam espiritualmente, o adoecem fisicamente e o escravizam mentalmente.
Então o jovem sonha para procurar novas realidades libertadoras desse caos psicológico e ideológico onde a sua liberdade seja respeitada e valorizada como elemento de transformação social e cultural, política e econômica.
Desse modo, ele cultiva e desenvolve a sua liberdade, fonte de sua felicidade.
2. Sem perspectivas para o futuro
A Confusão das cidades, o desemprego em massa, a crise de valores éticos e espirituais, o excesso de informação, conhecimento e entretenimento, a nova era da internet e da informática e suas lan houses, a extravagância da mídia eletrônica e seus aparelhos de última geração, o intercâmbio positivo e negativo de culturas e mentalidades ao mesmo tempo, o conflito de gerações diferentes na família, na rua e no trabalho, a grande produção de conteúdos culturais novos e diferentes, as transformações da linguagem e dos discursos sobretudo artísticos, científicos e filosóficos, o surgimento de outras ideologias políticas e filosofias de vida que exigem da juventude compromisso, mudança e responsabilidade, os distúrbios familiares, os transtornos das relações amorosas, o individualismo exacerbado, o niilismo que cultua o vazio da vida e o nada da existência, o relativismo das idéias, valores e atitudes, o ceticismo de gerações que privilegiam a dúvida dos conhecimentos e a incerteza dos pensamentos, o indeterminismo filosófico que põe na berlinda da sociedade as instituições sociais e os modelos de autoridade competente, o ateísmo relativo que projeta no meio social seitas e cultos religiosos os mais variados, o desequilíbrio mental e emocional de muitos jovens que então perdem o domínio de si mesmos e o controle de sua racionalidade e consciência, perdendo-se em loucuras imaginárias e sonhos irrealizáveis, a ausência de atividades de emancipação financeira, a insatisfação sexual, vocacional e profissional, a irrealização de compromissos e responsabilidades cotidianas, a carência de afeto e a falta de amigos confiáveis, a cultura do descartável que assola as suas bases existenciais, a sua inquietude comportamental e velocidade de operações executáveis, a rapidez de suas transações relacionais, os relacionamentos confusos que mantém pelo caminho, enfim, todo esse fluxo de contradições e acertos que encontra em sua estrada diária de vida e seu complexo de tendências, limites e possibilidades, proporcionam à juventude contemporânea a experiência de um labirinto de dificuldades e contrariedades que exigem dela boas perspectivas de vida, novas oportunidades de existência e diferentes alternativas de comportamento individual e relacionamento social.
Os jovens buscam novas opções de vida
É a realidade de um mundo de transformações para melhor, é óbvio.
3. Perdido dentro de si mesmo
A Turbulência que reina fora de si mesmo igualmente está presente em seu interior provocando-lhe confusão mental e emocional e complicações irreais e irracionais, alienação da realidade, perdendo-se em anomalias da imaginação, que sonha com o real fantástico, incrível e extraordinário, colocando-o em um universo diverso do cotidiano, muitas vezes virtual ou digital, ou então imaginário, louco, demente, doente, longe de sua interioridade consciente, racional e inteligente.
Perdido em si, de si e para si, o jovem procura em quem se apoiar, busca segurança em alguém ou em alguma coisa, quer assim garantir a sua sustentabilidade. Eis então que aparecem os ídolos musicais, os mitos da arte e do cinema, os astros materiais e imateriais, os objetos de culto ou os deuses de adoração que tentam sustentar as suas bases existenciais, como uma tábua de salvação na qual o jovem se segura e apóia para sobreviver em meio à confusão da sociedade, perdida como ele no caos da violência e da maldade de grupos e indivíduos, que abraçam desse modo culturas de morte e mentalidades cujas ideologias apontam sempre para a alienação da realidade.
Ocorre nessa hora que a sociedade humana constituída por uma juventude aparentemente perdida sobre si própria apela para os ídolos em forma de artistas, músicos, poetas, atores de cinema, jogadores de futebol e astros do carnaval, como se fossem os deuses da salvação da pátria brasileira, ou os Messias salvadores da humanidade esquecida de si mesma.
Sem falar ainda dos deuses materiais sob o modo de política e suas ideologias, o dinheiro, o sexo, a família, o poder, a religião, a moral dos bons costumes, a ciência e a tecnologia, o computador e a televisão, o rádio e o cinema, a música e a novela, e assim por diante.
Nesse momento, o jovem procura se segurar em alguém ou alguma coisa, a fim de garantir a sua sobrevivência nesse mundo.
4. Comportamento Nômade
O Jovem de hoje vive um nomadismo permanente.
No interior de um mundo em constante mudança, com novos apelos de transformação e diferentes maneiras de metamorfose mental e emocional, física e espiritual, ele se comporta de um modo nômade onde a rapidez de seus movimentos e a velocidade de suas decisões e atitudes, ao lado de sua mobilidade incessante em que varia de lugar para lugar e de tempo para tempo, buscando assim viver a sua juventude cheia de sonhos e fantasias, todavia também de realidades cruéis e violentas, dentro das quais se insere no momento atual de sua sociedade à procura de uma identidade própria que revele o seu caráter original e autêntico e a sua personalidade transparente e verdadeira.
Nessa busca por autenticidade, ele se desloca quase sempre para satisfazer os seus desejos, anseios e esperanças e realizar as suas necessidades básicas, naturais e culturais, em meio a um contexto global de interatividade entre as pessoas e compartilhamento de idéias, conhecimentos e experiências que possam ajudar à humanidade a construir uma realidade de saúde positiva e otimista e de bem-estar generalizado onde se configuram a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
Deste modo, os jovens atuais criam seus amigos pensando nesse intercâmbio de novas gerações que se completam, se enriquecem e se aperfeiçoam a si mesmas.
A Juventude moderna quer não só conhecer, porém também compartilhar os seus conhecimentos, interagir com os outros trocando idéias e ideais comuns, cambiando bons, novos e diferentes conteúdos de aprendizagem, uns ajudando aos outros na busca da felicidade completa, a partir da constituição de sua liberdade construtora e criativa, voltada para o bem que faz e para a paz que vive, a vida que ama e o amor que pratica sempre em comunidade, consolidando entre si a melhor maneira de distribuir bondade e concórdia para todos.
O Jovem atual gosta de ser nômade.
È assim que ele transforma tudo e todos, e realiza igualmente a transformação para melhor de si próprio.
Juventude é sinônimo de mudança.
Mudança que é o movimento construtor de novas e diferentes possibilidades para todos.
5. Mente Indefinida
Em seus instantes de rapidez imediata e velocidade nômade, o jovem se vê em um processo permanente de construção da sua consciência, ainda indefinida em sua natureza e indeterminada em sua constituição, precisando de experiência e maturidade na formação de seus valores éticos e espirituais, de suas virtudes morais e religiosas e de suas vivências sociais e interpessoais, onde procura interagir criando amizades que constroem e compartilhar suas práticas de cada dia, no sentido de tornar possível os bons relacionamentos que mantém com outras pessoas, comportando-se então de maneira digna e respeitosa, responsável quase sempre, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, amiga e generosa.
Tal indefinição dos fenômenos de sua mente faz parte do processo constante de construção positiva de sua realidade interior, para o qual contribui efetivamente o intercâmbio de idéias e conhecimentos, vivências e experiências de seus colegas de faculdade, seus parentes e familiares de casa, seus amigos da rua ou do trabalho, e as amizades que vai construindo ao longo do caminho.
Pouco a pouco, com a sabedoria do tempo e a consolidação de seus princípios éticos e valores espirituais, vai se produzindo a sua racionalidade, que será boa ou má à medida em que abraçar ou não as boas experiências virtuosas de seu caminhar cuja essência necessita de uma boa experiência de Deus se é que deseja se tornar um bom cidadão no interior da sociedade em que vive, ajudando-a a crescer com estabilidade, progredir com constância e evoluir com coragem e determinação, desenvolvendo então a sua boa criatividade, os seus dons, talentos e carismas, colocando-os em prol da coletividade.
Vivendo assim se tornará uma pessoa feliz, a partir da construção de sua liberdade responsável e de seu comportamento equilibrado onde devem imperar o direito com o respeito, a ordem com a justiça, o bem e a paz, o juízo e o bom-senso.
Somente assim se dará bem na vida, terá amigos ao seu lado, receberá apoio dos colegas de trabalho e da família que o sustenta, crescendo forte nas virtudes praticadas, firme nas idéias que abraça e compartilha, corajoso nos empreendimentos que realiza, ativo nos trabalhos que desenvolve, esforçado nos empenhos que assume com compromisso e responsabilidade.
Eis o jovem de hoje.
Construtor de boas possibilidades para si e para os outros.
6. Atitudes Indeterminadas
Hoje, inseguro e instável, inconstante em suas ações, o jovem estudante ou trabalhador sofre com o indeterminismo de suas ideologias e experiências, achando-se assim confuso nos conhecimentos obtidos e turbulento nos pensamentos construídos, fruto de um ambiente de vida, família e trabalho, estudo e lazer, onde a lei é o desequilíbrio dos comportamentos e a norma é o desregramento dos relacionamentos, o vazio das informações e as dúvidas criadas pelas desordens mentais, pela indisciplina racional e prática e pela desorganização das idéias, símbolos e valores da consciência.
Desse modo, na vida cotidiana, vive a cultura do descartável em que no emprego pode ser mandado embora a qualquer momento, na família pode ser excluído do convívio de seus parentes, na rua pode entrar em conflito com conhecidos e ser vítima da violência de transeuntes, no supermercado pode lhe faltar o dinheiro necessário para fazer as compras, no jornaleiro pode discutir com colegas e se perder na confusão do debate, na padaria pode entrar em choque com o padeiro por não fazer boa apresentação das mercadorias postas nos balcões, no botequim ser criticado pelo excesso de cerveja no dia anterior, na farmácia reclamar por causa do alto preço dos remédios, e assim por diante.
Tudo isso configura o estado de indeterminação do estudante ou do jovem trabalhador em seu dia a dia, levando-o muitas vezes a fugir dessa rotina diária e buscar alternativas em outros lugares e diferentes momentos, optando às vezes pela mobilidade constante em seus afazeres, mudando-se toda hora a fim de distrair a sua cabeça, melhorar o clima a sua volta e aprimorar o ambiente antes discordante ali ora encontrado.
Tal estado de conflito e violência caracteriza bem a juventude moderna, que busca então novas oportunidades de fuga dessas realidades que lhe são contrárias, desenvolvendo pois atividades inúmeras tais como os jogos eletrônicos no computador ou no videogame, passeios turísticos e longas caminhadas no interior do Brasil, viagens ao exterior, esportes radicais, música e dança nas discotecas quase todo final de semana, cursos de atualização vocacional e de capacitação técnica e profissional, aulas na faculdade conquistadas com os vestibulares da vida e os ENEMs do cotidiano, ginástica esportiva, teatro e cinema, shows, eventos e espetáculos de ídolos famosos nacionais e internacionais, ou até refugiando-se nas drogas e no alcoolismo, na maconha e na cocaína, desestruturando assim a sua vida e desregulamentando a sua existência de cada momento.
Indeterminado, o jovem costuma perder o bom-senso das atitudes e o equilíbrio da consciência.
Torna-se então violento.
7. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
Tal ambiente descartável mexe também com a juventude em geral, aliás a principal vítima dessa cultura alienante e indeterminista, cética e duvidosa, incerta e incoerente, crítica e dialética, ignorada então pelos meios sociais como elemento improdutivo e desnecessário, inútil e niilista, o que produz nela conflitos de gerações e turbulências mentais e emocionais, confusões no corpo e na alma, e contradições espirituais e existenciais.
Atualmente, qualquer jovem, por preconceito da sociedade ou negligência das instituições, por ignorância das autoridades ou exclusão dos poderes constituídos, é em tese marginalizado em suas atitudes surpreendentes e em seus comportamentos instáveis e inseguros, como se fosse alguém sem voz e sem vez em muitos setores da cidade, e em muitos lugares e momentos urbanos e rurais.
Ser jovem não é fácil.
Seu convívio com a sociedade requer dele equilíbrio na mente, no corpo e no espírito, paciência diante dos contrários, tolerância e compreensão perante as adversidades diárias, boa atitude em meio às contradições sociais e culturais, políticas e econômicas.
Equilibrado e sensato é o jovem menos comum na sociedade de hoje.
8. Inseguro de vez em quando
Emitir opiniões sem fundamento algum, agir de modo inesperado ou surpreendente, fechar-se ao debate em sala de aula, esconder-se quando deveria expor-se em público, falar pouco e não discutir as notícias do dia a dia, obscurecer-se dentro de si mesmo, isolar-se dos amigos, parentes e familiares, fugir da realidade, buscar atividades alienando-se do cotidiano, procurar o seu individualismo próprio e a solidão quando precisaria estar em grupo ou em comunidade, não esclarecer certas situações injustas então ocorridas, desejar circunstâncias de risco onde se configure a gravidade de momentos de violência e agressividade, sonhar demais e realizar pouco, perder-se nas loucuras da imaginação que o eliminam do contexto real em que vive atualmente, desequilibrar-se e ignorar o bom-senso em algumas atitudes, descontrolar-se e ausentar-se de si próprio perdendo o completo autodomínio, assumir ações irreais e irracionais, faltar com a consciência nos comportamentos do dia a dia, brigar na escola e discutir com os vizinhos, soltar palavrões em demasia e xingar e violentar colegas ou conhecidos, entrar em choque com autoridades desrespeitando os superiores e seus poderes centralizadores, comprometer-se com a cultura da morte e a mentalidade baseada na maldade comportamental e na violência dos relacionamentos, não saber conviver com as pessoas em torno de si, tudo isso, enfim, demonstra a insegurança do jovem nos instantes do dia a dia e principalmente nos momentos de maior tensão e discórdia onde costuma perder a cabeça, irritar-se, ficar nervoso, e agir agressivamente.
Inseguro, ele busca garantias de vida e sobreviver diante dos ambientes de risco que suporta.
Com alguma malandragem, ele sustenta essa falta de segurança e ausência de equilíbrio mental e emocional.
Ele anseia por um lugar seguro na existência de cada hora e de cada instante.
