Parangolé
A Pedagogia da Interatividade
De acordo com o artista Hélio Oiticica, o Parangolé – uma forma de arte ou uma manifestação cultural que extrapola a própria obra de arte – é um paradigma exemplar que serve como instrumento gerador de diversas possibilidades, alternativas e oportunidades para todas as matérias e disciplinas da educação, possuindo pois uma pedagogia, didática, avaliação e programação próprias
Um Diferente e Alternativo Modelo de Ensino-Aprendizagem
Educação Aberta
O Processo Permanente de Construção Interativa do Saber Compartilhado
A Pedagogia das Possibilidades de Geração de Novos Conhecimentos Libertadores
Professor e Aluno interagem, cooperam entre si, em mútua colaboração, compartilhando seus próprios conteúdos culturais
Como o Mestre, o Estudante é também co-Autor e co-Construtor da Aprendizagem
Este Modelo Pedagógico é Aberto, Construtor, Processual, Renovador, Permanente, Libertador
Nele, todos crescem, progridem e evoluem
A Criatividade é a Ferramenta da Produção do Conhecimento
Em si, o saber é incompleto, precisando ser completado, suplementado, replementado, enriquecido e aperfeiçoado constantemente por ambos, docente e discente, em um processo sem fim de construção de seu conteúdo e essência
Aqui e agora, sobressai a pessoa do estudante, como agente pedagógico criador de novas possibilidades
Unindo a vida com a pedagogia, então se complementa o ensino e seu movimento contínuo de aprendizagem, acrescentando-lhe outros repertórios de interação e comunicação tais como o texto de redação e a leitura, a galeria de fotos e a música, o audiovisual e o filme de cinema, os vídeos em forma de documentários e as imagens de um projeto de boa educação, a dança e o teatro, o rádio e a televisão, o computador e a internet, os jogos eletrônicos e o esporte e o lazer, as mensagens instantâneas e as teleconferências
Baseia-se em uma filosofia de vida processual construtivista
Seu trabalho educacional é articular diferentes saberes que liberem novos conhecimentos
Eterno é o seu projeto pedagógico tendo em vista que a vida e a construção do homem e da mulher são eternas
Com anseios infinitos, deseja sempre criar e co-criar novas idéias, construir e co-construir diferentes conhecimentos, a partir do intercâmbio professor-aluno
Como processo em construção permanente, caminha sempre, destruindo jamais
Tem uma visão da realidade aberta onde interpreta os acontecimentos procurando sempre superá-los, transcender os seus limites e ultrapassar as suas fronteiras temporais e históricas, reais e atuais, locais e regionais, globais e universais
Como tendência presente e futura, não se basta a si mesma, todavia vive a possibilidade, busca alternativas e gera oportunidades, sempre construindo o conhecimento
Faz da sua abertura ao saber uma opção pedagógica capaz de se renovar com constância e de se libertar crescentemente à medida em que outras possibilidades se experimentem, novos conteúdos se acrescentem e diferentes repertórios lhe sejam adicionados
Planeja como meta chegar à felicidade e bem-estar da sociedade e como resultados imediatos atingir a cultura do bem e da paz e a mentalidade sem violência ou agressividade
Com dinâmicas de grupo e debates em sala de aula, pesquisas individuais e coletivas, monografias e leituras silenciosas aspira assim produzir seus conteúdos de saber e repertórios de conhecimento de qualidade e excelência
Sua produtividade é obtida com o ponto de vista de cada um, com a participação de todos inclusive da comunidade de amigos e moradores em volta da escola
No movimento, a sua marca
Na interatividade, o seu propósito
No compartilhamento, a sua riqueza
Na criatividade, a sua possibilidade
Nos novos conteúdos, a sua diferença
Na co-autoria, a sua beleza
Na co-construção, a sua grandeza
No intercâmbio, a sua abertura
Na renovação, a sua libertação
Respeitar as diferenças, valorizar os pequenos detalhes e observar as pequenas coisas é uma das condições indispensáveis impostas pelos administradores da educação aberta
Nos exercícios físicos e mentais, e nas operações materiais e espirituais, deve sempre prevalecer a ordem e o equilíbrio da mente, a disciplina ética e espiritual e a organização das emoções vividas e dos sentimentos praticados, bem como o controle consciente e racional e o domínio de si mesmo
Na prática cotidiana, todos devem ajudar-se uns aos outros, satisfazendo os desejos de uns e realizando as necessidades de outros
Que o otimismo de vida e o pensamento positivo, assim como o alto astral e a auto-estima elevada sejam as prioridades no relacionamento entre as pessoas, sejam elas os profissionais de educação como diretores, coordenadores, inspetores, orientadores, planejadores, programadores, professores e professoras, ou os estudantes e funcionários dessa casas de ensino e ambientes de aprendizagem
No amor recíproco e na interdependência de relações, nos encontros interpessoais e nos diálogos intercambiais, na cooperação interativa e na colaboração compartilhada, reinem sempre o bem que se deve fazer e a paz que se deve viver, a bondade que constrói e a concórdia que acalma e tranqüiliza
No império dos valores da boa consciência, das virtudes da boa ética comportamental e das vivências morais e experiências espirituais que todos devemos ter privilegiem-se a fé em Deus e a oração ao Senhor, fundamentos de uma boa vida e garantias seguras de uma ótima existência
Que o sorriso produtor de esperança e a alegria curadora de todos os males sejam partes integrantes do cotidiano das escolas e das atividades que nelas se operam com freqüência diariamente
Praticando a justiça no compromisso responsável de pessoas direitas, todos mantenham o respeito mútuo, ajam com juízo e usem o bom-senso, gerando liberdade em seus deveres e obrigações cumpridas e produzindo felicidade no abraço aos direitos que todos devem compreender e venerar
Na busca do conhecimento verdadeiramente possível, professores e estudantes encontrem a sua saúde mental e o bem-estar pessoal e social
Ao pensar idéias e valores, discernir símbolos e imagens e conhecer outros conteúdos do saber, os interesses públicos e as intencionalidades coletivas sejam preferidos em suas práticas pedagógicas
Nesse campo de atividades e relacionamentos educativos, deve-se enfatizar as ações fraternas e as atitudes solidárias, as boas amizades e a generosidade dos comportamentos
Um exemplo da aplicação dessa Pedagogia da Interatividade é considerarmos o fato da “Independência do Brasil” às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, e rechear a sua abordagem e colorir o seu conteúdo com apresentações de trabalhos e pesquisas sobre o tema, através de vídeos e audiovisuais, concursos de redação, painéis de fotos e imagens, conferências e debates com assuntos diversificados, criação de músicas de cunho popular, filmes de cinema com títulos interessantes e atraentes, jogos educativos, produção de blogs e sites da internet, palestras na rádio globo, programa na TV Bandeirantes, representações teatrais enfatizando as principais figuras como o Imperador Dom Pedro I, o Patriarca José de Alencar, Dom João VI, a família real portuguesa, os indígenas brasileiros, e assim por diante.
Esses fluxo de conhecimentos proporcionados e seu complexo de informações e comunicações serviriam de ilustrações para esse acontecimento tão importante para o Brasil, de tal modo que com essa luz mental se entenderia melhor o seu episódio, se observaria os vários ângulos de sua compreensão, se aumentaria o saber em torno dele, se dilatariam as várias interpretações sobre essa realidade, se obteria um outro, novo e diferente olhar sobre a história do Brasil.
Com esse panorama global e diferencial sobre o fenômeno real e histórico em referência, teríamos então um maior conhecimento acerca dele.
Tal é o Parangolé, a Pedagogia da Interatividade.
Na origem do Parangolé está a preocupação de fazer os estudantes interagirem com o professor a fim de se possibilitar a produção do conhecimento cujo processo é permanente, criativo, evolutivo, aberto, renovador e libertador, alcançando outros, bons, novos e diferentes conteúdos capazes de propiciar saúde pessoal e bem-estar coletivo para todos e cada um dos que assumem o compromisso responsável de gerar liberdade de criação, a partir da qual se constrói a cultura do bem físico, mental e espiritual e suas conseqüência na vida cotidiana para a qual contribuem as variadas funções e diversos recursos de elucidação e esclarecimento de seu repertório rico de saberes então compartilhados.
Nesse movimento de aprendizagem, o ensino se torna mais eficaz e produtivo, mais claro e lúcido, mais rico e desenvolvido, mais qualificado e excelente.
Eis sua constante abertura a novas possibilidades e diferentes alternativas de conhecimento.
Nessa proposta de ensino aberto, a aprendizagem se renova a cada instante e se libertam os talentos de cada um, e o carismas se complementam criando novas e diferentes possibilidades de co-construção do conhecimento, fazendo então a verdadeira diferença que caracteriza essa pedagogia intercambial, que faz da interação de professores e estudantes o caminho certo para o compartilhamento de seus conteúdos produzidos tendo em vista o crescimento de todos, o enriquecimento das matérias e disciplinas e o aperfeiçoamento do saber agora bem pensado, bem discernido e bem gerado como outro repertório cultural de conhecimentos adquiridos.
Nessa abertura cheia de alternativas e possibilidades, reina a diferença, a co-autoria entre mestres e alunos transformando a cultura e sua essência renovadora e libertadora em fonte de saúde pedagógica e bem-estar educacional para todos e cada um dos envolvidos nesse processo de educação aberta, propiciadora das diferenças criadoras que com seus detalhes construtivos faz a educação avançar, progredir bem e evoluir com qualidade de vida e excelente trabalho de interatividades que se complementam, esclarecendo assim a temática em referência, elucidando seus objetivos finais e evidenciando as suas raizes responsáveis pela luz do conhecimento obtido.
No Parangolé, imperam as diferenças.
Dos discentes, alunos, discípulos e estudantes esperam-se a sua co-autoria de idéias e a sua co-construção de conhecimentos, o que se dá através dos debates dentro e fora da sala de aula, das pesquisas individuais e coletivas, das monografias solicitadas pelos mestres, das apresentações discursivas e participativas, dos trabalhos de grupo, dos audiovisuais visualizados, das representações teatrais em torno do tema, das danças sobre o assunto em referência, das músicas geradas em prol da mensagem que se tenta oferecer, das criações artísticas e literárias, das atividades esportivas, recreativas e de lazer, e assim por diante.
Esse jogo interpessoal de conteúdos que se produzem e se complementam, o intercâmbio de culturas diversas e mentalidades diferentes, o fluxo de interatividades que colaboram entre si, o complexo de matérias e disciplinas compartilhadas e a cooperação mútua aliada com a reciprocidade de intenções e interesses semelhantes ou não, faz da pedagogia do parangolé uma novidade que precisa ser cultivada, explorada, enriquecida, desenvolvida e aperfeiçoada por todos os que comungam e participam de sua geração e propagação, transformando-o positivamente em ferramenta de renovação pedagógica e instrumento de libertação dos exercícios educacionais que então se empreendem.
O Parangolelismo pedagógico e sua teia interativa com sua rede de intercâmbios culturais e mentalidades compartilhadas é responsável pela boa qualidade de sua produção educacional, determinadora dos seus ótimos conteúdos de conhecimento e das idéias fecundas e profundas que faz surgir, causando entre os que dele participam e com ele comungam saúde física e mental, e bem-estar material e espiritual, a partir de que é possível a construção de uma sociedade mais livre e feliz, mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, de bem com a vida, que faz do seu amor pleno pela educação das pessoas o sentido de sua vida e a razão de seu existir.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
A Arte de Filosofar
Filósofo
O Produtor de Idéias
Momento Inicial
O Discurso do Pensamento e seus limites, tendências e possibilidades – eis o conteúdo global e diferencial deste livro simples, hunilde e pequenino.
Mostramos aqui e agora a filosofia e suas consequências na ordem da construção de idéias, seu momento vivencial e sua articulação ainda com os sentimentos humanos.
Uma obra para iniciantes em filosofia.
Sejam felizes, alegres e contentes.
Momento Essencial
1) O que é filosofar ?
O que é filosofar ?
Filosofar é refletir, questionar-se, interrogar-se, perguntar-se a respeito do sentido da vida, das origens da existência, das razões de viver: de onde eu vim ? para onde eu vou ? o que eu faço neste mundo ? quem sou eu ? quais são os princípios do conhecimento ? quais são os fundamentos da realidade ? é possível des-cobrir a verdade fundamental que dá sentido à vida e razão à existência ? Des-cobrir a verdade, tirar suas cobertas e vê-la totalmente nua ?
Filosofar igualmente é tentar responder a estas questões, oferecendo a todos uma explicação razoável ou racional com relação a elas, compreendendo-as com consciência real, juizo racional e bom-senso natural.
Filosofar portanto é fazer uso da razão ou inteligência tendo em vista fundamentar e dar sentido a sua vida e razões a sua existência.
2. Metodologia Filosófica
Ordem mental, disciplina racional
e organização do pensamento
1) Reflexão
2) Interrogação
3) Explicação
4) Método (investigação)
5) Sistema (relação, interação e articulação
das partes com o todo e vice-versa)
6) Estrutura (visão global e diferencial
do conteúdo apresentado)
7) Estratégia (plano de ação visando resultados)
8) Projeto (planejamento com um objetivo final)
9) Organização (ordem estabelecida)
10) Planejamento (projeto inicial, médio e final)
11) Logística (trabalho planejado, ordenado e organizado)
3) História da Filosofia
O Pensamento em Movimento
3.A. História do Pensamento
a) Idade Antiga
(Séc.VI a.C. até o Séc. IV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Mundo grego, especificamente, sua mitologia, sua tradição cultural, seu culto aos deuses, suas expressões artísticas e religiosas, sua sociedade pluralista, sua política democrática, sua moral pessoal e social, culminaram e chegaram à Paidéia, na qual o processo educacional de formação do homem grego colocava em destaque principalmente a sua racionalidade filosófica, ordenadora do caos e organizadora do conhecimento até então conquistado pelo povo grego, cujo saber englobava toda a sabedoria milenar dos povos antigos.
a.1. Os filósofos pré-socráticos
Fundamentalmente, a ARKÉ – o princípio da vida - era o tema central desenvolvido pelos pensadores anteriores a Sócrates. Alguns, como Tales de Mileto, diziam que a ARKÉ era a água; Anaximandro, o Ápeiron; Heráclito. o fogo. O COSMOS(Universo), seus princípios, meios e fins, centralizava todas as atenções, envolvia então todos os pensadores, atingindo também toda a sociedade grega antiga.
a.2. Sócrates
“Sei que nada sei” era o ponto-de-partida de Sócrates para a articulação, construção e desenvolvimento de suas idéias, que culminavam na Maêutica(criação/parto de idéias). Tal processo maiêutico(ignorância/ironia/crítica/dialética) constituia o fundamento básico dos diálogos de Sócrates.
a.3. Platão (Academia)
A Ideologia platônica baseia-se no famoso “Mito da Caverna”, onde, na escuridão da caverna, o homem, visualisando sombras(imagens), descobre a luz do Sol(a reflexão da razão inteligente). De acordo com Platão, as idéias – em sua reminiscência – estão em um mundo além e se refletem em nossa inteligência pensante. Essa lembrança(memorização das idéias) é o sentido da vida humana terrestrre e natural. A Idéia de Bem é a maior e melhor das idéias, identificando-se com Deus, a Idéia de Bem Superior. Sua filosofia tem um significado teórico e prático, atuando no campo do conhecimento e no campo da ética(virtudes morais), cujo aperfeiçoamento se dá na Política(República de Platão, em que o Rei-filósofo é seu principal protagonista).
a.4. Aristóteles (Liceu)
Profundamente naturalista e realista, o pensamento aristotélico se origina nas ciências naturais(anatomia, zoologia e botânica); cresce com a moral e o conhecimento(teoria da abstração, onde, através dos sentidos, a inteligência chega à experiência); e evolui para a lógica e a metafísica(a filosofia do ser).
a.5. Correntes Filosóficas
(Estoicismo/Destino – O Estoicismo é uma doutrina filosófica em que o destino das pessoas, da natureza ou do universo, ocupa o centro das atenções, em função do qual gira a vida pessoal e social, individual e coletiva das comunidades humanas que o adotam. O Destino pode ser uma fatalidade, uma catástrofe, um desígnio natural, uma intencionalidade divina ou um desejo religioso. / Hedonismo ou Epicurismo/Prazer – Esta doutrina filosófica tem como ponto fundamental de suas atitudes, idéias e sentimentos, o prazer, o gozo, a alegria, a felicidade, o contentamento, o desejo de amar, o desejo de viver, o desejo de criar e gostar dos seres e das coisas que estão dentro e fora de si. É uma teoria/prática otimista e positivista em relação à vida, ao meio-ambiente humano, natural e cultural nos quais todos estão incluídos, inseridos e envolvidos. / Ceticismo/Dúvida/Incerteza - Tal doutrina filosófica coloca a dúvida e a incerteza como motores de suas atividades humanas, reais e racionais, naturais e culturais, temporais e espaciais, envolvendo-se inclusive com a área política, social e econômica, com interesses igualmente no campo artístico, científico, filosófico, histórico, moral e religioso. Têm a certeza de que nada está certo. Duvidam da possibilidade do conhecimento, da construção da verdade e da certeza em si. / Dogmatismo/Certeza/Verdade – Os dogmáticos acreditam na viabilidade do conhecimento, da criação de idéias lógicas e dialéticas, com as quais possa-se chegar à verdade. Crêem no conhecimento certo e verdadeiro, a partir de que propiciam melhores condições de vida, saúde e educação para todos e cada um dos membros que vivem em sociedade. Historicamente, no seio da humanidade, vêm criando, construindo e desenvolvendo a chamada sociedade do conhecimento, origem de um mundo novo, aberto e liberto de preconceitos e superstições, de prisões ideológicas e divisões sócio-econômicas, de opressões políticas e escravidões morais e culturais. Aceitam pois, e trabalham para isso, a ordem e o progresso dos povos e nações do mundo inteiro. / Idealismo/Platão – O Platonismo cultiva o idealismo, o racionalismo, a supremacia das idéias sobre a matéria e a experiência. São mais teóricos do que práticos. Acreditam nos sonhos e no poder da imaginação. São irrealistas. / Naturalismo/Realismo/Aristóteles – O Pensamento aristotélico é mais realista e natural, segue a natureza e seus fenômenos biológicos e ambientais, muito sensível, realista e experimental, tremendamente científico, lógico, transcendental, vivendo bem o cotidiano da vida das pessoas. / Sofismo/Sofistas – Os sofistas aceitam o ceticismo, o individualismo e o relativismo, trabalhando com a dúvida metódica, retórica e argumentativa, e ainda enfatizando mais as perguntas, questões e interrogações ,
desprezando pois as respostas e os critérios de competência, autoridade e idoneidade. / Relativismo/Heráclito – Os relativistas acham que tudo é relativo, nada é absoluto; tudo é inconstante, nada é permanente; tudo é instável, nada é duradouro; tudo é movimento, nada é eterno ou está em repouso. Não acreditam em Modelos ou paradigmas perfeitos e absolutos. Não aceitam autoridades, competências, idoneidades. / Absolutismo/Parmênides – Os absolutistas crêem em símbolos e idéias permanentes, imagens e valores estáveis, práticas e vivências constantes. A Verdade tem que ser absoluta. / Indeterminismo/Anaximandro/Ápeiron – Baseado no conceito de Ápeiron, princípio indefinido da vida e origem indeterminada da matéria, os seguidores desta teoria fogem da ordem lógica das idéias, da disciplina do pensamento e da possibilidade de organização do conhecimento. / Ecletismo – Os ecléticos querem de tudo o melhor possível, de todas as coisas as melhores partes, de todas as doutrinas as melhores teorias. De tudo e de todos, tiram o melhor, e desse melhor fazem uma nova Ideologia. / Realismo Natural e Imaginário/Pitágoras, Tales, Demócrito, Zenão de Eléia)
b) Idade Média
(Séc.IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Repertório político, social, econômico e cultural recebido dos povos antigos (China, Índia, Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Caldeus, Gregos e Romanos, atingiu o período medieval, criando, ecleticamente, uma nova mentalidade cultural, onde o centro das atenções era a religião católica, de onde partiam a Patrística (séc.IV) e a Escolástica(séc.XIII) principalmente. A Teologia e a religião eram o contexto ambiental que prevalecia à época.
b.1. Patrística(Santo Agostinho, Justino, Clemente)
A Escola Patristica apresenta a importância da graça de Deus em nossa vida cotidiana.
b.2. Escolástica(São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Anselmo)
A Escola Escolástica mostra a boa relação que deve haver entre fé e razão(a fé ilumina a razão e a razão esclarece a fé).
c) Idade Moderna
(Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial:Agora, surge um novo humanismo, novas idéias, novos conhecimentos, que invadem a razão humana e suas manifestações sociais e políticas, econômicas, morais e religiosas, naturais e culturais. A razão substitui a religião.
c.1. Racionalismo(Descartes, Spinoza, Montesquieu, Voltaire, Rousseau)
c.2. Empirismo(Locke, Hume, Newton, Lavoisier, Galileu, Copérnico)
c,3. Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa(1789) – Kant e Maquiavel
As condições de possibilidade do conhecimento, definidas por Immanuel Kant, resumem certamente o que foi o período moderno, no qual se confrontaram o racionalismo(o conhecimento se dá a partir da racionalidade) e o empirismo(o conhecimento se dá a partir da experiência), Kant, filósofo alemão, sintetizou os dois pensamentos conflitantes, e, através de um mecanismo verdadeiramente eclético, formalizou o pensamento moderno, cujo conteúdo proporcionou causas e consequências, influenciando todo o contexto histórico e filosófico da época, contagiando a política de Maquiavel, a economia de Adam Schimidt, a sociedade humana naturalista e culturalista francesa, inglesa e alemã, a pluralidade cultural que mais tarde deu origem ao capitalismo moderno, ao socialismo comunista de Marx e Engels, e outrossim propiciando estabilidade e progresso na arte e na religião, na moral e nos costumes virtuosos que então emergiam.
d) Idade Contemporânea
(Séc. XVIII d.C. até os nossos dias de hoje)
Ambiente histórico, temporal e espacial: A Formação dos Estados Nacionais, o progresso e desenvolvimento das nações, a evolução cientifica e tecnológica, novas artes e religiões, o crescimento do esporte, uma nova visão-de-sociedade, conflitos e guerras internas e externas, nacionais e internacionais(as duas grandes guerras), o existencialismo, a consciência do mundo e da história, os novos meios de comunicação social, uma nova visão-de-Deus, o Capitalismo e o Socialismo(Comunismo), o Cristianismo e o Catolicismo, enfim, a sociedade do bem-estar e do bem-comum, eis algumas características do mundo atual.
d.1. Cientificismo(Ciência e Tecnologia, Nanotecnologia, Biodiversidade, Robótica, Transgênicos, o Genoma humano, Genética, OGM – Organismos Geneticamente Modificados, Inteligência Artificial, Circuito Integrado, MicroInformática, a Ciência Eustática e Insofismática), Capitalismo(Dinheiro, Burguesia, Mercantilismo, Liberalismo, Neo-liberalismo), Socialismo/Comunismo(Trabalho), Socialismo Utópico, Socialismo de Estado, Social-Democracia, Neo-Tomismo(Aristóteles), Existencialismo(Existência precede a Essência, Finitude, Ser-no-mundo, Temporalidade, Espacialidade, Historicidade, Humanismo e Liberdade, Valorização do Eu e da Subjetividade, a Pessoa humana, seu caráter, sua personalidade), Historicismo(Tempo e História), Intuicionismo de Bergson, Cristianismo/Catolicismo e outras filosofias religiosas
d.2. Karl Marx e Engels, Hegel, Bergson, Marcel, Sartre, Heidegger, Piaget, Freud, Nietzche, Farias Brito, Alceu de Amoroso Lima, Althusser, Deleuze
Sinteticamente, a filosofia cristã(o catolicismo, o protestantismo e os evangélicos), novas visões de Deus, do homem e da mulher, e suas diferenças e limitações(índios, negros, mulheres, mercado de trabalho, profissões e vocações), a filosofia capitalista, a filosofia socialista, a filosofia existencialista, a fenomenologia, o historicismo, o cientificismo e o progresso tecnológico, as atividades esportivas, a globalização, a economia de mercado, os meios de comunicação social(rádio, televisão, telefone celular, cds e dvds, computador, internet, informática), a internacionalização do poder( ONU, OEA, UNESCO, FIFA, COMUNIDADE EUROPÉIA, MERCOSUL, FMI, ALCA, as constituições e instituições federais, estaduais e municipais dos povos e nações do mundo inteiro, sua interação, inter-relação e interdisciplinaridade, tudo isto, enfim, caracteriza o pensamento filosófico contemporâneo, com seus princípios, razões e fundamentos básicos.
