sexta-feira, 31 de julho de 2009

Filosofia do Futuro

Filosofia do Futuro
Tendências e possibilidades

1) Considerações Gerais

Observamos atualmente aqui e agora, e para o futuro, no mundo moderno, em relação ao conjunto da humanidade, de acordo com suas diversas localidades, regionalidades e globalidades, no tempo e na história real, que os seres humanos em geral buscam mais seguir a natureza, se movimentar com constância e progresso, ter uma postura ética comportamental bastante autêntica, verdadeira e transparente, ser mais criativos e valorizar seu lado pessoal, como o seu caráter e a sua personalidade, o seu ego diante do coletivo, seus dons, carismas e talentos, sua satisfação vocacional e sua realização profissional, ao mesmo tempo em que crescem a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, as atitudes generosas e amigas, ter relacionamentos mais íntimos e seguros no amor entre o homem e a mulher com o incentivo a boa sexualidade e ao ótimo calor humano que deve existir entre as pessoas, ser otimistas em relação à vida e positivos dentro da realidade cotidiana, dar preferência aos detalhes e às diferenças na vida de cada dia sejam na família ou no trabalho, na rua ou no supermercado, nos seus contatos diários dentro do botequim e da padaria, da farmácia e do jornaleiro, ser mais nômades em seus comportamentos do dia a dia, construindo atividades e fazendo operações mais dinâmicas, mais mutativas, mais mobilizadoras de seus processos de trabalho, exercendo pois suas tarefas, cargos e funções com mais pluralidade e diversidade de esforços produtivos, exercitando com empenho e qualidade de vida suas experiências de cada momento, com uma cada vez maior e melhor conscientização de seus problemas e dificuldades, e junto com ela procurando soluções fundamentais, respostas confiáveis e alternativas sustentáveis, as quais possam garantir sua saúde individual e o bem-estar dos outros, sua segurança existencial, material e espiritual.

2) Principais características do Mundo Moderno de hoje em diante:

a) No Mundo Artístico

O Instrumental Cubista, Surrealista, Impressionista e Expressionista continuarão predominando nas consciências representativas da Arte em geral, sobressaindo o realismo e o romantismo, e ainda o desenho ordenado ou desalinhado, disciplinado ou caótico, organizado ou bagunceiro. Tal diferencial realista surgirá de modo lógico e dialético configurando um universo de artistas e músicos empenhados em defender seus interesses artísticos e musicais identificados ora com a estabilidade emocional, mental e espiritual ora a instabilidade da realidade cotidiana politica, social e economicamente estruturada.

b) No Mundo Científico
A Robótica, os Circuitos Integrados, a Nanotecnologia, a Inteligência Artificial, a Tecnologia da Informação, as operações via satélite, as ondas eletro-magnéticas, a Informática e a Internet, o Computador de mesa(desktop) e o laptop(nootbook), a TV Digital, os Aparelhos eletro-eletrônicos multifuncionais, com suas suas potencialidades apontadas para a pluridiversidade, a mobilidade e sua maior e melhor funcionalidade, o Telefone Celular, os canais de Rádio e Televisão em geral, a conquista espacial e galaxial, os sistemas de software e hardware, a Eustática e a Insofismática, os meios de comunicação social, o fenômeno da globalização, o complexo de possibilidades da Engenharia Genética e do Genoma Humano, as tendências positivas e otimistas da utilização de células-tronco como ferramentas de cura de inúmeras doenças e enfermidades, a visão global e diferencial aliada ao progresso da ciência e da tecnologia, a Logística do planejamento e da organização, enfim, todo o processo atual de cientificismo e tecnologismo, tudo isto caminhará paulatinamente oferecendo às sociedades humanas, naturais e culturais, locais, regionais e globais, maiores e melhores oportunidades e alternativas de desenvolvimento sustentável, favorecendo o crescimento de um bem-estar geral mais completo para todos.

c) No Mundo Filosófico
Correntes filosóficas tais como o Relativismo, o Indeterminismo, o Ceticismo, o Niilismo, o Existencialismo, o Individualismo, o Naturalismo e outras estarão no dia-a-dia futuro levando o ser humano em geral a viver e existir sob o domínio da dúvida e da incerteza, a impossibilidade da verdade e do conhecimento, o balanceamento entre o mundo da estabilidade e da instabilidade, o certo e o errado, o útil e o inútil, o falso e o verdadeiro, a ordem e o caos. Essa realidade das diferenças, da alteridade e da diversidade predominará no amanhã de ideologias onde o eu e o outro ocuparão os espaços metafísicos e existenciais do universo humano, natural e cultural.

d) No Mundo Histórico
De hoje em diante, e futuramente, a história da humanidade caminhará sempre dividida entre 2 mundos contrários, antagônicos e dialéticos, que produzirão o seu processo temporal e espacial, local, regional e global, criando-se então 2 partidos históricos em que os acontecimentos e fenômenos ambientais, naturais e culturais serão determinados ora pelas forças da natureza ora pela força dos interesses do homem e da mulher ou ainda por uma intencionalidade divina que exerce, como em outros momentos da história, sua intervenção poderosa no interior dos fatos temporais ou interferindo nos projetos, construções e realizações humanas. Assim a natureza, o ser humano ou o Senhor Deus podem influenciar o processo histórico dos acontecimentos cujas consequências podem ser boas ou más para a humanidade.

e) No Mundo Ético-Moral
Dos séculos passados até o tempo presente, e futuramente, a história ético-moral da humanidade tem sido, e será durante mais alguns futuros momentos, uma luta permanente entre o bem e o mal, onde ora ganha o mal ora vence o bem. Acredito que Deus, o Senhor, é o Bem em pessoa, o Bem maior e melhor, e, no final deste combate espiritual, o Criador, Autor da Vida sairá vitorioso

f) No Mundo Religioso
O universo religioso e cultural da humanidade do amanhã avançará ora para um domínio individual e pessoal ora para um momento social e coletivo. Assistiremos ao culto ao eu – seitas, cultos , religiões e espiritualidades subordinadas ao império do eu; e, ao mesmo tempo, uma sociedade religiosa com valores globais, sociais e coletivos. Dividir-se-ão as sociedades humanas em 2 domínios espirituais: o domínio do eu e o domínio do nós.