9. Inconstante em certos momentos
Em algumas ocasiões, o jovem indivíduo se perde com atitudes inseguras, ações instáveis e comportamentos inconstantes, sobretudo na hora de assumir compromissos e abraçar responsabilidades, chegando quase sempre atrasado aos encontros marcados, esquecendo-se de documentos que deveriam ser mostrados naquele instante preciso, alienando-se do ambiente em que está naquele momento, “voando” ao lado das pessoas, faltando com a palavra junto a grupos de interesse e comunidades de ajuda e apoio, perdendo a dignidade e o respeito quando começa a falar de assuntos estranhos com temas esquisitos onde a ênfase é sobre violência urbana e péssimos relacionamentos que mantém com alguém, assumindo atitudes que envergonham os familiares, constrangem os amigos e desafiam as autoridades encarregadas de estabelecer a ordem em determinados lugares.
Tal inconstância no comportamento do dia a dia reflete uma juventude bastante alienada da realidade, que ignora seus direitos e lutas, deveres e obrigações, que foge de compromissos responsáveis, que não respeita quem quer que seja sobremaneira quem tem algum poder ou autoridade constituída, que perde o equilíbrio e o bom-senso em situações contrárias e circunstâncias adversas, que se descontrola violentamente quando está em grupo ou isolado, que não se domina nem sabe administrar razoavelmente o seu ego em relação aos outros.
Nesses momentos de insegurança pessoal e desequilíbrio social e ambiental é preciso que alguém o desperte para as suas responsabilidades sociais e o faça acordar para o respeito devido às pessoas a sua volta e que dele esperam atitudes dignas de um cidadão coerente com a sua boa consciência.
Esses transtornos da adolescência e anomalias da juventude caracterizam esse período caótico e turbulento, de pontos positivos e negativos, e que deve receber de seus protagonistas o compromisso com ações mais otimistas em sua vida, que revelem a todos o seu bom-senso racional e cordial, agindo sempre em prol do bem e da paz das pessoas em torno de si.
Se for bom e amigo das pessoas, o jovem certamente superará esses problemas, ultrapassará tais dificuldades e transcenderá realisticamente essas controvérsias e antagonismos do dia a dia.
Basta-lhe um pouco de bondade e concórdia.
Urge chegar mais perto de Deus.
10. Irrealista
Inserido em um contexto histórico local bastante complexo, confuso e turbulento, o jovem carioca e brasileiro carrega essas anomalias sociais, políticas e econômicas dentro de si, suportando em si as diversidades culturais e as contradições ambientais de uma Cidade e de um país emergentes, em vias de desenvolvimento, o que reflete nele as contingências temporais de uma nação que luta por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos os seus filhos, e ainda as contrariedades de relacionamento e os débitos de comportamento de pessoas aparentemente debilitadas, em crise de identidade, com o caráter transtornado e a personalidade ferida, tornando-o muitas vezes envolvido por sua própria capacidade de imaginar as coisas e os seres ao seu lado e em seu entorno, alienando-se então assim da realidade cotidiana a sua volta, assumindo pois condutas irreais e atitudes atemporais, revelando-lhe logo um certo estado de patologia que vai da doença mental à completa loucura da razão.
É assim que certas vezes o jovem de hoje se encontra perdido portanto em sonhos imaginários e em esperanças que não se concretizam, em anseios que não se realizam e em práticas que só o alienam do mundo real e atual que o cerca.
Tal realidade de sonhos e fantasias e de imaginações doentias se verifica por exemplo nos videogames e jogos eletrônicos onde o jogador se deixa envolver por um universo excêntrico, extravagante e irreal, que o expropria do lugar em que se encontra, o aliena do ambiente real onde está e o afugenta do convívio de pessoas, grupos e indivíduos que muitas vezes são os seus próprios familiares ou os amigos mais de perto, colegas de trabalho ou namoradas que há muito se relacionam com ele.
Irrealista em algumas horas, o jovem moderno então se esquece do momento presente, ignora o seu aqui e agora e não reconhece o local em que se encontra naquele instante.
Então, o jovem sonha alto, “voa” mesmo no chão, assume asas de avião e viaja dentro de si para longe de si próprio.
Vê-se pois completamente alienado.
11. Irracional
A Desrazão e suas conseqüências se traduz nessa etapa da juventude em opiniões não fundamentadas, em idéias desconexas e sem lógica alguma, na imaturidade dos ideais abraçados, na velocidade das informações prestadas, na rapidez de intuições sem raciocínios diretos, na inteligência que não pensa e se satisfaz com uma consciência bastante descartável, no silêncio que ignora a razão e desconhece a produção lógica dos conhecimentos, na falta de tempo para pensar em coisas boas e atitudes virtuosas, na ausência de idéias construtoras da boa racionalidade, na busca de valores inúteis e sem conteúdo algum, na procura por vivências cujas virtudes se apagam perante a dialética das experiências assumidas, na existência cheia de contradições vivas que favorecem os bloqueios mentais e a confusão dos raciocínios, na vida turbulenta onde a lógica perde para a ignorância das operações conscientes não desenvolvidas, na inconsciência dos pensamentos criados e na inconsistência dos ideais abraçados sem segurança alguma ou sem garantias de estabilidade em si mesmos, nos pontos de vista sem princípios e nos valores sem fundamento, nas práticas sem vida e nas experiências sem alma, no comportamento sem sentido e nas atitudes estranhas e esquisitas, nas ações truculentas e mórbidas que revelam a apatia de patologias comprometidas com o lado imaginário da consciência, na maldade que emburrece as pessoas e violenta os espíritos, na agressividade que nos faz ignorantes e perdidos nos obstáculos da boa racionalidade, na cultura de morte que nos cria barreiras obscuras que confundem a nossa boa inteligência, na carência de idéias que deveriam nos ajudar a superar os preconceitos mentais e as superstições religiosas, no vazio existencial que não ultrapassa os bons conteúdos de nossa boa espiritualidade, na dúvida da alma e na incerteza de pensamentos que não transcendem os transtornos da mente e as anomalias da razão, no nomadismo constante do corpo, da mente e do espírito, no imediatismo das ações impensadas e na rapidez das atitudes sem lógica definida, no indeterminismo das idéias concebidas, no endeusamento de símbolos naturais e imagens culturais que não precisam ser sacralizadas, no exagero de comportamentos radicais e na extravagância dos sentimentos vazios e na falta de transparência dos relacionamentos assumidos, na vivência de atitudes sem autenticidade, na inverdade de nossas racionalidades ocas sem princípios éticos e sem fundamentos espirituais originais, enfim, nesse complexo de turbulências mentais e emocionais, físicas e espirituais, se encontra a área desracional de nossas consciências, que tornam os jovens de hoje vítimas de sua própria ignorância, carentes de virtudes razoáveis e insatisfeitos com essa vida de caos generalizado onde as experiências embrutecem a inteligência e instabilizam a racionalidade, tornando-os seres impensantes, inconscientes e irracionais acima de tudo.
Eis o contexto de vida de uma existência onde o campo racional é superado pelas emoções do coração e os delírios da mente, as desrazões imaginárias e as idéias sem fundamento algum.
Essa a juventude atual.
12. Cordial, Romântico e Sentimental
Nessa idade de formação intelectual e desenvolvimento da racionalidade lógica e da consciência crítica e dialética, predominam o lado sentimental dos indivíduos, o romantismo de sonhos reais, a cordialidade das emoções experimentadas e o bom coração da juventude, que então articula momentos de música e arte, teatro e cinema, rádio e televisão, games e vídeos, jogos eletrônicos e instantes de internet, repertórios de computador e cultura de informática, ambientes digitais e virtuais, satisfazendo assim os seus desejos naturais e culturais, e realizando as suas necessidades humanas e cotidianas.
Nessa fase, o coração fala mais alto e a razão ainda está em vias de desenvolvimento, constituindo-se como inteligência operadora, dando lugar então ao fator sentimental das pessoas, às suas emoções mais fortes, aos seus anseios mais sinceros e profundos e aos seus desejos mais esperançosos.
É um tempo de sonhos que se realizam pouco a pouco.
Nesse tempo jovem, a sensibilidade é maior e os sentimentos são melhores que a inteligência, as emoções brotam à flor da pele e o romantismo torna-se até exagerado, produzindo as cordialidades de uma juventude que vai conquistando paulatinamente os seus espaços na vida e na sociedade, assumindo a sua temporalidade rica de repertórios culturais e plena de conteúdos de conhecimento, comprometendo-se com uma história de sucessos e realizações, de esperanças que não morrem, de realidades que são autênticas, verdadeiras e transparentes.
Eis uma época de vitória para o ser humano que sonha com realidades vivas, que podem ser verdade.
Essa a verdade de seus sonhos e a realidade de seu ser jovem.
13. Consciência Plural
Em meio a um mundo globalizado, de intercâmbios culturais em todos os sentidos, de ações interativas entre as pessoas e compartilhamento de bons conteúdos de conhecimento, o jovem atual vê sua cabeça carregada de possibilidades variadas, de fenômenos polivalentes e de essências racionais e conscientes que superam os limites das fantasias imaginárias e das loucuras doentias de companheiros que se deixam submeter aos arbítrios da imaginação, alienando-se da realidade em torno de si, vítimas de ideologias que manipulam as consciências, que exploram os bons sentimentos de grupos e indivíduos e que monopolizam as boas intencionalidades de cidadãos que só aspiram por uma sociedade justa e fraterna, livre e feliz, ordeira e pacífica, de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Em tal processo de construção de mentalidades que ignoram a cultura da maldade e da violência, o jovem moderno, otimista acima de tudo e de pensamento positivo em relação à vida, de bom astral e auto-estima elevada, tem dentro de si um imenso complexo de conteúdos de idéias criativas e de essências de pensamentos gerados tendo em vista a sua boa saúde mental e emocional, física e espiritual, e o seu bem-estar material, no tempo de hoje e na história cotidiana, realidades que ultrapassam as fronteiras do dia a dia e mergulham para além da eternidade da alma e da felicidade do espírito.
Assim, o espírito jovem contemporâneo acha-se inserido em muitas realidades dentro de si, o que o faz assumir um intenso fluxo de mudanças e movimentos a sua volta e um grande e gigantesco manancial de fenômenos substanciais que ocorrem em sua mente positiva, transformando a sua consciência agora plural e multidimensional em um banco de dados de fecundas alternativas e profundas possibilidades, gerando-lhe as mais novas e diferentes oportunidades de progresso material e espiritual, de evolução física e mental, de crescimento interior e exterior, e de desenvolvimento de sua fértil criatividade onde sobressaem os dons de Deus recebidos, os seus talentos profissionais e os seus carismas vocacionais.
Sua cabeça, então, carregada de conteúdos de boas idéias e ótimos conhecimentos, plena de essências criativas e originais e cheia de substâncias inteligentes, de ordem racional e consciente, se torna verdadeiramente um complexo de inúmeras atividades e de intensas possibilidades, fazendo-o produtor de felicidade para todos, a partir é claro de sua liberdade opcional, fonte de qualidade de vida e excelência de existência para si e para os que se encontram ao seu lado e em seu entorno.
Desde então, um novo universo se abre para a juventude, essencialmente grande e diferente, do qual recebemos imensos favores e largos benefícios, créditos sem fim.
Sim, parece que Deus nessa hora também se faz jovem.
14. Emoções Múltiplas
Essa juventude pluralista, polivalente e multifuncional, no seu percurso real e atual, temporal e histórico, apresenta um estado de vida onde as emoções são numerosas e diversas, reagindo conforme o ambiente vivido ou o contexto natural e cultural experimentado, e de acordo ainda com a herança genética e biológica deixada por seus pais.
Em tal processo de reações emocionais a tristeza se articula com a alegria, a paz e a tranqüilidade fazem um troca-troca com a violência e a agressividade, a calma e o sossego contrastam com o cansaço físico, a fadiga mental e o esgotamento espiritual, o amor diverge do ódio e do ciúme, a vida se encontra em constante conflito com a morte, o bem e a bondade ignoram o mal e a maldade, a concórdia nega a discórdia, a luz contraria as trevas, a justiça caminha com a ordem e o respeito, o direito abraça a verdade e a responsabilidade, o equilíbrio beija permanentemente o bom-senso, disciplina e organização se juntam e se unem, saúde e bem-estar estão de mãos dadas, amigos se criam e a generosidade se constrói, a fraternidade segue a mesma estrada da solidariedade, em um vai e vem diante do qual os jovens fazem as suas opções de vida e escolhem as suas alternativas de existência, produzem boas idéias e ótimos conteúdos de conhecimento, estudam e trabalham em prol de um presente bom e um futuro melhor, em que todos se amem de verdade, se respeitem uns aos outros e se valorizem pelo que são e pelo que têm.
Nesse quadro emotivo buscado pela juventude moderna encontramos o reflexo de sua consciência positiva e a revelação de sua liberdade otimista.
Entre negativismos e positivismos, otimismos e pessimismos, os jovens caminham construindo o bem e a paz a sua volta.
É o lado humano e divino da juventude de hoje.
15. Estudante de mão cheia
A busca do conhecimento e o desejo de seu compartilhamento com os outros, jovens ou não, parece ser uma das grandes características da juventude hodierna.
Cada vez mais e melhor inserido no mundo da informática, através sobretudo das lan houses onde é possível conectar-se com a internet, a rede mundial de computadores, o jovem de hoje é um estudante nato, realizando pela rede pesquisas e trabalhos universitários, redações e monografias grandes ou pequenas, ou mergulhando em outras mídias eletrônicas, novas realidades digitais e diferentes ambientes virtuais, a partir de que produz grandes conteúdos de aprendizagem, repartindo-os com seus amigos e colegas de trabalho, parentes e conhecidos, por meio de álbuns de fotos, textos e músicas, vídeos e cinemas, áudios e imagens, entre tantas possibilidades que a cibercultura hoje lhe oferece.
Assim, o jovem estuda, pesquisa e conhece, para depois interagir com outras pessoas e com elas compartilhar seu mundo de idéias, seja em escolas de ensino médio ou faculdades e universidades espalhadas pelo país afora.
Surgem de vez em quando os movimentos estudantis com sua cultura de novidades permanentes e mentalidade de opções diferentes que a tornam pioneira na animação de grupos e indivíduos, original no incentivo aos tristes e desanimados, e entusiasta na motivação dos mais fracos e limitados na procura de melhores condições de vida e trabalho para todos.
Esse lado estudantil da juventude moderna se apresenta como algo próprio da natureza do ser humano em geral, refletindo pois a sua ânsia por conhecimento e produção de boas, novas e diferentes idéias, e poder compartilhá-las com a sociedade.
Sim, somos estudantes por natureza.