4. A Lei do Pensamento – 1) Penso, para conhecer. 2) Conheço, para descobrir a verdade. 3) Descubro a verdade, para ser livre. 4) Atinjo a liberdade, para ser feliz. 5) Chego à felicidade, para ser eterno. 6) Mergulho na Eternidade, para me encontrar com Deus, o Senhor. 7) Encontro-me com Deus, o Senhor, no interior do silêncio. 8) No silêncio, desejo pensar. Estas são as 8 leis do pensamento.
5. A Ordem do Pensamento
A Racionalidade humana tem como uma das suas funções principais a capacidade de ordenar o caos, organizar as idéias, estruturar o pensamento e sistematizar, sintetica e analiticamente, símbolos, valores e vivências, idéias e ideais, teorias e práticas, do homem e da mulher, criaturas de Deus, o Senhor, Inteligência Suprema, Razão Superior, Criador, o Autor da Vida.
Pensar ordenadamente,
organizadamente,
logicamente,
sinteticamente,
analiticamente,
estruturalmente,
sistematicamente: eis a tarefa fundamental do pensamento, que, deste modo, cria a vida, soluciona problemas,
enfrenta obstáculos, supera barreiras, ultrapassa preconceitos e superstições, transcende limites, definições, determinações e condicionamentos, proporcionados pelo tempo presente e pela história humana, no cotidiano da vida.
Assim, o conhecimento é melhor adquirido, mais facilmente alcançado, vencendo a confusão mental e a complicação racional, abrindo pois as portas da liberdade do pensamento reflexivamente vivido.
Outrossim, realiza-se desta maneira a felicidade do homem e da mulher, com suas causas, intenções e finalidades
gratuitamente possibilitadas.
Boas idéias, bons pensamentos e bons ideais são origem de saúde e bem-estar para a humanidade, fonte de respeito e sinal de responsabilidade, melhor liberdade e maior felicidade para todos, ponto de equilíbrio entre o juízo e o bom-senso, os quais honram, bendizem e glorificam a Deus, o Senhor, Mente Superior, base radical do pensamento humano e princípio fundamental da razão presente e insistente no homem e na mulher.
6. A Origem das Idéias - A Adequação do pensamento com a realidade produz o conhecimento (idéias). Na verdade, o conhecimento nasce quando a ra cionalidade, através dos sentidos, apreende ou abstrai o real, o objeto concreto da realidade sensível. Tal processo de construção do conhecimento (idéias) é chamado de Teoria da Abstração ou Apreensão.
7. A Presença da Mulher na constituição do Pensamento Filosófico Brasileiro, segundo o Professor Joaquim Teixeira Batista das Neves
A Nova Filosofia Brasileira se apresenta como lugar de encontro de diversos pensadores locais, regionais e globais, dentre eles se destacam mulheres (filósofas) , que incluíram na atual filosofia brasileira terminologias novas, de significados profundos, determinantes na produção moderna do pensamento brasileiro. Novas terminologias, conceitos e definições, geradoras de novas idéias, novas teorias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Palavras, tais como: dependência, eustático, insofismático, alienação cultural, prisões ideológicas, racionalidade mítica, subjetividade objetiva, segurança dialética, indefinição epistemológica, relatividade axiológica, fenomenologia inconsciente, dogmatismo hermenêutico, lógica do concreto, imortalidade metafísica, ontologia do singular, visão global e diferencial, teleologia da história, terapia filosófica e outros termos de origem filosófica. Para isto, colaboram ainda hoje Professoras de Filosofia, muito conhecidas nacional e internacionalmente, como por exemplo Marilena Chauí, Vera Lúcia Vidal, Vânia Ferreira, Creusa Capalbo, Eliane Portugal, Kátia Muricy, Ana Maria Garcia, Nilce Bernadete, Creusa Brito Feitosa, Maria da Conceição Rachid, Grétia Viana Novaes e Celise Barreiros Laviola.
Hoje, neste momento, o Pensamento Filosófico Brasileiro espalha-se pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, por todo o Brasil e o mundo inteiro.
Crescendo, progredindo e se desenvolvendo, a nova e original filosofia brasileira tende a ser, no meio de nós, um caminho aberto, renovado e libertador, a partir do qual certamente o povo sofrido e trabalhador brasileiro encontrará a solução para seus problemas mais urgentes, a resposta positiva e otimista para seus desejos mais necessários, destruindo então preconceitos e superstições, e construindo uma nova mentalidade cultural, uma cultura viva, onde os conceitos, idéias, valores e vivências articulem uma sociedade mais livre e feliz, abençoada por Deus, o Senhor.
Parabéns âs mulheres pensadoras do Brasil.
8. Aristóteles e Paulo Freire: Ética na Educação
O Pensamento Aristotélico e o Pensamento PauloFreiriano relacionam-se, interagem, possuem uma mútua reciprocidade em suas idéias sobre a ética ligada à educação.
Entendendo ética como o comportamento consciente do ser humano, tendo em vista valores e vivências respeitosas e responsáveis; e educação como o processo de ensino-aprendizagem desses mesmos valores e vivências, no sentido de obter um comportamento, como disse, consciente, respeitoso e responsável, podemos afirmar que Aristóteles e Paulo Freire assemelham-se propriamente em seus pontos-de-vista comuns, onde a ética na educação tem um papel bastante específico, de caráter global, regional e local.
Segundo Aristóteles, o naturalismo é a base fundamental da educação, proporcionando ao homem e à mulher um sentido ethos(ético), em que o significado natural dos seres e das coisas, animados e inanimados, e da vida humana, favorecem o comportamento de indivíduos e grupos sociais, que então passam a agir segundo a sua natureza própria, o seu meio-ambiente ecológico, nela, com ela e para ela. Assim, a natureza influencia o comportamento ético, que é fundamentado por uma educação natural.
Em Paulo Freire, a educação libertadora se dá política, econômica, social e culturalmente, a partir pois da natureza material e imaterial, onde as pessoas envolvidas em tal processo educador, juntas e unidas, individual e comunitariamente, buscam criar e desenvolver mecanismos de libertação corporal, mental e espiritual, utilizando-se de símbolos, idéias, valores e vivências da própria comunidade local, regional e global, dentro da qual estão inseridas.Desde então, as atitudes destas pessoas se originam de uma educação naturalmente realista- naturalismo e realismo - libertadora, transformadora, na qual se procura um caminho maior e melhor de saúde, educação e bem-estar para todos.
Paulo Freire e Aristóteles- realismo e naturalismo, libertação e globalização –trabalham no sentido de influenciar, fortemente, os atos concretos das sociedades humanas,, a partir justamente de uma educação naturalista e realista, global e libertadora, humanista e transformadora da realidade local, regional e planetária, no interior das quais se encontram, procurando deste modo um caminho novo, aberto, livre e feliz de ordem e progresso, saúde e bem-estar para todos e cada um dos membros da sociedade humana.
9. Ética e Educação na Fenomenologia de Heidegger
Segundo a Fenomenologia Heideggeriana,o homem e a mulher são um complexo de possibilidades.
Isto significa dizer que, ambos, como seres-no-mundo, seres-aí, seres no tempo e na história, limitados pela finitude temporal, portanto, finitos e limitados, ainda assim têm um caráter tendencial, alternativo, possibilitador de novas conquistas, novas idéias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mesmo limitado pela finitude do tempo e pela obscuridade da morte, o ser humano é possibilidade, tendência, opção, alternativa, em que pode buscar outros caminhos de vivência e sobrevivência humana. Deste modo, educar fenomenologicamente é educar conscientemente para o fluxo de possibilidades que oferece a vida humana, ainda que limitada pela história, definida pelo tempo presente e finita na sua espacialidade e temporalidade.Logo, a existência humana é um complexo de possibilidades: liberdade possível, bem-estar possível, felicidade possível, mesmo que determinada pela finitude temporal e as limitações histórico-espaciais.
Heidegger e sua fenomenologia contribuem eficazmente para uma boa ética na educação, onde as tendências e possibilidades do ser humano são ilimitadas e infinitas, embora nos limites e finitudes do tempo e da história.
10. Pensamentos Filosóficos - 1) O Silêncio, o movimento e a paciência manifestam a sabedoria de Deus no dia-a-dia das pessoas. 2) Pense, antes de realizar. A reflexão deve estar antes do acontecimento. Jamais pense ou reflita depois do seu comportamento, ou após os fenômenos realizados. 3) A vida espiritual deve estar em primeiro lugar na nossa vida. Depois vem a vida mental. E, por último, a vida corporal. Estabeleça uma hierarquia de valores no seu cotidiano. Primeiro, sempre, Deus, o Senhor. 4) Que o bem e a luz e a paz sempre acompanhem a sua vida. 5) As mulheres fazem bem a saúde dos homens. Ponha as mulheres na sua vida. Elas são a graça de Deus no meio de nós. Elas são na verdade a alegria dos homens. Deus, o Senhor, quis assim. 6) Trabalhe com alegria e faça bem todas as coisas. 7) Seja sempre bom e faça sempre o bem. 8) Siga sempre a lei natural: faça o bem e evite o mal. 9) Que a boa consciência, a boa intenção e os bons atos reflitam o seu viver, o seu convívio com as pessoas e toda a sua existência. 10) Ajude-se ajudando os outros. 11) Amando-se a si mesmo (auto-estima) você aprende a amar a Deus, o Senhor, e as pessoas ao seu redor, mais e melhor. 12) Glorifique e bendiga sempre a Deus, o Senhor, pelos benefícios e maravilhas na sua vida. 13) A Paciência é a mãe das virtudes. 14) Siga sempre a natureza. Naturalmente, viva, conviva, pense, sinta, se comporte, pratique seus atos. Viva em harmonia com seu meio-ambiente. Seja natural. Porque Deus, o Senhor, é natural. Porque o universo é natural. Porque a vida é natural. O homem e a mulher são naturais. Com equilíbrio e segurança, percorra o caminho da natureza. Alimente-se naturalmente. Faça da natureza o sentido da sua vida. Deste modo, o bem e a paz habitarão o seu ser. 15) No seu convívio social, tenha sempre juízo e bom-senso. 16) Respeite os outros. 17) Seja responsável por suas atitudes. 18) Destrua preconceitos e superstições, e construa a liberdade e a felicidade para si e para os outros. 19) Faça de cada momento uma eternidade. Porque você é eterno. 20) Seja realista. Informe-se. Participe das novidades e notícias do seu dia-a-dia. Tome uma água e um cafezinho no botequim. Compre seus remédios na farmácia. Compre seu pão na padaria. Compre seu jornal no jornaleiro. Dê um passeio pela rua. Faça suas compras no supermercado. Converse com seus amigos. Ame suas mulheres. Dê um abraço no seu pai e um beijo na sua mãe. Brinque na praça com as crianças. Ajude os pobres. Reze e bendiga a Deus, o Senhor, glorificando-O por suas obras, maravilhas e benefícios. Trabalhe e estude com alegria. Na igreja, agradeça a Deus, o Senhor. No hospital, visite seus doentes. Em tudo, com todos, louve a Deus, o Senhor. No galinheiro, compre alguns ovos e namore as galinhas. No açougue, compre uma carne para a família. E que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado eternamente. Amém.
11. A Criação do Novo - A Criatividade é o motor da novidade. Vejamos como se situa o novo, dentro do contexto humano, natural e cultural. 1) limites - A produção da novidade é contrariada pelos preconceitos e superstições, confusão mental, mitos e crenças, obstáculos ao conhecimento e barreiras ideológicas. 2) tendências - abrir a mente, renovar o conhecimento e libertar a pessoa humana de suas prisões culturais. 3) possibilidades - progresso dos povos e evolução das nações, crescimento político, social, econômico e cultural, desenvolvimento científico e tecnológico, maior liberdade e maior felicidade, melhor juízo e melhor bom-senso, mais saúde e bem-estar para todos.
12. Ponto-de-vista/Visão global e diferencial - Em nossas reflexões humanas, naturais e culturais, devemos ter, ao mesmo tempo, um olhar globalizante sobre a realidade e um olhar sobre as diferenças que a envolvem., a fim de que nossas sínteses e análises reais e racionais apreendam de fato a verdade dos fenômenos concretos, tornando certo o conhecimento verdadeiramente possível. Deste modo, de posse da verdade real, chegaremos à liberdade existencial, e, por conseguinte, atingiremos a felicidade completa, saudável e libertadora. Ou seja, a visão do todo pressupõe necessariamente a visão das partes, o olhar global precisa antes do olhar diferencial. Assim, conseguiremos perceber perfeitamente a realidade, interior e exterior, com seus problemas e interrogações , de um lado, e suas soluções e respostas positivas e otimistas, por outro lado. Quando o racional compreende inteiramente o real, no todo e nas partes, global e diferencialmente, absoluta e relativamente, estamos então diante do sentido da vida, a razão de viver, mergulhando desta maneira na função humana existencial propriamente dita, cuja complementação se dá no mergulho em Deus, o Senhor, objetivo final da nossa vida.
13. A construção do comportamento humano - O homem e a mulher, quando agem em sociedade, atuam movidos por sua liberdade, sendo esta condicionada pelos desejos humanos e suas necessidades naturais. Tais desejos e necessidades refletem no ser humano, por um lado, o universo biológico ou genético que o envolve, e, por outro lado, o universo social ou ambiental no qual está inserido. Então, neste momento, entra em ação a liberdade humana, a qual opta ou escolhe o bem ou o mal. Esta é a lei natural, ou seja, faça o bem e evite o mal. A lei natural, por sua vez, determinará a consciência humana, sua intencionalidade final e seus atos conseqüentes. Assim, a liberdade humana, em um ambiente social bom ou mal, faz a opção, consciente e intencionalmente, comportando-se ou de modo virtuoso ou de maneira viciosa. A liberdade, em função da lei natural, condicionada pelo ambiente social, opta pelo bem ou pelo mal. Portanto, o bom ambiente faz a boa pessoa. O mau ambiente faz a péssima pessoa. Outrossim, cabe salientar que a lei natural (procure o bem e a paz, e não pratique o mal nem a violência) foi criada por Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida. Deste modo, o homem de Deus sempre será bom, e praticará o bem e a paz. Igualmente, a mulher de Deus.
14. Realidade e Interpretação
Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.
14.a. Realidade e Interpretação - Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.
15. Paidéia – A Formação do homem grego
Projeto educacional para o homem atual
Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.
16. Epistemologia – Teorias do Conhecimento
1) Realismo
2) Idealismo
3) Racionalismo
4) Empirismo
5) Dogmatismo
6) Ceticismo
7) Absolutivismo
8) Relativismo
9) Estoicismo
10) Hedonismo (Epicurismo)
11) Ecletismo
12) Niilismo
13) Indeterminismo
17. O Mecanismo lógico, estrutural e
sistemático de equilíbrio e desenvolvimento
da ordem existencial do ser
a) A Voz do Silêncio
b) O Vazio da Essência
c) A Aparência do Nada
d) O Pensamento Vivo
e) A Presença da Ausência
f) A Consciência do Universo
g) A Ordem da Natureza
h) O Corpo Espiritual
i) A Realidade Global
18. A Dialética Mental
O Processo de produção do conhecimento (idéias) se realiza dialeticamente, ou seja, por meio de contrários, novos contrários ou contradições.
Uma idéia origina uma teoria, que, por sua vez, produz uma ideologia.
Tal movimento construtor de idéias, teorias e ideologias se faz dialeticamente, quando então através de novidades e novos contrários ou contradições, novos pensamentos são criados, os quais, igualmente, produzem novos pensamentos.
Dialeticamente, a TESE produz a ANTÍTESE, a qual, por seu lado, gera a SÍNTESE.
Esse mecanismo dialético articulador é o responsável, na história da humanidade, pela descoberta de novos conhecimentos, que também descobrem outros novos conhecimentos.
A Dialética é o motor descobridor de novos conhecimentos.
19. A Metodologia Epistemológica
Do Insofismático para o Eustático
O Movimento de descobrimento do
conhecimento verdadeiramente possível
Descobrir a verdade, e o fundamento da verdade: eis o objetivo final de todo conhecimento verdadeiramente possível.
Insofismar, ou seja, realizar o desvelamento da verdade: eis a luz vital que possibilita abarcar todo e qualquer conhecimento verdadeiramente possível.
Eustatizar, ou melhor, encontrar a luz da verdade: eis osentido fundamental
que proporciona abraçar toda e qualquer ciência realmente viável.
Com efeito, segundo a natureza humana, o conhecimento tem limites, é possível de acordo com os mesmos limites, tendências e possibilidades da razão ou inteligência do homem e da mulher.
Tal possibilidade do conhecimento é alcançada pela metodologia insofismática e eustática.
O Método insofismático busca conhecer a verdade possível.
O Método eustático procura o fundamento desta mesma verdade possível.
Por que conhecimento verdadeiramente possível ???
Porque, quanto ao conhecimento, a razão humana tem limites, além dos quais não é possível a ciência ou o conhecimento verdadeiramente possível.Em outras palavras, a ciência ou o conhecimento necessita de juízo e bom-senso, de um tal estado de racionalidade que propicie a descoberta da verdade e de seus fundamentos vitais.
Esse movimento epistemológico – da verdade insofismática para o fundamento da verdade eustática – realiza de fato o conhecimento verdadeiramente possível.
20. O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).
21. Consciência Eustática
e Razão Insofismática
Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.
Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.
Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.
22. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.
23. O Ser e o Vazio
O Mecanismo de funcionamento
do processo de esvaziamento de
conteúdo social, político, econômico
e cultural da consciência global e diferencial
das sociedades humanas em geral nos dias de hoje
Filosofias de vida, presentes, existentes e insistentes nos tempos atuais, são responsáveis direta e indiretamente pelo vazio espiritual, físico e mental, que se observa em todas e cada uma das camadas sociais da comunidade humana presente, cujas consequências se identificam com a realidade violenta e marginal, maldosa e selvagem,
triste e angustiante, prisioneira de seus próprios preconceitos e obstáculos mentais,
escrava de seus próprios vícios e interesses mal-intencionados, oprimida e opressora, divisora de classes, marginalizadora de pessoas desejosas de liberdade e felicidade. Tal realidade caótica, reflete posturas arbitrárias, posições ideológicas e interesses obscuros, corrompidos, defendidos pelos adeptos e seguidores destas 6 filosofias existenciais, que a seguir apresentamos:
1) Individualismo (culto ao eu e à solidão)
2) Niilismo (cultura do nada, do vazio e do inútil)
3) Ceticismo (dúvida e incerteza como razões de viver)
4) Relativismo (tudo é relativo, nada é absoluto)
5) Indeterminismo (tudo e todos são indefiníveis e indetermináveis)
6) Ateísmo (negação e indiferença quanto a Deus)
Estas filosofias de vida destróem a vida e constróem a morte.
Propagam o mal e a violência, e o vazio do ser.
Hoje, assistimos ao intolerável e insuportável esvaziamento do ser.
Caminhamos para o vazio da vida,
o nada do ser,
o silêncio da existência,
a ausência da essência.
a consciência da aparência,
o sumiço de Deus ???
24. A Filosofia e seu conteúdo interdisciplinar
a) Lógica Clássica e Simbólica
b) Ética
c) Estética
d) Hermenêutica
e) História da Filosofia
f) Ontologia ou Metafísica
g) Epistemologia
h) Axiologia
i) Fenomenologia
j) Teleologia
Momento Final
Pensar, refletir, interrogar-se acerca dos problemas fundamentais da vida humana, e tentar encontrar as suas respostas positivas, segundo o nosso ponto-de-vista pessoal e grupal, individual e coletivo – eis o que devemos fazer de agora em diante.
Devemos assumir um compromisso responsável com a filosofia.
Tal compromisso levar-nos-á certamente a um posicionamento consciente, racional e real perante os problemas centrais da vida cotidiana.
Que suas posições filosóficas façam vocês livres e felizes diante de Deus, o Senhor, e a comunidade humana global.
Este o nosso desejo verdadeiro.
Pois então, continuemos a filosofar.
O Produtor de Idéias
Momento Inicial
O Discurso do Pensamento e seus limites, tendências e possibilidades – eis o conteúdo global e diferencial deste livro simples, hunilde e pequenino.
Mostramos aqui e agora a filosofia e suas consequências na ordem da construção de idéias, seu momento vivencial e sua articulação ainda com os sentimentos humanos.
Uma obra para iniciantes em filosofia.
Sejam felizes, alegres e contentes.
Momento Essencial
1) O que é filosofar ?
O que é filosofar ?
Filosofar é refletir, questionar-se, interrogar-se, perguntar-se a respeito do sentido da vida, das origens da existência, das razões de viver: de onde eu vim ? para onde eu vou ? o que eu faço neste mundo ? quem sou eu ? quais são os princípios do conhecimento ? quais são os fundamentos da realidade ? é possível des-cobrir a verdade fundamental que dá sentido à vida e razão à existência ? Des-cobrir a verdade, tirar suas cobertas e vê-la totalmente nua ?
Filosofar igualmente é tentar responder a estas questões, oferecendo a todos uma explicação razoável ou racional com relação a elas, compreendendo-as com consciência real, juizo racional e bom-senso natural.