g) No Mundo Político
Internacionalmente, a Social-Democracia parece ser o regime político do futuro das sociedades humanas dentro das quais estamos inseridos hoje neste mundo em que vivemos.
O Estado Social-Democrata penetrará em todas as sociedades humanas de amanhã, ordenando o caos social, regulamentando as instituições e as hierarquias, organizando a economia, disciplinando as diversas formas de cultura popular, propiciando também abertura política, renovação dos representantes da sociedade e libertação de um possível mau-estar social causado pelas divergências socialistas, as controvérsias capitalistas e a dialética democrática. Possivelmente, a maioria dos países e continentes abraçarão a Social-Democracia, derrubando o Autoritarismo Totalitário, a Ditadurado do Poder Estatal, o Monopólio da Economia centrado em indivíduos ou grupos de elite excludentes, a Ideologia de manipulação das massas, favorecendo então a emergência das classes menos favorecidas, dos sindicatos dos trabalhadores, das associações de moradores, estudantes e trabalhadores, dos pobres e marginalizados, da população carente, excluida e sofrida em geral.

h) No Mundo Social
O Fenômeno da Globalização, a Integração dos povos e naçôes, países e sociedades, a Interatividade de idéias, valores e vivências, o compartilhamento de exercícios físicos, mentais e espirituais, a produção e distribuição do conhecimento, da ética e da espiritualidade, tudo isto, enfim, contribuirá para a obtenção da cultura da fraternidade e da solidariedade, da inclusão social e consciência ambiental, da soberania política e estabilidade econômica,
da compreensão e da tolerância, da auto-estima pessoal, do otimismo vital e do pensamento positivo capaz de animar, motivar e incentivar populações inteiras.

i) No Mundo Econômico
Trabalho e repouso, descanso e movimento, desejos e necessidades, crescimento e estabilidade, progresso e ordem, desenvolvimento sustentável, evolução financeira com abertura de novas negociações
em torno das taxas de câmbio, do controle da inflação, da constância dos juros, abrindo-se novas portas para a livre iniciativa, novos empreendimentos, novos negócios, novas transações comerciais, novos produtos de importação e exportação, prosperidade financeira, comercial, industrial e empresarial, local, regional, nacional e internacional.

j) No Mundo Cultural
Acontecimentos culturais que identifiquem as tradições, os valores e interesses, vivências, práticas e intenções de um povo, serão comuns, cada vez mais públicos, populares, universais e necessários para a estabilidade existencial desta cultura própria. A Cultura de uma nação será verdadeiramente popular, integrada com outros povos, interativa e compartilhada, propagando-se, divulgando-se e publicando-se assim a identidade e as diferenças que caracterizam essa definida sociedade humana.

k) No Mundo Esportivo
Os exercícios físicos e as atividades esportivas são e serão sempre ferramentas interativas e instrumentos compartilhados, geradores de união, fraternidade e solidariedade, integração dos povos e nações, conexão popular, canais de comunicação e interação de populações grandes e pequenas.

3) Propriedades presentes e futuras do Tempo Atual

a) Transparência ética, verdade e autenticidade, diminuindo pois a turbulência mental e emocional que complica e confunde muitos cidadãos no mundo inteiro
b) Laicismo, ou o estado laico(leigo) das pessoas, grupos, partidos e instituições públicas e privadas
c) Neutralidade diante de situações cotidianas, ignorando opções partidárias
d) Diversidade ou a capacidade de constituir e estabelecer diferenças entre os seres naturais e culturais
e) Mobilidade ou as circunstâncias de movimento que assumem indivíduos, grupos, comunidades e sociedades humanas no dia a dia de nossa vida, que trocam comportamentos sedentários por ações nômades
f) Mutabilidade ou a cultura da mudança ou a mentalidade transformadora que vivem populações inteiras
g) Globalidade ou o estado de globalização que envolve o Planeta Terra e seus povos e nações atualmente comprometendo-se com atitudes interdependentes e interativas, compartilhando diferentes intercâmbios sociais, políticos e econômicos
h) Interdependência e Interatividade
i) Realismo
j) Individualismo
k) Ateísmo
l) Niilismo
m) Ceticismo
n) Relativismo
o) Indeterminismo
p) Abertura e liberdade
q)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Caminho da Vida Espiritual

O Caminho da Vida Espiritual

Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor

O Caminho da Vida Espiritual

O Caminho da Vida Espiritual

Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Filósofo

Filósofo
O Produtor de Idéias

Momento Inicial

O Discurso do Pensamento e seus limites, tendências e possibilidades – eis o conteúdo global e diferencial deste livro simples, hunilde e pequenino.
Mostramos aqui e agora a filosofia e suas consequências na ordem da construção de idéias, seu momento vivencial e sua articulação ainda com os sentimentos humanos.
Uma obra para iniciantes em filosofia.
Sejam felizes, alegres e contentes.

Momento Essencial

1) O que é filosofar ?

O que é filosofar ?
Filosofar é refletir, questionar-se, interrogar-se, perguntar-se a respeito do sentido da vida, das origens da existência, das razões de viver: de onde eu vim ? para onde eu vou ? o que eu faço neste mundo ? quem sou eu ? quais são os princípios do conhecimento ? quais são os fundamentos da realidade ? é possível des-cobrir a verdade fundamental que dá sentido à vida e razão à existência ? Des-cobrir a verdade, tirar suas cobertas e vê-la totalmente nua ?
Filosofar igualmente é tentar responder a estas questões, oferecendo a todos uma explicação razoável ou racional com relação a elas, compreendendo-as com consciência real, juizo racional e bom-senso natural.
Filosofar portanto é fazer uso da razão ou inteligência tendo em vista fundamentar e dar sentido a sua vida e razões a sua existência.

2. Metodologia Filosófica
Ordem mental, disciplina racional
e organização do pensamento

1) Reflexão
2) Interrogação
3) Explicação
4) Método (investigação)
5) Sistema (relação, interação e articulação
das partes com o todo e vice-versa)
6) Estrutura (visão global e diferencial
do conteúdo apresentado)
7) Estratégia (plano de ação visando resultados)
8) Projeto (planejamento com um objetivo final)
9) Organização (ordem estabelecida)
10) Planejamento (projeto inicial, médio e final)
11) Logística (trabalho planejado, ordenado e organizado)