16. Na era da Informática e da Internet
Com a ascensão do computador nos momentos atuais, as possibilidades reais da internet e a novidade que representa a cultura da informática, o jovem moderno abriu-se a um grande e diferente universo de oportunidades, renovou a sua consciência cheia de surpresas e boas tendências e se libertou das prisões das tradições morais e religiosas, dos preconceitos das ideologias sociais e políticas e das superstições de culturas alienadoras da realidade em que vive.
De fato, a rede mundial de computadores tornou possível uma verdadeira abertura às novas e diferentes possibilidades da juventude.
Em rede, o jovem pesquisa e adquire ótimos conhecimentos, produz novas idéias e as reparte com os outros, interage com os internautas e com eles compartilha os seus conteúdos de ensino e aprendizagem.
Hoje, o jovem é fundamentalmente cibernético, nativo digital, conteudista e produtor virtual, realizando intercâmbios culturais com todos que participam de seus pensamentos, admitem os seus ideais e respeitam a sua ética comportamental, se comprometem com os conhecimentos que compartilha e assumem interativamente os seus valores éticos, as suas virtudes espirituais e as suas vivências existenciais.
Assim, a juventude no instante presente cresce sem parar, progride na sua consciência positiva, evolui na conquista de sua liberdade e de seus direitos civis, e desenvolve a sua criatividade fecunda ajudando outras pessoas a serem felizes na vida, como ela própria o procura ser.
Realmente, o mundo da informática hoje abriu os novos horizontes da juventude, deu-lhe mais razão de ser e sentido de vida, imprimiu-lhe uma outra disposição agora mais otimista em relação à vida, animou-a nos seus trabalhos e atividades cotidianas, motivou-a a crescer com estabilidade e sustentabilidade, incentivou a sua luta de cada dia, e entusiasmou-a no envolvimento e compromisso livre e responsável com as novas mídias eletrônicas, as diversas formas de arte e ciência como a música e o cinema, o rádio e a televisão, o que constitui aqui e agora um gigantesco tesouro da juventude presente, a partir de que pode construir um mundo mais justo e fraterno, uma sociedade mais livre e feliz, e uma humanidade mais ordeira e pacífica.
Os jovens internautas de hoje são a grande esperança das sociedades humanas atuais.
17. A Música como opção
Nesse período de constantes surpresas e novidades permanentes, a música para o jovem de hoje parece ser a sua grande marca, a sua opção mais fundamental, a sua alternativa mais excelente, talvez porque a sua idade favoreça o surgimento de grandes ideais e belos sonhos, onde a sua sensibilidade é mais forte, os seus sentimentos são mais profundos e o seu romantismo é bem mais original e autêntico, tornando-o uma pessoa cujo ser é sumamente radical em que as suas essências de juventude são mais criativas e sinceras, o seu pensamento busca incessantemente o novo e o diferente, a sua existência se faz mais aberta a outras tendências e possibilidades, gerando-lhe, apesar de seus limites naturais e de suas fronteiras culturais, imensas oportunidades de trabalho e conhecimento, de onde se produzem boas idéias e grandes valores, ótimas virtudes e vivências cordiais e racionais, mas sempre procuradas com o necessário equilíbrio e o vital bom-senso, paradigmas que o transformam em um indivíduo sério e responsável, direito e de respeito, talvez não muito comum nos tempos atuais.
Com efeito, também a juventude moderna anseia por viver uma boa vida baseada em atitudes responsáveis, no respeito mútuo, no compromisso razoável com o bem da sociedade em que vive, através de ações fraternas e solidárias, ordeiras e pacíficas, nas quais revela que está de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Esses os jovens de hoje.
Brincalhões, mas responsáveis.
Humoristas, porém que sabem manter o respeito devido quando preciso.
Otimistas, todavia bastante realistas.
Positivos, embora saibam que o mal existe.
Bons e do bem quase sempre.
Pacíficos na maioria das vezes.
Amantes e apaixonados, sobretudo.
Eles desejam viver autenticamente.
Tal o sentido de seu ser, pensar e existir, hoje.
18. Ser artista quem sabe
Os traços característicos que identificam historicamente a juventude, sobretudo os jovens atuais, são definidos não apenas por sua estrutura biológica e seu sistema genético, todavia igualmente pela influência de seu meio ambiente de vida e trabalho, de relacionamentos constantes e comportamentos diversos, pela educação familiar recebida, pelos valores éticos e religiosos herdados de seus pais e colegas, pelo repertório cultural assumido durante a sua existência até aqui, pelas idéias produzidas e pelos conhecimentos obtidos, pelas virtudes praticadas e pelas vivências experimentadas, pela boa consciência que construiu até esse momento, por sua experiência na família e na escola, no emprego e na universidade, das quais sobressai certamente a sua qualidade artística, de onde opera seus esforços no desenho técnico, nas artes plásticas, na pintura e na escultura, na música e na literatura, na arquitetura e na engenharia, e assim por diante.
Como artista, o jovem cria as suas obras, produz boas idéias e desenvolve ótimos trabalhos, pesquisas e conhecimentos.
Tendencialmente, busca todas as formas de arte e cultura, assim como evolui na procura por discursos de ordem científica e tecnológica, histórica e filosófica, artística e religiosa, ética e espiritual, que articulem e possibilitem a interação entre o corpo, a mente e o espírito.
Eis o jovem hodierno: pluralista, polivalente, multifuncional, interativo, compartilhador, capaz de realizar ao mesmo tempo novos e diferentes intercâmbios culturais e sociais, políticos e econômicos.
19. Praticante de esporte
Esportes como Futebol, Voleibol, Basquetebol, Handebol, Ginástica, Natação e Atletismo, muito comuns hoje, têm a preferência de nossos jovens esportistas, com os quais aprimoram a sua saúde e bem-estar físico, mental e espiritual, desenvolvem as suas aptidões e anseios, desejos e necessidades, talentos e carismas, os dons recebidos de Deus e a sua natural criatividade, o seu lado vocacional e a sua área profissional para os quais segue a sua natureza específica de estudante ou de trabalhador já comprometido com o atual mercado de trabalho.
Nessas atividades, pode a juventude conquistar os seus direitos em sociedade, ganhar o pão de cada dia, receber um bom salário para as suas despesas pessoais, adquirir ótimas condições de vida e saúde, lutar por sua dignidade social, política e econômica, e lucrar com os estudos e conhecimentos que obtém ao longo desse caminho.
Desse modo, o jovem se sente mais cidadão e mais útil a sua comunidade local, capacitado para ajudar a humanidade na busca por melhores condições de bem-estar, saúde e educação para todos.
Então, ele se vê responsável, comprometido socialmente, emergindo economicamente e emancipando-se politicamente.
Já pode assim entrar na idade adulta mais seguro de suas opções de vida e mais consolidado nas suas alternativas de existência, diante das quais se abrem inúmeras oportunidades de trabalho e geração de capital para a sua sobrevivência enquanto cidadão brasileiro.
20. O Culto ao Lazer
Se o negócio é um programa de fim de semana, então lá está o coração da juventude participando de festinhas, discotecas, shows, grandes espetáculos, bailes funk, noitadas musicais, passeios, viagens de turismo, um filme de cinema, uma peça de teatro, um evento humorista, um festival de verão, uma rodada no Maracanã, um samba na Marquês de Sapucaí, o desfile das escolas de samba no carnaval carioca, musicais com dança e novela, temporadas de rádio e televisão, jogos eletrônicos e videogames, audiovisuais sobre temas divertidos e assuntos variados, enfim, gostar de brincar e se divertir, eis o prato predileto dos jovens de todos os tempos e de todos os lugares.
Além de distrair a cabeça, o lazer faz bem à saúde mental, física e espiritual, conduz ao bem-estar material, emocional e existencial, torna as pessoas mais contentes com a vida, mais felizes em viver e existir, mais alegres e otimistas, animando-se para o trabalho mais tarde, ou para uma bela noite de sono onde pode descansar de suas atividades e esforços por felicidade.
O Jovem gosta de ser feliz.
Ele ama a recreação, a distração e o divertimento.
Ali, ele sonha com projetos realizáveis.
Lá, ele concretiza os seus desejos de vida boa e esperança por melhores dias.
Eis o seu carisma fundamental, o seu dom especial, o seu talento extraordinário, a sua criatividade essencial, a sua vocação mais interessante, a sua profissão de saber jogar e se dar bem na vida.
É o jovem e sua cultura de lazer.
21. Efeitos da Globalização
O Fenômeno da Globalização também contagiou os jovens atuais dando-lhes mais interatividade em seus relacionamentos diários, permitindo-lhes realizar intercâmbios culturais com pessoas no mundo inteiro sobretudo por meio da internet, propiciando-lhes atividades compartilhadoras de seus conteúdos de conhecimento, ajudando-os a repartir e distribuir as suas boas idéias e grandes ideais dentro das esferas política, social e econômica, oferecendo-lhes oportunidades diversas de trabalho individual e coletivo, condicionando-lhes a criação de novos, bons e diferentes amigos, proporcionando-lhes o engajamento nos exercícios de fraternidade, solidariedade e generosidade entre comunidades locais, regionais e globais, o que na verdade tem trazido ao conjunto da humanidade maiores chances de sobrevivência e melhores condições de vida, saúde e educação para todos.
Globalizada, a juventude moderna opera hoje transformações radicais e essenciais no presente conceito de família, nos valores da sociedade em que se encontra, nas virtudes que pratica junto com outros grupos e indivíduos, nas vivências abraçadas com as quais nos abre para uma nova e diferente visão da realidade, uma outra interpretação dos seres e das coisas que estão a nossa volta, um bom entendimento de realidades que antes eram carregadas de preconceitos mentais e sociais e de superstições morais e religiosas, uma cabeça mais consciente e responsável, capaz de respeitar quem se acha ao nosso lado e em torno de nós, mantendo sempre o bom-senso da vida e o equilíbrio da existência diante dos problemas de cada dia e de cada noite e perante as contradições e as violências cotidianas com que convivemos a todo instante.
Graças aos jovens, somos mais colaboradores uns com os outros e mais cooperativistas, trocando idéias e conhecimentos constantemente, o que de fato nos causa maior bem-estar e melhor saúde física, mental e emocional, espiritual e existencial.
Globalizados, somos mais livres e responsáveis, mais felizes e respeitosos, mais fraternos e solidários, mais amigos e generosos, mais justos e equilibrados, mais ordeiros e pacíficos, mais sensatos e autocontrolados.
A Globalização nos trouxe mais liberdade, fonte da felicidade.
22. Conflito de Gerações diferentes
O Constante choque de idéias, valores e vivências entre pais e filhos revela uma juventude com caráter próprio e personalidade específica, com uma experiência de vida onde se reflete a busca da novidade permanente, o compromisso com a liberdade, fonte de felicidade, o desejo de uma outra perspectiva de vida e existência em que a visão da realidade é diferente da tradição familiar, se procura observar o mundo, os seres e as coisas com os olhos da bondade humana, da paz interior assumida com responsabilidade, do respeito mútuo através do qual se tenta encontrar uma sociedade mais digna e feliz, mais ordeira e fraterna, mais generosa e solidária, mais justa e direita, mais autêntica e verdadeira, mais transparente em suas atitudes e experiências do dia a dia.
Essa nova e diferente geração de jovens autênticos luta por uma humanidade de bem com a vida e em paz consigo mesma.
É uma juventude lutadora, que trabalha incessantemente para o bem e a paz social, política, econômica e cultural.
São jovens engajados na batalha da vida, na guerra cotidiana por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação para todos.
São jovens felizes por fazerem os outros felizes.
23. As transformações sociais, políticas e econômicas
A Cabeça da juventude hoje como sempre é o reflexo do seu meio ambiente natural e cultural, social e econômico, político e ideológico, ainda que o fator genético e biológico influencie o seu comportamento cotidiano.
Assim, as mudanças temporais afetam a consciência humana historicamente mutável, acompanhando o progresso da humanidade, os problemas urbanos e rurais como a violência das ruas e a agressividade das pessoas, os transtornos mentais e emocionais e as anomalias espirituais e existenciais, as alterações físicas e os movimentos de sua inteligência criadora, a sua produção de novos e diferentes conteúdos de conhecimento e as suas atitudes eticamente equilibradas ou não.
Observa-se portanto a relação biunívoca entre pensamento e realidade, um agindo positivamente ou não sobre o outro, definindo a sua estrutura do bem e do mal, e determinando a sua sistemática nem sempre otimista onde o que prevalece são os conflitos entre os bons valores da consciências e as experiências negativas de vícios que se sobrepõem às virtudes de sua idade, revelando o combate constante entre situações justas e injustas no meio da coletividade.
As vivências históricas, reais e atuais do seu dia a dia afetam a sua interioridade, em que a racionalidade humana tomará certamente o caminho bom de qualidade de vida ou se entregará à falta de bom-senso com ações que desvelam então uma imaginação doentia e um comportamento patológico.
De fato, as transformações externas contaminam bem ou não o lado interno da juventude.
Somos definidos pelas mudanças no meio ambiente e determinados pelos movimentos sociais, políticos e econômicos.
Somos partes da natureza e elementos de uma cultura permanentemente alterada, renovada e diversificada, que nos levam a compromissos com o bem das pessoas e a paz da humanidade ou nos encaminham para realidades contraditórias que se opõem à constituição natural do nosso ser, pensar e existir, e às consolidações espirituais de nosso corpo, mente e espírito.
Pertencemos ao mundo que se transforma dentro e fora de nós.
24. Entre a Cultura da violência e a Mentalidade do bem e da paz
Esse período real e atual da juventude moderna é atravessado constantemente por duas realidades que se opõem e se contradizem diariamente, mostrando de um lado a força do bem que constrói e da paz que acalma, e por outro lado a cultura da violência presente e insistente nas ruas urbanas e nos campos rurais, a agressividade de grupos e indivíduos que cultuam a maldade das atitudes e a guerra das relações, dividindo a sociedade presente entre os construtores da ordem social e os destruidores da paz pessoal e do bem coletivo.
Também os jovens de hoje estão aqui e agora diante dessa alternativa concreta: ou adoram a Deus ou abraçam o diabo em suas vidas de cada dia.
A Tendência natural é a de que os moços se comprometam com o amor e a vida de todo instante e ignorem as contradições do meio ambiente em que vivem, desprezem o pessimismo das pessoas que estão ao seu redor e menosprezem o negativismo de quem hoje está de mal com a vida, inseguro em sua existência diária, intranquilo perante os problemas da realidade e instável física e mentalmente, inquieto nas situações adversas e irreverente nas circunstâncias contrárias.
Os jovens atuais precisam de Deus.