Filosofar portanto é fazer uso da razão ou inteligência tendo em vista fundamentar e dar sentido a sua vida e razões a sua existência.
2. Metodologia Filosófica
Ordem mental, disciplina racional
e organização do pensamento
1) Reflexão
2) Interrogação
3) Explicação
4) Método (investigação)
5) Sistema (relação, interação e articulação
das partes com o todo e vice-versa)
6) Estrutura (visão global e diferencial
do conteúdo apresentado)
7) Estratégia (plano de ação visando resultados)
8) Projeto (planejamento com um objetivo final)
9) Organização (ordem estabelecida)
10) Planejamento (projeto inicial, médio e final)
11) Logística (trabalho planejado, ordenado e organizado)
3) História da Filosofia
O Pensamento em Movimento
3.A. História do Pensamento
a) Idade Antiga
(Séc.VI a.C. até o Séc. IV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Mundo grego, especificamente, sua mitologia, sua tradição cultural, seu culto aos deuses, suas expressões artísticas e religiosas, sua sociedade pluralista, sua política democrática, sua moral pessoal e social, culminaram e chegaram à Paidéia, na qual o processo educacional de formação do homem grego colocava em destaque principalmente a sua racionalidade filosófica, ordenadora do caos e organizadora do conhecimento até então conquistado pelo povo grego, cujo saber englobava toda a sabedoria milenar dos povos antigos.
a.1. Os filósofos pré-socráticos
Fundamentalmente, a ARKÉ – o princípio da vida - era o tema central desenvolvido pelos pensadores anteriores a Sócrates. Alguns, como Tales de Mileto, diziam que a ARKÉ era a água; Anaximandro, o Ápeiron; Heráclito. o fogo. O COSMOS(Universo), seus princípios, meios e fins, centralizava todas as atenções, envolvia então todos os pensadores, atingindo também toda a sociedade grega antiga.
a.2. Sócrates
“Sei que nada sei” era o ponto-de-partida de Sócrates para a articulação, construção e desenvolvimento de suas idéias, que culminavam na Maêutica(criação/parto de idéias). Tal processo maiêutico(ignorância/ironia/crítica/dialética) constituia o fundamento básico dos diálogos de Sócrates.
a.3. Platão (Academia)
A Ideologia platônica baseia-se no famoso “Mito da Caverna”, onde, na escuridão da caverna, o homem, visualisando sombras(imagens), descobre a luz do Sol(a reflexão da razão inteligente). De acordo com Platão, as idéias – em sua reminiscência – estão em um mundo além e se refletem em nossa inteligência pensante. Essa lembrança(memorização das idéias) é o sentido da vida humana terrestrre e natural. A Idéia de Bem é a maior e melhor das idéias, identificando-se com Deus, a Idéia de Bem Superior. Sua filosofia tem um significado teórico e prático, atuando no campo do conhecimento e no campo da ética(virtudes morais), cujo aperfeiçoamento se dá na Política(República de Platão, em que o Rei-filósofo é seu principal protagonista).
a.4. Aristóteles (Liceu)
Profundamente naturalista e realista, o pensamento aristotélico se origina nas ciências naturais(anatomia, zoologia e botânica); cresce com a moral e o conhecimento(teoria da abstração, onde, através dos sentidos, a inteligência chega à experiência); e evolui para a lógica e a metafísica(a filosofia do ser).
a.5. Correntes Filosóficas
(Estoicismo/Destino – O Estoicismo é uma doutrina filosófica em que o destino das pessoas, da natureza ou do universo, ocupa o centro das atenções, em função do qual gira a vida pessoal e social, individual e coletiva das comunidades humanas que o adotam. O Destino pode ser uma fatalidade, uma catástrofe, um desígnio natural, uma intencionalidade divina ou um desejo religioso. / Hedonismo ou Epicurismo/Prazer – Esta doutrina filosófica tem como ponto fundamental de suas atitudes, idéias e sentimentos, o prazer, o gozo, a alegria, a felicidade, o contentamento, o desejo de amar, o desejo de viver, o desejo de criar e gostar dos seres e das coisas que estão dentro e fora de si. É uma teoria/prática otimista e positivista em relação à vida, ao meio-ambiente humano, natural e cultural nos quais todos estão incluídos, inseridos e envolvidos. / Ceticismo/Dúvida/Incerteza - Tal doutrina filosófica coloca a dúvida e a incerteza como motores de suas atividades humanas, reais e racionais, naturais e culturais, temporais e espaciais, envolvendo-se inclusive com a área política, social e econômica, com interesses igualmente no campo artístico, científico, filosófico, histórico, moral e religioso. Têm a certeza de que nada está certo. Duvidam da possibilidade do conhecimento, da construção da verdade e da certeza em si. / Dogmatismo/Certeza/Verdade – Os dogmáticos acreditam na viabilidade do conhecimento, da criação de idéias lógicas e dialéticas, com as quais possa-se chegar à verdade. Crêem no conhecimento certo e verdadeiro, a partir de que propiciam melhores condições de vida, saúde e educação para todos e cada um dos membros que vivem em sociedade. Historicamente, no seio da humanidade, vêm criando, construindo e desenvolvendo a chamada sociedade do conhecimento, origem de um mundo novo, aberto e liberto de preconceitos e superstições, de prisões ideológicas e divisões sócio-econômicas, de opressões políticas e escravidões morais e culturais. Aceitam pois, e trabalham para isso, a ordem e o progresso dos povos e nações do mundo inteiro. / Idealismo/Platão – O Platonismo cultiva o idealismo, o racionalismo, a supremacia das idéias sobre a matéria e a experiência. São mais teóricos do que práticos. Acreditam nos sonhos e no poder da imaginação. São irrealistas. / Naturalismo/Realismo/Aristóteles – O Pensamento aristotélico é mais realista e natural, segue a natureza e seus fenômenos biológicos e ambientais, muito sensível, realista e experimental, tremendamente científico, lógico, transcendental, vivendo bem o cotidiano da vida das pessoas. / Sofismo/Sofistas – Os sofistas aceitam o ceticismo, o individualismo e o relativismo, trabalhando com a dúvida metódica, retórica e argumentativa, e ainda enfatizando mais as perguntas, questões e interrogações ,
desprezando pois as respostas e os critérios de competência, autoridade e idoneidade. / Relativismo/Heráclito – Os relativistas acham que tudo é relativo, nada é absoluto; tudo é inconstante, nada é permanente; tudo é instável, nada é duradouro; tudo é movimento, nada é eterno ou está em repouso. Não acreditam em Modelos ou paradigmas perfeitos e absolutos. Não aceitam autoridades, competências, idoneidades. / Absolutismo/Parmênides – Os absolutistas crêem em símbolos e idéias permanentes, imagens e valores estáveis, práticas e vivências constantes. A Verdade tem que ser absoluta. / Indeterminismo/Anaximandro/Ápeiron – Baseado no conceito de Ápeiron, princípio indefinido da vida e origem indeterminada da matéria, os seguidores desta teoria fogem da ordem lógica das idéias, da disciplina do pensamento e da possibilidade de organização do conhecimento. / Ecletismo – Os ecléticos querem de tudo o melhor possível, de todas as coisas as melhores partes, de todas as doutrinas as melhores teorias. De tudo e de todos, tiram o melhor, e desse melhor fazem uma nova Ideologia. / Realismo Natural e Imaginário/Pitágoras, Tales, Demócrito, Zenão de Eléia)
b) Idade Média
(Séc.IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Repertório político, social, econômico e cultural recebido dos povos antigos (China, Índia, Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Caldeus, Gregos e Romanos, atingiu o período medieval, criando, ecleticamente, uma nova mentalidade cultural, onde o centro das atenções era a religião católica, de onde partiam a Patrística (séc.IV) e a Escolástica(séc.XIII) principalmente. A Teologia e a religião eram o contexto ambiental que prevalecia à época.
b.1. Patrística(Santo Agostinho, Justino, Clemente)
A Escola Patristica apresenta a importância da graça de Deus em nossa vida cotidiana.
b.2. Escolástica(São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Anselmo)
A Escola Escolástica mostra a boa relação que deve haver entre fé e razão(a fé ilumina a razão e a razão esclarece a fé).
c) Idade Moderna
(Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial:Agora, surge um novo humanismo, novas idéias, novos conhecimentos, que invadem a razão humana e suas manifestações sociais e políticas, econômicas, morais e religiosas, naturais e culturais. A razão substitui a religião.
c.1. Racionalismo(Descartes, Spinoza, Montesquieu, Voltaire, Rousseau)
c.2. Empirismo(Locke, Hume, Newton, Lavoisier, Galileu, Copérnico)
c,3. Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa(1789) – Kant e Maquiavel
As condições de possibilidade do conhecimento, definidas por Immanuel Kant, resumem certamente o que foi o período moderno, no qual se confrontaram o racionalismo(o conhecimento se dá a partir da racionalidade) e o empirismo(o conhecimento se dá a partir da experiência), Kant, filósofo alemão, sintetizou os dois pensamentos conflitantes, e, através de um mecanismo verdadeiramente eclético, formalizou o pensamento moderno, cujo conteúdo proporcionou causas e consequências, influenciando todo o contexto histórico e filosófico da época, contagiando a política de Maquiavel, a economia de Adam Schimidt, a sociedade humana naturalista e culturalista francesa, inglesa e alemã, a pluralidade cultural que mais tarde deu origem ao capitalismo moderno, ao socialismo comunista de Marx e Engels, e outrossim propiciando estabilidade e progresso na arte e na religião, na moral e nos costumes virtuosos que então emergiam.
d) Idade Contemporânea
(Séc. XVIII d.C. até os nossos dias de hoje)
Ambiente histórico, temporal e espacial: A Formação dos Estados Nacionais, o progresso e desenvolvimento das nações, a evolução cientifica e tecnológica, novas artes e religiões, o crescimento do esporte, uma nova visão-de-sociedade, conflitos e guerras internas e externas, nacionais e internacionais(as duas grandes guerras), o existencialismo, a consciência do mundo e da história, os novos meios de comunicação social, uma nova visão-de-Deus, o Capitalismo e o Socialismo(Comunismo), o Cristianismo e o Catolicismo, enfim, a sociedade do bem-estar e do bem-comum, eis algumas características do mundo atual.
d.1. Cientificismo(Ciência e Tecnologia, Nanotecnologia, Biodiversidade, Robótica, Transgênicos, o Genoma humano, Genética, OGM – Organismos Geneticamente Modificados, Inteligência Artificial, Circuito Integrado, MicroInformática, a Ciência Eustática e Insofismática), Capitalismo(Dinheiro, Burguesia, Mercantilismo, Liberalismo, Neo-liberalismo), Socialismo/Comunismo(Trabalho), Socialismo Utópico, Socialismo de Estado, Social-Democracia, Neo-Tomismo(Aristóteles), Existencialismo(Existência precede a Essência, Finitude, Ser-no-mundo, Temporalidade, Espacialidade, Historicidade, Humanismo e Liberdade, Valorização do Eu e da Subjetividade, a Pessoa humana, seu caráter, sua personalidade), Historicismo(Tempo e História), Intuicionismo de Bergson, Cristianismo/Catolicismo e outras filosofias religiosas
d.2. Karl Marx e Engels, Hegel, Bergson, Marcel, Sartre, Heidegger, Piaget, Freud, Nietzche, Farias Brito, Alceu de Amoroso Lima, Althusser, Deleuze
Sinteticamente, a filosofia cristã(o catolicismo, o protestantismo e os evangélicos), novas visões de Deus, do homem e da mulher, e suas diferenças e limitações(índios, negros, mulheres, mercado de trabalho, profissões e vocações), a filosofia capitalista, a filosofia socialista, a filosofia existencialista, a fenomenologia, o historicismo, o cientificismo e o progresso tecnológico, as atividades esportivas, a globalização, a economia de mercado, os meios de comunicação social(rádio, televisão, telefone celular, cds e dvds, computador, internet, informática), a internacionalização do poder( ONU, OEA, UNESCO, FIFA, COMUNIDADE EUROPÉIA, MERCOSUL, FMI, ALCA, as constituições e instituições federais, estaduais e municipais dos povos e nações do mundo inteiro, sua interação, inter-relação e interdisciplinaridade, tudo isto, enfim, caracteriza o pensamento filosófico contemporâneo, com seus princípios, razões e fundamentos básicos.
4. A Lei do Pensamento – 1) Penso, para conhecer. 2) Conheço, para descobrir a verdade. 3) Descubro a verdade, para ser livre. 4) Atinjo a liberdade, para ser feliz. 5) Chego à felicidade, para ser eterno. 6) Mergulho na Eternidade, para me encontrar com Deus, o Senhor. 7) Encontro-me com Deus, o Senhor, no interior do silêncio. 8) No silêncio, desejo pensar. Estas são as 8 leis do pensamento.
5. A Ordem do Pensamento
A Racionalidade humana tem como uma das suas funções principais a capacidade de ordenar o caos, organizar as idéias, estruturar o pensamento e sistematizar, sintetica e analiticamente, símbolos, valores e vivências, idéias e ideais, teorias e práticas, do homem e da mulher, criaturas de Deus, o Senhor, Inteligência Suprema, Razão Superior, Criador, o Autor da Vida.
Pensar ordenadamente,
organizadamente,
logicamente,
sinteticamente,
analiticamente,
estruturalmente,
sistematicamente: eis a tarefa fundamental do pensamento, que, deste modo, cria a vida, soluciona problemas,
enfrenta obstáculos, supera barreiras, ultrapassa preconceitos e superstições, transcende limites, definições, determinações e condicionamentos, proporcionados pelo tempo presente e pela história humana, no cotidiano da vida.
Assim, o conhecimento é melhor adquirido, mais facilmente alcançado, vencendo a confusão mental e a complicação racional, abrindo pois as portas da liberdade do pensamento reflexivamente vivido.
Outrossim, realiza-se desta maneira a felicidade do homem e da mulher, com suas causas, intenções e finalidades
gratuitamente possibilitadas.
Boas idéias, bons pensamentos e bons ideais são origem de saúde e bem-estar para a humanidade, fonte de respeito e sinal de responsabilidade, melhor liberdade e maior felicidade para todos, ponto de equilíbrio entre o juízo e o bom-senso, os quais honram, bendizem e glorificam a Deus, o Senhor, Mente Superior, base radical do pensamento humano e princípio fundamental da razão presente e insistente no homem e na mulher.
6. A Origem das Idéias - A Adequação do pensamento com a realidade produz o conhecimento (idéias). Na verdade, o conhecimento nasce quando a ra cionalidade, através dos sentidos, apreende ou abstrai o real, o objeto concreto da realidade sensível. Tal processo de construção do conhecimento (idéias) é chamado de Teoria da Abstração ou Apreensão.
7. A Presença da Mulher na constituição do Pensamento Filosófico Brasileiro, segundo o Professor Joaquim Teixeira Batista das Neves
A Nova Filosofia Brasileira se apresenta como lugar de encontro de diversos pensadores locais, regionais e globais, dentre eles se destacam mulheres (filósofas) , que incluíram na atual filosofia brasileira terminologias novas, de significados profundos, determinantes na produção moderna do pensamento brasileiro. Novas terminologias, conceitos e definições, geradoras de novas idéias, novas teorias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Palavras, tais como: dependência, eustático, insofismático, alienação cultural, prisões ideológicas, racionalidade mítica, subjetividade objetiva, segurança dialética, indefinição epistemológica, relatividade axiológica, fenomenologia inconsciente, dogmatismo hermenêutico, lógica do concreto, imortalidade metafísica, ontologia do singular, visão global e diferencial, teleologia da história, terapia filosófica e outros termos de origem filosófica. Para isto, colaboram ainda hoje Professoras de Filosofia, muito conhecidas nacional e internacionalmente, como por exemplo Marilena Chauí, Vera Lúcia Vidal, Vânia Ferreira, Creusa Capalbo, Eliane Portugal, Kátia Muricy, Ana Maria Garcia, Nilce Bernadete, Creusa Brito Feitosa, Maria da Conceição Rachid, Grétia Viana Novaes e Celise Barreiros Laviola.
Hoje, neste momento, o Pensamento Filosófico Brasileiro espalha-se pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, por todo o Brasil e o mundo inteiro.
Crescendo, progredindo e se desenvolvendo, a nova e original filosofia brasileira tende a ser, no meio de nós, um caminho aberto, renovado e libertador, a partir do qual certamente o povo sofrido e trabalhador brasileiro encontrará a solução para seus problemas mais urgentes, a resposta positiva e otimista para seus desejos mais necessários, destruindo então preconceitos e superstições, e construindo uma nova mentalidade cultural, uma cultura viva, onde os conceitos, idéias, valores e vivências articulem uma sociedade mais livre e feliz, abençoada por Deus, o Senhor.
Parabéns âs mulheres pensadoras do Brasil.
8. Aristóteles e Paulo Freire: Ética na Educação
O Pensamento Aristotélico e o Pensamento PauloFreiriano relacionam-se, interagem, possuem uma mútua reciprocidade em suas idéias sobre a ética ligada à educação.
Entendendo ética como o comportamento consciente do ser humano, tendo em vista valores e vivências respeitosas e responsáveis; e educação como o processo de ensino-aprendizagem desses mesmos valores e vivências, no sentido de obter um comportamento, como disse, consciente, respeitoso e responsável, podemos afirmar que Aristóteles e Paulo Freire assemelham-se propriamente em seus pontos-de-vista comuns, onde a ética na educação tem um papel bastante específico, de caráter global, regional e local.
Segundo Aristóteles, o naturalismo é a base fundamental da educação, proporcionando ao homem e à mulher um sentido ethos(ético), em que o significado natural dos seres e das coisas, animados e inanimados, e da vida humana, favorecem o comportamento de indivíduos e grupos sociais, que então passam a agir segundo a sua natureza própria, o seu meio-ambiente ecológico, nela, com ela e para ela. Assim, a natureza influencia o comportamento ético, que é fundamentado por uma educação natural.
Em Paulo Freire, a educação libertadora se dá política, econômica, social e culturalmente, a partir pois da natureza material e imaterial, onde as pessoas envolvidas em tal processo educador, juntas e unidas, individual e comunitariamente, buscam criar e desenvolver mecanismos de libertação corporal, mental e espiritual, utilizando-se de símbolos, idéias, valores e vivências da própria comunidade local, regional e global, dentro da qual estão inseridas.Desde então, as atitudes destas pessoas se originam de uma educação naturalmente realista- naturalismo e realismo - libertadora, transformadora, na qual se procura um caminho maior e melhor de saúde, educação e bem-estar para todos.
Paulo Freire e Aristóteles- realismo e naturalismo, libertação e globalização –trabalham no sentido de influenciar, fortemente, os atos concretos das sociedades humanas,, a partir justamente de uma educação naturalista e realista, global e libertadora, humanista e transformadora da realidade local, regional e planetária, no interior das quais se encontram, procurando deste modo um caminho novo, aberto, livre e feliz de ordem e progresso, saúde e bem-estar para todos e cada um dos membros da sociedade humana.
9. Ética e Educação na Fenomenologia de Heidegger
Segundo a Fenomenologia Heideggeriana,o homem e a mulher são um complexo de possibilidades.
Isto significa dizer que, ambos, como seres-no-mundo, seres-aí, seres no tempo e na história, limitados pela finitude temporal, portanto, finitos e limitados, ainda assim têm um caráter tendencial, alternativo, possibilitador de novas conquistas, novas idéias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mesmo limitado pela finitude do tempo e pela obscuridade da morte, o ser humano é possibilidade, tendência, opção, alternativa, em que pode buscar outros caminhos de vivência e sobrevivência humana. Deste modo, educar fenomenologicamente é educar conscientemente para o fluxo de possibilidades que oferece a vida humana, ainda que limitada pela história, definida pelo tempo presente e finita na sua espacialidade e temporalidade.Logo, a existência humana é um complexo de possibilidades: liberdade possível, bem-estar possível, felicidade possível, mesmo que determinada pela finitude temporal e as limitações histórico-espaciais.
Heidegger e sua fenomenologia contribuem eficazmente para uma boa ética na educação, onde as tendências e possibilidades do ser humano são ilimitadas e infinitas, embora nos limites e finitudes do tempo e da história.
10. Pensamentos Filosóficos - 1) O Silêncio, o movimento e a paciência manifestam a sabedoria de Deus no dia-a-dia das pessoas. 2) Pense, antes de realizar. A reflexão deve estar antes do acontecimento. Jamais pense ou reflita depois do seu comportamento, ou após os fenômenos realizados. 3) A vida espiritual deve estar em primeiro lugar na nossa vida. Depois vem a vida mental. E, por último, a vida corporal. Estabeleça uma hierarquia de valores no seu cotidiano. Primeiro, sempre, Deus, o Senhor. 4) Que o bem e a luz e a paz sempre acompanhem a sua vida. 5) As mulheres fazem bem a saúde dos homens. Ponha as mulheres na sua vida. Elas são a graça de Deus no meio de nós. Elas são na verdade a alegria dos homens. Deus, o Senhor, quis assim. 6) Trabalhe com alegria e faça bem todas as coisas. 7) Seja sempre bom e faça sempre o bem. 8) Siga sempre a lei natural: faça o bem e evite o mal. 9) Que a boa consciência, a boa intenção e os bons atos reflitam o seu viver, o seu convívio com as pessoas e toda a sua existência. 10) Ajude-se ajudando os outros. 11) Amando-se a si mesmo (auto-estima) você aprende a amar a Deus, o Senhor, e as pessoas ao seu redor, mais e melhor. 12) Glorifique e bendiga sempre a Deus, o Senhor, pelos benefícios e maravilhas na sua vida. 13) A Paciência é a mãe das virtudes. 14) Siga sempre a natureza. Naturalmente, viva, conviva, pense, sinta, se comporte, pratique seus atos. Viva em harmonia com seu meio-ambiente. Seja natural. Porque Deus, o Senhor, é natural. Porque o universo é natural. Porque a vida é natural. O homem e a mulher são naturais. Com equilíbrio e segurança, percorra o caminho da natureza. Alimente-se naturalmente. Faça da natureza o sentido da sua vida. Deste modo, o bem e a paz habitarão o seu ser. 15) No seu convívio social, tenha sempre juízo e bom-senso. 16) Respeite os outros. 17) Seja responsável por suas atitudes. 18) Destrua preconceitos e superstições, e construa a liberdade e a felicidade para si e para os outros. 19) Faça de cada momento uma eternidade. Porque você é eterno. 20) Seja realista. Informe-se. Participe das novidades e notícias do seu dia-a-dia. Tome uma água e um cafezinho no botequim. Compre seus remédios na farmácia. Compre seu pão na padaria. Compre seu jornal no jornaleiro. Dê um passeio pela rua. Faça suas compras no supermercado. Converse com seus amigos. Ame suas mulheres. Dê um abraço no seu pai e um beijo na sua mãe. Brinque na praça com as crianças. Ajude os pobres. Reze e bendiga a Deus, o Senhor, glorificando-O por suas obras, maravilhas e benefícios. Trabalhe e estude com alegria. Na igreja, agradeça a Deus, o Senhor. No hospital, visite seus doentes. Em tudo, com todos, louve a Deus, o Senhor. No galinheiro, compre alguns ovos e namore as galinhas. No açougue, compre uma carne para a família. E que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado eternamente. Amém.