3) História da Filosofia
O Pensamento em Movimento

3.A. História do Pensamento
a) Idade Antiga
(Séc.VI a.C. até o Séc. IV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Mundo grego, especificamente, sua mitologia, sua tradição cultural, seu culto aos deuses, suas expressões artísticas e religiosas, sua sociedade pluralista, sua política democrática, sua moral pessoal e social, culminaram e chegaram à Paidéia, na qual o processo educacional de formação do homem grego colocava em destaque principalmente a sua racionalidade filosófica, ordenadora do caos e organizadora do conhecimento até então conquistado pelo povo grego, cujo saber englobava toda a sabedoria milenar dos povos antigos.
a.1. Os filósofos pré-socráticos
Fundamentalmente, a ARKÉ – o princípio da vida - era o tema central desenvolvido pelos pensadores anteriores a Sócrates. Alguns, como Tales de Mileto, diziam que a ARKÉ era a água; Anaximandro, o Ápeiron; Heráclito. o fogo. O COSMOS(Universo), seus princípios, meios e fins, centralizava todas as atenções, envolvia então todos os pensadores, atingindo também toda a sociedade grega antiga.
a.2. Sócrates
“Sei que nada sei” era o ponto-de-partida de Sócrates para a articulação, construção e desenvolvimento de suas idéias, que culminavam na Maêutica(criação/parto de idéias). Tal processo maiêutico(ignorância/ironia/crítica/dialética) constituia o fundamento básico dos diálogos de Sócrates.
a.3. Platão (Academia)
A Ideologia platônica baseia-se no famoso “Mito da Caverna”, onde, na escuridão da caverna, o homem, visualisando sombras(imagens), descobre a luz do Sol(a reflexão da razão inteligente). De acordo com Platão, as idéias – em sua reminiscência – estão em um mundo além e se refletem em nossa inteligência pensante. Essa lembrança(memorização das idéias) é o sentido da vida humana terrestrre e natural. A Idéia de Bem é a maior e melhor das idéias, identificando-se com Deus, a Idéia de Bem Superior. Sua filosofia tem um significado teórico e prático, atuando no campo do conhecimento e no campo da ética(virtudes morais), cujo aperfeiçoamento se dá na Política(República de Platão, em que o Rei-filósofo é seu principal protagonista).
a.4. Aristóteles (Liceu)
Profundamente naturalista e realista, o pensamento aristotélico se origina nas ciências naturais(anatomia, zoologia e botânica); cresce com a moral e o conhecimento(teoria da abstração, onde, através dos sentidos, a inteligência chega à experiência); e evolui para a lógica e a metafísica(a filosofia do ser).
a.5. Correntes Filosóficas
(Estoicismo/Destino – O Estoicismo é uma doutrina filosófica em que o destino das pessoas, da natureza ou do universo, ocupa o centro das atenções, em função do qual gira a vida pessoal e social, individual e coletiva das comunidades humanas que o adotam. O Destino pode ser uma fatalidade, uma catástrofe, um desígnio natural, uma intencionalidade divina ou um desejo religioso. / Hedonismo ou Epicurismo/Prazer – Esta doutrina filosófica tem como ponto fundamental de suas atitudes, idéias e sentimentos, o prazer, o gozo, a alegria, a felicidade, o contentamento, o desejo de amar, o desejo de viver, o desejo de criar e gostar dos seres e das coisas que estão dentro e fora de si. É uma teoria/prática otimista e positivista em relação à vida, ao meio-ambiente humano, natural e cultural nos quais todos estão incluídos, inseridos e envolvidos. / Ceticismo/Dúvida/Incerteza - Tal doutrina filosófica coloca a dúvida e a incerteza como motores de suas atividades humanas, reais e racionais, naturais e culturais, temporais e espaciais, envolvendo-se inclusive com a área política, social e econômica, com interesses igualmente no campo artístico, científico, filosófico, histórico, moral e religioso. Têm a certeza de que nada está certo. Duvidam da possibilidade do conhecimento, da construção da verdade e da certeza em si. / Dogmatismo/Certeza/Verdade – Os dogmáticos acreditam na viabilidade do conhecimento, da criação de idéias lógicas e dialéticas, com as quais possa-se chegar à verdade. Crêem no conhecimento certo e verdadeiro, a partir de que propiciam melhores condições de vida, saúde e educação para todos e cada um dos membros que vivem em sociedade. Historicamente, no seio da humanidade, vêm criando, construindo e desenvolvendo a chamada sociedade do conhecimento, origem de um mundo novo, aberto e liberto de preconceitos e superstições, de prisões ideológicas e divisões sócio-econômicas, de opressões políticas e escravidões morais e culturais. Aceitam pois, e trabalham para isso, a ordem e o progresso dos povos e nações do mundo inteiro. / Idealismo/Platão – O Platonismo cultiva o idealismo, o racionalismo, a supremacia das idéias sobre a matéria e a experiência. São mais teóricos do que práticos. Acreditam nos sonhos e no poder da imaginação. São irrealistas. / Naturalismo/Realismo/Aristóteles – O Pensamento aristotélico é mais realista e natural, segue a natureza e seus fenômenos biológicos e ambientais, muito sensível, realista e experimental, tremendamente científico, lógico, transcendental, vivendo bem o cotidiano da vida das pessoas. / Sofismo/Sofistas – Os sofistas aceitam o ceticismo, o individualismo e o relativismo, trabalhando com a dúvida metódica, retórica e argumentativa, e ainda enfatizando mais as perguntas, questões e interrogações ,
desprezando pois as respostas e os critérios de competência, autoridade e idoneidade. / Relativismo/Heráclito – Os relativistas acham que tudo é relativo, nada é absoluto; tudo é inconstante, nada é permanente; tudo é instável, nada é duradouro; tudo é movimento, nada é eterno ou está em repouso. Não acreditam em Modelos ou paradigmas perfeitos e absolutos. Não aceitam autoridades, competências, idoneidades. / Absolutismo/Parmênides – Os absolutistas crêem em símbolos e idéias permanentes, imagens e valores estáveis, práticas e vivências constantes. A Verdade tem que ser absoluta. / Indeterminismo/Anaximandro/Ápeiron – Baseado no conceito de Ápeiron, princípio indefinido da vida e origem indeterminada da matéria, os seguidores desta teoria fogem da ordem lógica das idéias, da disciplina do pensamento e da possibilidade de organização do conhecimento. / Ecletismo – Os ecléticos querem de tudo o melhor possível, de todas as coisas as melhores partes, de todas as doutrinas as melhores teorias. De tudo e de todos, tiram o melhor, e desse melhor fazem uma nova Ideologia. / Realismo Natural e Imaginário/Pitágoras, Tales, Demócrito, Zenão de Eléia)
b) Idade Média
(Séc.IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Repertório político, social, econômico e cultural recebido dos povos antigos (China, Índia, Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Caldeus, Gregos e Romanos, atingiu o período medieval, criando, ecleticamente, uma nova mentalidade cultural, onde o centro das atenções era a religião católica, de onde partiam a Patrística (séc.IV) e a Escolástica(séc.XIII) principalmente. A Teologia e a religião eram o contexto ambiental que prevalecia à época.
b.1. Patrística(Santo Agostinho, Justino, Clemente)
A Escola Patristica apresenta a importância da graça de Deus em nossa vida cotidiana.
b.2. Escolástica(São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Anselmo)
A Escola Escolástica mostra a boa relação que deve haver entre fé e razão(a fé ilumina a razão e a razão esclarece a fé).
c) Idade Moderna
(Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial:Agora, surge um novo humanismo, novas idéias, novos conhecimentos, que invadem a razão humana e suas manifestações sociais e políticas, econômicas, morais e religiosas, naturais e culturais. A razão substitui a religião.
c.1. Racionalismo(Descartes, Spinoza, Montesquieu, Voltaire, Rousseau)
c.2. Empirismo(Locke, Hume, Newton, Lavoisier, Galileu, Copérnico)
c,3. Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa(1789) – Kant e Maquiavel
As condições de possibilidade do conhecimento, definidas por Immanuel Kant, resumem certamente o que foi o período moderno, no qual se confrontaram o racionalismo(o conhecimento se dá a partir da racionalidade) e o empirismo(o conhecimento se dá a partir da experiência), Kant, filósofo alemão, sintetizou os dois pensamentos conflitantes, e, através de um mecanismo verdadeiramente eclético, formalizou o pensamento moderno, cujo conteúdo proporcionou causas e consequências, influenciando todo o contexto histórico e filosófico da época, contagiando a política de Maquiavel, a economia de Adam Schimidt, a sociedade humana naturalista e culturalista francesa, inglesa e alemã, a pluralidade cultural que mais tarde deu origem ao capitalismo moderno, ao socialismo comunista de Marx e Engels, e outrossim propiciando estabilidade e progresso na arte e na religião, na moral e nos costumes virtuosos que então emergiam.
d) Idade Contemporânea
(Séc. XVIII d.C. até os nossos dias de hoje)
Ambiente histórico, temporal e espacial: A Formação dos Estados Nacionais, o progresso e desenvolvimento das nações, a evolução cientifica e tecnológica, novas artes e religiões, o crescimento do esporte, uma nova visão-de-sociedade, conflitos e guerras internas e externas, nacionais e internacionais(as duas grandes guerras), o existencialismo, a consciência do mundo e da história, os novos meios de comunicação social, uma nova visão-de-Deus, o Capitalismo e o Socialismo(Comunismo), o Cristianismo e o Catolicismo, enfim, a sociedade do bem-estar e do bem-comum, eis algumas características do mundo atual.
d.1. Cientificismo(Ciência e Tecnologia, Nanotecnologia, Biodiversidade, Robótica, Transgênicos, o Genoma humano, Genética, OGM – Organismos Geneticamente Modificados, Inteligência Artificial, Circuito Integrado, MicroInformática, a Ciência Eustática e Insofismática), Capitalismo(Dinheiro, Burguesia, Mercantilismo, Liberalismo, Neo-liberalismo), Socialismo/Comunismo(Trabalho), Socialismo Utópico, Socialismo de Estado, Social-Democracia, Neo-Tomismo(Aristóteles), Existencialismo(Existência precede a Essência, Finitude, Ser-no-mundo, Temporalidade, Espacialidade, Historicidade, Humanismo e Liberdade, Valorização do Eu e da Subjetividade, a Pessoa humana, seu caráter, sua personalidade), Historicismo(Tempo e História), Intuicionismo de Bergson, Cristianismo/Catolicismo e outras filosofias religiosas
d.2. Karl Marx e Engels, Hegel, Bergson, Marcel, Sartre, Heidegger, Piaget, Freud, Nietzche, Farias Brito, Alceu de Amoroso Lima, Althusser, Deleuze
Sinteticamente, a filosofia cristã(o catolicismo, o protestantismo e os evangélicos), novas visões de Deus, do homem e da mulher, e suas diferenças e limitações(índios, negros, mulheres, mercado de trabalho, profissões e vocações), a filosofia capitalista, a filosofia socialista, a filosofia existencialista, a fenomenologia, o historicismo, o cientificismo e o progresso tecnológico, as atividades esportivas, a globalização, a economia de mercado, os meios de comunicação social(rádio, televisão, telefone celular, cds e dvds, computador, internet, informática), a internacionalização do poder( ONU, OEA, UNESCO, FIFA, COMUNIDADE EUROPÉIA, MERCOSUL, FMI, ALCA, as constituições e instituições federais, estaduais e municipais dos povos e nações do mundo inteiro, sua interação, inter-relação e interdisciplinaridade, tudo isto, enfim, caracteriza o pensamento filosófico contemporâneo, com seus princípios, razões e fundamentos básicos.