Somente desse modo manterão o seu entusiasmo apaixonante, sustentarão a sua alegria contagiante, consolidarão o seu otimismo positivista e tornarão estáveis a sua maneira de ser feliz e o seu jeito sereno de ser contente com quem quer que seja.
O Bem e a paz naturalmente acompanham a juventude de ontem, de hoje e de sempre.
Apenas a sua cultura real e diversificada pode desfazer esse quadro animador.
25. Poético e Eclético
Outros de muitos caracteres que identificam a juventude real e atual do mundo moderno são sem dúvida o seu lado poético de encarar a vida de cada dia e o seu modo eclético de conviver com as pessoas que estão ao seu lado e em torno de si.
Poeticamente, o jovem de hoje se faz de artista para amenizar as contrariedades da vida, suportar os sofrimentos diários e animar o seu cotidiano cheio de oportunidades, alternativas e possibilidades, tornando assim mais otimista e alegre o seu contato permanente com as pessoas, o seu convívio com os problemas da realidade e os seus relacionamentos de lazer e trabalho, de família e de rua, de escola e sociedade.
Ecleticamente, o jovem hodierno busca diferentes idéias mas que sejam boas em diversas ideologias políticas, em novas ou antigas filosofias de vida, em variados universos culturais e musicais, abstraindo pois desses campos de discurso plenos de repertórios de ótimos conhecimentos o que de melhor possuem, para depois constituir as suas próprias teorias e práticas baseadas nesses mundos ideológicos e psicológicos carregados de saberes de qualidade que possam moldar as suas ações e modelar as suas atitudes, o que lhe dará condições suficientes para bem viver em sociedade.
Assim, o cidadão da bela idade se faz de artista e poeta para bem suportar a vida e oferecer uma direção otimista e positiva a sua existência, ao mesmo tempo em que se torna eclético nas idéias que abraça e nos conhecimentos que mantém a fim de administrar bem a sua consciência em formação e trabalhar melhor o seu comportamento em meio à sociedade, diante de uma humanidade em mudança constante e móvel, disposta a assumir responsavelmente os novos e bons valores de sua mente pluralista e as grandes virtudes de suas experiências culturais, tendo sempre como foco principal o que eles podem nos ajudar em termos de bondade e respeito às pessoas, fraternidade e solidariedade entre comunidades que caminham juntas, embora muitas vezes desunidas.
Desse modo, o jovem atual carrega a sua existência de cada dia com leveza de alma e serenidade de corpo, doçura de espírito e suavidade mental e emocional, física e espiritual.
É o jovem caminhando assim com as suas próprias pernas, ajudado pelas novidades da vida e os detalhes e as diferenças de sua existência de todo momento.
Dessa maneira, ele é mais forte nas adversidades, aberto diante das prisões ideológicas, novo em relação aos seus bloqueios mentais e livre de suas escravidões psicológicas, superstições morais e religiosas e preconceitos da sua mente tradicional que agora e sempre apela para a sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade.
Em nome da liberdade, ele empreende pois todas as suas mudanças e atividades.
26. Crítico e Dialético
O Fato de estar em uma época de vida cheia de surpresas, novidades, tendências, alternativas, possibilidades e oportunidades, faz com que esse cidadão jovem carregado de esperança, sonhador e pleno de desejos e anseios, critique os modelos antigos e tradicionais de valores e culturas voltadas para a mentalidade do passado, que ainda não se abriu para as novas perspectivas de uma sociedade em permanente mudança, que quer crescer moralmente, progredir espiritualmente e evoluir física e mentalmente, desenvolver a sua fecunda criatividade, os seus dons naturais e os seus talentos culturais, os seus carismas políticos e sociais, a sua emergência financeira e econômica, a sua emancipação ética, em meio a um ambiente propício a movimentos de libertação ideológica e psicológica, comprometidos com o bem da sociedade e a paz da humanidade, com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, com a boa saúde das pessoas e o bem-estar geral das comunidades que aspiram por maior qualidade de vida e melhores condições de trabalho e emprego, saúde e educação.
Embora crítico das tradições antigas e dos modelos de estabilidade institucional, os jovens de hoje também se vêem dialéticos, caindo muitas vezes em contradições morais, espirituais e existenciais, pessoais e interpessoais, individuais e coletivas, o que os torna vítimas de princípios mais firmes e mais sólidos que ainda imperam no conjunto das sociedades humanas.
Então, suas bases teóricas e seus determinismos comportamentais se chocam com os fundamentos consolidados de um sistema social bem estruturado que não aceita o seu entusiasmo renovador nem coopera com suas motivações aparentemente libertadoras.
Assim, crítico das coisas antigas e deficiente diante de princípios consolidados da sociedade em que vivem, esses jovens vivem a crise da mudança, estão na berlinda de valores que ainda não se renovaram e se perdem em vivências que estão longe de garantir os seus direitos de cidadão emergente e que luta por um lugar na estrutura dessa mesma sociedade que parece rejeitá-lo.
A Juventude então luta para sobreviver perante o império das autoridades competentes e seus modelos tradicionais de estabilidade constitucional e institucional.
27. Eustático e Insofismático
Tal momento da juventude é construído com eustaticidade – busca-se o mais profundo fundamento das coisas – através de um caminho insofismático e autêntico, verdadeiro e transparente, bases do seu edifício inovador, criativo, original, surpreendente, libertador...
Eis a essência do ser jovem: a sua autenticidade.
Com ela, eles abrem o seu caminho, renovam as suas possibilidades e esperanças, e se libertam de seus preconceitos e superstições.
A partir dela, tornam-se justos, vivem uma vida de direito e de respeito, constroem a paz de suas vidas em formação.
Dela, nascem os bons valores de sua consciência e as boas virtudes de sua experiência.
Sem ela, não é possível a liberdade e a felicidade.
Em função dela, produzem as suas atividades diárias, dirigem-se a shows, eventos e espetáculos, cultuam os seus ídolos musicais e abraçam as suas ideologias políticas e sociais, criam os seus trabalhos cotidianos e geram os seus conhecimentos carregados de ótimo conteúdo.
Eis a juventude na sua essência vital, na sua substância real e atual, no seu ser fundamental, no seu pensamento básico e na sua existência temporal e eterna.
Por isso, somos eternos jovens.
Porque a nossa natureza humana traz em si essa fonte de vitalidade e eternidade que não perderemos jamais: o seu anseio pela verdade, por ser sempre autêntica em suas ações, paixões e decisões, a transparência de sua ética comportamental, a sua eustaticidade.
Somos insofismáticos.
28. A sua transparência ética
A Idade jovem é um tempo de verdades abraçadas e de certezas assumidas com transparência ética e autenticidade espiritual.
Nesses momentos de surpresas e novidades adquiridas, e diante das transformações ao seu lado e em torno de si, o ser jovem se torna mais feliz e satisfeito com esse estado de metamorfoses provocadoras de sua liberdade, fonte da verdadeira felicidade.
Eles se fazem mais sensatos diante dos problemas cotidianos e mais equilibrados perante os conflitos e as dificuldades do dia a dia.
É a juventude moralmente bem e espiritualmente feliz e em paz com os seus semelhantes.
Tal transparência de virtudes praticadas e de experiências realizadas com sucesso em sua trajetória de vida, faz com que as pessoas mais jovens se transformem em sujeitos fraternos uns com os outros, mais amigos da sociedade a que pertencem e mais solidários com os seus, ajudando-os sempre a terem mais qualidade de vida e riqueza de conteúdos sociais e culturais que se identificam com a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo.
Mais autênticos, os jovem se tornam indivíduos felizes, e assim fazem igualmente os outros felizes.
Essa a liberdade conquistada por essa juventude que faz da verdade a chave da sua liberdade, base da felicidade verdadeira que vive no convívio com os seus parentes, amigos e familiares.
Eis o que faz o jovem feliz.
A sua autenticidade.
29. A sua espiritualidade natural
Algo que faz parte da essência da juventude é a sua natural busca de Deus, o respeito pelas coisas sagradas e a valorização do além, da imortalidade da alma, da eternidade do espírito e da infinitude do tempo que se faz eterno, ainda que não entenda bem esses entes espirituais nem compreenda razoavelmente essas realidades transcendentes.
Todavia, o jovem de hoje procura naturalmente a Deus, Aquele que é o Fundamento de todos os fundamentos, que responde a todas as suas perguntas existenciais e soluciona todas as suas dúvidas e incertezas de ordem psicológica, social e espiritual.
Naturalmente, os jovens modernos anseiam pelo infinito, desejam mergulhar já na eternidade futura do além e viver autenticamente as realidades que superam o tempo e a história, ultrapassam os limites do pensamento humano e transcendem o ambiente de aqui e agora, nesse contexto de temporalidades que se contrastam e se interrogam, e de historicidades que refletem os apelos do eterno e das realidades infinitas que se encontram acima de nós.
Assim, experimentam já a Divindade sob as limitações das realidades humanas e naturais, temporais e históricas.
É o jovem transcendendo a si mesmo, uma das características substanciais da juventude dos tempos atuais.
Os jovens querem se superar.
Vivem aqui e agora a superação de si mesmos.
É uma marca da sua transcendência.
É um reflexo de Deus dentro do coração da juventude.
Naturalmente, ela deseja se ultrapassar a si mesma.
É a juventude transcendente de nossos dias de hoje.
30. Projetos nem sempre concretos
Muitas vezes, em sua jornada de existência e trajetória de vida, os jovens ficam mais nos sonhos do que na realidade. Então, se alienam, não participam de seu momento histórico, não comungam com os problemas da sociedade a que pertencem, entregando-se a um mundo de perspectivas onde reinam o fator imaginário da consciência, a irrealidade de seus comportamentos e a irracionalidade de seus pensamentos bem longe de terem concretude no convívio com o seu ambiente social, político, econômico e cultural.
Fogem assim para a arte e a música, o teatro e o cinema, se envolvem em eventos e discotecas, baladas da noite e prazeres da madrugada, paqueras improvisadas e namoros descartáveis, fazendo dos sonhos a sua realidade mais viva e verdadeira.
Isso reflete a sua fuga de compromissos dentro da sociedade.
Preferem ser sonhadores, não querem sofrer as amarguras da realidade nem sentir o lado triste da vida e a angústia do trabalho em meio a problemas sociais, conflitos políticos, intempéries culturais e inadimplências econômicas.
Talvez seja essa a questão mais problemática do atual instante da juventude moderna.
Perder-se em sonhos irrealizáveis.
Misturar-se com a confusão de uma sociedade que complica a sua cabeça e só lhe causa transtornos mentais e emocionais, e distúrbios psicológicos e espirituais.
Sim, esse é o grande problema da juventude de hoje.
A Alienação da realidade.
A Fuga de compromissos.
A Irrealidade de suas práticas.
A Irracionalidade de sua consciência.
Nesse sentido, diz-se que os jovens estão doentes.
Porque encontram também na internet uma oportunidade para fugirem da realidade feita de interrogações sérias que exigem uma resposta responsável e uma atitude de respeito de quem padece de tal problemática real.
São os jovens alienados.
31. Ações polivalentes
Um dos registros comportamentais que marcam a presença da juventude em nosso meio, hoje, é a sua capacidade operacional de realizar ao mesmo tempo muitas tarefas e diversas atividades, mostrando na prática o seu poder polivalente de bem concretizar as suas experiências cotidianas no interior do convívio com os que estão ao seu lado e em torno de si.
Assim, os jovens sabem trabalhar com várias alternativas simultâneas de ações e operações que interagem entre si, se completam umas com as outras, se enriquecem mutuamente, fazendo intercâmbios culturais, sociais e artísticos que revelam a reciprocidade de seus conteúdos de conhecimento, compartilhados por entre parentes, amigos e familiares, colegas de emprego e garotas cuja paquera é feita algumas vezes segundo padrões descartáveis onde o seu fundamento é a instabilidade de emoções e a transitoriedade de idéias e valores quase sempre inconstantes, inseguros e relativos, ainda que tal juventude possa igualmente se sustentar a partir de princípios estáveis, permanentes e absolutos, consolidados certamente de acordo com a formação familiar e a cultura ambiental obtida em sua trajetória de vida e jornada de existência feita através de transformações nas sociedades em que vivem atualmente.
Tal mundo de metamorfoses sociais e econômicas, políticas e culturais, fazem a cabeça dos jovens, que tentam deste modo se virar como podem dentro dessas comunidades mutáveis cujo movimento de mudanças e alteridades, mobilidades permanentes e realidades sem estabilidade os tornam sujeitos a um contexto de interesses que não se sustentam e não possuem a garantia interior de ideais consolidados com o tempo e segundo o bom ambiente de bem e de paz em que deveriam viver e existir cotidianamente.
Sim, os jovens são polivalentes.
Tal característica hodierna reflete a sua disposição de ajudar a construir um mundo melhor de boas tendências para a sociedade e de grandes possibilidades para as comunidades a que pertencem, de ótimas alternativas de trabalho para os seus companheiros de caminhada e de excelentes oportunidades de compromisso sério e responsável com as pessoas que os cercam.
Talvez seja essa hoje em dia uma gigantesca novidade na vida da juventude moderna.
É o jovem multifuncional.
32. Muitas tarefas para uma só cabeça
Esse fluxo de tendências positivas e de possibilidades reais que tornam os jovens pessoas engajadas em seus sonhos cheios de esperança e em seus projetos carregados de realidade, transformam eles em núcleos polivalentes de construção de novos e diferentes conteúdos de conhecimento e em centros geradores de várias alternativas de trabalho e diversas oportunidades de compromisso com a sociedade em que se inserem cotidianamente.
Deste modo, eles realizam muitas coisas ao mesmo tempo, resolvem conflitos e solucionam problemas segundo a sua visão ainda imatura da realidade, produzem atividades de acordo com os gostos e os dotes de sua natureza surpreendente feita de emoções que se expandem e de atividades que enriquecem psicológica e espiritualmente a si e aos outros.
Vivendo a globalização dentro e fora de si mesmos, eles experimentam esse complexo de intercâmbios culturais, sociais e ambientais em seu entorno, compartilham idéias, sentimentos e práticas uns com os outros, e fazem da interatividade de relações que se criam e de comportamentos que se geram o seu universo de cooperações mútuas e de colaborações recíprocas em torno de uma temática que envolve a boa saúde e o bem-estar da juventude em geral.