11. A Criação do Novo - A Criatividade é o motor da novidade. Vejamos como se situa o novo, dentro do contexto humano, natural e cultural. 1) limites - A produção da novidade é contrariada pelos preconceitos e superstições, confusão mental, mitos e crenças, obstáculos ao conhecimento e barreiras ideológicas. 2) tendências - abrir a mente, renovar o conhecimento e libertar a pessoa humana de suas prisões culturais. 3) possibilidades - progresso dos povos e evolução das nações, crescimento político, social, econômico e cultural, desenvolvimento científico e tecnológico, maior liberdade e maior felicidade, melhor juízo e melhor bom-senso, mais saúde e bem-estar para todos.
12. Ponto-de-vista/Visão global e diferencial - Em nossas reflexões humanas, naturais e culturais, devemos ter, ao mesmo tempo, um olhar globalizante sobre a realidade e um olhar sobre as diferenças que a envolvem., a fim de que nossas sínteses e análises reais e racionais apreendam de fato a verdade dos fenômenos concretos, tornando certo o conhecimento verdadeiramente possível. Deste modo, de posse da verdade real, chegaremos à liberdade existencial, e, por conseguinte, atingiremos a felicidade completa, saudável e libertadora. Ou seja, a visão do todo pressupõe necessariamente a visão das partes, o olhar global precisa antes do olhar diferencial. Assim, conseguiremos perceber perfeitamente a realidade, interior e exterior, com seus problemas e interrogações , de um lado, e suas soluções e respostas positivas e otimistas, por outro lado. Quando o racional compreende inteiramente o real, no todo e nas partes, global e diferencialmente, absoluta e relativamente, estamos então diante do sentido da vida, a razão de viver, mergulhando desta maneira na função humana existencial propriamente dita, cuja complementação se dá no mergulho em Deus, o Senhor, objetivo final da nossa vida.
13. A construção do comportamento humano - O homem e a mulher, quando agem em sociedade, atuam movidos por sua liberdade, sendo esta condicionada pelos desejos humanos e suas necessidades naturais. Tais desejos e necessidades refletem no ser humano, por um lado, o universo biológico ou genético que o envolve, e, por outro lado, o universo social ou ambiental no qual está inserido. Então, neste momento, entra em ação a liberdade humana, a qual opta ou escolhe o bem ou o mal. Esta é a lei natural, ou seja, faça o bem e evite o mal. A lei natural, por sua vez, determinará a consciência humana, sua intencionalidade final e seus atos conseqüentes. Assim, a liberdade humana, em um ambiente social bom ou mal, faz a opção, consciente e intencionalmente, comportando-se ou de modo virtuoso ou de maneira viciosa. A liberdade, em função da lei natural, condicionada pelo ambiente social, opta pelo bem ou pelo mal. Portanto, o bom ambiente faz a boa pessoa. O mau ambiente faz a péssima pessoa. Outrossim, cabe salientar que a lei natural (procure o bem e a paz, e não pratique o mal nem a violência) foi criada por Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida. Deste modo, o homem de Deus sempre será bom, e praticará o bem e a paz. Igualmente, a mulher de Deus.
14. Realidade e Interpretação
Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.
14.a. Realidade e Interpretação - Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.
15. Paidéia – A Formação do homem grego
Projeto educacional para o homem atual
Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.
16. Epistemologia – Teorias do Conhecimento
1) Realismo
2) Idealismo
3) Racionalismo
4) Empirismo
5) Dogmatismo
6) Ceticismo
7) Absolutivismo
8) Relativismo
9) Estoicismo
10) Hedonismo (Epicurismo)
11) Ecletismo
12) Niilismo
13) Indeterminismo
17. O Mecanismo lógico, estrutural e
sistemático de equilíbrio e desenvolvimento
da ordem existencial do ser
a) A Voz do Silêncio
b) O Vazio da Essência
c) A Aparência do Nada
d) O Pensamento Vivo
e) A Presença da Ausência
f) A Consciência do Universo
g) A Ordem da Natureza
h) O Corpo Espiritual
i) A Realidade Global
18. A Dialética Mental
O Processo de produção do conhecimento (idéias) se realiza dialeticamente, ou seja, por meio de contrários, novos contrários ou contradições.
Uma idéia origina uma teoria, que, por sua vez, produz uma ideologia.
Tal movimento construtor de idéias, teorias e ideologias se faz dialeticamente, quando então através de novidades e novos contrários ou contradições, novos pensamentos são criados, os quais, igualmente, produzem novos pensamentos.
Dialeticamente, a TESE produz a ANTÍTESE, a qual, por seu lado, gera a SÍNTESE.
Esse mecanismo dialético articulador é o responsável, na história da humanidade, pela descoberta de novos conhecimentos, que também descobrem outros novos conhecimentos.
A Dialética é o motor descobridor de novos conhecimentos.
19. A Metodologia Epistemológica
Do Insofismático para o Eustático
O Movimento de descobrimento do
conhecimento verdadeiramente possível
Descobrir a verdade, e o fundamento da verdade: eis o objetivo final de todo conhecimento verdadeiramente possível.
Insofismar, ou seja, realizar o desvelamento da verdade: eis a luz vital que possibilita abarcar todo e qualquer conhecimento verdadeiramente possível.
Eustatizar, ou melhor, encontrar a luz da verdade: eis osentido fundamental
que proporciona abraçar toda e qualquer ciência realmente viável.
Com efeito, segundo a natureza humana, o conhecimento tem limites, é possível de acordo com os mesmos limites, tendências e possibilidades da razão ou inteligência do homem e da mulher.
Tal possibilidade do conhecimento é alcançada pela metodologia insofismática e eustática.
O Método insofismático busca conhecer a verdade possível.
O Método eustático procura o fundamento desta mesma verdade possível.
Por que conhecimento verdadeiramente possível ???
Porque, quanto ao conhecimento, a razão humana tem limites, além dos quais não é possível a ciência ou o conhecimento verdadeiramente possível.Em outras palavras, a ciência ou o conhecimento necessita de juízo e bom-senso, de um tal estado de racionalidade que propicie a descoberta da verdade e de seus fundamentos vitais.
Esse movimento epistemológico – da verdade insofismática para o fundamento da verdade eustática – realiza de fato o conhecimento verdadeiramente possível.
20. O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).
21. Consciência Eustática
e Razão Insofismática
Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.
Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.
Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.
22. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.
23. O Ser e o Vazio
O Mecanismo de funcionamento
do processo de esvaziamento de
conteúdo social, político, econômico
e cultural da consciência global e diferencial
das sociedades humanas em geral nos dias de hoje
Filosofias de vida, presentes, existentes e insistentes nos tempos atuais, são responsáveis direta e indiretamente pelo vazio espiritual, físico e mental, que se observa em todas e cada uma das camadas sociais da comunidade humana presente, cujas consequências se identificam com a realidade violenta e marginal, maldosa e selvagem,
triste e angustiante, prisioneira de seus próprios preconceitos e obstáculos mentais,
escrava de seus próprios vícios e interesses mal-intencionados, oprimida e opressora, divisora de classes, marginalizadora de pessoas desejosas de liberdade e felicidade. Tal realidade caótica, reflete posturas arbitrárias, posições ideológicas e interesses obscuros, corrompidos, defendidos pelos adeptos e seguidores destas 6 filosofias existenciais, que a seguir apresentamos:
1) Individualismo (culto ao eu e à solidão)
2) Niilismo (cultura do nada, do vazio e do inútil)
3) Ceticismo (dúvida e incerteza como razões de viver)
4) Relativismo (tudo é relativo, nada é absoluto)
5) Indeterminismo (tudo e todos são indefiníveis e indetermináveis)
6) Ateísmo (negação e indiferença quanto a Deus)
Estas filosofias de vida destróem a vida e constróem a morte.
Propagam o mal e a violência, e o vazio do ser.
Hoje, assistimos ao intolerável e insuportável esvaziamento do ser.
Caminhamos para o vazio da vida,
o nada do ser,
o silêncio da existência,
a ausência da essência.
a consciência da aparência,
o sumiço de Deus ???
24. A Filosofia e seu conteúdo interdisciplinar
a) Lógica Clássica e Simbólica
b) Ética
c) Estética
d) Hermenêutica
e) História da Filosofia
f) Ontologia ou Metafísica
g) Epistemologia
h) Axiologia
i) Fenomenologia
j) Teleologia
Momento Final
Pensar, refletir, interrogar-se acerca dos problemas fundamentais da vida humana, e tentar encontrar as suas respostas positivas, segundo o nosso ponto-de-vista pessoal e grupal, individual e coletivo – eis o que devemos fazer de agora em diante.
Devemos assumir um compromisso responsável com a filosofia.
Tal compromisso levar-nos-á certamente a um posicionamento consciente, racional e real perante os problemas centrais da vida cotidiana.
Que suas posições filosóficas façam vocês livres e felizes diante de Deus, o Senhor, e a comunidade humana global.
Este o nosso desejo verdadeiro.
Pois então, continuemos a filosofar.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Gestão Nuclear
Gestão Nuclear
Sistema Integrado de Células
Interativas e Compartilhadas
Introdução
Apresentamos aqui o Modelo Administrativo de Gestão Nuclear e seu Sistema Integrado de Células Interativas e Compartilhadas.
Tal Modelo de Gestão é o pano-de-fundo dos OCOFIs.
São OCOFIs(Organismos Corporativos Ordinais, Funcionais e Institucionais: Família, Trabalho, Escola, Hospital, Igreja, Justiça, Comércio, Indústria e Empresa).
Fundamentando os OCOFIs, este Modelo de Gestão foi concebido espiritualmente, produzido eticamente, desenvolvido naturalmente e culturalmente executável.
Vejamos então o conteúdo desta Gestão.
l. Tipos de Gestão
1.1. Gestão Familiar
1.2. Gestão Trabalhista
1.3. Gestão Escolar
1.4. Gestão Hospitalar
1.5. Gestão Eclesial
1.6. Gestão Judicial
1.7. Gestão Comercial
1.8. Gestão Industrial
1.9. Gestão Empresarial
1.10. Gestão Ambiental
2. Pontos característicos do Modelo de Gestão Nuclear:
O Modelo de Gestão Nuclear, aplicável aos tipos de gestão, acima referidos, baseia-se fundamentalmente em núcleos centrais hierárquicos, que se acham distribuídos em células interativas, integradas e compartilhadas.
Eis alguns caracteres importantes desta Gestão:
2.1. Hierarquia de valores agregados
Todo e qualquer Modelo de Gestão, tendo em vista a ordem, o desempenho, a organização e a produtividade, precisam de uma estrutura de trabalho e de um quadro de funcionários hierarquicamente constituidos e distribuidos, facilitando desta maneira o equilíbrio emocional de todos e cada um dos envolvidos na gestão.
2.2. Núcleos centralizadores de trabalho
Presidência, Diretoria e Gerência
2.3. Núcleos distribuídos em células
Presidência e vice-Presidência
Diretoria e sub-Diretoria
Gerência e sub-Gerência
Áreas de Trabalho, Departamentos e Setores
2.4.Células que interagem, se integram, se complementam e compartilham suas atividades umas com as outras
O Bom relacionamento efetuado entre gestores e trabalhadores tem como resultado o bom desempenho e a boa produtividade, a ordem e o progresso, o crescimento e o desenvolvimento, a evolução da gestão, que assim encontra os meios necessários para um clima agradável e um ambiente favorável dentro do local e tempo de trabalho.
2.5. Desenvolvimento da auto-estima interpessoal
Animação, motivação e incentivação
A Gestão e seus membros devem ajudar-se uns aos outros, superando os limites da incompreensão, ultrapassando as barreiras da ignorância e transcendendo os obstáculos dos preconceitos e superstições, os quais bloqueiam a mente, destróem o corpo e adoecem o espírito.
2.6. Respeito a si, aos outros e a Deus, o Senhor
Em função do respeito que deve haver entre uns e outros, constróem-se o conhecimento profissional, a moral comportamental e a espiritualidade vocacional.
2.7. Responsabilidade pessoal, social e ambiental
Ser responsável, que caminha com o respeito, é a condição indispensável para um trabalho bem feito, bem desempenhado e bem desenvolvido.
2.8. Bom-senso gerencial
Atuar com juizo e agir com bom-senso são importantes ferramentas nas horas mais difíceis, nos momentos decisivos, nos tempos quase impossíveis, em situações de risco, em circunstâncias graves e em condições sumamente adversas.
2.9. Ordem mental, física e espiritual
O Trabalho interativo, integrado e compartilhado deve ajudar o crescimento qualitativo de todos e cada um, possibilitando então uma mente ordenada, um corpo saudável e um espírito evoluído, com os quais a coletividade se beneficiará grandemente, além de proporcionar o bem-estar individual dos que ali trabalham.
2.10.Crescimento profissional e desenvolvimento vocacional
Talentos e carismas desenvolvidos
O Sonho da estabilidade financeira e a possibilidade de crescimento profissional otimizam a valorização do lado pessoal e favorecem a auto-estima individual, cujas consequências são o bem-estar simultâneo de gestores e trabalhadores, chefes e funcionários, patrões e empregados. Tal situação emergente propicia o desenvolvimento de talentos e o reconhecimento de carismas, os quais produzem o bom desempenho vocacional, a boa qualidade das profissões e a boa produtividade do trabalho executado.
2.11.Atualização de conhecimentos
A Gestão nuclear é um Modelo de administração que assume um compromisso responsável com a chamada sociedade do conhecimento, a partir de que todos possam se interessar e se beneficiar com a produção, consolidação e desenvolvimento de conhecimentos gerais, reais e atuais, ligados à sua área profissional e ao seu bom desempenho vocacional.
2.12.Favorecimento de pensamentos reflexivos
Crítica positiva e dialética otimista
Cooperar, interessar-se, participar, interagir, integrar-se, compartilhando suas idéias, valores e vivências com todos e cada um, de maneira comungante, através igualmente de uma crítica positiva, criativa e construtora de novos ideais, e ainda de um diálogo e debate dialético otimistas, certamente, possibilitará uma gestão ordenada, disciplinada e organizada, de onde serão gerados frutos de qualidade administrativa, financeira, humana, natural e cultural, com o reconhecimento legal e legítimo das autoridades competentes ali encontradas.
2.13.Abertura consciente a novos valores
O Modelo de gestão nuclear deve ser aberto a novas tendências e possibilidades, renovando positivas intenções, interesses favoráveis e valores que verdadeiramente orientarão as práticas gestoras e corporativas, de modo consciente e livre, libertando-se de fato de obstáculos estruturais e barreiras sistemáticas, que certamente limitam o progresso de tais instituições e organizações de qualidade idoneamente reconhecida.
2.14.Renovação de interesses saudáveis
Os interesses dessas corporações e organismos fundamentalmente públicos e privados, devem coincidir com um comportamento saudável, no qual a cultura do bem e da paz, do amor e da vida, do direito e da justiça, do respeito e da responsabilidade, prevaleçam e sobreponham-se aos interesses egoístas e partidários, que ignoram a coletividade e a auto-estima pessoal daqueles homens e mulheres participantes deste mecanismo de gestão nuclear.
2.15.Libertação de preconceitos e superstições
Liberdade com respeito e responsabilidade deve ser o ponto central, em função do qual destróem-se seus contr-ários e eliminam-se suas contradições, carregados de preconceitos ideológicos e superstições de caráter mitológico, que ofendem, estragam e corrompem a boa funcionalidade do processo gestor de produção de trabalho.
2.16.Compreensão e respeito aos limites da natureza humana
Deve-se saber reconhecer a natureza humana e seus limites, identificados com erros e faltas, doenças e mal-estar, cansaços e fadigas, dentro e fora do local de trabalho, respeitando-se assim a voz da natureza e compreendendo-se as pessoas humanas ali envolvidas.
2.17.Avaliar novas tendências de gestão e trabalho
Este Modelo Administrativo de Gestão Nuclear é flexível e compatível com todos e quaisquer Modelos de Gestão até hoje produzidos no tempo presente e passado da história do trabalho da humanidade;
2.18.Considerar a possibilidade de novas atividades
Esta Gestão Nuclear permite a possibilidade de novos mercados de trabalho, novas atividades humanas, naturais e culturais e também novos OCOFIs, sobre os quais quer atuar.
2.19.Equilíbrio emocional
O Reconhecimento de Profissionais talentosos e carismáticos, a qualificação técnica e vocacional, a auto-estima pessoal e o bem-estar coletivo, produzem ordem e equilíbrio emocionais, consequências diretas e indiretas de uma boa Gestão Administrativa Nuclear.
2.20.Cultivo de lideranças responsáveis
Tendo o respeito pessoal como causa e a responsabilidade social como consequência, tal ambiente corporativo e seus OCOFIs, produzem certamente um grande manancial de lideranças talentosas e carismáticas.
2.21.Metamorfose circunstancial
Sair da rotina, em última análise, é o segredo da boa gestão, o caminho certo para uma vida agradável, plena de conteúdo existencial, onde o pensamento é feliz trabalhando reflexivamente, o conhecimento é sabiamente apreendido e a liberdade é praticamente conquistada, ainda que tenha de respeitar os limites da natureza humana, seus desejos vitais e necessidades cotidianas.
Urge então constantemente mudar de lugar, modificar o tempo, transformar o ambiente e alterar os momentos, adequando-se a novas circunstâncias, libertando-se de tradições rotineiras e abrindo-se a uma diferente maneira de olhar a realidade, onde o ben e a paz sejam construídos e o amor e a vida sejam motivados.
Movimentar-se permanentemente – eis a chave do sucesso.
2.22.A importância de novas alternativas de valor
Agregar valores, somar esforços, desempenhar talentos, desenvolver carismas, produzir trabalhos produtivos, otimizar ambientes qualificados, favorecer boas idéias e grandes ideais, condicionar a boa moral e a ética do bem e da paz, praticar o amor e amar a vida, conhecer a verdade, praticar a justiça e o direito, enfim, multiplicar e fazer crescer os frutos de uma Gestão livre e consciente, humana e natural, e seus efeitos culturais, certamente abrirá as portas da felicidade humana no interior do lugar e tempo de trabalho.
2.23 Relatividade e Indeterminação
A Gestão Nuclear e suas possibilidades
Mergulhando em novos caminhos de gestão e realizando novas caminhadas administrativas, o Modelo Administrativo de Gestão Nuclear possibilita outros Modelos Gestores baseados na filosofia relativista e indeterminista, que representam diferentes formas de conceber a vida, questionando os chamados Modelos de Autoridade Competente.
2.24.Movimento Terapêutico
Saúde ambulante e bem-estar locomotor
Atividades físicas, artísticas e esportivas favorecem a saúde individual e o bem-estar coletivo.
2.25.O Barulho e o silêncio
A Intercomunicação ativa, positiva e otimista
Diferentes formas de terapia ajudam a diminuir o stress e aumentar a ordem mental e o equilíbrio emocional, tais como o trabalho e a música, animando o ambiente de trabalho, motivando os trabalhadores e incentivando o progresso e a satisfação profissional e vocacional.
2.26.Trabalhar com alegria
Os exercícios ocupacionais e o movimento produtivo de trabalho devem ser feitos com alegria feliz e contente.
2.27.Fazer bem todas as coisas
Realizar direito todas as tarefas, desempenhando cargos certos e funções específicas, torna o ambiente de trabalho agradável, criando um clima favorável a novas perspectivas de vida, novas experiências trabalhistas e outras novidades funcionais.
2.28.Superar limites
Deve-se trabalhar, se possível, além dos limites da natureza humana, quando em casos aparentemente necessários.
2.29.Ultrapassar barreiras
Do mesmo modo, ultrapassar as barreiras da rotina, da convenção e da tradição.
2.30.Transcender obstáculos
Igualmente, transcender em função de novas tendências e possibilidades.
2.31.E, ao final, louvar, bendizer e glorificar a Deus, o Senhor, por suas maravilhas e benefícios no meio de nós
2.32.E, ainda, depois de tudo isso, fazer o bem e viver em paz
Conclusão
Abrir-se ao novo.
Renovar-se interior e exteriormente.
Libertar-se de preconceitos e superstições.
Fazer deste Modelo Administrativo de Gestão Nuclear e seu Sistema Integrado de Células Interativas e Compartilhadas, uma nova alternativa de valor agregado, uma nova opção preferencial pelo bem, pela paz e pela vida.
O Resto é consequência.
Que a Gestão Nuclear, aqui mostrada, realize os sonhos de todos os OCOFIs.
E que o Senhor Deus seja louvado, bendito e glorificado.
Sistema Integrado de Células
Interativas e Compartilhadas
Introdução
Apresentamos aqui o Modelo Administrativo de Gestão Nuclear e seu Sistema Integrado de Células Interativas e Compartilhadas.
Tal Modelo de Gestão é o pano-de-fundo dos OCOFIs.
São OCOFIs(Organismos Corporativos Ordinais, Funcionais e Institucionais: Família, Trabalho, Escola, Hospital, Igreja, Justiça, Comércio, Indústria e Empresa).
Fundamentando os OCOFIs, este Modelo de Gestão foi concebido espiritualmente, produzido eticamente, desenvolvido naturalmente e culturalmente executável.
Vejamos então o conteúdo desta Gestão.
l. Tipos de Gestão
1.1. Gestão Familiar
1.2. Gestão Trabalhista
1.3. Gestão Escolar
1.4. Gestão Hospitalar
1.5. Gestão Eclesial
1.6. Gestão Judicial
1.7. Gestão Comercial
1.8. Gestão Industrial
1.9. Gestão Empresarial
1.10. Gestão Ambiental
2. Pontos característicos do Modelo de Gestão Nuclear:
O Modelo de Gestão Nuclear, aplicável aos tipos de gestão, acima referidos, baseia-se fundamentalmente em núcleos centrais hierárquicos, que se acham distribuídos em células interativas, integradas e compartilhadas.
Eis alguns caracteres importantes desta Gestão:
2.1. Hierarquia de valores agregados
Todo e qualquer Modelo de Gestão, tendo em vista a ordem, o desempenho, a organização e a produtividade, precisam de uma estrutura de trabalho e de um quadro de funcionários hierarquicamente constituidos e distribuidos, facilitando desta maneira o equilíbrio emocional de todos e cada um dos envolvidos na gestão.
2.2. Núcleos centralizadores de trabalho
Presidência, Diretoria e Gerência
2.3. Núcleos distribuídos em células
Presidência e vice-Presidência
Diretoria e sub-Diretoria
Gerência e sub-Gerência
Áreas de Trabalho, Departamentos e Setores
2.4.Células que interagem, se integram, se complementam e compartilham suas atividades umas com as outras
O Bom relacionamento efetuado entre gestores e trabalhadores tem como resultado o bom desempenho e a boa produtividade, a ordem e o progresso, o crescimento e o desenvolvimento, a evolução da gestão, que assim encontra os meios necessários para um clima agradável e um ambiente favorável dentro do local e tempo de trabalho.