4. A Lei do Pensamento – 1) Penso, para conhecer. 2) Conheço, para descobrir a verdade. 3) Descubro a verdade, para ser livre. 4) Atinjo a liberdade, para ser feliz. 5) Chego à felicidade, para ser eterno. 6) Mergulho na Eternidade, para me encontrar com Deus, o Senhor. 7) Encontro-me com Deus, o Senhor, no interior do silêncio. 8) No silêncio, desejo pensar. Estas são as 8 leis do pensamento.

5. A Ordem do Pensamento

A Racionalidade humana tem como uma das suas funções principais a capacidade de ordenar o caos, organizar as idéias, estruturar o pensamento e sistematizar, sintetica e analiticamente, símbolos, valores e vivências, idéias e ideais, teorias e práticas, do homem e da mulher, criaturas de Deus, o Senhor, Inteligência Suprema, Razão Superior, Criador, o Autor da Vida.
Pensar ordenadamente,
organizadamente,
logicamente,
sinteticamente,
analiticamente,
estruturalmente,
sistematicamente: eis a tarefa fundamental do pensamento, que, deste modo, cria a vida, soluciona problemas,
enfrenta obstáculos, supera barreiras, ultrapassa preconceitos e superstições, transcende limites, definições, determinações e condicionamentos, proporcionados pelo tempo presente e pela história humana, no cotidiano da vida.
Assim, o conhecimento é melhor adquirido, mais facilmente alcançado, vencendo a confusão mental e a complicação racional, abrindo pois as portas da liberdade do pensamento reflexivamente vivido.
Outrossim, realiza-se desta maneira a felicidade do homem e da mulher, com suas causas, intenções e finalidades
gratuitamente possibilitadas.
Boas idéias, bons pensamentos e bons ideais são origem de saúde e bem-estar para a humanidade, fonte de respeito e sinal de responsabilidade, melhor liberdade e maior felicidade para todos, ponto de equilíbrio entre o juízo e o bom-senso, os quais honram, bendizem e glorificam a Deus, o Senhor, Mente Superior, base radical do pensamento humano e princípio fundamental da razão presente e insistente no homem e na mulher.