De mente multifuncional e de consciência bastante polivalente, ele, o jovem atual, comunga com eventos e atividades transformadoras para melhor de sua realidade dinâmica, participa de shows, discotecas e espetáculos que movimentam a sua criatividade inovadora, cultiva sons e imagens, músicas e cinemas construtores de novas e diferentes experiências de aprendizagem, educando-os assim para a vida cotidiana e preparando-os para o que der e vier em termos de trabalho e emprego, sexo e família, casa e amigos, rua e choques com as gerações passadas com quem debate e toma iniciativas em face do seu presente e futuro no interior da humanidade.
O Jovem hoje é um complexo de possibilidades.
Sua cabeça é um mundo fecundo e profundo de transformações radicais que se reflete nos grupos e comunidades onde se encontram.
Suas atividades são metamórficas.
33. Dinâmico e mutável
Em meio a transformações radicais que se processam no interior das sociedades a que pertencem, os jovens de hoje se acham dentro de um movimento transitório ou não de suas estruturas mentais, emocionais e espirituais em constante mudança, acompanhando assim a realidade que os cerca, o ambiente social que os envolve e o contexto político, econômico e cultural em torno dos quais giram a sua vida cotidiana e a sua existência inovadora e cheia de surpresas do dia a dia.
Os jovens pois mergulham nessa realidade de metamorfoses profundas que alteram bem o seu ego e o seu interior, fazendo-os mais sujeitos à mutabilidade de seus corpos, mentes e espíritos.
A Juventude então realiza a sua mudança para melhor de seus valores morais e religiosos, de seus princípios éticos e espirituais, configurando assim em si e nos outros maior bem-estar pessoal e coletivo, e saúde existencial identificada com as raízes de uma sociedade voltada para o bem de sua gente e a paz de suas comunidades, fugindo da violência urbana e rural e das agressividades psicológicas e sociais que a tornam patologicamente enfraquecida.
Surge pois a juventude comprometida com mudanças permanentes e transformações constantes, assumindo em si a construção de um mundo mais justo e humano, fraterno e solidário, ordeiro e pacífico, saudável e agradável.
Sim, os jovens são agentes transformadores de suas realidades cotidianas.
34. Movido pela esperança
Parece que o ser humano em geral costuma fazer da esperança por dias melhores o motor da sua existência cotidiana, capaz de empurrá-lo para frente e para o alto, animá-lo na prática das virtudes e dos bons valores e princípios da sua consciência, motivá-lo a caminhar construindo o bem e a paz a sua volta, incentivá-lo a estar bem socialmente seguindo as normas da sociedade em que se insere no dia a dia e abraçando as regras mentais da sua racionalidade transformadora para melhor das realidades diárias e noturnas ao seu lado e em torno de si.
Também os jovens vivem de sonhos e praticam a esperança, criam fantasias e imaginam realidades que possam viver e experimentar dentro de um presente e futuro bem próximo.
A Esperança move a juventude.
Com ela, se entusiasma para construir o que é bom para si e para os outros.
Sem ela, não tem desejos nem consegue suspirar por tempos cheios de vida, que a tornam mais saudável e agradável, mais otimista e alegre, mais sensata e equilibrada.
Os jovens precisam de esperança.
Não só eles, como todos nós.
35. Novos tempos, novos valores
Com o ritmo e o processo de transformações que se operam em todas as esferas das sociedades humanas de hoje, seja na área política e social como no campo econômico e cultural, observamos que novos tempos estão surgindo, novos valores se vêm criando, novos princípios se produzem, novas regras se estabelecem e novas normas se consolidam.
Com essas comunidades temporais e históricas, locais e regionais, e globais, os jovens crescem, progridem material e espiritualmente, evoluem física e mentalmente.
Através de sua criatividade original, com seus pontos de vista diferentes, equipados com seus talentos naturais e carismas que a vida lhes concedeu, obtendo uma diversidade de conhecimentos fecundos e profundos, participando de ações comunitárias e de eventos esportivos e artísticos, políticos e religiosos, comungando com gerações de outrora e com o presente e o futuro das novas investigações científicas e variadas conquistas tecnológicas como a internet, o rádio e a televisão, os jovens atuais vivem no momento a sua própria metamorfose circunstancial, onde se abrem para novas perspectivas de vida, outras alternativas de existência e diferentes oportunidades de emprego e trabalho, de relacionamentos saudáveis e de comportamentos agradáveis aos olhos de todos.
Deste modo, a juventude adquire para si e para os outros valores mais consistentes e princípios mais firmes e fortes.
Surgem hoje pois jovens mais preparados para essa realidade de mudanças e de movimentos transformadores dos ambientes vividos e dos contextos experimentados, diante de um mundo globalizado que deles exige um compromisso responsável com o bem-estar de suas comunidades e a saúde individual e coletiva das sociedades humanas a que pertencem.
Temos uma juventude também mais séria e que merece o nosso devido respeito.
São jovens comprometidos.
36. Diferentes virtudes, diferentes vivências
Boas coisas também têm os jovens de hoje.
Suas virtudes do bem que fazem e da paz em que vivem.
Suas experiências de respeito mútuo e de responsabilidade recíproca.
Suas vivências de bondade e de concórdia.
Suas práticas de fraternidade e de solidariedade, amizade construída e generosidade em comum.
Seus comportamentos de amor e vida onde namoram e paqueram sem parar.
Seus empenhos de trabalho criativo e de esforços por ajudar as pessoas ao seu lado e em torno de si a ser alguém na vida.
O Amor à família e o desejo de ter amigos e de ser amigo de outros.
Sua visão aberta da realidade.
Sua ânsia de renovação de costumes, hábitos e atitudes.
Sua busca por libertação dos preconceitos das gerações passadas, das tradições dos mais velhos e das superstições religiosas e obstáculos morais das sociedades em que vivem.
Sua abertura a novas tendências e diferentes possibilidades em termos de cultura e conhecimento.
Sua procura por liberdade e felicidade.
Sua crítica às barreiras da sociedade quanto à liberdade de expressão e manifestações de valores estabelecidos e princípios consolidados que eles às vezes questionam.
Seu amor a Deus.
Sua autenticidade.
Sua verdade existencial.
Sua transparência ética e espiritual.
Seu desejo de viver.
Seu gosto pela vida.
Seu lado artístico e musical.
Seus momentos recreativos e esportivos.
Seus instantes de lazer.
Sua ajuda aos pobres e menos favorecidos.
Suas ações favoráveis à dignidade humana e aos direitos dos grupos e indivíduos por mais saúde e bem-estar pessoal e coletivo.
Sua ânsia por novidade.
Seu desejo por eternidade.
37. Cheio de tendências e pleno de possibilidades
O Fluxo de atividades e seu complexo de transformações e intercâmbios culturais, sociais e ambientais, políticos e econômicos, tornam a juventude moderna comprometida com as boas tendências dos trabalhos que realizam e feliz pelas ótimas possibilidades de criatividade em seus eventos, jornadas e empreendimentos, além de encontrar excelentes alternativas de sucesso em suas experiências com arte e música, teatro e cinema, rádio e televisão, e a rede mundial de computadores a internet, bem como achar outras, novas e diferentes oportunidades de crescimento interior, desejo de progresso, satisfação de suas necessidades e realização de seus interesses mais fundos e profundos em termos de moral e espiritualidade, ciência e tecnologia, história e filosofia, ética e religiosidade, esporte e lazer.
Em meio a um ambiente social de mudanças rápidas e movimentos superadores de si mesmos, os jovens caminham seguros em suas idéias revolucionárias e surpreendentes, abraçando ideologias cujos princípios garantem a sua sustentabilidade histórica e cujos valores fazem com que mantenham relacionamentos e atitudes aparentemente estáveis, estabelecidos com certo rigor comportamental e consolidados no interior de suas famílias e relações amorosas, junto a seus amigos e companheiros, no convívio com a sociedade em que vivem, produzindo assim em si e em seu entorno as condições reais e atuais de fraternidade e solidariedade entre si, e responsabilidade sincera e autêntica, verdadeira e transparente, com o bem que devem fazer e a paz que devem viver e construir dentro do contexto temporal em que realizam a sua existência cotidiana.
Eis portanto o estado de vida e a situação existencial dessa juventude ansiosa por transformar os seus ambientes culturais, construir novas realidades de cooperação mútua e colaboração recíproca entre seus grupos e indivíduos preocupados com a evolução de seus parceiros de caminhada, e ocupados com colegas e comunidades cuja intenção positiva é criar novos momentos de amizade construtiva onde a generosidade entre eles torne possível o desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, talentos e carismas, capaz de realizá-los profissionalmente e satisfazer as suas vocações naturais junto à convivência humana e cotidiana.
Eis pois as circunstâncias sociais e culturais que permitem a saúde e o bem-estar de uma juventude em constante metamorfose, construtora de realidades cada vez mais e melhor identificadas com a boa qualidade de vida e riqueza de conteúdos espirituais, físicos e mentais que toda sociedade deve possuir.
São os jovens transformando a realidade em que vivem e transformando-se interior e exteriormente tendo em vista o progresso vital de toda a humanidade.
38 . O Desejo do barulho e a ausência do silêncio
Talvez o que marque mais claramente a juventude de hoje é a sua ânsia por movimento e barulho, participação em eventos culturais, artísticos e esportivos, atividades que envolvem jogos eletrônicos, os famosos games, trabalhos realizados via rede na internet, produção e consumo de música, teatro e cinema, comunhão com o rádio e a televisão, interesse por discotecas e baladas da noite e da madrugada, sexo descartável, ideologias políticas e partidárias, campanhas de solidariedade e fraternidade, mobilizações em torno de sua religiosidade, cooperação com as transformações da sociedade, colaboração em debates científicos e discussões referentes a problemas de ordem social e ambiental, busca por opções de liberdade em conflito com gerações passadas, procura por felicidade em grupo ou individualmente, realizações profissionais e vocacionais a partir do seu esforço de criatividade gerando ações de saúde pessoal e bem-estar coletivo com qualidade de vida que possa inclusive ultrapassar os limites da excelência e as fronteiras da perfeição, enfim, os jovens atuais buscam o silêncio apenas para reordenarem suas vidas internas e atitudes comportamentais geradoras de paz interior e tranqüilidade do corpo e da alma, calma espiritual e repouso de suas práticas cotidianas, após dias e noites de intensos e extensos trabalhos em que sobressaem o barulho dos recursos digitais e eletrônicos, o uso de tecnologias sofisticadas e suas técnicas de som e vídeo bem enriquecidas de conteúdos virtuais, quando então ajudam a sua maneira o progresso das sociedades a que pertencem e o desenvolvimento dos campos e cidades onde vivem, garantindo assim a evolução da consciência humana dentro e fora das realidades imanentes, transcendentais e transcendentes da existência da humanidade local, regional e global, no tempo que se chama hoje.
É interessante notar que o cultivo do som agressivo ou barulho intenso já faz parte de uma cultura jovem em que se enfatiza a violência urbana e rural, refletindo pois o estado aparentemente doentio de uma juventude quase que alienada de seu cotidiano, perdida no quadro negro patológico de realidades imaginárias e irrealidades inconscientes e irracionalidades reveladoras do alto grau de fuga de compromissos responsáveis que caracterizam essa idade de surpresas inevitáveis e de novidades ilimitáveis.
O Jovem gosta de ser barulhento.
E ainda faz do silêncio um meio alternativo de ficar bem consigo mesmo, com Deus e com os outros.
39. Impaciente, aflito e angustiado
Diante de um mundo de mudanças contínuas, transformações rápidas e alterações velozes nos costumes das pessoas e nos valores da consciência individual e coletiva, onde os princípios se estabelecem e as regras de conduta se consolidam, as normas sociais se cristalizam ou não, a juventude parece impaciente perante uma realidade a sua volta que se movimenta sem parar, abrindo-se a novas tendências e diferentes possibilidades, renovando-se interior e exteriormente, e libertando-se cada vez mais e melhor dos preconceitos e superstições das gerações passadas, ao mesmo tempo em que se vê aflita junto a tantos problemas, conflitos e dificuldades, e angustiada igualmente pois vê diante de si e dos outros os limites da natureza humana cercada pela violência e agressividade dos campos e cidades, quando então procura uma saída para esses questionamentos reais, ideológicos e psicológicos, busca soluções para esse contexto de maldade generalizada em seu entorno e respostas para tantas perguntas e interrogações de ordem existencial e espiritual.
Sabe, porém, que o caminho do amor, do bem e da paz é a sua alternativa predileta como resolução desses antagonismos mentais e sociais, o lugar seguro capaz de resolver inúmeras inseguranças da vida cotidiana e encaminhá-la para uma vida de paz interior, de tranqüilidade do corpo e da alma, e de calma no espírito envolto por imensos transtornos do dia a dia e grandes distúrbios da vida moderna.
Tem consciência que deve assumir o compromisso responsável de ajudar a humanidade a ter um presente mais justo e fraterno, e um amanhã cuja essência seja uma existência pacífica, ordeira e solidária com os seus companheiros de caminhada e suas parceiras de namoro constante e paquera incessante.
O Jovem assim quer qualidade de vida para si e para os outros.
40. Triste em muitos momentos
Em meio a um contexto de intensas alegrias, muitas festas e eventos, prazeres os mais diversos, júbilos exagerados, shows musicais e festivais de canções, espetáculos de teatro e cinema, baladas da noite e discotecas da madrugada, namoros constantes e paqueras em demasia, ausência de compromissos responsáveis, falta de equilíbrio interno, insensatez de pensamentos e atitudes, vazios espirituais, transtornos psicológicos e distúrbios emocionais, enfim, perante toda essa bagunça generalizada que faz a cabeça da juventude moderna, eis que surgem momentos de tristeza e angústia, instantes de aflição e desespero, situações de pânico e desordem, circunstâncias de insegurança existencial, que revelam o estado de instabilidade física, mental e espiritual que envolve esses jovens ansiosos por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, muitas vezes sem chances de conseguir um bom emprego, uma família compreensiva, uma garota equilibrada ou amigos com quem conversar e repartir seu dia a dia de vazios e ausências em si mesmos, refletores de uma sociedade que ainda não se encontrou consigo mesma, de mal com a vida e com sua consciência sem paz, sem a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Tal estado de tristeza consegue tantas vezes mergulhar esses jovens em profundas crises existenciais.
Sua salvação é encontrar uma boa orientação psicológica e espiritual e abraçar princípios, normas e valores de vida que lhes indiquem um ótimo caminho a seguir, dando-lhes então a paz interior tão necessária e o encontro com Deus, razão de suas vidas e sentido de suas existências.
Os jovens precisam de Deus.