2.5. Desenvolvimento da auto-estima interpessoal
Animação, motivação e incentivação
A Gestão e seus membros devem ajudar-se uns aos outros, superando os limites da incompreensão, ultrapassando as barreiras da ignorância e transcendendo os obstáculos dos preconceitos e superstições, os quais bloqueiam a mente, destróem o corpo e adoecem o espírito.
2.6. Respeito a si, aos outros e a Deus, o Senhor
Em função do respeito que deve haver entre uns e outros, constróem-se o conhecimento profissional, a moral comportamental e a espiritualidade vocacional.
2.7. Responsabilidade pessoal, social e ambiental
Ser responsável, que caminha com o respeito, é a condição indispensável para um trabalho bem feito, bem desempenhado e bem desenvolvido.
2.8. Bom-senso gerencial
Atuar com juizo e agir com bom-senso são importantes ferramentas nas horas mais difíceis, nos momentos decisivos, nos tempos quase impossíveis, em situações de risco, em circunstâncias graves e em condições sumamente adversas.
2.9. Ordem mental, física e espiritual
O Trabalho interativo, integrado e compartilhado deve ajudar o crescimento qualitativo de todos e cada um, possibilitando então uma mente ordenada, um corpo saudável e um espírito evoluído, com os quais a coletividade se beneficiará grandemente, além de proporcionar o bem-estar individual dos que ali trabalham.
2.10.Crescimento profissional e desenvolvimento vocacional
Talentos e carismas desenvolvidos
O Sonho da estabilidade financeira e a possibilidade de crescimento profissional otimizam a valorização do lado pessoal e favorecem a auto-estima individual, cujas consequências são o bem-estar simultâneo de gestores e trabalhadores, chefes e funcionários, patrões e empregados. Tal situação emergente propicia o desenvolvimento de talentos e o reconhecimento de carismas, os quais produzem o bom desempenho vocacional, a boa qualidade das profissões e a boa produtividade do trabalho executado.
2.11.Atualização de conhecimentos
A Gestão nuclear é um Modelo de administração que assume um compromisso responsável com a chamada sociedade do conhecimento, a partir de que todos possam se interessar e se beneficiar com a produção, consolidação e desenvolvimento de conhecimentos gerais, reais e atuais, ligados à sua área profissional e ao seu bom desempenho vocacional.
2.12.Favorecimento de pensamentos reflexivos
Crítica positiva e dialética otimista
Cooperar, interessar-se, participar, interagir, integrar-se, compartilhando suas idéias, valores e vivências com todos e cada um, de maneira comungante, através igualmente de uma crítica positiva, criativa e construtora de novos ideais, e ainda de um diálogo e debate dialético otimistas, certamente, possibilitará uma gestão ordenada, disciplinada e organizada, de onde serão gerados frutos de qualidade administrativa, financeira, humana, natural e cultural, com o reconhecimento legal e legítimo das autoridades competentes ali encontradas.
2.13.Abertura consciente a novos valores
O Modelo de gestão nuclear deve ser aberto a novas tendências e possibilidades, renovando positivas intenções, interesses favoráveis e valores que verdadeiramente orientarão as práticas gestoras e corporativas, de modo consciente e livre, libertando-se de fato de obstáculos estruturais e barreiras sistemáticas, que certamente limitam o progresso de tais instituições e organizações de qualidade idoneamente reconhecida.
2.14.Renovação de interesses saudáveis
Os interesses dessas corporações e organismos fundamentalmente públicos e privados, devem coincidir com um comportamento saudável, no qual a cultura do bem e da paz, do amor e da vida, do direito e da justiça, do respeito e da responsabilidade, prevaleçam e sobreponham-se aos interesses egoístas e partidários, que ignoram a coletividade e a auto-estima pessoal daqueles homens e mulheres participantes deste mecanismo de gestão nuclear.
2.15.Libertação de preconceitos e superstições
Liberdade com respeito e responsabilidade deve ser o ponto central, em função do qual destróem-se seus contr-ários e eliminam-se suas contradições, carregados de preconceitos ideológicos e superstições de caráter mitológico, que ofendem, estragam e corrompem a boa funcionalidade do processo gestor de produção de trabalho.
2.16.Compreensão e respeito aos limites da natureza humana
Deve-se saber reconhecer a natureza humana e seus limites, identificados com erros e faltas, doenças e mal-estar, cansaços e fadigas, dentro e fora do local de trabalho, respeitando-se assim a voz da natureza e compreendendo-se as pessoas humanas ali envolvidas.
2.17.Avaliar novas tendências de gestão e trabalho
Este Modelo Administrativo de Gestão Nuclear é flexível e compatível com todos e quaisquer Modelos de Gestão até hoje produzidos no tempo presente e passado da história do trabalho da humanidade;
2.18.Considerar a possibilidade de novas atividades
Esta Gestão Nuclear permite a possibilidade de novos mercados de trabalho, novas atividades humanas, naturais e culturais e também novos OCOFIs, sobre os quais quer atuar.
2.19.Equilíbrio emocional
O Reconhecimento de Profissionais talentosos e carismáticos, a qualificação técnica e vocacional, a auto-estima pessoal e o bem-estar coletivo, produzem ordem e equilíbrio emocionais, consequências diretas e indiretas de uma boa Gestão Administrativa Nuclear.
2.20.Cultivo de lideranças responsáveis
Tendo o respeito pessoal como causa e a responsabilidade social como consequência, tal ambiente corporativo e seus OCOFIs, produzem certamente um grande manancial de lideranças talentosas e carismáticas.
2.21.Metamorfose circunstancial
Sair da rotina, em última análise, é o segredo da boa gestão, o caminho certo para uma vida agradável, plena de conteúdo existencial, onde o pensamento é feliz trabalhando reflexivamente, o conhecimento é sabiamente apreendido e a liberdade é praticamente conquistada, ainda que tenha de respeitar os limites da natureza humana, seus desejos vitais e necessidades cotidianas.
Urge então constantemente mudar de lugar, modificar o tempo, transformar o ambiente e alterar os momentos, adequando-se a novas circunstâncias, libertando-se de tradições rotineiras e abrindo-se a uma diferente maneira de olhar a realidade, onde o ben e a paz sejam construídos e o amor e a vida sejam motivados.
Movimentar-se permanentemente – eis a chave do sucesso.
2.22.A importância de novas alternativas de valor
Agregar valores, somar esforços, desempenhar talentos, desenvolver carismas, produzir trabalhos produtivos, otimizar ambientes qualificados, favorecer boas idéias e grandes ideais, condicionar a boa moral e a ética do bem e da paz, praticar o amor e amar a vida, conhecer a verdade, praticar a justiça e o direito, enfim, multiplicar e fazer crescer os frutos de uma Gestão livre e consciente, humana e natural, e seus efeitos culturais, certamente abrirá as portas da felicidade humana no interior do lugar e tempo de trabalho.
2.23 Relatividade e Indeterminação
A Gestão Nuclear e suas possibilidades
Mergulhando em novos caminhos de gestão e realizando novas caminhadas administrativas, o Modelo Administrativo de Gestão Nuclear possibilita outros Modelos Gestores baseados na filosofia relativista e indeterminista, que representam diferentes formas de conceber a vida, questionando os chamados Modelos de Autoridade Competente.
2.24.Movimento Terapêutico
Saúde ambulante e bem-estar locomotor
Atividades físicas, artísticas e esportivas favorecem a saúde individual e o bem-estar coletivo.
2.25.O Barulho e o silêncio
A Intercomunicação ativa, positiva e otimista
Diferentes formas de terapia ajudam a diminuir o stress e aumentar a ordem mental e o equilíbrio emocional, tais como o trabalho e a música, animando o ambiente de trabalho, motivando os trabalhadores e incentivando o progresso e a satisfação profissional e vocacional.
2.26.Trabalhar com alegria
Os exercícios ocupacionais e o movimento produtivo de trabalho devem ser feitos com alegria feliz e contente.
2.27.Fazer bem todas as coisas
Realizar direito todas as tarefas, desempenhando cargos certos e funções específicas, torna o ambiente de trabalho agradável, criando um clima favorável a novas perspectivas de vida, novas experiências trabalhistas e outras novidades funcionais.
2.28.Superar limites
Deve-se trabalhar, se possível, além dos limites da natureza humana, quando em casos aparentemente necessários.
2.29.Ultrapassar barreiras
Do mesmo modo, ultrapassar as barreiras da rotina, da convenção e da tradição.
2.30.Transcender obstáculos
Igualmente, transcender em função de novas tendências e possibilidades.
2.31.E, ao final, louvar, bendizer e glorificar a Deus, o Senhor, por suas maravilhas e benefícios no meio de nós
2.32.E, ainda, depois de tudo isso, fazer o bem e viver em paz
Conclusão
Abrir-se ao novo.
Renovar-se interior e exteriormente.
Libertar-se de preconceitos e superstições.
Fazer deste Modelo Administrativo de Gestão Nuclear e seu Sistema Integrado de Células Interativas e Compartilhadas, uma nova alternativa de valor agregado, uma nova opção preferencial pelo bem, pela paz e pela vida.
O Resto é consequência.
Que a Gestão Nuclear, aqui mostrada, realize os sonhos de todos os OCOFIs.
E que o Senhor Deus seja louvado, bendito e glorificado.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O Discurso do Silêncio
O Discurso do Silêncio
Madrugada de Sexta-feira.
Eram 3 horas.
Dia 17 de Outubro de 2007.
Bangu, entre Senador Camará e Padre Miguel.
Rio de Janeiro, Brasil.
Então, o silêncio falava mais alto que o vento furioso das folhas das árvores da Primavera, que rodavam a rua mais famosa de Bangu. Rua do Desenhista, na Vila Aliança. Gritos intensos de crianças brincando àquela hora. O Baile funk também se fazia presente naquele barulho silencioso da madrugada. O Caveirão da PM circulava pelas ruas e avenidas adjacentes procurando bandidos e traficantes da área. Estávamos entre a Vila Aliança e a Favela da Coréia de um tal de Robinho Pinga, que, antes de roubar e assaltar, enchia a cara de cana, goró e cachaça, pois achava que doidão sua malandragem se dava melhor, tinha bons resultados, alcançava ótimos frutos. Era ele grande amigo de Elias Maluco, do Morro do Alemão; de Fernandinho Beira-Mar, de Caxias; de Marcinho VP, Fernando Inácio, Paulinho Carioca e UÊ, já falecido.
Um clima de violência e um ambiente de maldade e ruindade rondavam as ruas do Rio de Janeiro.
De repente, um personagem surge na história atual de violência nas ruas, becos, praças e avenidas do Brasil.
Paulo Carioca, conhecido nos morros e favelas do Rio como o Caveirão da PM, o Paulão, o Canhão do Alemão, o Amante das Mulheres do Rio.
Paulão, um homem de bem e de paz, que não dava mole nem vacilava com PM ou bandido-traficante.
Era um criador de amigos,
um produtor de idéias,
um construtor do bem e da paz
Na Comunidade da Coréia
Nesta madrugada, 4 horas de sexta-feira, chegou à Favela da Coréia, e, encontrando um grupo de bandidos e traficantes no meio do caminho, que já o conheciam, disse-lhes sabiamente:
“ Colegas, a vida tem 2 caminhos. O Caminho do Bem e o Caminho do Mal. Se você semeia o bem, colherá a paz. Se você produz o mal, encontrará a violência. O Bem e a paz constróem amigos e bons amigos; o mal e a violência, ao contrário, destróem as boas amizades, as boas intenções, a boa consciência e as boas virtudes”.
Na Comunidade do Borel
Paulinho Carioca partiu dali e foi se encontrar com alguns amigos no Morro do Borel, na Tijuca.
Avistando a Rua São Miguel, no Borel, viu alguns meninos e meninas que brincavam na rua, naquela madrugada de sexta-feira, quase manhã. E explicou-lhes: “ A Vida é uma grande Bagunceira e uma verdadeira Casa Desarrumada. Cabe a nós, filhos da Vida, o esforço em arrumá-la, ordená-la, discipliná-la e organizá-la. Na verdade, ela sempre será uma Eterna Bagunceira, contudo ela gosta de ser bonita, ao ser arrumada; ela gosta do nosso empenho em perfumá-la e embelezá-la, dando-lhe ordem mental, saúde física, organização de seus conhecimentos e pensamentos;e igualmente bem-estar espiritual, quando, então, aproximando-se de seu Criador, Autor da Vida, ela fica em paz consigo mesma, fazendo o bem a todos e cada um, e praticando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a generosidade, sua vocação natural, humana e cultural”.
Na Comunidade dos Macacos
Depois de agradecer a paciência e a boa-vontade em ouvi-lo, Paulo Carioca foi direto, de manhã, para o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, onde algumas pessoas o esperavam para uma reunião da associação de moradores e amigos do local.
Durante a reunião, vendo que o calor aumentava, a discussão esquentava e o grau de complexidade dos problemas e soluções cada vez mais se dilatava, agravando e pondo em risco o destino dos moradores e amigos do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Paulão pediu a palavra, e interveio corajosamente: “Tudo neste mundo, e aqui também entre nós, deve ser realizado visando o bem-comum de todos e cada um, seu bem-estar saudável, agradável e favorável, a saúde de todos e cada um, o seu progresso material e espiritual, o seu crescimento como pessoa humana e o seu desenvolvimento integral, interativo e compartilhado, ou seja, em outras palavras, dependemos uns dos outros, por isso devemos ajudar-nos sempre uns aos outros, superando os limites da individualidade e favorecendo a comunhão e participação de todos e cada um. Em função disso, creio eu, devemos tomar as nossas decisões, realizar as nossas tarefas e empenhar os nossos trabalhos. Todos devem se esforçar para isso”.
Na Comunidade do Querosene
O Povo dos Macacos, depois de aplaudir de pé Paulão, despediu-se, e cada um voltou para sua casa sabendo o que deveria fazer a partir daquele momento. E Paulo Carioca, depois de almoçar com eles, dirigiu-se para o Morro do Querosene, na Rua Campos da Paz, no Rio Comprido. Lá se encontraria com outros moradores e amigos, com quem discutiria a violência generalizada ali presente, insistente e constante, cujas balas perdidas, tráfico de drogas, pedofilia, turismo sexual de garotas da comunidade, a maconha e a cocaína propagando-se ali intensamente, o desemprego, os menores abandonados, os velhinhos e idosos da comunidade abandonados, as famílias carentes e desassistidas em grande número, entre outros problemas, necessitavam de respostas e soluções urgentes e emergentes, o que aliás eram uma problemática de risco grave que afetava e contagiava não só o Morro do Querosene como também todos os Morros e Favelas do Rio de Janeiro, e suas comunidades pobres internas, externas e adjacentes.
No Querosene, Paulão deu as seguintes instruções e sugestões, ele que era um líder comunitário, engajado e participante, de forte consciência política, com grande poder de influência em todas as comunidades de moradores e amigos cariocas. Falou então as seguintes palavras: “Respeito é bom e todo mundo gosta. Pois então iniciemos por nós mesmos. Respeito e responsabilidade são as palavras-cheve neste momento e neste lugar, a partir de agora. Com respeito, o bem e a paz podem ser construídos, Com responsabilidade, melhor buscaremos essa paz e melhor criaremos as condições indispensáveis para que o bem se instale, a cooperação entre todos e cada um seja realmente efetiva, a solidariedade contagie a todos, a fraternidade possa ser abraçada individual e coletivamente. Para isto, fé em Deus. E depois muito juizo e bom-senso. Deste modo resolveremos todos os nossos problemas. Sem esquecer, é claro, as pequeninas coisas tão importantes, os pequenos detalhes tão necessários, as diferenças que sempre se sobressaem, trabalhando devagar e com paciência para resolver todas essas perturbações, incômodos e preocupações até mesmo doentias. Acho eu que assim tudo irá bem de hoje em diante. O que vocês acham ?” E ficaram dialogando até a noite o melhor caminho para solucionar essas questões. Em seguida, Paulão saiu, despediu-se, e foi dormir no Morro da Viúva, no Flamengo.
Na Comunidade da Catedral
No dia seguinte, sábado de manhã, 9 horas, foi a um Encontro de Rua com a População de Rua das ruas do Rio de Janeiro, lá, no Centro da Cidade, na Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. Neste Encontro Real e Rual, tinha de tudo: mendigos, pobres, miseráveis, bêbados, cachaceiros, homossexuais, gays, viados, bichas, bandidos, ladrões, traficantes, alcoólatras, maconheiros, cheiradores de cola de sapateiro, cheiradores de cocaína, heroína, morfina, LSD, prostitutas, meretrizes, mulheres de programa, garotos ou jovens de programa ativos e passivos, menores abandonados e outros mais. Reunidos então na Catedral discutuam como encontrar melhores condições de vida e trabalho diante de tantos problemas e conflitos, contradições, adversidades e contrariedades nas ruas, praças e avenidas do Rio de Janeiro. E, no auge da discussão, Paulão, o Caveirão da PM, o Canhão do Alemão, tomou a palavra, e disse: “ Fé em Deus que a vida vai melhorar. Cada um seja responsável por seus atos. Que haja respeito de uns pelos outros aqui no meio de nós. Porque somos dependentes. Dependemos uns dos outros.Precisamos nos ajudar.Não podemos nos dividir.Confiança em Deus, o Senhor, o Amigo dos pobres. Queremos melhorar a nossa situação ? Desejamos liberdade e mais felicidade ? Então, desde agora, devemos colocar na cabeça que dependemos uns dos outros. Ninguém é feliz sozinho. Somos pobres, mas não somos miseráveis. Somos dependentes. Dependemos de Deus. Dependemos dos outros. Dependemos uns dos outros. Nossa força é a união, a cooperação, a generosidade, a fraternidade, a solidariedade. Precisamos acreditar nisso. A luta continua”.
Na Comunidade de São Carlos
Terminada a reunião, Paulão, sempre muito ativo, dirigiu-se para o Morro de São Carlos, no Estácio. Lá, se encontraria com a Associação de Moradores e Amigos do São Carlos. Chegando então ao São Carlos, uma mulher do local pediu-lhe um conselho acerca de determinado problema. E ele, experiente no assunto, afirmou: “Olha, Margarida, seja uma mulher justa e direita. Seja sempre amiga da verdade. E Deus, o Senhor, estará com você. Tá certo que o mal e a violência estão em torno de você. Todavia, não se deixe atrair. Não se permita envolver nesse tipo de assunto. Viva a sua vida e deixe os outros viverem a vida deles. Seja você, mas não seja os outros. Tenha seu próprio ponto-de-vista. Tenha sua própria visão de mundo e de sociedade. Opte pelo bem e pela paz. Comprometa-se com o amor e a vida. Assuma um compromisso responsável com Deus, o Senhor do Bem e da Paz. E tudo irá bem na sua vida. Fique em Paz”.
Paulo Carioca passou o dia inteiro no São Carlos, resolvendo problemas e solucionando situações graves de risco. À noite, foi a outra reunião, desta vez no Complexo do Alemão, local que é caminho para quem vai para a Zona Norte e Oeste da Cidade.Dormiu por lá.
Paulão, líder comunitário, ganhava seu pão de cada dia ajudando as comunidades pobres e suas associações de moradores e amigos adjacentes, recebendo um salário mensal por suas atividades de mutirão, cooperação e aconselhamento social, psicológico e espiritual no interior destas comunidades de Morros e Favelas do Rio de Janeiro.
Muito trabalho, é verdade, mas ao lado de uma grande problemática social nas ruas, morros e favelas cariocas: a exclusão e marginalização social, a divisão de classes, exploração sexual de mulheres, garotas e meninas de programa, o homossexualismo,a pobreza e a miséria, a maldade e a violência, a cultura da morte, o choque constante entre polícia e bandidos, além do preconceito, a ignorância e a imcompreensão da sociedade.
No entanto, Paulinho Carioca, continuava a sua luta, ajudando os outros a lutar também.
Era domingo, dia do Senhor. E Paulão foi à missa conversar com Deus e rezar pelos amigos.
Na Comunidade da Formiga
Depois da missa na Igreja do Bom Jesus do Calvário, na Rua Conde Bonfim, n. 50, na Tijuca, Paulão foi direto para o Morro da Formiga almoçar com alguns colegas de trabalho. Na ocasião, fez o seguinte comentário: “A vida é dura para quem é mole.Saber viver todo mundo sabe. O mais importante é saber conviver, conviver com as pessoas que estão ao seu lado e perto de você, na família, na igreja, na escola, no hospital e no trabalho, ou em qualquer tempo e lugar em que nos encontrarmos. Conhecemos as pessoas quando vivemos e convivemos com elas Por isso, não devemos ficar julgando uns aos outros. Cada um tem a sua vida. Cada um faça o que quiser, mas também o que se deve. Porque não somos ilhas nem ninguém é ilha neste mundo em que vivemos. Vivemos em sociedade. Dentro dela temos cargos e funções, que, quando bem trabalhados, produzem um bem enorme à comunidade local, regional e global. Por tudo isso, vejam uma coisa: cada ato responsável que você fizer visando o bem e a paz da sua comunidade, tem uma repercussão grandiosa nos seus vizinhos, na Cidade, no Brasil e no mundo inteiro. Se errarmos, o mundo inteiro erra conosco. Mas se acertarmos, todo o Globo Terrestre acerta conosco. A partir dessa realidade, percebemos e observamos como é importante respeitar as pessoas e ter responsabilidade no meio de nós. Nossas boas atitudes fazem um enorme e grandioso bem à humanidade”.
Na Comunidade da Tijuca
Depois do almoço com seus amigos, Paulo Carioca caminhou até o Morro do Turano, no Rio Comprido, passando pelo Morro do Salgueiro, na Praça Saens Pena, e depois pelo Morro do Chacrinha, na Tijuca. No caminho, conversou com algumas pessoas que cruzaram com ele. Nesse diálogo, expressou a seguinte opinião: Movimente-se sempre. Ande e caminhe diariamente. Quanto mais devagar a caminhada, melhor para a saúde física, mental e espiritual. Siga sempre as leis da natureza. Seguindo a natureza e movimentando-se constantemente, você sairá da rotina facilmente, abraçará novas alternativas de trabalho, renovará suas atividades permanentes, abrir-se-á para um novo mundo de idéias e ideais e, ao mesmo tempo, se libertará de preconceitos e superstições que só estragam e destróem a sua vida. Cuide de sua saúde pessoal sim, mas não se esqueça também do bem-estar dos outros. Pense em você, mas pense nos outros também. E não se esqueça dAquele que é o Fundamento de tudo e de todos, Deus, o Senhor. Dialogue sempre com Ele. Ele gosta de nos ouvir, de saber a nossa opinião sobre determinadas coisas da realidade.Ele é o nosso Deus e Senhor”.