6. A Origem das Idéias - A Adequação do pensamento com a realidade produz o conhecimento (idéias). Na verdade, o conhecimento nasce quando a ra cionalidade, através dos sentidos, apreende ou abstrai o real, o objeto concreto da realidade sensível. Tal processo de construção do conhecimento (idéias) é chamado de Teoria da Abstração ou Apreensão.

7. A Presença da Mulher na constituição do Pensamento Filosófico Brasileiro, segundo o Professor Joaquim Teixeira Batista das Neves

A Nova Filosofia Brasileira se apresenta como lugar de encontro de diversos pensadores locais, regionais e globais, dentre eles se destacam mulheres (filósofas) , que incluíram na atual filosofia brasileira terminologias novas, de significados profundos, determinantes na produção moderna do pensamento brasileiro. Novas terminologias, conceitos e definições, geradoras de novas idéias, novas teorias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Palavras, tais como: dependência, eustático, insofismático, alienação cultural, prisões ideológicas, racionalidade mítica, subjetividade objetiva, segurança dialética, indefinição epistemológica, relatividade axiológica, fenomenologia inconsciente, dogmatismo hermenêutico, lógica do concreto, imortalidade metafísica, ontologia do singular, visão global e diferencial, teleologia da história, terapia filosófica e outros termos de origem filosófica. Para isto, colaboram ainda hoje Professoras de Filosofia, muito conhecidas nacional e internacionalmente, como por exemplo Marilena Chauí, Vera Lúcia Vidal, Vânia Ferreira, Creusa Capalbo, Eliane Portugal, Kátia Muricy, Ana Maria Garcia, Nilce Bernadete, Creusa Brito Feitosa, Maria da Conceição Rachid, Grétia Viana Novaes e Celise Barreiros Laviola.
Hoje, neste momento, o Pensamento Filosófico Brasileiro espalha-se pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, por todo o Brasil e o mundo inteiro.
Crescendo, progredindo e se desenvolvendo, a nova e original filosofia brasileira tende a ser, no meio de nós, um caminho aberto, renovado e libertador, a partir do qual certamente o povo sofrido e trabalhador brasileiro encontrará a solução para seus problemas mais urgentes, a resposta positiva e otimista para seus desejos mais necessários, destruindo então preconceitos e superstições, e construindo uma nova mentalidade cultural, uma cultura viva, onde os conceitos, idéias, valores e vivências articulem uma sociedade mais livre e feliz, abençoada por Deus, o Senhor.
Parabéns âs mulheres pensadoras do Brasil.

8. Aristóteles e Paulo Freire: Ética na Educação

O Pensamento Aristotélico e o Pensamento PauloFreiriano relacionam-se, interagem, possuem uma mútua reciprocidade em suas idéias sobre a ética ligada à educação.
Entendendo ética como o comportamento consciente do ser humano, tendo em vista valores e vivências respeitosas e responsáveis; e educação como o processo de ensino-aprendizagem desses mesmos valores e vivências, no sentido de obter um comportamento, como disse, consciente, respeitoso e responsável, podemos afirmar que Aristóteles e Paulo Freire assemelham-se propriamente em seus pontos-de-vista comuns, onde a ética na educação tem um papel bastante específico, de caráter global, regional e local.
Segundo Aristóteles, o naturalismo é a base fundamental da educação, proporcionando ao homem e à mulher um sentido ethos(ético), em que o significado natural dos seres e das coisas, animados e inanimados, e da vida humana, favorecem o comportamento de indivíduos e grupos sociais, que então passam a agir segundo a sua natureza própria, o seu meio-ambiente ecológico, nela, com ela e para ela. Assim, a natureza influencia o comportamento ético, que é fundamentado por uma educação natural.
Em Paulo Freire, a educação libertadora se dá política, econômica, social e culturalmente, a partir pois da natureza material e imaterial, onde as pessoas envolvidas em tal processo educador, juntas e unidas, individual e comunitariamente, buscam criar e desenvolver mecanismos de libertação corporal, mental e espiritual, utilizando-se de símbolos, idéias, valores e vivências da própria comunidade local, regional e global, dentro da qual estão inseridas.Desde então, as atitudes destas pessoas se originam de uma educação naturalmente realista- naturalismo e realismo - libertadora, transformadora, na qual se procura um caminho maior e melhor de saúde, educação e bem-estar para todos.
Paulo Freire e Aristóteles- realismo e naturalismo, libertação e globalização –trabalham no sentido de influenciar, fortemente, os atos concretos das sociedades humanas,, a partir justamente de uma educação naturalista e realista, global e libertadora, humanista e transformadora da realidade local, regional e planetária, no interior das quais se encontram, procurando deste modo um caminho novo, aberto, livre e feliz de ordem e progresso, saúde e bem-estar para todos e cada um dos membros da sociedade humana.

9. Ética e Educação na Fenomenologia de Heidegger

Segundo a Fenomenologia Heideggeriana,o homem e a mulher são um complexo de possibilidades.
Isto significa dizer que, ambos, como seres-no-mundo, seres-aí, seres no tempo e na história, limitados pela finitude temporal, portanto, finitos e limitados, ainda assim têm um caráter tendencial, alternativo, possibilitador de novas conquistas, novas idéias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mesmo limitado pela finitude do tempo e pela obscuridade da morte, o ser humano é possibilidade, tendência, opção, alternativa, em que pode buscar outros caminhos de vivência e sobrevivência humana. Deste modo, educar fenomenologicamente é educar conscientemente para o fluxo de possibilidades que oferece a vida humana, ainda que limitada pela história, definida pelo tempo presente e finita na sua espacialidade e temporalidade.Logo, a existência humana é um complexo de possibilidades: liberdade possível, bem-estar possível, felicidade possível, mesmo que determinada pela finitude temporal e as limitações histórico-espaciais.
Heidegger e sua fenomenologia contribuem eficazmente para uma boa ética na educação, onde as tendências e possibilidades do ser humano são ilimitadas e infinitas, embora nos limites e finitudes do tempo e da história.