41. Medroso em alguns instantes
A Insegurança e a violência do dia a dia, as surpresas e as novidades que fazem as transformações da sociedade, a mudança permanente de culturas e mentalidades em torno de si, as metamorfoses sociais e ambientais, políticas e culturais, econômicas e financeiras que envolvem grandes grupos e indivíduos trabalhadores na realidade cotidiana, as doenças mentais e emocionais em que estão mergulhadas várias pessoas, o estado de crise de identidade que assola parte imensa de seus companheiros de jornada, o desemprego em massa e a falta de opções e oportunidades para o trabalho, os limites da natureza humana, o conflito de gerações e a controvérsia entre instituições e sociedades diversas, enfim, essa realidade de contradições internas e de interesses que se jogam uns contra os outros, causando instabilidade no ambiente e inconstância nas relações, torna a juventude em geral sujeita aos mais terríveis graus de medo e níveis espantosos de pânico e desespero, que abarca grande parte desses jovens mutáveis, muitas vezes sem princípios seguros e sem valores fortes que possam sustentar as suas quedas no abismo da existência temporal e histórica deste mundo em que vivemos diuturnamente.
Esses medos refletem a insegurança e a falta de garantias fundamentais para sobreviverem bem e em paz no meio social em que vivem.
Tais medos pessoais mostram o medo coletivo, reflexo de uma sociedade sem chão nem teto, sem portas nem janelas, que possam abrigá-la de seu desfalecimento urbano e rural.
Nessa sociedade produtora de medos e incertezas, dúvidas e contradições, encontramos jovens caídos sem condições de subirem as escadarias da segurança individual e social.
Como vencer esses medos ?
Através de bons princípios estabelecidos e de ótimos valores consolidados com o tempo, capazes de oferecer hoje à juventude de aqui e agora uma razoável orientação, seguindo o bom caminho das virtudes, uma espiritualidade natural onde Deus tenha voz e vez em sua vida.
Orientados bem, podem vencer quaisquer obstáculos que os impeçam de viver bem e existir com dignidade e qualidade de vida no cotidiano da existência.
Uma boa caminhada terrena faz-se com regras estáveis e normas de conduta baseadas na liberdade, fonte da felicidade.
42. Impotente e limitado em outras situações
Os jovens, assim como todo ser humano em geral, precisam entender que a sua natureza tem limites, se acha impotente em algumas circunstâncias da realidade cotidiana, bloqueada em outras horas na sua capacidade de conhecimento, com fronteiras em seus espaços físicos, mentais e espirituais, o que, em síntese, demonstra a nossa total dependência das condições naturais da vida biológica, social e ambiental, quando, então, devem reconhecer que somos limitados no tempo e na história, definidos geneticamente e determinados culturalmente.
Assim é a vida humana e natural.
Somos limitados.
Se soubermos compreender essa realidade própria da pessoa humana, então diminuiremos nossos problemas reais, cairão as nossas moléstias espirituais e desaparecerão mais do que pela metade as nossas enfermidades psicológicas e os nossos distúrbios de ordem mental e emocional.
Basta-nos ter consciência dos nossos limites naturais.
Então, passaremos a viver melhor a nossa vida de cada dia, bem orientados sobre as condições da vida humana e a natureza de nossos fundamentos genéticos, sociais e culturais.
Seremos mais naturais.
E menos problemáticos.
43. Nem sempre normal embora natural
O Fato de muitas vezes estarem sujeitos às intemperanças do cotidiano, às instabilidades da realidade social que os cerca, aos distúrbios da mente e aos transtornos das emoções, torna os jovens de certa maneira anormais embora naturais.
Por vários momentos se alienam da realidade e mergulham no complexo imaginário de sua razão sem razões, irreal e irracional, fugindo do convívio com amigos, parentes e familiares, deixando de lado os compromissos com a sociedade, isolando-se do contexto ambiental que os envolve, caindo pois em um mundo desconhecido, feio e trágico, onde se perde a sensatez da inteligência e o bom-senso das coisas, o equilíbrio da consciência e o juízo da racionalidade, única capaz de transformar em saudável e agradável a vida dessa juventude obscurecida por si mesma.
Mergulham assim no vazio da existência, na inconsciência do nada que os envolve, no relativismo das coisas e no indeterminismo da realidade.
Buscam então a sua libertação na música ou no cinema, em atividades barulhentas ou no insano universo das drogas e entorpecentes, sujeitando-se à violência e à agressividade de seus parceiros de trabalho e companheiros de caminhada.
È o contexto da alienação doentia que persegue muitos jovens de hoje.
São naturais todavia nem sempre normais.
Seguem a natureza.
Mas perdem-se no vazio da alienação patológica, reflexo de seus desajustes psicológicos e inseguranças na família e no trabalho.
Somente caindo na real é que essa juventude agora alienada pode se libertar desse ambiente de enfermidades mentais e emocionais, e recomeçar novamente a vida a partir do bem que devem fazer e da paz que precisam viver, ao mesmo tempo que bem orientados abracem bons valores da consciência e ótimos princípios éticos e espirituais que possam redimensionar para melhor a sua realidade de cada dia e de toda noite.
Feito isso, teremos uma juventude saudável, de bem com a vida e em paz com a sua consciência.
Os jovens querem paz e tranqüilidade.
44. O Choque com a realidade
Ao buscar sair da alienação em que se encontra, o jovem choca-se com a realidade ao seu lado e em torno de si.
É o instante mais duro, mais crítico e mais difícil para uma juventude ainda sonhadora, musical, longe de compromissos e responsabilidades, ansiosa por assumir o cotidiano logo e contribuir do seu jeito para o desenvolvimento da humanidade, o progresso das sociedades, a evolução dos povos e o crescimento das pessoas, grupos e indivíduos com quem convive diariamente.
Nesse momento, ela passa a se comprometer em ajudar a seu modo no bem-estar das gentes e na saúde das nações, contribuindo de maneira fraterna e solidária para que o mundo em que vive aqui e agora tenha mais dignidade humana e maior qualidade de vida, o que refletirá igualmente em uma juventude mais saudável, boa de cabeça, sem muitas enfermidades, ótima física e mentalmente, material e espiritualmente.
Desde então, os jovens começam a trabalhar seriamente na construção de um ambiente de vida para si e para os outros
mais agradável, justo e amigo, ordeiro e pacífico, onde o bem seja a regra de comportamento e a bondade das pessoas a norma de conduta das sociedades em que se encontram.
Consequentemente, a natureza lhes serão favoráveis e o universo conspirará em seu benefício, o tempo lhes dará as mãos e a história abraçará o seu jeito transformador para melhor de realidades em mudança, de surpresas imediatas e de novidades em processo de produção de diferentes culturas e mentalidades onde o apelo por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação seja ouvido por todo o Planeta.
Realista, o jovem se torna agente de mudança e motor de transformação, criando para si e para os outros os fundamentos de um universo social, político, econômico e cultural em que os direitos de todos sejam preservados, e os deveres e obrigações cumpridos com consciência, liberdade e responsabilidade.
Nasce assim a juventude realista do século XXI embora politicamente ideológica, filosoficamente sonhadora, socialmente ainda não tão engajada, economicamente em crescimento e produtividade, e culturalmente cada vez mais perfeccionista, excelente em geração de conteúdos ainda que bastante imatura na boa relação com os seus semelhantes.
Realista, os jovens mudam a realidade, transformam a sociedade, qualificam o ambiente e restauram novidades, abraçando princípios de vida e regras de ação, valores positivos e normas de vida que, enfim, lhes ofereçam um bom caminho de existência em que se sintam felizes, e livres na construção de um contexto existencial mais cheio de respeito entre os cidadãos, mais direito no convívio entre as pessoas e mais transparente, autêntico e verdadeiro nas suas atividades cotidianas.
Realistas, eles constroem um mundo novo, diferente e mais saudável e agradável.
A Realidade faz bem.
45. A Filosofia do amor
É próprio da juventude em geral o relacionamento amoroso, quando então jovens moços e jovens raparigas praticam o namoro e a paquera como formas de viver bem a vida de cada dia, fazer a opção pelo romantismo como meio de existência saudável e agradável, capaz de ajudá-los a encontrar o sentido da vida e a razão da existência, a partir dos quais podem construir toda uma vida de trabalho e família, ajudando assim a sociedade em que vivem a crescer em qualidade de vida e dignidade humana, contribuindo pois à sua maneira para a felicidade da humanidade da qual fazem parte.
Do amor, nascem uma vida de paz e ordem, equilíbrio e sensatez, disciplina e organização, otimismo e bem-estar, alegria e contentamento.
O Amor é a base fundamental de onde se eleva o edifício do bem e da paz.
E é isso que os jovens querem.
Paz e tranqüilidade.
Que só o amor pode oferecer-lhes.
Surge assim uma juventude de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Porque o amor vem de Deus.
E Deus é o fundamento da felicidade.
46. Sexo e amizade
As relações entre os jovens masculinos e femininos têm como alternativa de boa convivência uma vida sexual ativa ou um puro relacionamento de amizade.
Ao fazer essa opção – criar amigos ou partir para uma vida de romance intenso e profundo – eles e elas estão escolhendo o seu meio de felicidade, correndo o risco de construir sem querer sexo descartável ou amizades passageiras, reflexo de um comportamento sem bases sólidas de bons valores da consciência e a ausência de princípios de vida bem estabelecidos e bem consolidados.
Por outro lado, também existe a sua preferência por uma existência equilibrada, constituidora de uma boa família e de ótimos relacionamentos na rua e no trabalho.
Talvez essa última alternativa seja mais característica da juventude moderna.
Que já começa em nosso tempo a assumir compromissos responsáveis, a respeitar o seu semelhante, a agir com juízo e bom-senso, e a abraçar a seriedade da interatividade e do compartilhamento de suas pessoas uns com os outros.
Parece que uma outra, nova e diferente juventude está a despertar em nosso mundo de hoje.
Aquela comprometida com a cultura da vida e com uma mentalidade onde o bem e a paz são os paradigmas mais importantes.
Fogem assim da violência generalizada que vem se espalhando pelos campos e cidades.
Excluem de si mesmos a opção pela agressividade.
Desejam ser pacíficos.
Obterem a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
São jovens sérios e bastante responsáveis, comprometidos com o respeito e o direito.
Eis uma juventude verdadeiramente transparente.
Autêntica em suas práticas cotidianas.
Verdadeira nos seus sentimentos mais profundos.
Os jovens são amigos da verdade.
A Verdade é o seu sexo.
A Verdade é a sua amizade.
47. Namorar e paquerar
Gostar de uma garota, namorar uma menina ou paquerar uma jovem mulher, eis uma das propriedades mais bonitas da vida da juventude em geral.
Tal estilo de vida revela a beleza de ser jovem, a grandeza da natureza humana e a riqueza que é a vida compartilhada e interagida com outra pessoa, para que, juntos, ele e ela, construam uma humanidade mais livre e feliz, justa e amiga, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, calma e tranqüila, sem os apelos da violência urbana e rural, e muito menos sem a agressividade de uma existência perturbada mental e emocionalmente.
Através do amor por uma mulher, o jovem busca o seu equilíbrio interno e a sua paz interior, contribuindo assim para a geração de uma sociedade verdadeiramente feliz, de bem com a vida e em paz consigo mesma, como disse acima.
Eis o caminho mais perfeito e natural de uma juventude que sabe o que quer, tem consciência da sua natureza romântica, procura a sua verdadeira liberdade, fonte da autêntica felicidade.
Vivendo assim tem condições de produzir o bem e a paz a sua volta, gerar conteúdos de bondade e concórdia em seu entorno, colaborando deste modo para o crescimento positivo dos homens e das mulheres com quem convive diariamente, o desenvolvimento dos povos e nações com os quais mantém relacionamento humano eficaz, o progresso da humanidade e a evolução das consciências em busca da perfeita saúde e excelente bem-estar físico, mental e espiritual.
Com o amor, os jovens ordenam a sua vida, equilibram o meio ambiente, disciplinam as suas atitudes e organizam melhor as suas boas idéias e ótimos conhecimentos.
É bom namorar.
Paquerar é ótimo.
É a lei da vida.
Aqui, Deus está presente.
Porque o amor vem de suas manifestações na vida da humanidade.
Deus é Amor.
48. Casar talvez
Quem sabe o casamento ou matrimônio não seja a melhor alternativa para uma vida a dois, preferida por essa juventude de sexo descartável e de amor inconstante, de relação instável e de compromisso inseguro.
Talvez o seu melhor caminho seja o namoro eterno e a paquera permanente, uma paixão construída para ser constante, criada a cada momento e realizada a todo instante.
Parece que o amor apaixonado dos jovens de hoje não aceite compromissos absolutos nem responsabilidades permanentes, optando então por um relacionamento rápido mas eficaz, veloz contudo duradouro, acelerado porém dinâmico e positivo.
Eis a estrada de amor e vida, e suas conseqüências sexuais, que fazem a cabeça dessa juventude romântica e musical, participante de uma vida globalizada plena de mudanças permanentes e transformações ligeiras, tornando-a comprometida com o seu bem-estar emocional e físico, mental e espiritual, ainda que através de compromissos muitas vezes irresponsáveis e responsabilidades sem fundamentos seguros e estáveis.
No entanto, devemos respeitar os sinais dos tempos modernos, que exige dessa juventude mutável a busca por uma segurança psicológica baseada no amor conjugal, mesmo que passageiro, sem princípios constantes e ausente de valores permanentes.
Os jovens procuram as suas raízes ideológicas em um amor transitório diverso das gerações passadas, um romance bonito todavia muitas vezes sem chão ou sem bases em normas de vida absolutas ou que lhes garantam uma existência de estabilidade consolidada com o tempo em idéias e ideais firmes e fortes, frutos de uma educação equilibrada e sensata que deveriam receber da sociedade, principalmente da família de onde se originaram.
Os jovens querem compromisso entretanto sem largas distâncias ou sem períodos longos de relacionamento que talvez não tenha raízes seguras, valores constantes e princípios estáveis.
Hoje, sua lei é o descartável.
Amor inseguro.
Sexo relativo.
Romance provisório.
Relação transitória.
Compromisso sem chão.
O Jovem hoje é assim.
Sua essência aqui e agora é a intemperança, a insensatez e o desequilíbrio interno e externo.
Deste modo, ele se acha feliz.
Tem encontro com a felicidade.
É seu ponto de vista.
Ele pensa assim.
O que vamos fazer.
Cada qual é feliz do seu jeito.
Felicidade hoje está personalizada.
Depende da vida de cada um.