Na Comunidade da Maré
Após sua visita à Tijuca e ao Rio Comprido, Paulinho Carioca, um grande pensador no meio de nós, partiu para a Favela da Maré, Vila do João, perto da Ilha do Governador, junto à Avenida Brasil, acompanhado, desta vez, de suas 2 lindas namoradas, mulheres cariocas, Valéria e Madalena., de 26 e 28 anos respectivamente.
Na Vila do João, surgiu o seguinte debate de idéias, junto à comunidade local: “A gente precisa aprender a crescer, progredir e evoluir nesta vida”, disse Valéria, abrindo o diálogo. “E, igualmente, desenvolver nossas idéias e talentos, e realizar nossos sonhos e ideais”, completou Paulo Carioca..”Eu acho também que a gente tem que ter uma profissão neste mundo. Para isto, é preciso descobrir nossa vocação. Pra quê que a gente serve ? O que eu gosto de fazer ? Se o salário compensa nosso esforço de trabalho ?”, explicou um morador da Maré. “Eu, porém, acho o seguinte:Deus nos deu dons, graças e carismas, para que a gente seja livre e feliz nesta vida, e na vida que continua depois da morte.Quando a gente descobre isso, a vida melhora pra nós, e para os outros também. A comunidade cresce. Os vizinhos evoluem. E a sociedade e o mundo inteiro progride, desenvolvendo seu trabalho e suas atividades sociais, políticas, econômicas e culturais. Felicidade para todos e cada um, e pra mim também”, replicou Madalena. Insistindo no fluxo de idéias apresentadas, Paulo Carioca mais uma vez suplementou:”Deus ajuda a quem trabalha, a quem é bom e faz o bem nesta vida. Deus ajuda a quem gosta de ajudar o próximo. Deus ajuda a quem constrói a paz e vive em paz uns com os outros. Tudo isto são as consequências de tudo que falamos aqui e agora. Trabalhando, o mundo é mais feliz”.
Finalizada a reunião na Comunidade da Maré, todos foram de volta para suas casas.
Valéria, Paulo Carioca e Madalena, e mais alguns amigos, continuavam visitando as comunidades cariocas das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
Na Comunidade do Caju
De repente, uma guerra de quadrilhas de traficantes, seguida de tiroteio e balas perdidas, tiro na cabeça e bala na idéia, no Complexo de São Carlos, entre o Morro da Coroa e o Morro da Mineira, fizeram diversas vítimas, que morreram no meio do fogo cruzado. Alguns mortos eram conhecidos nossos. Seriam enterrados mais tarde no Cemitério do Caju. E fomos ao enterro.
No Velório em uma das capelas do Cemitério do Caju, fazíamos o acompanhamento dos mortos – eram 4 defuntos – quando umas das garotas, a Scheila Mattos, parente de uma das vítimas, já bastante resignada e tranquila, perguntou ao Paulinho Carioca: “Paulo, você acredita na Eternidade ? Na vida-além ? No futuro dos mortos ?” Paulão, olhou pra ela, refletiu um pouco, e disse-lhe, visualizando a todos:”A Eternidade é a Casa de Deus. Os mortos não morrem...continuam para sempre. Acho que lá, junto do Senhor Deus, a gente convive melhor com os nossos problemas e dificuldades. Convivemos em paz uns com outros. Convivemos fazendo o bem uns aos outros. Convivemos amando-nos uns aos outros, ajudando-nos uns aos outros. Na Eternidade, a palavra certa é Convívio. Convivemos com Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, e com suas criaturas humanas e naturais. Convívio divino e humano. Convívio de amor e paz. Convívio de bem com a vida. Deste convívio eterno, participam aqueles homens e aquelas mulheres que fizeram o bem nesta vida, viveram em paz uns com os outros, abraçaram a cultura do amor e da vida neste mundo, e, vivendo e convivendo assim aqui no Planeta Terra, colocaram Deus, o Senhor, em primeiro lugar em suas vidas. Quem fez e faz assim, cá entre nós, quando morrer será livre e feliz eternamente. Pois junto de Deus há paz e tranquilidade, liberdade e felicidade, alegria e contentamento. Para sempre, eternamente, felizes, alegres e contentes, ao lado do Fundamento de tudo e de todos, Deus, o Senhor”..
Na Comunidade Universitária
Saimos dali, após o enterro de nossos amigos de comunidade, e partimos para Universidade Estácio de Sá, onde um grupo de estudantes nos aguardavam para um novo debate de idéias e questões sociais e políticas, econômicas e culturais, a partir da realidade das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro. Desta vez, o debate seria com os estudantes universitários dos cursos de história e sociologia.
Discutiríamos sobretudo o silêncio aparente das comunidades, dentro do qual tudo acontece, mas quase ninguém o sabe.
Um silêncio gritante, enlouquecedor, doentio, marginal, violento, o qual muitas vezes a sociedade procura ignorar, não escutar, não ouvir os seus apelos, o seu discurso inflamante, cruel e infernal. O Discurso do Silêncio. Até aqui e agora, ouvimos a loucura calorosa e a realidade silenciosa do inferno carioca: o real e o rual da realidade marginal e social das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
O Silêncio é o grito da realidade.
A Realidade é o grito do silêncio.
O Silêncio Real é a Marginalização Social.
Alguém precisa fazer alguma coisa .
Quais são as causas e as consequências de tanta maldade e violência ?
Por que a guerra entre traficantes ?
Por que o choque e o conflito permanentes entre polícia e o BOPE, e o Caveirão da PM, de um lado, e as quadrilhas de bandidos e traficantes de outro lado ?
Como ficam o Povo Trabalhador e suas famílias destas comunidades sociais e marginais ?
É possível andar tranquilo nas ruas do Rio de Janeiro ?
A Paz é possível ?
O Amor resolve ?
Vale a pena continuar fazendo o bem ?
E Deus, o Senhor, onde está ?
Deus, ó Deus,
Onde estás que não respondes ?
Tudo isto, relatado acima, foi o conteúdo do debate de idéias acerca dos fenômenos sociais e marginais discutido com os estudantes universitários da Universidade Estácio de Sá, no Rio Comprido, perto do Túnel Rebouças, nesta quarta-feira, à noite, 20 horas, dia 22 de Outubro de 2007.
Na Comunidade da Prefeitura
No dia seguinte, Valéria me telefonou dizendo que teve a idéia de nós levarmos nossas reivindicações à Prefeitura do Rio, diante do então Prefeito César Maia.
Todas as comunidades aprovaram a idéia.
E então no mês seguinte dia 14 de Novembro de 2007 fomos até o Prefeito César Maia e colocamos diante dele nossas justas reivindicações, que foram as seguintes:
Reivindicações dos Amigos, Moradores e Trabalhadores das Ruas, Morros e Favelas do Rio de Janeiro:
1) Queremos saúde, educação e transporte para todos
2) Queremos atividades de lazer, arte e esporte em nossas comunidades
3) Queremos trabalho e emprego para os necessitados
4) Queremos mais escolas e hospitais
5) Queremos de cada um segundo as suas possibilidades
e a cada um conforme as suas necessidades
6) Queremos respeito à nossa dignidade humana
7) Queremos paz em nossas comunidades
8) Queremos cumprir com os nossos deveres
9) Queremos compreensão com os nossos direitos
10) Queremos fazer o bem e viver em paz
11) Queremos amar a vida e praticar o amor
12) Queremos a Justiça a nosso favor
13) Queremos fraternidade e solidariedade
14) Queremos ajudar a sociedade
15) Queremos Deus, o Senhor
16) Queremos que todos sejam livres e felizes
17) Queremos saúde e bem-estar para todos
18) Queremos respeitar e ser respeitados
19) Queremos ser responsáveis por nossos atos
20) Queremos que o juizo e o bom-senso prevaleçam
em nossas atitudes, decisões e conversações
21) Queremos que as diferenças sejam entendidas e respeitadas
22) Queremos dizer “não” à maldade e violência
23) Queremos dizer”sim” à cultura do amor e da vida
24) Queremos viver em paz uns com os outros
25) Queremos fazer o bem uns aos outros
26) Queremos ajudar-nos uns aos outros
27) Queremos depender uns dos outros
28) Queremos fazer tudo direito,
trabalhar com alegria e
realizar bem todas as coisas
29) Queremos a glória, a honra e o louvor para o nosso Deus e Senhor,
por seus benefícios e maravilhas realizados até agora no meio de nós.
O Prefeito do Rio César Maia recebeu estas nossas 29 reivindicações e disse-nos que a partir de então iria tomar as devidas providências para que elas sejam realmente observadas no dia-a-dia da realidade cotidiana das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
Depois do nosso encontro com a Prefeitura do Rio, Valéria e Madalena começaram a nos explicar a função do Estado e da Prefeitura dentro da sociedade
onde estamos inseridos: “Prefeito, Governador e Presidente da República são Poderes Públicos de primeira instância, os mais importantes perante toda a sociedade, de natureza política, cujas características se identificam com a possibilidade de gerar ordem social, estabelecer uma hierarquia de valores, organizar politica, social, economica e culturalmente o conjunto da sociedade tendo em vista garantir-lhe paz existencial, equilíbrio emocional e estabilidade e crescimento físico, mental e espiritual. O Poder público é um cargo político cujas funções visam estabelecer a ordem das instituições sociais, a ordem do ambiente natural e humano, a ordem da sociedade em geral.O Prefeito e todo poder publico, politicamente estabelecido, tem que oferecer as condições indispensáveis para que a ordem social seja garantida, a ordem política seja mantida, a ordem econômica seja eficaz e a ordem cultural seja aceita, entendida e respeitada”.
Na Comunidade Católica
Tendo mostrado a importância do Poder Público politicamente estabelecido, saimos dali e demos uma caminhada até a sede da Igreja Católica do Rio, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, lá, na Glória, Palácio São Joaquim, onde o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Sheid,
nos aguardava para uma entrevista com a presença de toda a imprensa carioca.
Na ocasião, João Guedes, que fazia parte da nossa equipe de trabalho, falou-nos da seguinte maneira: “A Igreja do Rio deseja cooperar, colaborar ativamente e participar generosamente do nosso enpenho e esforço em lutar por garantir realmente melhores condições de vida, saúde e trabalho para todas as comunidades pobres do Rio de Janeiro, presentes sobretudo nas ruas, morros e favelas cariocas, para isto juntando e unindo o Povo de Deus nesta luta diária, real e rual, cotidiana”.
E o Cardeal do Rio, Dom Eusébio, mostrou-se bastante interessado em nos ajudar.
Na Comunidade da PETROBRÁS
Em seguida, nós, os representantes do Povo de Deus pobre, carente e marginalizado das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, nos dirigimos até a sede da PETROBRÁS, na Avenida Chile, Centro do Rio, onde seu Presidente Sérgio Gabrielli, desejava falar-nos sobre a real colaboração da PETROBRÁS junto às nossas atividades comunitárias. Neste momento, explicou-nos Joaquim Mendes de Almeida, uma das lideranças comunitárias ali presentes: “ A Energia brasileira vem em socorro de nossas comunidades carentes com o objetivo de favorecer sua inclusão social, sua emergência econômica e sua conscientização política, incentivando junto a elas ações esportivas e atividades artísticas, além de proporcionar, dentro de seus limites operacionais, tempo e espaço para o lazer, em que as crianças, jovens e idosos, e todas as famílias reunidas, abram-se a novas possibilidades de saúde e bem-estar, renovem-se interior e exteriormente e libertem-se das prisões físicas, psicológicas e comportamentais, criando-se deste modo um clima agradável, um meio saudável e um ambiente favorável cujas consequências naturais, humanas, reais e vitais são o progresso material e a evolução espiritual
deste povo tão sofrido, constantemente em luta, empenhando-se em seus labores diários, esforçando-se em seu trabalhos cotidianos, tentando-se assim usufruir dos favores, maravilhas e beneficios da Providência Divina, que trabalha sabiamente junto aos homens e mulheres de boa-vontade deste mundo que é o Brasil”.
Na Comunidade da OAB
Mais tarde, fomos para a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, para uma reunião de apoio e incentivo às nossas atividades trabalhistas.
Animados e motivados, ouvimos então de um advogado, ali representante da OAB: “O bom-senso é a luz do direito e a força da justiça.
Seguindo as regras do juizo reto e do bom-senso legal e legítimo, desejamos a partir de agora somar esforços e multiplicar empenhos, no sentido de trabalhar juridicamente em prol da garantia dos direitos e deveres, e suas justas reivindicações, das comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, sabendo desde já que é nossa obrigação ajudar os menos favorecidos, torná-los conscientes dos seus direitos e livres em seus deveres cujo cumprimento trará favores e benefícios a toda populaçao carioca, brasileira e do mundo inteiro”.
Na Comunidade da ABL
Depois, já de noite, fomos até a ABL – Academia Brasileira de Letras, reivindicar ajuda da ABL em favor do Povo de Deus identificado com as comunidades pobres e carentes do Rio de Janeiro. Foi então que um escritor da ABL refletiu no meio de nós: “Ser bom e fazer o bem é o sentido da vida humana, natural e cultural. A Bondade de Deus é uma luz no nosso caminho. Quando seguimos essa luz, imitando o Criador, o mundo fica mais bonito, a vida fica mais feliz e o homem e a mulher, juntos e unidos, atingem a liberdade maior.Praticar o amor e a caridade, a fraternidade e a solidariedade, torna-nos bem melhores do que já somos. Por isso, nós, aqui e agora, da Academia Brasileira de Letras animamos e valorizamos, motivamos e incentivamos a todos os que hoje, neste momento, representam as comunidades pobres do Rio de Janeiro, suas lideranças responsáveis, para que continuem até onde for possível este trabalho, esforço e empenho de ajudar a ajudar, ajudar na obtenção das condições favoráveis ao bem-comum e bem-estar, cada vez maior e melhor, de todo este Povo de Deus então por vocês liderados e representados. Deus os ajude e abençôe”.
Na Comunidade do BANCO DO BRASIL
Na manhã seguinte, fomos ao BANCO DO BRASIL.
Os Banqueiros, na voz do seu Presidente, nos disseram:”O Dinheiro é necessário para movimentarmos nossas vidas, cumprirmos nossos desejos e satisfazermos nossas necessidades, realizarmos nossos sonhos e sustentarmos nossas esperanças.
O Dinheiro é como a Política. Politizados, buscamos o bem de todos e cada um.
Com dinheiro, o bem-estar é mais acessível e o bem-comum é mais realizável. A Política do dinheiro é ajudar-nos em nossas necessidades. Deste modo, podemos crescer, progredir e evoluir, com estabilidade. Estabilidade e crescimento são imprescindíveis quando queremos controlar a inflação, sustentar a moeda e valorizar o câmbio. A moeda fortalecida propicia avanços financeiros e qualidade nos empreendimentos. O sonho da prosperidade torna-se real, o real tem seu valor fortificado. Assim, a política econômica do BANCO DO BRASIL trabalha favorecendo o fluxo valorativo do capital investido, a consciência ambiental e a responsabilidade social, somando esforços e multiplicando empenhos no sentido de proporcionar a todos e cada um que usufruem de seu capital e sua economia forte um verdadeiro desenvolvimento sustentável, onde as comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro encontrarão o tempo, o momento certo e o espaço necessário para realizar seus desejos e satisfazer suas necessidades”
Na Comunidade da CAIXA
De tarde, nos dirigimos à CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, onde ouvimos o seguinte discurso: “O Dinheiro tem suas origens nas relações de troca de objetos comerciais entre os burgueses da Idade Média, que, desenvolvendo o comércio, causaram o Mercantilismo no início da Idade Moderna, que, por sua vez, com suas teorias de mais-valia, propriedade privada, livre iniciativa, empreendimentos e prosperidade, moeda comercial, economia de mercado, qualificação do trabalho profissional e pluralidade de matéria-prima, principiaram o que chamamos de Capitalismo Primitivo, depois o Capitalismo comercial e industrial, a seguir o Capitalismo Selvagem, o Capitalismo Financeiro e Cambial e, finalmente, o Capitalismo local, regional e internacional. Temos hoje também o Capitalismo Democrático. O que é importante ressaltar é que o Sistema Capitalista Mundial, atualmente, quer trabalhar fortemente com os trabalhadores, seus partidos e sindicatos, e com os grupos políticos e sociais das sociedades modernas em geral.Trabalhar igualmente com os pobres e carentes, e suas comunidades de ruas, morros e favelas. Deste modo, a demanda de mercado aumenta, o capital cresce, o progresso e o bem-estar evoluem, a economia progride e o país desenvolve-se sustentavelmente, com consciência ambiental e responsabilidade social. Por todos estes motivos, a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL apóia, motiva, anima e incentiva as lideranças e representantes das comunidades pobres do Rio de Janeiro, tendo em vista o crescimento e o desenvolvimento material e espiritual de todos e cada um dos envolvidos nestas comunidades. A CAIXA e o Brasil estão com vocês”.
Na Comunidade dos CORREIOS
No dia 20 de Dezembro de 2007, às 14 horas, estávamos dentro da sede dos CORREIOS, no Rio de Janeiro, diante de toda a Imprensa, Rádio e Televisão do país chamado Brasil, para uma entrevista de caráter nacional e internacional. Neste momento, Paulo Carioca, homem bom que só fazia o bem, representando nossas lideranças comunitárias, falou nos seguintes termos:”Agradeço a Deus, o Senhor, em primeiro lugar, e a vocês, meios de comunicação social aqui presentes, e também à sociedade carioca e brasileira, por nós termos chegado até aqui, em nossa mobilização diária de vários anos, movimento permanente de construção e abertura de tempo e espaço para as comunidades pobres do Rio de Janeiro. Com criatividade, paciência, auto-estima e alto-astral, movimentando-nos constantemente, com consciência política, respeito pessoal e responsabilidade social, fomos devagar sem pressa criando as condições necessárias para o atendimento e o compromisso com as nossas reivindicações comunitárias. De bem com a vida, construimos este momento. Que as autoridades competentes e suas instituições e organizações possam realmente nos ajudar a ajudar. O resultado é o bem-estar, a saúde e a paz para todos. Que Deus nos abençôe. Que o Senhor nos recompense a todos nós, beneficentes e beneficiados
por nossas lutas, empenhos, esforços e trabalhos. Que a glória do Senhor nosso Deus se manifeste a todos. Obrigado”.
Na Comunidade do Souza Aguiar
Dois dias depois, também à tarde, estávamos no Hospital Souza Aguiar, quando então seu Diretor falou-nos do seguinte modo: “Se a cabeça do homem vai bem, então tudo ao seu redor vai bem igualmente. Se a cabeça do homem vai mal, então tudo em torno de si vai mal também. A cabeça (o cérebro, a razão, a consciência) é o centro fundamental de controle de onde saem as atividades humanas bem ou mal ordenadas, disciplinadas e organizadas, para onde se dirigem as informações transformadas em conhecimento, ética e espiritualidade, onde se formam o devido respeito e a séria responsabilidade, a liberdade condicionada e a felicidade relativa, o juizo e o bom-senso, a saúde pessoal e o bem-estar dos outros. Boas idéias e boas imagens, boas intenções e bons sentimentos, bons pensamentos e bons comportamentos, significam uma cabeça bem formada e informada, saudável e agradável, forte e luminosa, livre e feliz. O contrário disto tem consequências que estamos cansados de ver, saber e viver. Por isso, cuidar da nossa saúde é zelar pela nossa boa cabeça, a fim de que seus frutos produzam o bem e a paz, o amor e a vida, o progresso e o bem-estar, o crescimento e o desenvolvimento dos povos e nações. Em função de tudo isto que foi dito, queremos nós diretor, coordenadores, chefes de setor e de serviço, médicos, pacientes e funcionários deste Hospital Souza Aguiar nos solidarizar e abraçar as lideranças representativas das comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, cujo movimento trabalhador e construtor de alternativas, oportunidades e possibilidades é o produto consequente de uma cabeça boa com ótimas idéias, intenções e ações, a qual certamente proporcionará no seu devido tempo e lugar os frutos formidáveis e admiráveis de uma sociedade baseada na justiça e na solidariedade. Tomara que nós, da nossa parte, possamos contribuir eficaz e responsavelmente com esse projeto comunitário para que os pobres sejam mais ricos, crescendo em qualidade social, política e econômica, como também em qualidade moral, cultural e espiritual. Paz a todos”.
Na Comunidade do Daltro Santos
Às 17 horas do dia 26 de Dezembro de 2007, estávamos nós no C.E.Daltro Santos, em Bangu, para mais um novo debate de idéias e vivências cotidianas sobre educação e sua relação necessária com as comunidades pobres do Rio de Janeiro. Então foi-nos dada a palavra, e falamos o que se segue:”Educar bem o povo é oferecer-lhe as condições indispensáveis para assumir um compromisso responsável com a obtenção e produção do conhecimento, da ética e da espiritualidade humana, em função de que deve construir sua vida, destruindo preconceitos e superstições, abrindo-se a uma permanente renovação interior e exterior, libertando-se de fato da cultura da violência e da morte, da maldade e da ruindade, afastando-se de vez de prisões ideológicas e escravidões físicas, mentais e espirituais. Deste modo, nossas comunidades pobres do Rio seguirão comprometidas social, politica e economicamente com melhores situações de vida e saúde, maior bem-estar individual e coletivo. Que Deus seja louvado e que o Senhor seja bendito”.
Na Comunidade do Metrô
No dia seguinte, fomos convidados pelo Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro – Trabalhadores do Metrô – para uma entrevista coletiva onde seriam abordados assuntos de interesse de nossas comunidades e ligados precisamente às nossas reivindicações comunitárias. Na ocasião, foi dito o seguinte: “Vivemos atualmente no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo inteiro, um processo de enlouquecimento generalizado, produzido pela constante prática da violência e da maldade, matando-se e morrendo-se absurdamente. A loucura social e marginal invadem nossas casas e famílias, nossos trabalhos e escolas, nossas igrejas e hospitais, nossas instituições e organizações, nossas ruas e avenidas, nossos morros e favelas, nosso cotidiano, nossa realidade do dia-a-dia. A maldade enlouquece. A violência enlouquece. Os sonhos e a fuga da realidade também enlouquecem. Para onde vamos ? O que estamos fazendo aqui e agora ? Que caminho tomar ? Existem soluções para isso ? O Bem e o Mal lutam entre si, Deus e o diabo estão em guerra, a Paz e a violência se chocam, a luz e as trevas duelam um combate indefinível, o amor e o ódio travam a batalha final, a vida e a morte entram em um conflito duradouro. Quem vencerá ? Quem ganhará esta partida decisiva para a humanidade ? Que Deus, o Senhor, nos possibilite o juizo e o bom-senso nesta hora de decisão.
Devemos escolher o caminho do bem e da paz. Que o Senhor Deus nos ajude e nos abençôe”.