10. Pensamentos Filosóficos - 1) O Silêncio, o movimento e a paciência manifestam a sabedoria de Deus no dia-a-dia das pessoas. 2) Pense, antes de realizar. A reflexão deve estar antes do acontecimento. Jamais pense ou reflita depois do seu comportamento, ou após os fenômenos realizados. 3) A vida espiritual deve estar em primeiro lugar na nossa vida. Depois vem a vida mental. E, por último, a vida corporal. Estabeleça uma hierarquia de valores no seu cotidiano. Primeiro, sempre, Deus, o Senhor. 4) Que o bem e a luz e a paz sempre acompanhem a sua vida. 5) As mulheres fazem bem a saúde dos homens. Ponha as mulheres na sua vida. Elas são a graça de Deus no meio de nós. Elas são na verdade a alegria dos homens. Deus, o Senhor, quis assim. 6) Trabalhe com alegria e faça bem todas as coisas. 7) Seja sempre bom e faça sempre o bem. 8) Siga sempre a lei natural: faça o bem e evite o mal. 9) Que a boa consciência, a boa intenção e os bons atos reflitam o seu viver, o seu convívio com as pessoas e toda a sua existência. 10) Ajude-se ajudando os outros. 11) Amando-se a si mesmo (auto-estima) você aprende a amar a Deus, o Senhor, e as pessoas ao seu redor, mais e melhor. 12) Glorifique e bendiga sempre a Deus, o Senhor, pelos benefícios e maravilhas na sua vida. 13) A Paciência é a mãe das virtudes. 14) Siga sempre a natureza. Naturalmente, viva, conviva, pense, sinta, se comporte, pratique seus atos. Viva em harmonia com seu meio-ambiente. Seja natural. Porque Deus, o Senhor, é natural. Porque o universo é natural. Porque a vida é natural. O homem e a mulher são naturais. Com equilíbrio e segurança, percorra o caminho da natureza. Alimente-se naturalmente. Faça da natureza o sentido da sua vida. Deste modo, o bem e a paz habitarão o seu ser. 15) No seu convívio social, tenha sempre juízo e bom-senso. 16) Respeite os outros. 17) Seja responsável por suas atitudes. 18) Destrua preconceitos e superstições, e construa a liberdade e a felicidade para si e para os outros. 19) Faça de cada momento uma eternidade. Porque você é eterno. 20) Seja realista. Informe-se. Participe das novidades e notícias do seu dia-a-dia. Tome uma água e um cafezinho no botequim. Compre seus remédios na farmácia. Compre seu pão na padaria. Compre seu jornal no jornaleiro. Dê um passeio pela rua. Faça suas compras no supermercado. Converse com seus amigos. Ame suas mulheres. Dê um abraço no seu pai e um beijo na sua mãe. Brinque na praça com as crianças. Ajude os pobres. Reze e bendiga a Deus, o Senhor, glorificando-O por suas obras, maravilhas e benefícios. Trabalhe e estude com alegria. Na igreja, agradeça a Deus, o Senhor. No hospital, visite seus doentes. Em tudo, com todos, louve a Deus, o Senhor. No galinheiro, compre alguns ovos e namore as galinhas. No açougue, compre uma carne para a família. E que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado eternamente. Amém.

11. A Criação do Novo - A Criatividade é o motor da novidade. Vejamos como se situa o novo, dentro do contexto humano, natural e cultural. 1) limites - A produção da novidade é contrariada pelos preconceitos e superstições, confusão mental, mitos e crenças, obstáculos ao conhecimento e barreiras ideológicas. 2) tendências - abrir a mente, renovar o conhecimento e libertar a pessoa humana de suas prisões culturais. 3) possibilidades - progresso dos povos e evolução das nações, crescimento político, social, econômico e cultural, desenvolvimento científico e tecnológico, maior liberdade e maior felicidade, melhor juízo e melhor bom-senso, mais saúde e bem-estar para todos.

12. Ponto-de-vista/Visão global e diferencial - Em nossas reflexões humanas, naturais e culturais, devemos ter, ao mesmo tempo, um olhar globalizante sobre a realidade e um olhar sobre as diferenças que a envolvem., a fim de que nossas sínteses e análises reais e racionais apreendam de fato a verdade dos fenômenos concretos, tornando certo o conhecimento verdadeiramente possível. Deste modo, de posse da verdade real, chegaremos à liberdade existencial, e, por conseguinte, atingiremos a felicidade completa, saudável e libertadora. Ou seja, a visão do todo pressupõe necessariamente a visão das partes, o olhar global precisa antes do olhar diferencial. Assim, conseguiremos perceber perfeitamente a realidade, interior e exterior, com seus problemas e interrogações , de um lado, e suas soluções e respostas positivas e otimistas, por outro lado. Quando o racional compreende inteiramente o real, no todo e nas partes, global e diferencialmente, absoluta e relativamente, estamos então diante do sentido da vida, a razão de viver, mergulhando desta maneira na função humana existencial propriamente dita, cuja complementação se dá no mergulho em Deus, o Senhor, objetivo final da nossa vida.

13. A construção do comportamento humano - O homem e a mulher, quando agem em sociedade, atuam movidos por sua liberdade, sendo esta condicionada pelos desejos humanos e suas necessidades naturais. Tais desejos e necessidades refletem no ser humano, por um lado, o universo biológico ou genético que o envolve, e, por outro lado, o universo social ou ambiental no qual está inserido. Então, neste momento, entra em ação a liberdade humana, a qual opta ou escolhe o bem ou o mal. Esta é a lei natural, ou seja, faça o bem e evite o mal. A lei natural, por sua vez, determinará a consciência humana, sua intencionalidade final e seus atos conseqüentes. Assim, a liberdade humana, em um ambiente social bom ou mal, faz a opção, consciente e intencionalmente, comportando-se ou de modo virtuoso ou de maneira viciosa. A liberdade, em função da lei natural, condicionada pelo ambiente social, opta pelo bem ou pelo mal. Portanto, o bom ambiente faz a boa pessoa. O mau ambiente faz a péssima pessoa. Outrossim, cabe salientar que a lei natural (procure o bem e a paz, e não pratique o mal nem a violência) foi criada por Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida. Deste modo, o homem de Deus sempre será bom, e praticará o bem e a paz. Igualmente, a mulher de Deus.

14. Realidade e Interpretação

Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.