Embora existam pessoas que discordem dessa postura social.
Sim, o importante é ser feliz.
49. Uma vida de dúvidas e incertezas
Inserida em uma sociedade mutável, cheia de transformações rápidas e plena de metamorfoses circunstanciais, essa juventude atual parece em sua maioria perdida em meio a turbulências políticas e sociais, carente de amor e sujeita às incertezas de grupos ideológicos que lhe fazem a cabeça, obscurecida pelas dúvidas e confusões mentais das classes dominantes, dos partidos de direita e de esquerda e das elites econômicas e financeiras , e ainda fechada pelos bloqueios psicológicos e até culturais de sua consciência várias vezes alienada da realidade cotidiana.
Eis uma juventude crítica, cética e dialética quanto ao seu presente momentâneo e ao seu futuro instável, inseguro e sem garantias de uma vida confortável, saudável e agradável.
Os jovens de hoje se encontram no domínio do relativismo dos valores inconstantes e das idéias sem estabilidade.
Seu campo de atuação parece carregado de indefinições culturais e de indeterminismos de atitudes e sentimentos.
Seu pensamento é vago, sem fontes alternativas que lhe garantam bases sustentáveis de uma existência envolta por princípios de vida que possam ser consolidados pelo tempo e a história.
Talvez seja a sua alienação da realidade a responsável por suas crises de identidade, seus distúrbios mentais e emocionais e seus transtornos materiais e espirituais.
Eis uma juventude que luta por alcançar um lugar no convívio com a sociedade em que se encontra.
Busca dignidade diante das controvérsias de outras gerações.
Procura seus direitos perante a violência das autoridades competentes que parecem não respeitar os seus valores de juventude e seus fundamentos de criatividade original, de conhecimentos novos e diferentes, de uma cultura pura e cristalina e de uma mentalidade pegando fogo ao questionar as instituições que a perseguem e colocar na berlinda do cotidiano aqueles e aquelas que com seus preconceitos morais e superstições religiosas agridem os seus desejos por uma vida melhor, os seus anseios por liberdade e felicidade, e as suas necessidades de uma realidade comprometida com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
Ela tem necessidade de ajudar a construir um mundo novo onde a justiça seja a sua regra e a bondade a sua saúde mental, física e espiritual.
São jovens que querem ajudar a sociedade a crescer ainda que nos limites de sua natureza duvidosa e bastante alienada.
Mas têm a boa intencionalidade, que faz do bem e da paz os critérios positivos de uma vida feliz em sociedade.
Esses jovens só querem nos ajudar.
50. Às vezes mergulhado no vazio espiritual e no nada da existência
A sua natureza crítica e dialética, questionadora da realidade em que se encontra aqui e agora, cheia de interrogações sobre o sentido da vida e a razão da existência, com perguntas sobre tudo e todos, o seu jeito transparente de ser, pensar e existir, a sua busca por autenticidade, a verdade como caminho de libertação, o anseio por liberdade, fonte da verdadeira felicidade, as dúvidas constantes de sua racionalidade cotidiana, as incertezas e conflitos do dia a dia, as dificuldades e problemas achados em cada situação vivida e em todo instante em que seu comportamento parece contraditório e em choque com as mudanças do mundo e as transformações da sociedade, enfim, todo esse conjunto de problemáticas experimentadas todos os dias e todas as noites, com seus apelos sentimentais, suas opções de trabalho, suas atividades diuturnas, e seu desejo por manter sempre uma boa dose de equilíbrio e sensatez em suas práticas de rua, emprego e família, tudo isso pois talvez seja a realidade responsável por suas quedas algumas horas no abismo da existência onde o vazio espiritual é a sua marca mais importante quando então tudo é nada e todos são nada em termos de experiência social e política, econômica e cultural.
Tal realidade vazia e nadante é um dos registros dolorosos da juventude de todos os tempos e lugares, sobretudo hoje quando as gerações se encontram carregadas de controvérsias e em crise de personalidade, perturbadas em suas identidades ainda não encontradas e quem sabe desesperadas por sofrer as turbulências de uma consciência desordenada, mal disciplinada e bastante desorganizada em termos de vivência sem fundamento algum, perdida em desrazões variadas e irrealidades diversificadas, ausente de suas próprias características positivas onde os seus valores e princípios a orientam para o otimismo da vida e o bem-estar físico e mental, material e espiritual.
Responder bem a essas questões espirituais e interrogações existenciais parece ser a chave da felicidade dessa juventude ainda vazia na sua realidade crítica e ansiosa por viver uma vida boa, de bem e de paz, talvez as soluções possíveis, viáveis e cabíveis nesses instantes sem muitas fontes alternativas de existência saudável e agradável.
Fazer o bem e viver em paz, eis o segredo de uma vida sem vazio em que não se mergulha jamais no nada de uma realidade sem Deus, carente de fraternidade e solidariedade.
Encontrar esse Deus talvez resolva o problema desses jovens.
Deus é a resposta que eles procuram.
51. As contradições do seu tempo
A História da juventude no seio da humanidade mostra que sua trajetória de vida é feita de contradições naturais, humanas e cotidianas, condicionadas por sua inserção no tempo tais como as dores físicas, a violência urbana e rural, a fome e a miséria, as moléstias em geral em forma de endemias e epidemias, as enfermidades mentais e emocionais, os transtornos psicossociais, os traumas e as frustações da realidade do dia a dia na família, no trabalho e em seus relacionamentos e comportamentos diários e noturnos, os distúrbios psicológicos, os conflitos com ideologias político-partidárias, suas crises existenciais e vazios espirituais, dificuldades e carências no amor e no sexo, problemas familiares, falta de oportunidades de emprego e trabalho, a ausência de satisfação de seus desejos humanos e realização de suas necessidades naturais, a ignorância das autoridades competentes, o analfabetismo, a baixa renda de muitas comunidades, a infraestrutura pobre e fraca de algumas sociedades, as contrariedades das relações entre grupos e indivíduos, o desinteresse pela profissão e por sua vocação específica e criatividade original, eis, pois, além da morte temporal, as controvérsias de sua natureza conflitante, problemática e questionadora que do seu modo procura responder às mais diferentes interrogações de sua vida cultural e ambiental, social e política, econômica e financeira, artística e científica, histórica e filosófica, moral e religiosa, esportiva e recreativa.
Em meio a essas contradições reais internas e externas, esses jovens modernos buscam a sua paz interior, ficar de bem com a vida e com as pessoas ao seu redor, tentando evitar de todas as maneiras partir para a violência diante desses antagonismos da existência, conter a sua agressividade, ignorando se possível a aflição e o desespero de certas ocasiões e o medo e o pânico encontrados em diversas áreas da sociedade turbulenta em que nos achamos atualmente.
Tentam assim resolver os seus contrários de vida.
É importante salientar que eles e elas não se esquecem de Deus nesses contextos momentâneos que surgem em seu cotidiano.
Sim, a juventude tem o seu jeito próprio de solucionar as suas interrogações características.
Procura não fugir dos problemas.
Mas conviver com eles, a fim de resolvê-los.
Busca respostas.
E elas se encontram no interior de seu coração.
Um coração em chamas.
Todavia, capaz de solucionar as suas dificuldades.
Os jovens querem soluções.
Boas soluções.
52. Perdido no espaço, sem lugar para ficar
O Nomadismo talvez seja uma das propriedades mais originais características da juventude hodierna, que se move sem parar, se muda constantemente de lugar, parecendo perdida no tempo e no espaço, em movimento permanente, o que revela a sua profunda necessidade de mobilização, tendo em vista saciar os seus anseios por novidades e surpresas, superar os seus limites naturais e temporais, transcender as suas barreiras psicológicas e emocionais, ultrapassar os seus obstáculos mentais, sociais e culturais, ir além das ideologias e teorias de reprodução de comportamentos tradicionais, à procura portanto de um lugar ao sol, capaz de lhe dar a verdadeira felicidade e bem-estar, orientá-la no caminho da liberdade, escolhendo assim a opção de vida e trabalho que melhor satisfaça as suas necessidades e realize os seus desejos, usando para isso a sua criatividade original, base de outros, novos e diferentes conteúdos de aprendizagem, de boas relações humanas e de ótimo entendimento com as pessoas com quem convive diariamente.
A Juventude é essencialmente nômade.
E nesse movimento construtor de realidades cotidianas, de princípios e valores de vida, de regras e normas sociais, vai ajudando ao seu modo a humanidade e as sociedades das quais participa e com que comunga a crescer em saúde ambiental, material e espiritual, promovendo outrossim o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações, e a evolução das consciências humanas na sua estrada positiva de qualidade de vida interior e dignidade do homem e da mulher, o que resulta em favores, créditos e benefícios para todas e cada uma das comunidades humanas e sociais de todo o globo terrestre.
Movimentar-se é uma necessidade humana, que envolve a juventude de nossos dias.
Os jovens parecem querer revolucionar todos os ambientes de vida e cada um dos contextos culturais em que se envolvem.
Seu desejo é incendiar as multidões.
Abrasar os corações.
Acalorar as gentes.
Transformar para melhor a vida das pessoas.
53. Alienado, pode ser
Devido a um universo de interesses grande parte das vezes longe da realidade, os jovens de hoje se encontram quem sabe parcialmente alienados, longe do cotidiano, fugindo para a internet, distantes da família e do trabalho, sem participarem da vida social e política do seu tempo e momento presentes, excluídos por si mesmos de compromissos responsáveis e obrigações trabalhistas, preferindo a arte e a música, o teatro e o cinema, os passeios e as viagens apenas como formas de lazer e entretenimento, ignorando em seu meio de vida social e comunitária, a informação necessária e a construção de uma formação adequada com as quais possam se integrar na realidade em transformação que se opera em seu cotidiano.
Falta-lhes incluir-se mais politicamente, inserir-se com rigor na vida da sociedade, comungar com as intenções financeiras de sua comunidade e cultivar com mais intensidade e criatividade o seu lado cultural, construindo conteúdos de conhecimento e matérias de discernimento que os façam caminhar bem em sua jornada de existência aqui e agora no tempo e na história.
Ao cair na real, podem destruir essa alienação doentia misturada com o seu poder de imaginação patológica.
Precisam ser mais realistas.
Deste modo, evitarão doenças mentais, transtornos físicos e espirituais, moléstias de ordem psicológica e distúrbios em seu campo de experiências éticas e religiosas, comportando-se então de maneira a superar enfermidades que possam surgir de sua desordem interior, indisciplina moral e desorganização na área material e espiritual.
Somente desse jeito podem vencer os estigmas dessa alienação irreal e irracional.
Serão vencedores quando mergulharem na realidade.
54. A busca por autenticidade
Outra propriedade bastante interessante na vida da juventude de aqui e agora é a sua busca da verdade, o seu compromisso com a transparência e a sua prática da autenticidade.
Os jovens anseiam por ser verdadeiros.
Fazem da verdade a sua lei maior e a sua experiência melhor de vida.
Em função dessa procura pela verdade, tornam-se críticos das aberrações da sociedade em que vivem, das incongruências sem lógica das autoridades e suas instituições, da falta de competência de quem deveria ser exemplo de vida e orientar-se por um caminho de boas virtudes, de bons valores da consciência e de bons princípios de vida, de regras de conduta razoáveis e de normas sociais bem desenvolvidas.
Seguem os jovens a sua consciência.
Percorrem a estrada da natureza.
Com base nessa realidade, critica as antigas gerações, diverge das culturas passadas e ultrapassadas e entra em conflito com mentalidades que absolvem o uso da violência e se contrapõem ao direito da vida, à beleza do amor, à prática do bem e à vivência da paz.
Sua bondade é a sua verdade.
Sua verdade é o respeito e o direito.
Sua ética é uma boa experiência de atitudes sensatas e equilibradas.
Sua espiritualidade costuma se fundamentar em uma vida de otimismo, alegre e positiva, de bem com todos, contente com o ambiente em que encontra, de sorriso no rosto, levando a cada um o ânimo para bem viver e existir, a motivação para bem trabalhar e o incentivo para um bom convívio com os familiares, parentes e amigos, e o entusiasmo para um ótimo relacionamento amoroso com uma garota qualquer ou uma menina especial ou uma jovem mulher da sua idade.
Desta maneira, os jovens praticam a verdade.
Ao serem verdadeiros, se tornam humanos.
Humanos e naturais.
55. A procura pela liberdade
Eles e elas estão ao encontro de alternativas de vida e trabalho que os levem a uma existência segura e estável, saudável e razoável, agradável e admirável, como que construindo valores firmes e fortes que lhes apresentem a porta da felicidade cuja fonte é esse desejo por liberdade, a tendência da natureza humana por opções de saúde e bem-estar integrada com a possibilidade de uma realidade sustentável para toda a sociedade onde se encontram, os jovens de hoje.
Fazer da vida uma possibilidade.
Criar alternativas de valor.
Buscar opções de progresso.
Caminhar com equilíbrio.
Ser otimista.
Sorrir de vez em quando.
Viver alegre e contente.
Ser bom e fazer o bem.
Praticar a paz.
Experimentar o amor e o sexo.
Fazer política.
Ganhar dinheiro.
Ter o seu próprio ponto de vista.
Abraçar a cultura da vida.
Seguir uma mentalidade sem violência.
Fugir da agressividade.
Preferir a fraternidade.
Construir boas amizades.
Sempre ser solidário.
Generosidade acima de tudo.
Respeitar para ser respeitado.
Ser uma pessoa justa e direita.
Ser transparente.
Ser verdadeiro.
Ser autêntico.
Eis o programa atual de liberdade da juventude moderna.
Felizes porque livres.
Livres porque transparentes.
56. O anseio por felicidade
Felicidade é fazer de cada momento uma eternidade.
E isso os jovens sabem realizar muito bem.
Em seus shows musicais, ou em seus eventos culturais, ou em seus festivais de cinema, ou em seus passeios pelo país e viagens pelo exterior, ou no culto das suas religiões, ou na prática de seus pontos de vista políticos e ideológicos, ou nas experiências de solidariedade e fraternidade, ou na ética comportamental do respeito mútuo e da responsabilidade recíproca, ou nas suas amizades sinceras e namoros e paqueras construídas, eis que essa juventude ativista põe em prática o seu conceito de felicidade.
E faz desses instantes eternos uma maneira de levar ajuda às comunidades que freqüentam, colaborando com a saúde da sociedade e o bem-estar da humanidade.
Cooperam pois com o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações.
Constroem a evolução das consciências de bem e o crescimento da cultura da paz e de uma mentalidade sem violência.