Até aqui este momento, a voz que começou no silêncio tem se manifestado, libertando nosso grito de justiça diante de uma realidade antes opressora e oprimida,
e agora mais solidária e mais fraterna. Crescemos bastante até agora. Desenvolvemos talentos e habilidades, dons e graças, carismas e competências. Articulamos um novo processo de abertura, renovação e libertação, em que evoluimos material e espiritualmente. Com o progresso até então adquirido, nossos sonhos têm se tornado realidade. O Silêncio e seu discurso parecem estar sendo ouvidos.
No início de 2008, fundamos a CASA DO POBRE, para o nosso trabalho e serviço de atendimento e ajuda social às comunidades pobres. Igualmente, criamos a ACOPO – Associação das Comunidades Pobres do Rio de Janeiro. E também estabelecemos os Direitos e Deveres do Cidadão Pobre Trabalhador, com o objetivo de facilitar, melhorar e aprimorar o atendimento das reivindicações das Comunidades Pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro perante as Instituições e as Autoridades Competentes.
Na Comunidade da GLOBO
Quando, em Janeiro de 2008, fomos à Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico, divulgamos então para todos ali presentes os Direitos e Deveres do Cidadão Pobre Trabalhador do Rio de Janeiro. Ei-lo: 1) Direito à vida, de viver e existir; e Dever de ajudar os pobres e necessitados. 2) Direito de realizar e satisfazer seus desejos humanos e suas necessidades naturais; e Dever de ser responsável por seus atos. 3) Direito à saude e ao bem-estar; e Dever de respeitar aos outros, a si e a Deus, o Senhor. 4) Direito ao estudo, à pesquisa e à obtenção de novos conhecimentos; e Dever de agir com juizo e bom-senso. 5) Direito ao silêncio; e Dever de usar de paciência na hora das adversidades e contrariedades. 6) Direito a andar, caminhar, movimentar-se; e Dever de destruir seus vícios e construir suas virtudes. 7) Direito de usar a criatividade quando indispensável; e Dever de propagar, difundir e publicar as boas idéias e os bons pensamentos, os bons sentimentos e as boas ações, atitudes e comportamentos. 8) Direito de ser ajudado quando necessário; e Dever de ajudar a ajudar. Estes os Direitos e Deveres de um homem bom que só faz o bem que se identifica com o Cidadão Pobre Trabalhador de nossas comunidades de rua, morro e favela.
Na Comunidade de O DIA
Em Fevereiro de 2008, durante o Carnaval do Rio, a Editora do Jornal O Dia S.A. convidou-nos a publicar um livro cujo conteúdo seria o seguinte:
AUTOR: Paulo Carioca Gonçalves de Oliveira
TÍTULO: Um Homem bom que só faz o bem
CONTEÚDO: a) Ser bom e fazer o bem
b) Ser responsável
c) Respeitar e ser respeitado
d) Usar o juizo e o bom-senso
e) Ter saúde e bem-estar
f) Ser livre e feliz
g) Crescimento e estabilidade
h) Crescer, progredir e evoluir
i) Abrir-se, renovar-se e libertar-se
j) Limites, tendências e possibilidades
k) Zelar pelo corpo, a mente e o espírito
l) Andar, caminhar, movimentar-se
m) Cultivar o Silêncio
n) Ser paciente
o) Qualidade de vida alimentar
p) Consciência Ambiental
q) A Boa Educação
r) Amar a Deus, o Senhor
s) Trabalhar com alegria
t) Fazer bem todas as coisas
u) Propagar a fraternidade e a solidariedade
v) Ter uma cabeça saudável, agradável e favorável
w)Fugir da maldade e da violência que enlouquecem as pessoas que vivem e convivem em sociedade
Este o conteúdo do nosso primeiro livro a ser lançado em 2008.
Na Comunidade TUPI
Dois meses depois, em Abril de 2008, fomos convidados para mais uma rodada de debates e diálogos na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Os assuntos então abordados em síntese foram os seguintes: 1) A Fé em Deus, o Senhor, e sua relação com a luta dos pobres trabalhadores por melhores condições de vida 2) A Filosofia de vida da ACOPO e da CASA DO POBRE 3) O Poder político e econômico e sua influência sobre as comunidades 4) Emergência Social e luta dos pobres trabalhadores 5) União e participação popular entre as comunidades 6) Progresso e desenvolvimento comunitário.
E assim permaneceu durante muitos anos a luta de ascensão social de nossas comunidades pobres.
Crescemos e evoluimos bastante.
Estabilizamos a nossa jornada.
De agora em diante, vamos colher os bons frutos de nossa caminhada emergente.
Do silêncio da marginalidade
Pelo silêncio da justiça
Para o silêncio da estabilidade.
Hoje, a luta continua.
E a vida permanece.
E continuamos a fazer do silêncio a voz permanente da nossa caminhada.
A Justiça venceu.
Madrugada de Sexta-feira.
Eram 3 horas.
Dia 17 de Outubro de 2007.
Bangu, entre Senador Camará e Padre Miguel.
Rio de Janeiro, Brasil.
Então, o silêncio falava mais alto que o vento furioso das folhas das árvores da Primavera, que rodavam a rua mais famosa de Bangu. Rua do Desenhista, na Vila Aliança. Gritos intensos de crianças brincando àquela hora. O Baile funk também se fazia presente naquele barulho silencioso da madrugada. O Caveirão da PM circulava pelas ruas e avenidas adjacentes procurando bandidos e traficantes da área. Estávamos entre a Vila Aliança e a Favela da Coréia de um tal de Robinho Pinga, que, antes de roubar e assaltar, enchia a cara de cana, goró e cachaça, pois achava que doidão sua malandragem se dava melhor, tinha bons resultados, alcançava ótimos frutos. Era ele grande amigo de Elias Maluco, do Morro do Alemão; de Fernandinho Beira-Mar, de Caxias; de Marcinho VP, Fernando Inácio, Paulinho Carioca e UÊ, já falecido.
Um clima de violência e um ambiente de maldade e ruindade rondavam as ruas do Rio de Janeiro.
De repente, um personagem surge na história atual de violência nas ruas, becos, praças e avenidas do Brasil.
Paulo Carioca, conhecido nos morros e favelas do Rio como o Caveirão da PM, o Paulão, o Canhão do Alemão, o Amante das Mulheres do Rio.
Paulão, um homem de bem e de paz, que não dava mole nem vacilava com PM ou bandido-traficante.
Era um criador de amigos,
um produtor de idéias,
um construtor do bem e da paz
Na Comunidade da Coréia
Nesta madrugada, 4 horas de sexta-feira, chegou à Favela da Coréia, e, encontrando um grupo de bandidos e traficantes no meio do caminho, que já o conheciam, disse-lhes sabiamente:
“ Colegas, a vida tem 2 caminhos. O Caminho do Bem e o Caminho do Mal. Se você semeia o bem, colherá a paz. Se você produz o mal, encontrará a violência. O Bem e a paz constróem amigos e bons amigos; o mal e a violência, ao contrário, destróem as boas amizades, as boas intenções, a boa consciência e as boas virtudes”.
Na Comunidade do Borel
Paulinho Carioca partiu dali e foi se encontrar com alguns amigos no Morro do Borel, na Tijuca.
Avistando a Rua São Miguel, no Borel, viu alguns meninos e meninas que brincavam na rua, naquela madrugada de sexta-feira, quase manhã. E explicou-lhes: “ A Vida é uma grande Bagunceira e uma verdadeira Casa Desarrumada. Cabe a nós, filhos da Vida, o esforço em arrumá-la, ordená-la, discipliná-la e organizá-la. Na verdade, ela sempre será uma Eterna Bagunceira, contudo ela gosta de ser bonita, ao ser arrumada; ela gosta do nosso empenho em perfumá-la e embelezá-la, dando-lhe ordem mental, saúde física, organização de seus conhecimentos e pensamentos;e igualmente bem-estar espiritual, quando, então, aproximando-se de seu Criador, Autor da Vida, ela fica em paz consigo mesma, fazendo o bem a todos e cada um, e praticando o amor, a fraternidade, a solidariedade e a generosidade, sua vocação natural, humana e cultural”.
Na Comunidade dos Macacos
Depois de agradecer a paciência e a boa-vontade em ouvi-lo, Paulo Carioca foi direto, de manhã, para o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, onde algumas pessoas o esperavam para uma reunião da associação de moradores e amigos do local.
Durante a reunião, vendo que o calor aumentava, a discussão esquentava e o grau de complexidade dos problemas e soluções cada vez mais se dilatava, agravando e pondo em risco o destino dos moradores e amigos do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Paulão pediu a palavra, e interveio corajosamente: “Tudo neste mundo, e aqui também entre nós, deve ser realizado visando o bem-comum de todos e cada um, seu bem-estar saudável, agradável e favorável, a saúde de todos e cada um, o seu progresso material e espiritual, o seu crescimento como pessoa humana e o seu desenvolvimento integral, interativo e compartilhado, ou seja, em outras palavras, dependemos uns dos outros, por isso devemos ajudar-nos sempre uns aos outros, superando os limites da individualidade e favorecendo a comunhão e participação de todos e cada um. Em função disso, creio eu, devemos tomar as nossas decisões, realizar as nossas tarefas e empenhar os nossos trabalhos. Todos devem se esforçar para isso”.
Na Comunidade do Querosene
O Povo dos Macacos, depois de aplaudir de pé Paulão, despediu-se, e cada um voltou para sua casa sabendo o que deveria fazer a partir daquele momento. E Paulo Carioca, depois de almoçar com eles, dirigiu-se para o Morro do Querosene, na Rua Campos da Paz, no Rio Comprido. Lá se encontraria com outros moradores e amigos, com quem discutiria a violência generalizada ali presente, insistente e constante, cujas balas perdidas, tráfico de drogas, pedofilia, turismo sexual de garotas da comunidade, a maconha e a cocaína propagando-se ali intensamente, o desemprego, os menores abandonados, os velhinhos e idosos da comunidade abandonados, as famílias carentes e desassistidas em grande número, entre outros problemas, necessitavam de respostas e soluções urgentes e emergentes, o que aliás eram uma problemática de risco grave que afetava e contagiava não só o Morro do Querosene como também todos os Morros e Favelas do Rio de Janeiro, e suas comunidades pobres internas, externas e adjacentes.
No Querosene, Paulão deu as seguintes instruções e sugestões, ele que era um líder comunitário, engajado e participante, de forte consciência política, com grande poder de influência em todas as comunidades de moradores e amigos cariocas. Falou então as seguintes palavras: “Respeito é bom e todo mundo gosta. Pois então iniciemos por nós mesmos. Respeito e responsabilidade são as palavras-cheve neste momento e neste lugar, a partir de agora. Com respeito, o bem e a paz podem ser construídos, Com responsabilidade, melhor buscaremos essa paz e melhor criaremos as condições indispensáveis para que o bem se instale, a cooperação entre todos e cada um seja realmente efetiva, a solidariedade contagie a todos, a fraternidade possa ser abraçada individual e coletivamente. Para isto, fé em Deus. E depois muito juizo e bom-senso. Deste modo resolveremos todos os nossos problemas. Sem esquecer, é claro, as pequeninas coisas tão importantes, os pequenos detalhes tão necessários, as diferenças que sempre se sobressaem, trabalhando devagar e com paciência para resolver todas essas perturbações, incômodos e preocupações até mesmo doentias. Acho eu que assim tudo irá bem de hoje em diante. O que vocês acham ?” E ficaram dialogando até a noite o melhor caminho para solucionar essas questões. Em seguida, Paulão saiu, despediu-se, e foi dormir no Morro da Viúva, no Flamengo.
Na Comunidade da Catedral
No dia seguinte, sábado de manhã, 9 horas, foi a um Encontro de Rua com a População de Rua das ruas do Rio de Janeiro, lá, no Centro da Cidade, na Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro. Neste Encontro Real e Rual, tinha de tudo: mendigos, pobres, miseráveis, bêbados, cachaceiros, homossexuais, gays, viados, bichas, bandidos, ladrões, traficantes, alcoólatras, maconheiros, cheiradores de cola de sapateiro, cheiradores de cocaína, heroína, morfina, LSD, prostitutas, meretrizes, mulheres de programa, garotos ou jovens de programa ativos e passivos, menores abandonados e outros mais. Reunidos então na Catedral discutuam como encontrar melhores condições de vida e trabalho diante de tantos problemas e conflitos, contradições, adversidades e contrariedades nas ruas, praças e avenidas do Rio de Janeiro. E, no auge da discussão, Paulão, o Caveirão da PM, o Canhão do Alemão, tomou a palavra, e disse: “ Fé em Deus que a vida vai melhorar. Cada um seja responsável por seus atos. Que haja respeito de uns pelos outros aqui no meio de nós. Porque somos dependentes. Dependemos uns dos outros.Precisamos nos ajudar.Não podemos nos dividir.Confiança em Deus, o Senhor, o Amigo dos pobres. Queremos melhorar a nossa situação ? Desejamos liberdade e mais felicidade ? Então, desde agora, devemos colocar na cabeça que dependemos uns dos outros. Ninguém é feliz sozinho. Somos pobres, mas não somos miseráveis. Somos dependentes. Dependemos de Deus. Dependemos dos outros. Dependemos uns dos outros. Nossa força é a união, a cooperação, a generosidade, a fraternidade, a solidariedade. Precisamos acreditar nisso. A luta continua”.
Na Comunidade de São Carlos
Terminada a reunião, Paulão, sempre muito ativo, dirigiu-se para o Morro de São Carlos, no Estácio. Lá, se encontraria com a Associação de Moradores e Amigos do São Carlos. Chegando então ao São Carlos, uma mulher do local pediu-lhe um conselho acerca de determinado problema. E ele, experiente no assunto, afirmou: “Olha, Margarida, seja uma mulher justa e direita. Seja sempre amiga da verdade. E Deus, o Senhor, estará com você. Tá certo que o mal e a violência estão em torno de você. Todavia, não se deixe atrair. Não se permita envolver nesse tipo de assunto. Viva a sua vida e deixe os outros viverem a vida deles. Seja você, mas não seja os outros. Tenha seu próprio ponto-de-vista. Tenha sua própria visão de mundo e de sociedade. Opte pelo bem e pela paz. Comprometa-se com o amor e a vida. Assuma um compromisso responsável com Deus, o Senhor do Bem e da Paz. E tudo irá bem na sua vida. Fique em Paz”.
Paulo Carioca passou o dia inteiro no São Carlos, resolvendo problemas e solucionando situações graves de risco. À noite, foi a outra reunião, desta vez no Complexo do Alemão, local que é caminho para quem vai para a Zona Norte e Oeste da Cidade.Dormiu por lá.
Paulão, líder comunitário, ganhava seu pão de cada dia ajudando as comunidades pobres e suas associações de moradores e amigos adjacentes, recebendo um salário mensal por suas atividades de mutirão, cooperação e aconselhamento social, psicológico e espiritual no interior destas comunidades de Morros e Favelas do Rio de Janeiro.
Muito trabalho, é verdade, mas ao lado de uma grande problemática social nas ruas, morros e favelas cariocas: a exclusão e marginalização social, a divisão de classes, exploração sexual de mulheres, garotas e meninas de programa, o homossexualismo,a pobreza e a miséria, a maldade e a violência, a cultura da morte, o choque constante entre polícia e bandidos, além do preconceito, a ignorância e a imcompreensão da sociedade.
No entanto, Paulinho Carioca, continuava a sua luta, ajudando os outros a lutar também.
Era domingo, dia do Senhor. E Paulão foi à missa conversar com Deus e rezar pelos amigos.
Na Comunidade da Formiga
Depois da missa na Igreja do Bom Jesus do Calvário, na Rua Conde Bonfim, n. 50, na Tijuca, Paulão foi direto para o Morro da Formiga almoçar com alguns colegas de trabalho. Na ocasião, fez o seguinte comentário: “A vida é dura para quem é mole.Saber viver todo mundo sabe. O mais importante é saber conviver, conviver com as pessoas que estão ao seu lado e perto de você, na família, na igreja, na escola, no hospital e no trabalho, ou em qualquer tempo e lugar em que nos encontrarmos. Conhecemos as pessoas quando vivemos e convivemos com elas Por isso, não devemos ficar julgando uns aos outros. Cada um tem a sua vida. Cada um faça o que quiser, mas também o que se deve. Porque não somos ilhas nem ninguém é ilha neste mundo em que vivemos. Vivemos em sociedade. Dentro dela temos cargos e funções, que, quando bem trabalhados, produzem um bem enorme à comunidade local, regional e global. Por tudo isso, vejam uma coisa: cada ato responsável que você fizer visando o bem e a paz da sua comunidade, tem uma repercussão grandiosa nos seus vizinhos, na Cidade, no Brasil e no mundo inteiro. Se errarmos, o mundo inteiro erra conosco. Mas se acertarmos, todo o Globo Terrestre acerta conosco. A partir dessa realidade, percebemos e observamos como é importante respeitar as pessoas e ter responsabilidade no meio de nós. Nossas boas atitudes fazem um enorme e grandioso bem à humanidade”.
Na Comunidade da Tijuca
Depois do almoço com seus amigos, Paulo Carioca caminhou até o Morro do Turano, no Rio Comprido, passando pelo Morro do Salgueiro, na Praça Saens Pena, e depois pelo Morro do Chacrinha, na Tijuca. No caminho, conversou com algumas pessoas que cruzaram com ele. Nesse diálogo, expressou a seguinte opinião: Movimente-se sempre. Ande e caminhe diariamente. Quanto mais devagar a caminhada, melhor para a saúde física, mental e espiritual. Siga sempre as leis da natureza. Seguindo a natureza e movimentando-se constantemente, você sairá da rotina facilmente, abraçará novas alternativas de trabalho, renovará suas atividades permanentes, abrir-se-á para um novo mundo de idéias e ideais e, ao mesmo tempo, se libertará de preconceitos e superstições que só estragam e destróem a sua vida. Cuide de sua saúde pessoal sim, mas não se esqueça também do bem-estar dos outros. Pense em você, mas pense nos outros também. E não se esqueça dAquele que é o Fundamento de tudo e de todos, Deus, o Senhor. Dialogue sempre com Ele. Ele gosta de nos ouvir, de saber a nossa opinião sobre determinadas coisas da realidade.Ele é o nosso Deus e Senhor”.
Na Comunidade da Maré
Após sua visita à Tijuca e ao Rio Comprido, Paulinho Carioca, um grande pensador no meio de nós, partiu para a Favela da Maré, Vila do João, perto da Ilha do Governador, junto à Avenida Brasil, acompanhado, desta vez, de suas 2 lindas namoradas, mulheres cariocas, Valéria e Madalena., de 26 e 28 anos respectivamente.
Na Vila do João, surgiu o seguinte debate de idéias, junto à comunidade local: “A gente precisa aprender a crescer, progredir e evoluir nesta vida”, disse Valéria, abrindo o diálogo. “E, igualmente, desenvolver nossas idéias e talentos, e realizar nossos sonhos e ideais”, completou Paulo Carioca..”Eu acho também que a gente tem que ter uma profissão neste mundo. Para isto, é preciso descobrir nossa vocação. Pra quê que a gente serve ? O que eu gosto de fazer ? Se o salário compensa nosso esforço de trabalho ?”, explicou um morador da Maré. “Eu, porém, acho o seguinte:Deus nos deu dons, graças e carismas, para que a gente seja livre e feliz nesta vida, e na vida que continua depois da morte.Quando a gente descobre isso, a vida melhora pra nós, e para os outros também. A comunidade cresce. Os vizinhos evoluem. E a sociedade e o mundo inteiro progride, desenvolvendo seu trabalho e suas atividades sociais, políticas, econômicas e culturais. Felicidade para todos e cada um, e pra mim também”, replicou Madalena. Insistindo no fluxo de idéias apresentadas, Paulo Carioca mais uma vez suplementou:”Deus ajuda a quem trabalha, a quem é bom e faz o bem nesta vida. Deus ajuda a quem gosta de ajudar o próximo. Deus ajuda a quem constrói a paz e vive em paz uns com os outros. Tudo isto são as consequências de tudo que falamos aqui e agora. Trabalhando, o mundo é mais feliz”.
Finalizada a reunião na Comunidade da Maré, todos foram de volta para suas casas.
Valéria, Paulo Carioca e Madalena, e mais alguns amigos, continuavam visitando as comunidades cariocas das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
Na Comunidade do Caju
De repente, uma guerra de quadrilhas de traficantes, seguida de tiroteio e balas perdidas, tiro na cabeça e bala na idéia, no Complexo de São Carlos, entre o Morro da Coroa e o Morro da Mineira, fizeram diversas vítimas, que morreram no meio do fogo cruzado. Alguns mortos eram conhecidos nossos. Seriam enterrados mais tarde no Cemitério do Caju. E fomos ao enterro.
No Velório em uma das capelas do Cemitério do Caju, fazíamos o acompanhamento dos mortos – eram 4 defuntos – quando umas das garotas, a Scheila Mattos, parente de uma das vítimas, já bastante resignada e tranquila, perguntou ao Paulinho Carioca: “Paulo, você acredita na Eternidade ? Na vida-além ? No futuro dos mortos ?” Paulão, olhou pra ela, refletiu um pouco, e disse-lhe, visualizando a todos:”A Eternidade é a Casa de Deus. Os mortos não morrem...continuam para sempre. Acho que lá, junto do Senhor Deus, a gente convive melhor com os nossos problemas e dificuldades. Convivemos em paz uns com outros. Convivemos fazendo o bem uns aos outros. Convivemos amando-nos uns aos outros, ajudando-nos uns aos outros. Na Eternidade, a palavra certa é Convívio. Convivemos com Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, e com suas criaturas humanas e naturais. Convívio divino e humano. Convívio de amor e paz. Convívio de bem com a vida. Deste convívio eterno, participam aqueles homens e aquelas mulheres que fizeram o bem nesta vida, viveram em paz uns com os outros, abraçaram a cultura do amor e da vida neste mundo, e, vivendo e convivendo assim aqui no Planeta Terra, colocaram Deus, o Senhor, em primeiro lugar em suas vidas. Quem fez e faz assim, cá entre nós, quando morrer será livre e feliz eternamente. Pois junto de Deus há paz e tranquilidade, liberdade e felicidade, alegria e contentamento. Para sempre, eternamente, felizes, alegres e contentes, ao lado do Fundamento de tudo e de todos, Deus, o Senhor”..
Na Comunidade Universitária
Saimos dali, após o enterro de nossos amigos de comunidade, e partimos para Universidade Estácio de Sá, onde um grupo de estudantes nos aguardavam para um novo debate de idéias e questões sociais e políticas, econômicas e culturais, a partir da realidade das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro. Desta vez, o debate seria com os estudantes universitários dos cursos de história e sociologia.
Discutiríamos sobretudo o silêncio aparente das comunidades, dentro do qual tudo acontece, mas quase ninguém o sabe.