14.a. Realidade e Interpretação - Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.


15. Paidéia – A Formação do homem grego
Projeto educacional para o homem atual

Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.

16. Epistemologia – Teorias do Conhecimento

1) Realismo
2) Idealismo
3) Racionalismo
4) Empirismo
5) Dogmatismo
6) Ceticismo
7) Absolutivismo
8) Relativismo
9) Estoicismo
10) Hedonismo (Epicurismo)
11) Ecletismo
12) Niilismo
13) Indeterminismo


17. O Mecanismo lógico, estrutural e
sistemático de equilíbrio e desenvolvimento
da ordem existencial do ser

a) A Voz do Silêncio
b) O Vazio da Essência
c) A Aparência do Nada
d) O Pensamento Vivo
e) A Presença da Ausência
f) A Consciência do Universo
g) A Ordem da Natureza
h) O Corpo Espiritual
i) A Realidade Global

18. A Dialética Mental

O Processo de produção do conhecimento (idéias) se realiza dialeticamente, ou seja, por meio de contrários, novos contrários ou contradições.
Uma idéia origina uma teoria, que, por sua vez, produz uma ideologia.
Tal movimento construtor de idéias, teorias e ideologias se faz dialeticamente, quando então através de novidades e novos contrários ou contradições, novos pensamentos são criados, os quais, igualmente, produzem novos pensamentos.
Dialeticamente, a TESE produz a ANTÍTESE, a qual, por seu lado, gera a SÍNTESE.
Esse mecanismo dialético articulador é o responsável, na história da humanidade, pela descoberta de novos conhecimentos, que também descobrem outros novos conhecimentos.
A Dialética é o motor descobridor de novos conhecimentos.

19. A Metodologia Epistemológica

Do Insofismático para o Eustático
O Movimento de descobrimento do
conhecimento verdadeiramente possível

Descobrir a verdade, e o fundamento da verdade: eis o objetivo final de todo conhecimento verdadeiramente possível.
Insofismar, ou seja, realizar o desvelamento da verdade: eis a luz vital que possibilita abarcar todo e qualquer conhecimento verdadeiramente possível.
Eustatizar, ou melhor, encontrar a luz da verdade: eis osentido fundamental
que proporciona abraçar toda e qualquer ciência realmente viável.
Com efeito, segundo a natureza humana, o conhecimento tem limites, é possível de acordo com os mesmos limites, tendências e possibilidades da razão ou inteligência do homem e da mulher.
Tal possibilidade do conhecimento é alcançada pela metodologia insofismática e eustática.
O Método insofismático busca conhecer a verdade possível.
O Método eustático procura o fundamento desta mesma verdade possível.
Por que conhecimento verdadeiramente possível ???
Porque, quanto ao conhecimento, a razão humana tem limites, além dos quais não é possível a ciência ou o conhecimento verdadeiramente possível.Em outras palavras, a ciência ou o conhecimento necessita de juízo e bom-senso, de um tal estado de racionalidade que propicie a descoberta da verdade e de seus fundamentos vitais.
Esse movimento epistemológico – da verdade insofismática para o fundamento da verdade eustática – realiza de fato o conhecimento verdadeiramente possível.

20. O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).


21. Consciência Eustática
e Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

22. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.


23. O Ser e o Vazio
O Mecanismo de funcionamento
do processo de esvaziamento de
conteúdo social, político, econômico
e cultural da consciência global e diferencial
das sociedades humanas em geral nos dias de hoje

Filosofias de vida, presentes, existentes e insistentes nos tempos atuais, são responsáveis direta e indiretamente pelo vazio espiritual, físico e mental, que se observa em todas e cada uma das camadas sociais da comunidade humana presente, cujas consequências se identificam com a realidade violenta e marginal, maldosa e selvagem,
triste e angustiante, prisioneira de seus próprios preconceitos e obstáculos mentais,
escrava de seus próprios vícios e interesses mal-intencionados, oprimida e opressora, divisora de classes, marginalizadora de pessoas desejosas de liberdade e felicidade. Tal realidade caótica, reflete posturas arbitrárias, posições ideológicas e interesses obscuros, corrompidos, defendidos pelos adeptos e seguidores destas 6 filosofias existenciais, que a seguir apresentamos:
1) Individualismo (culto ao eu e à solidão)
2) Niilismo (cultura do nada, do vazio e do inútil)
3) Ceticismo (dúvida e incerteza como razões de viver)
4) Relativismo (tudo é relativo, nada é absoluto)
5) Indeterminismo (tudo e todos são indefiníveis e indetermináveis)
6) Ateísmo (negação e indiferença quanto a Deus)
Estas filosofias de vida destróem a vida e constróem a morte.
Propagam o mal e a violência, e o vazio do ser.
Hoje, assistimos ao intolerável e insuportável esvaziamento do ser.
Caminhamos para o vazio da vida,
o nada do ser,
o silêncio da existência,
a ausência da essência.
a consciência da aparência,
o sumiço de Deus ???

24. A Filosofia e seu conteúdo interdisciplinar

a) Lógica Clássica e Simbólica
b) Ética
c) Estética
d) Hermenêutica
e) História da Filosofia
f) Ontologia ou Metafísica
g) Epistemologia
h) Axiologia
i) Fenomenologia
j) Teleologia

Momento Final

Pensar, refletir, interrogar-se acerca dos problemas fundamentais da vida humana, e tentar encontrar as suas respostas positivas, segundo o nosso ponto-de-vista pessoal e grupal, individual e coletivo – eis o que devemos fazer de agora em diante.
Devemos assumir um compromisso responsável com a filosofia.
Tal compromisso levar-nos-á certamente a um posicionamento consciente, racional e real perante os problemas centrais da vida cotidiana.
Que suas posições filosóficas façam vocês livres e felizes diante de Deus, o Senhor, e a comunidade humana global.
Este o nosso desejo verdadeiro.
Pois então, continuemos a filosofar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