Ajudam deste modo a construir sempre a vida, sem destrui-la jamais.
Isso é felicidade.
Isso é a vida.
Isso é eternidade.
57. E Deus, como fica ?
Que pensam os jovens a respeito do Senhor ?
Que acham de Deus ?
Certamente, projetam nAquele que é o Princípio da Vida e o Fundamento de todos os fundamentos as suas ideologias e filosofias de existência, os seus valores de juventude e os seus pontos de vista pessoais, as suas opiniões carregadas de crítica construtiva ou não, as suas visões de religião e espiritualidade, e as suas interpretações de divindade ou do além, da vida depois da morte, do transcendente e do infinito, da eternidade e da imortalidade, com definições de fé e culto segundo os paradigmas por eles e elas jovens estabelecidos em seus grupos e comunidades.
Primeiro, para eles Deus é jovem.
Usa cabelos compridos e calças Lee.
Utiliza tênis e camisa esporte.
Pode ter barba ou não.
E bigode igualmente.
Um óculos pode ser.
Pode ser hippie ou um dramarturgo.
Um grande profeta quem sabe.
Um filósofo inteligente também pode.
Ou então um teólogo gigante.
Um artista pop talvez.
Um bom pensador é possível.
Um ótimo estrategista popular.
Um caro solidário não é verdade.
Ou uma pessoa amiga e fraternal.
Todavia, para eles e elas jovens de hoje Deus tem que ser legal e bacana, bom e amigo, do bem e da paz, do amor e da vida, direito e de respeito, saudável e agradável, sensato e equilibrado, otimista e sorridente, alegre e contente, livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário, justo e verdadeiro, autêntico e transparente, natural e espiritual, semelhante a eles, parecido com suas idéias e ideais, concebido como Alguém que quer sempre construir e nos ajudar.
Tal o Deus da juventude.
Sem preconceitos.
Não violento.
De bem com a vida.
Promotor da paz e do diálogo.
Do progresso e do desenvolvimento.
Um Deus evolutivo.
Que nos faz crescer e caminhar para frente e para o alto.
Assim deve ser o Deus da juventude.
Hoje.
Aqui e agora.
58. Falta de compromisso e ausência de responsabilidade
Raros são aqueles e aquelas que nessa idade de sonhos e esperanças, fantasias e realidades imaginárias, assumem compromissos responsáveis com a realidade em que vivem e trabalham, visto que são poucos os jovens com formação bem estabelecida e consolidada, preferindo eles atividades descartáveis, ações transitórias e comportamentos provisórios, talvez por não estarem ainda no tempo maduro de crescimento interior, com a cabeça confusa e fora do lugar, sem tempo para os outros e para si mesmos, inseguros em suas atitudes, instáveis em suas consciências e inconstantes na sua moralidade formal e espiritualidade natural.
Temos pois ainda uma juventude muito imatura.
Sem bases familiares consistentes.
Longe de uma educação voltada para os princípios da vida e os valores da boa racionalidade, as regras psicológicas e ideológicas e as normas sociais, culturais e ambientais, bem orientadas, bem estabelecidas e bem consolidadas com o tempo, de acordo com o processo pedagógico de amadurecimento das idéias e sentimentos, a partir de que podem se tornar pessoas comprometidas com o trabalho e a família, e responsabilizar-se pelo meio em que se encontram, nele inserindo seus pontos de vista e suas visões da realidade capazes de fazer crescer, progredir e evoluir a sociedade em que se incluem, propiciando ao conjunto da humanidade um estado feliz e satisfatório de boa saúde física e mental, e ótimo bem-estar material e espiritual.
Desta forma, é possível engajarem-se em campanhas de solidariedade, eventos e congressos de música, teatro e cinema, participar de shows e espetáculos em seus passeios turísticos e viagens de trabalho, construindo assim pois um universo em equilíbrio com a natureza, em paz com as sociedades com as quais convivem e de bem com os grupos e indivíduos que advogam a sua causa de sustentabilidade global e integral.
Pouco a pouco, a juventude se torna mais séria, comprometida e responsável.
Precisa de tempo para isso.
A Sabedoria do tempo construirá essa realidade.
É só esperar.
59. Cadê o respeito ?
É impressionante hoje em dia o modo pelo qual a grande maioria dos jovens tratam os seus semelhantes, sobretudo as pessoas mais idosas, aposentadas e pensionistas, faltando com o devido respeito diante de gente mais velha do que eles.
Se querem ser respeitados devem primeiro respeitar.
O Respeito é a base da ordem e o princípio do diálogo.
Sem respeito, não há cidadania nem dignidade nem direitos humanos.
Com respeito, começa a qualidade de vida e a excelência de conduta perante a sociedade.
Sem respeito, não serão ouvidos nem levados em conta pela população em geral.
Com respeito, terão voz e vez no interior da coletividade.
Quem respeita tem boa saúde e boa educação.
Respeitar pois é a condição do bom convívio social.
Devemos respeitar os jovens e os jovens precisam respeitar as comunidades.
No respeito, a seriedade de uma pessoa, o direito de um indivíduo e a responsabilidade de um grupo.
Respeitando as pessoas, os jovens serão respeitados.
Respeito é bom e todo mundo gosta.
60. Sem equilíbrio, sem controle e sem domínio
Ao mostrar as turbulências de uma juventude então desequilibrada, notamos a sua aparente alienação da realidade cotidiana, o que a faz ausente em si mesma, desordenada mental e emocionalmente, indisciplinada ética e espiritualmente, e desorganizada na sua linha de idéias criadas e de conhecimentos obtidos e de conteúdos adquiridos com o tempo.
Muitas vezes, perde o controle sobre si mesma porque abraça ideologias céticas e relativistas, niilistas e indeterministas, ideais confusos e teorias complicadas do ponto de vista filosófico.
Sem domínio, cai na patológica imaginação alienante, desvirtua-se moralmente e entra em crise existencial, em conflito com a sociedade, tornando-se violenta e agressiva com seus semelhantes.
Precisa então se recuperar no seu caráter desencaminhado e na sua personalidade obscurecida por desvios de comportamento, aberrações psicológicas, transtornos mentais e emocionais e distúrbios de ordem material e espiritual.
Tem necessidade de voltar a gerenciar-se.
Administrar o seu interior e as suas ações cotidianas.
Regularizar os seus descaminhos sociais e culturais.
Regulamentar as suas atitudes orientadas para a prática do bem e da paz.
Restaurando-se, pode retornar a ser dona de si mesma.
Resgatando-se, regressa ao seu eu pessoal e coletivo.
Urge pois recuperar-se.
Regenerar-se de suas turbulências reais.
Somente assim ficará de bem com a vida e em paz consigo mesma.
61. Falta-lhe bom-senso ?
Sua agitação diária, movimento exagerado e mutações constantes, além de sua ansiedade sem controle e desordenamento interno, podem revelar uma certa insensatez da parte de muitos jovens nessa idade de transformações rápidas e mudanças velozes, um grande desequilíbrio interior, ausência de paz em sua consciência, indisciplina em suas virtudes e valores morais, instabilidade mental e emocional, carência afetiva, falta de mulher, incongruência e insuficiência de fé e espiritualidade na condução de suas ações em torno do transcendente, das coisas do além, da imortalidade da alma e do mundo eterno que ultrapassa os limites do tempo e da morte, e as fronteiras da história e da imanência material.
Os jovens de hoje precisam de mais equilíbrio em suas atitudes.
De mais racionalidade em seus comportamentos reais e cotidianos.
De mais inteligência na gerência de seus sonhos ainda metafísicos e na administração de seus projetos de ordem psicológica, social e espiritual.
Com bom-senso, podem caminhar seguros na realidade de cada dia e de toda noite.
Vivendo assim terão a paz e o repouso de que precisam.
62. Quer conciliar alegria com trabalho
63. Aspira por prazer em suas atividades
64. Adora ginástica e vai fundo nos exercícios físicos
65. Sua vocação é a novidade
66. Sua profissão é a utopia
67. Seu limite não tem fronteiras
68. Não aceita condições nem regras nem normas
69. Sua lei ultrapassa a realidade
70. Seus projetos superam as circunstâncias reais de vida
71. Seus sonhos transcendem a história e a sociedade
72. Aonde estão as suas seguranças ?
73. Confia em quem ?
74. Tem fé em alguma coisa ?
75. Acredita na vida...
76. Sua religião é a sua opinião pessoal
77. Tem seu próprio ponto de vista
78. Sua visão das coisas é radical e imparcial
79. Gosta de ser agitado
80. Agir com velocidade é a sua meta
81. Perfeito na correria
82. Sonha com um mundo barulhento
83. Sua paz é a guerra
84. Sua tranqüilidade é o movimento
85. Sua calma é a mudança
86. Seu repouso é o trabalho
87. Dormir pra quê ?
88. A Vida em primeiro lugar
89. O Amor também
90. A Beleza das garotas
91. A Coragem dos meninos
92. A Vida é bela
93. Mas existe a dor e o sofrimento
94. O Bem convive com o mal
95. Uma sociedade alternativa
96. Uma humanidade de bem com a vida
97. Gosto de ter as minhas coisas
98. Gosto de ser jovem
O estado de juventude que atravessa o nosso corpo, mente e espírito é sustentado por essa busca por inovação e desejo de liberdade próprias dos jovens, além de sua atitude de irreverência perante o autoritarismo e manipulação das velhas gerações, seu anseio por viver bem a vida e com qualidade e intensidade, trabalhar com alegria e fazer bem todas as coisas, experimentar um estilo de vida onde o bem e a paz são abraçados, a bondade e a concórdia praticadas, o não uso da violência e da agressividade, ainda que a sua volta muitos se deixem levar por essa onda de pessimismo e mal-estar, negativismo exacerbado e indiferença e vazio em suas existências sem sentido e sem nada.
Gosto dos jovens porque gosto de ser jovem.
Quero ser como eles, construtores da paz e criadores do bem em torno de si.
Sou jovem quando abarco em mim esse sentimento de carinho e amor por uma mulher, faço novos e diferentes amigos, desenvolvo o bem-estar das pessoas ao meu lado e produzo saúde material e espiritual junto àqueles e aquelas que andam comigo.
Sou jovem porque sou da paz e do bem e da bondade que eu vivo diariamente.
Sou jovem porque amo a vida, respeito o meu semelhante e valorizo a Deus na minha realidade do dia e da noite.
Gosto de ser jovem.
Porque busco sempre o novo, procuro ser criativo nas minhas atividades cotidianas e faço da liberdade a base da minha felicidade temporal e eterna.
Gosto de viver.
Isso é o mais importante.
99. Deus é Jovem
Para a juventude em geral, a realidade cotidiana tem que ser modelada por seus valores novos e diferentes, alimentada por seus princípios irreverentes e entusiastas, fecundada por suas raízes inovadoras e libertadoras de preconceitos e superstições, aprofundada por seus pontos de vista plenos de idéias surpreendentes e que cultivam os ideais de liberdade e felicidade parcial ou global.
Também Deus deve ser envolvido por essa esfera de respiração cujo ar e oxigênio são a boa visão da sociedade e a ótima interpretação que se dá à realidade.
Assim, Deus e o sagrado, a eternidade e a espiritualidade são observados segundo os parâmetros inovadores e libertadores dessa juventude real e atual em constante transformação de normas sociais e regras mentais, que busca a mudança de atitudes em função de um outro, novo e diferente olhar sobre o mundo em que vivemos, fazendo assim o movimento cotidiano que vai das experiências limitadas de gerações passadas para o grande descobrimento de novos conteúdos dessa idade original que se faz aqui e agora.
Nesse tempo de metamorfoses ambulantes, Deus aparece com o rosto e o olhar da juventude, tendo seu ambiente de vida e existência emoldurada de acordo com as perspectivas óticas desses jovens transformadores de realidades pobres para práticas ricas de conteúdo artístico e musical, com isso trabalhando para uma sociedade mais justa e fraterna, mais amiga e solidária, mais ordeira e pacífica.
Deus assim é reconstruído por essa juventude moderna, que o torna mais jovem e mais humano, mais participante de nosso cotidiano, mais inserido em nossos problemas e realidades de cada dia e de toda noite.
Com os jovens, Deus aparece menos divino e mais humano.
É um Deus novo e diferente.
100. O Mundo precisa dos jovens
As sociedades contemporâneas para a sua renovação interna e libertação de seus preconceitos morais e religiosos e de suas superstições psíquicas e sociais, culturais e ideológicas, têm necessidade da juventude e seu universo de pontos de vista diferentes, de visões da realidade sempre novas e de interpretação dos seres e das coisas sempre aberta, visando permanentemente a transformação do mundo para melhor e a metamorfose da vida vivida em comunidades diversas que constituem a dinâmica operacional desta humanidade em mudança constante dentro de que nos inserimos cotidianamente.
Precisamos dos jovens.
Eles são a nossa esperança por dias melhores, de uma vida de qualidade e de equilíbrio, e de uma existência sempre renovada, liberta das prisões da consciência e das escravidões que o convívio social nos impõe.
Ao contrário do que muitos pensam, os jovens, como agentes de transformação da realidade social e política, econômica e cultural, nos ajudam mesmo a obedecer as normas ambientais e a seguir as regras da sociedade a que pertencemos, a nos orientar segundo os valores da nossa família e caminhar de acordo com os princípios mentais adquiridos durante a nossa formação e educação para a vida social, ainda que outros imaginem que tal juventude seja bastante irresponsável e perturbadora da estabilidade das instituições e seus governos na área federal, estadual e municipal.
Dependemos dos jovens para nos abrirmos para uma realidade que se modifica a toda hora, enxergarmos melhor os acontecimentos e vivermos de fato uma vida boa, excelente e de qualidade reconhecida por todos.
Os jovens nos ajudam a avançar em sociedade, progredir na vida, evoluir social e psicologicamente e desenvolver em nós as boas condições de saúde e bem-estar, de liberdade com responsabilidade, de felicidade com otimismo, de direito com respeito, de ordem com justiça e de verdade com transparência ética e autenticidade espiritual.
Somos dependentes da juventude.
Inclusive para nos fazermos jovens.
Jovens de espírito.
Jovens de corpo e de alma.
Os Jovens nos ensinam que Deus é Jovem e sempre Novo.
E que eles seguem o Deus Jovem e Novo, capaz de renovar os seus desejos, sonhos e esperanças, e realizar bem as aspirações que fazem as sociedades de hoje.
Sim, os jovens são muito humanos.
E divinos até demais.
Que o Senhor abençoe os jovens.
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