Um silêncio gritante, enlouquecedor, doentio, marginal, violento, o qual muitas vezes a sociedade procura ignorar, não escutar, não ouvir os seus apelos, o seu discurso inflamante, cruel e infernal. O Discurso do Silêncio. Até aqui e agora, ouvimos a loucura calorosa e a realidade silenciosa do inferno carioca: o real e o rual da realidade marginal e social das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
O Silêncio é o grito da realidade.
A Realidade é o grito do silêncio.
O Silêncio Real é a Marginalização Social.
Alguém precisa fazer alguma coisa .
Quais são as causas e as consequências de tanta maldade e violência ?
Por que a guerra entre traficantes ?
Por que o choque e o conflito permanentes entre polícia e o BOPE, e o Caveirão da PM, de um lado, e as quadrilhas de bandidos e traficantes de outro lado ?
Como ficam o Povo Trabalhador e suas famílias destas comunidades sociais e marginais ?
É possível andar tranquilo nas ruas do Rio de Janeiro ?
A Paz é possível ?
O Amor resolve ?
Vale a pena continuar fazendo o bem ?
E Deus, o Senhor, onde está ?
Deus, ó Deus,
Onde estás que não respondes ?
Tudo isto, relatado acima, foi o conteúdo do debate de idéias acerca dos fenômenos sociais e marginais discutido com os estudantes universitários da Universidade Estácio de Sá, no Rio Comprido, perto do Túnel Rebouças, nesta quarta-feira, à noite, 20 horas, dia 22 de Outubro de 2007.
Na Comunidade da Prefeitura
No dia seguinte, Valéria me telefonou dizendo que teve a idéia de nós levarmos nossas reivindicações à Prefeitura do Rio, diante do então Prefeito César Maia.
Todas as comunidades aprovaram a idéia.
E então no mês seguinte dia 14 de Novembro de 2007 fomos até o Prefeito César Maia e colocamos diante dele nossas justas reivindicações, que foram as seguintes:
Reivindicações dos Amigos, Moradores e Trabalhadores das Ruas, Morros e Favelas do Rio de Janeiro:
1) Queremos saúde, educação e transporte para todos
2) Queremos atividades de lazer, arte e esporte em nossas comunidades
3) Queremos trabalho e emprego para os necessitados
4) Queremos mais escolas e hospitais
5) Queremos de cada um segundo as suas possibilidades
e a cada um conforme as suas necessidades
6) Queremos respeito à nossa dignidade humana
7) Queremos paz em nossas comunidades
8) Queremos cumprir com os nossos deveres
9) Queremos compreensão com os nossos direitos
10) Queremos fazer o bem e viver em paz
11) Queremos amar a vida e praticar o amor
12) Queremos a Justiça a nosso favor
13) Queremos fraternidade e solidariedade
14) Queremos ajudar a sociedade
15) Queremos Deus, o Senhor
16) Queremos que todos sejam livres e felizes
17) Queremos saúde e bem-estar para todos
18) Queremos respeitar e ser respeitados
19) Queremos ser responsáveis por nossos atos
20) Queremos que o juizo e o bom-senso prevaleçam
em nossas atitudes, decisões e conversações
21) Queremos que as diferenças sejam entendidas e respeitadas
22) Queremos dizer “não” à maldade e violência
23) Queremos dizer”sim” à cultura do amor e da vida
24) Queremos viver em paz uns com os outros
25) Queremos fazer o bem uns aos outros
26) Queremos ajudar-nos uns aos outros
27) Queremos depender uns dos outros
28) Queremos fazer tudo direito,
trabalhar com alegria e
realizar bem todas as coisas
29) Queremos a glória, a honra e o louvor para o nosso Deus e Senhor,
por seus benefícios e maravilhas realizados até agora no meio de nós.
O Prefeito do Rio César Maia recebeu estas nossas 29 reivindicações e disse-nos que a partir de então iria tomar as devidas providências para que elas sejam realmente observadas no dia-a-dia da realidade cotidiana das comunidades pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro.
Depois do nosso encontro com a Prefeitura do Rio, Valéria e Madalena começaram a nos explicar a função do Estado e da Prefeitura dentro da sociedade
onde estamos inseridos: “Prefeito, Governador e Presidente da República são Poderes Públicos de primeira instância, os mais importantes perante toda a sociedade, de natureza política, cujas características se identificam com a possibilidade de gerar ordem social, estabelecer uma hierarquia de valores, organizar politica, social, economica e culturalmente o conjunto da sociedade tendo em vista garantir-lhe paz existencial, equilíbrio emocional e estabilidade e crescimento físico, mental e espiritual. O Poder público é um cargo político cujas funções visam estabelecer a ordem das instituições sociais, a ordem do ambiente natural e humano, a ordem da sociedade em geral.O Prefeito e todo poder publico, politicamente estabelecido, tem que oferecer as condições indispensáveis para que a ordem social seja garantida, a ordem política seja mantida, a ordem econômica seja eficaz e a ordem cultural seja aceita, entendida e respeitada”.
Na Comunidade Católica
Tendo mostrado a importância do Poder Público politicamente estabelecido, saimos dali e demos uma caminhada até a sede da Igreja Católica do Rio, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, lá, na Glória, Palácio São Joaquim, onde o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eusébio Oscar Sheid,
nos aguardava para uma entrevista com a presença de toda a imprensa carioca.
Na ocasião, João Guedes, que fazia parte da nossa equipe de trabalho, falou-nos da seguinte maneira: “A Igreja do Rio deseja cooperar, colaborar ativamente e participar generosamente do nosso enpenho e esforço em lutar por garantir realmente melhores condições de vida, saúde e trabalho para todas as comunidades pobres do Rio de Janeiro, presentes sobretudo nas ruas, morros e favelas cariocas, para isto juntando e unindo o Povo de Deus nesta luta diária, real e rual, cotidiana”.
E o Cardeal do Rio, Dom Eusébio, mostrou-se bastante interessado em nos ajudar.
Na Comunidade da PETROBRÁS
Em seguida, nós, os representantes do Povo de Deus pobre, carente e marginalizado das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, nos dirigimos até a sede da PETROBRÁS, na Avenida Chile, Centro do Rio, onde seu Presidente Sérgio Gabrielli, desejava falar-nos sobre a real colaboração da PETROBRÁS junto às nossas atividades comunitárias. Neste momento, explicou-nos Joaquim Mendes de Almeida, uma das lideranças comunitárias ali presentes: “ A Energia brasileira vem em socorro de nossas comunidades carentes com o objetivo de favorecer sua inclusão social, sua emergência econômica e sua conscientização política, incentivando junto a elas ações esportivas e atividades artísticas, além de proporcionar, dentro de seus limites operacionais, tempo e espaço para o lazer, em que as crianças, jovens e idosos, e todas as famílias reunidas, abram-se a novas possibilidades de saúde e bem-estar, renovem-se interior e exteriormente e libertem-se das prisões físicas, psicológicas e comportamentais, criando-se deste modo um clima agradável, um meio saudável e um ambiente favorável cujas consequências naturais, humanas, reais e vitais são o progresso material e a evolução espiritual
deste povo tão sofrido, constantemente em luta, empenhando-se em seus labores diários, esforçando-se em seu trabalhos cotidianos, tentando-se assim usufruir dos favores, maravilhas e beneficios da Providência Divina, que trabalha sabiamente junto aos homens e mulheres de boa-vontade deste mundo que é o Brasil”.
Na Comunidade da OAB
Mais tarde, fomos para a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, para uma reunião de apoio e incentivo às nossas atividades trabalhistas.
Animados e motivados, ouvimos então de um advogado, ali representante da OAB: “O bom-senso é a luz do direito e a força da justiça.
Seguindo as regras do juizo reto e do bom-senso legal e legítimo, desejamos a partir de agora somar esforços e multiplicar empenhos, no sentido de trabalhar juridicamente em prol da garantia dos direitos e deveres, e suas justas reivindicações, das comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, sabendo desde já que é nossa obrigação ajudar os menos favorecidos, torná-los conscientes dos seus direitos e livres em seus deveres cujo cumprimento trará favores e benefícios a toda populaçao carioca, brasileira e do mundo inteiro”.
Na Comunidade da ABL
Depois, já de noite, fomos até a ABL – Academia Brasileira de Letras, reivindicar ajuda da ABL em favor do Povo de Deus identificado com as comunidades pobres e carentes do Rio de Janeiro. Foi então que um escritor da ABL refletiu no meio de nós: “Ser bom e fazer o bem é o sentido da vida humana, natural e cultural. A Bondade de Deus é uma luz no nosso caminho. Quando seguimos essa luz, imitando o Criador, o mundo fica mais bonito, a vida fica mais feliz e o homem e a mulher, juntos e unidos, atingem a liberdade maior.Praticar o amor e a caridade, a fraternidade e a solidariedade, torna-nos bem melhores do que já somos. Por isso, nós, aqui e agora, da Academia Brasileira de Letras animamos e valorizamos, motivamos e incentivamos a todos os que hoje, neste momento, representam as comunidades pobres do Rio de Janeiro, suas lideranças responsáveis, para que continuem até onde for possível este trabalho, esforço e empenho de ajudar a ajudar, ajudar na obtenção das condições favoráveis ao bem-comum e bem-estar, cada vez maior e melhor, de todo este Povo de Deus então por vocês liderados e representados. Deus os ajude e abençôe”.
Na Comunidade do BANCO DO BRASIL
Na manhã seguinte, fomos ao BANCO DO BRASIL.
Os Banqueiros, na voz do seu Presidente, nos disseram:”O Dinheiro é necessário para movimentarmos nossas vidas, cumprirmos nossos desejos e satisfazermos nossas necessidades, realizarmos nossos sonhos e sustentarmos nossas esperanças.
O Dinheiro é como a Política. Politizados, buscamos o bem de todos e cada um.
Com dinheiro, o bem-estar é mais acessível e o bem-comum é mais realizável. A Política do dinheiro é ajudar-nos em nossas necessidades. Deste modo, podemos crescer, progredir e evoluir, com estabilidade. Estabilidade e crescimento são imprescindíveis quando queremos controlar a inflação, sustentar a moeda e valorizar o câmbio. A moeda fortalecida propicia avanços financeiros e qualidade nos empreendimentos. O sonho da prosperidade torna-se real, o real tem seu valor fortificado. Assim, a política econômica do BANCO DO BRASIL trabalha favorecendo o fluxo valorativo do capital investido, a consciência ambiental e a responsabilidade social, somando esforços e multiplicando empenhos no sentido de proporcionar a todos e cada um que usufruem de seu capital e sua economia forte um verdadeiro desenvolvimento sustentável, onde as comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro encontrarão o tempo, o momento certo e o espaço necessário para realizar seus desejos e satisfazer suas necessidades”
Na Comunidade da CAIXA
De tarde, nos dirigimos à CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, onde ouvimos o seguinte discurso: “O Dinheiro tem suas origens nas relações de troca de objetos comerciais entre os burgueses da Idade Média, que, desenvolvendo o comércio, causaram o Mercantilismo no início da Idade Moderna, que, por sua vez, com suas teorias de mais-valia, propriedade privada, livre iniciativa, empreendimentos e prosperidade, moeda comercial, economia de mercado, qualificação do trabalho profissional e pluralidade de matéria-prima, principiaram o que chamamos de Capitalismo Primitivo, depois o Capitalismo comercial e industrial, a seguir o Capitalismo Selvagem, o Capitalismo Financeiro e Cambial e, finalmente, o Capitalismo local, regional e internacional. Temos hoje também o Capitalismo Democrático. O que é importante ressaltar é que o Sistema Capitalista Mundial, atualmente, quer trabalhar fortemente com os trabalhadores, seus partidos e sindicatos, e com os grupos políticos e sociais das sociedades modernas em geral.Trabalhar igualmente com os pobres e carentes, e suas comunidades de ruas, morros e favelas. Deste modo, a demanda de mercado aumenta, o capital cresce, o progresso e o bem-estar evoluem, a economia progride e o país desenvolve-se sustentavelmente, com consciência ambiental e responsabilidade social. Por todos estes motivos, a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL apóia, motiva, anima e incentiva as lideranças e representantes das comunidades pobres do Rio de Janeiro, tendo em vista o crescimento e o desenvolvimento material e espiritual de todos e cada um dos envolvidos nestas comunidades. A CAIXA e o Brasil estão com vocês”.
Na Comunidade dos CORREIOS
No dia 20 de Dezembro de 2007, às 14 horas, estávamos dentro da sede dos CORREIOS, no Rio de Janeiro, diante de toda a Imprensa, Rádio e Televisão do país chamado Brasil, para uma entrevista de caráter nacional e internacional. Neste momento, Paulo Carioca, homem bom que só fazia o bem, representando nossas lideranças comunitárias, falou nos seguintes termos:”Agradeço a Deus, o Senhor, em primeiro lugar, e a vocês, meios de comunicação social aqui presentes, e também à sociedade carioca e brasileira, por nós termos chegado até aqui, em nossa mobilização diária de vários anos, movimento permanente de construção e abertura de tempo e espaço para as comunidades pobres do Rio de Janeiro. Com criatividade, paciência, auto-estima e alto-astral, movimentando-nos constantemente, com consciência política, respeito pessoal e responsabilidade social, fomos devagar sem pressa criando as condições necessárias para o atendimento e o compromisso com as nossas reivindicações comunitárias. De bem com a vida, construimos este momento. Que as autoridades competentes e suas instituições e organizações possam realmente nos ajudar a ajudar. O resultado é o bem-estar, a saúde e a paz para todos. Que Deus nos abençôe. Que o Senhor nos recompense a todos nós, beneficentes e beneficiados
por nossas lutas, empenhos, esforços e trabalhos. Que a glória do Senhor nosso Deus se manifeste a todos. Obrigado”.
Na Comunidade do Souza Aguiar
Dois dias depois, também à tarde, estávamos no Hospital Souza Aguiar, quando então seu Diretor falou-nos do seguinte modo: “Se a cabeça do homem vai bem, então tudo ao seu redor vai bem igualmente. Se a cabeça do homem vai mal, então tudo em torno de si vai mal também. A cabeça (o cérebro, a razão, a consciência) é o centro fundamental de controle de onde saem as atividades humanas bem ou mal ordenadas, disciplinadas e organizadas, para onde se dirigem as informações transformadas em conhecimento, ética e espiritualidade, onde se formam o devido respeito e a séria responsabilidade, a liberdade condicionada e a felicidade relativa, o juizo e o bom-senso, a saúde pessoal e o bem-estar dos outros. Boas idéias e boas imagens, boas intenções e bons sentimentos, bons pensamentos e bons comportamentos, significam uma cabeça bem formada e informada, saudável e agradável, forte e luminosa, livre e feliz. O contrário disto tem consequências que estamos cansados de ver, saber e viver. Por isso, cuidar da nossa saúde é zelar pela nossa boa cabeça, a fim de que seus frutos produzam o bem e a paz, o amor e a vida, o progresso e o bem-estar, o crescimento e o desenvolvimento dos povos e nações. Em função de tudo isto que foi dito, queremos nós diretor, coordenadores, chefes de setor e de serviço, médicos, pacientes e funcionários deste Hospital Souza Aguiar nos solidarizar e abraçar as lideranças representativas das comunidades pobres e carentes das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro, cujo movimento trabalhador e construtor de alternativas, oportunidades e possibilidades é o produto consequente de uma cabeça boa com ótimas idéias, intenções e ações, a qual certamente proporcionará no seu devido tempo e lugar os frutos formidáveis e admiráveis de uma sociedade baseada na justiça e na solidariedade. Tomara que nós, da nossa parte, possamos contribuir eficaz e responsavelmente com esse projeto comunitário para que os pobres sejam mais ricos, crescendo em qualidade social, política e econômica, como também em qualidade moral, cultural e espiritual. Paz a todos”.
Na Comunidade do Daltro Santos
Às 17 horas do dia 26 de Dezembro de 2007, estávamos nós no C.E.Daltro Santos, em Bangu, para mais um novo debate de idéias e vivências cotidianas sobre educação e sua relação necessária com as comunidades pobres do Rio de Janeiro. Então foi-nos dada a palavra, e falamos o que se segue:”Educar bem o povo é oferecer-lhe as condições indispensáveis para assumir um compromisso responsável com a obtenção e produção do conhecimento, da ética e da espiritualidade humana, em função de que deve construir sua vida, destruindo preconceitos e superstições, abrindo-se a uma permanente renovação interior e exterior, libertando-se de fato da cultura da violência e da morte, da maldade e da ruindade, afastando-se de vez de prisões ideológicas e escravidões físicas, mentais e espirituais. Deste modo, nossas comunidades pobres do Rio seguirão comprometidas social, politica e economicamente com melhores situações de vida e saúde, maior bem-estar individual e coletivo. Que Deus seja louvado e que o Senhor seja bendito”.
Na Comunidade do Metrô
No dia seguinte, fomos convidados pelo Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro – Trabalhadores do Metrô – para uma entrevista coletiva onde seriam abordados assuntos de interesse de nossas comunidades e ligados precisamente às nossas reivindicações comunitárias. Na ocasião, foi dito o seguinte: “Vivemos atualmente no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo inteiro, um processo de enlouquecimento generalizado, produzido pela constante prática da violência e da maldade, matando-se e morrendo-se absurdamente. A loucura social e marginal invadem nossas casas e famílias, nossos trabalhos e escolas, nossas igrejas e hospitais, nossas instituições e organizações, nossas ruas e avenidas, nossos morros e favelas, nosso cotidiano, nossa realidade do dia-a-dia. A maldade enlouquece. A violência enlouquece. Os sonhos e a fuga da realidade também enlouquecem. Para onde vamos ? O que estamos fazendo aqui e agora ? Que caminho tomar ? Existem soluções para isso ? O Bem e o Mal lutam entre si, Deus e o diabo estão em guerra, a Paz e a violência se chocam, a luz e as trevas duelam um combate indefinível, o amor e o ódio travam a batalha final, a vida e a morte entram em um conflito duradouro. Quem vencerá ? Quem ganhará esta partida decisiva para a humanidade ? Que Deus, o Senhor, nos possibilite o juizo e o bom-senso nesta hora de decisão.
Devemos escolher o caminho do bem e da paz. Que o Senhor Deus nos ajude e nos abençôe”.
Até aqui este momento, a voz que começou no silêncio tem se manifestado, libertando nosso grito de justiça diante de uma realidade antes opressora e oprimida,
e agora mais solidária e mais fraterna. Crescemos bastante até agora. Desenvolvemos talentos e habilidades, dons e graças, carismas e competências. Articulamos um novo processo de abertura, renovação e libertação, em que evoluimos material e espiritualmente. Com o progresso até então adquirido, nossos sonhos têm se tornado realidade. O Silêncio e seu discurso parecem estar sendo ouvidos.
No início de 2008, fundamos a CASA DO POBRE, para o nosso trabalho e serviço de atendimento e ajuda social às comunidades pobres. Igualmente, criamos a ACOPO – Associação das Comunidades Pobres do Rio de Janeiro. E também estabelecemos os Direitos e Deveres do Cidadão Pobre Trabalhador, com o objetivo de facilitar, melhorar e aprimorar o atendimento das reivindicações das Comunidades Pobres das ruas, morros e favelas do Rio de Janeiro perante as Instituições e as Autoridades Competentes.
Na Comunidade da GLOBO
Quando, em Janeiro de 2008, fomos à Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico, divulgamos então para todos ali presentes os Direitos e Deveres do Cidadão Pobre Trabalhador do Rio de Janeiro. Ei-lo: 1) Direito à vida, de viver e existir; e Dever de ajudar os pobres e necessitados. 2) Direito de realizar e satisfazer seus desejos humanos e suas necessidades naturais; e Dever de ser responsável por seus atos. 3) Direito à saude e ao bem-estar; e Dever de respeitar aos outros, a si e a Deus, o Senhor. 4) Direito ao estudo, à pesquisa e à obtenção de novos conhecimentos; e Dever de agir com juizo e bom-senso. 5) Direito ao silêncio; e Dever de usar de paciência na hora das adversidades e contrariedades. 6) Direito a andar, caminhar, movimentar-se; e Dever de destruir seus vícios e construir suas virtudes. 7) Direito de usar a criatividade quando indispensável; e Dever de propagar, difundir e publicar as boas idéias e os bons pensamentos, os bons sentimentos e as boas ações, atitudes e comportamentos. 8) Direito de ser ajudado quando necessário; e Dever de ajudar a ajudar. Estes os Direitos e Deveres de um homem bom que só faz o bem que se identifica com o Cidadão Pobre Trabalhador de nossas comunidades de rua, morro e favela.
Na Comunidade de O DIA
Em Fevereiro de 2008, durante o Carnaval do Rio, a Editora do Jornal O Dia S.A. convidou-nos a publicar um livro cujo conteúdo seria o seguinte:
AUTOR: Paulo Carioca Gonçalves de Oliveira
TÍTULO: Um Homem bom que só faz o bem
CONTEÚDO: a) Ser bom e fazer o bem
b) Ser responsável
c) Respeitar e ser respeitado
d) Usar o juizo e o bom-senso
e) Ter saúde e bem-estar
f) Ser livre e feliz
g) Crescimento e estabilidade
h) Crescer, progredir e evoluir
i) Abrir-se, renovar-se e libertar-se
j) Limites, tendências e possibilidades
k) Zelar pelo corpo, a mente e o espírito
l) Andar, caminhar, movimentar-se
m) Cultivar o Silêncio
n) Ser paciente
o) Qualidade de vida alimentar
p) Consciência Ambiental
q) A Boa Educação
r) Amar a Deus, o Senhor
s) Trabalhar com alegria
t) Fazer bem todas as coisas
u) Propagar a fraternidade e a solidariedade
v) Ter uma cabeça saudável, agradável e favorável
w)Fugir da maldade e da violência que enlouquecem as pessoas que vivem e convivem em sociedade
Este o conteúdo do nosso primeiro livro a ser lançado em 2008.
Na Comunidade TUPI
Dois meses depois, em Abril de 2008, fomos convidados para mais uma rodada de debates e diálogos na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Os assuntos então abordados em síntese foram os seguintes: 1) A Fé em Deus, o Senhor, e sua relação com a luta dos pobres trabalhadores por melhores condições de vida 2) A Filosofia de vida da ACOPO e da CASA DO POBRE 3) O Poder político e econômico e sua influência sobre as comunidades 4) Emergência Social e luta dos pobres trabalhadores 5) União e participação popular entre as comunidades 6) Progresso e desenvolvimento comunitário.
E assim permaneceu durante muitos anos a luta de ascensão social de nossas comunidades pobres.
Crescemos e evoluimos bastante.
Estabilizamos a nossa jornada.
De agora em diante, vamos colher os bons frutos de nossa caminhada emergente.
Do silêncio da marginalidade
Pelo silêncio da justiça
Para o silêncio da estabilidade.
Hoje, a luta continua.
E a vida permanece.
E continuamos a fazer do silêncio a voz permanente da nossa caminhada.
A Justiça venceu.
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