15 anos do Real

15 anos do Real
Uma Moeda estável

A Atual moeda brasileira, surgida com o Plano Real do Presidente do Brasil então na época, há 15 anos atrás, em 1994, Fernando Henrique Cardoso, e consolidada com o governo presente do PT cujo líder e Presidente brasileiro é o senhor Luís Inácio Lula da Silva, conseguiu a sua estabilidade temporal, local e regional, controlando de vez o alto índice inflacionário, que naquela hora passada causava insegurança na sociedade, falta de garantias orçamentárias para o povo nacional, instabilidade na nação como um todo, e que colocava na berlinda do cotidiano urbano e rural as instituições sociais e sobretudo a firmeza da constituição federal nascida em l988.
De fato, o Plano Real de Fernando Henrique enfrentou as intempéries de uma economia turbulenta e confusa ora em vigor, superou as barreiras políticas e financeiras de seu momento histórico, ultrapassou os obstáculos encaminhados pelas tensões internas da comunidade brasileira e pelas pressões do capital estrangeiro, tendo este oferecido grande resistência a sua implantação no meio de nós, devido é claro aos riscos de uma mudança radical e à novidade de fazer a diferença em relação às imposições do FMI e da OMC, bastante fortes naquelas circunstâncias difíceis vividas pelo mundo inteiro.
Todavia, o Real, uma moeda que começava a se estabilizar e consolidar entre nós, adquiriu força de um dinheiro grande, crescendo pouco a pouco nos meios sociais, políticos, econômicos e culturais, e tornando-se um capital seguro e rico, quase perfeito e excelente, tendo em vista que hoje, após 15 anos de sobrevivência, aparece no mercado interior e exterior como uma alternativa positiva ao dólar e ao euro, transformando-se para nós e para outros países, sobremaneira latino-ameicanos, uma referência comercial, industrial e empresarial, a qual ilumina o intercâmbio de capitais nacionais e internacionais, energiza as atividades das bolsas de valores principalmente em São Paulo – a Bovespa – ordena as taxas de juros por meio do Banco Central e do PROCON e da Selic, domina a inflação e suas ameaças de irregularidades no mercado, administra bem as importações e exportações do Estado do Brasil, regulariza a produção e o consumo conseqüente, ordena os investimentos a curtos, médios e longos prazos, incentiva e organiza os empreendimentos necessários, disciplina os negócios de baixo e alto risco, renova o otimismo dos adimplentes brasileiros e abre as portas de uma vez por todas às boas negociações físicas e jurídicas, libertando assim a sociedade brasileira dos medos de uma crise em nossas finanças, do pânico da inadimplência surpreendente e dos distúrbios de uma mente cuja psicologia investidora esbarra na controvérsia das relações econômicas, em suas contrariedades internas e suas adversidades externas, fruto de uma consciência negociante ineficaz, inquieta e desordenada, vacilante e titubiante, ainda predominante em muitos grupos de investidores e negociadores, radicados aqui ou fora dos espaços brasileiros.
Embora o caos social e institucional, o desnível econômico das populações e a carência das organizações políticas estejam ainda presentes e insistentes, como naqueles instantes de iniciativa do Plano Real, parece que a presente moeda brasileira, o Real, consegue hoje vencer essas crises – mais psicológicas do que financeiras – fazendo-a um capital cujos fundamentos são bem estruturados e sistematizados.
Parabéns ao Real, o dinheiro do Brasil.
Sua posição momentânea entre os BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - no cenário mundial, leva-nos a concluir que futuramente sairemos da postura emergente atual para o estado desenvolvido de vida, o que sem dúvida será uma das conquistas do Real, uma moeda alternativa de inúmeras possibilidades, novas e diferentes.
Sim, o Real sobrevive.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Indeterminação

Fundamentos do Discurso Indeterminista

1. “Apeíron”,
o Princípio da Indeterminação

No séc.VI a.C. da Antiguidade Grega, um filósofo pré-socrático chamado Anaximandro da Escola de Mileto afirmou e defendeu a tese de que a ARKÉ, o princípio da vida e de tudo e de todos, era o ÁPEIRON, um elemento da natureza de configuração indefinida e realidade indeterminada, o responsável pela origem dos seres e das coisas no universo, gerador da realidade cotidiana, das vivências humanas e das experiências naturais e culturais, sociais e ambientais, políticas e econômicas praticadas pelos homens e pelas mulheres de seu tempo e momento histórico.
Tal entendimento produziu uma certa PAIDÉIA entre os gregos, que então tinham atitudes, idéias e valores comuns e se comportavam de acordo com essa teoria filosófica indeterminista que apologeticamente Anaximandro sustentava, fazendo muitos adeptos e seguidores de tal modo que diversos grupos de pessoas, assumindo a sua proposta idealista, transformavam suas vidas em “ÁPEIRON”, razão de suas ações e paixões e fonte de seus desejos, anseios e necessidades.
Aos poucos, cresceram os indivíduos simpatizantes com a idéia de Anaximandro, que se propagou pelo mundo inteiro até os dias atuais.
Hoje, o “ÁPEIRON” de Anaximandro deu origem à corrente indeterminista da história, a qual tem influenciado diferentes comportamentos políticos e sociais, culturais e econômicos em todo o Globo Terrestre.
Assim o Indeterminismo é uma ideologia hoje acompanhada por teorias como o niilismo, o ceticismo e o relativismo, assim como o ateísmo e o individualismo, construindo ora realidades tipicamente transitórias, inconstantes, céticas, relativas, indefinidas, instáveis, provisórias e indeterminadas capazes de modificar as consciências de algumas personalidades, transformar o pensamento público e popular e metamorfosear mentalidades diferentes e culturas novas e tradicionais.
Pensar indeterministicamente significa não possuir regras de conduta, não seguir dogmas estabelecidos nem assumir padrões absolutos ou ideais estáveis e constantes.
O Indeterminista quer ser livre, e faz dessa liberdade de alternativas e possibilidades a sua verdadeira felicidade.

2. O Princípio da Indeterminação
O Fluxo das coisas indefiníveis e o
complexo dos seres indetermináveis

Ideologias tais como o relativismo, o ceticismo, o niilismo, o indeterminismo, o individualismo e o ateísmo contribuem efetivamente para entender o universo da indeterminação, visto que influenciam com seus discursos carregados de matéria aberrante para a sua propagação entre os meios sociais, políticos e econômicos do mundo inteiro.
De fato, o mundo da indeterminação envolve conceitos aparentemente alienantes, mas que identificam uma filosofia de vida própria assumida publicamente por seus adeptos e seguidores espalhados por todo o globo terrestre.
Assim, o nada e o vazio niilistas; a relativização dos seres e das coisas, ignorando idéias absolutas, de cunho relativista; a dúvida e a incerteza que caracterizam as definições ceticistas; as indefinições dos conceitos, das teorias e das práticas próprias do indeterminismo; o egoísmo de indivíduos e grupos, com seus momentos partidários, excludentes e divergentes, que identificam o individualismo; e a ausência de Deus, substituído por símbolos, ídolos, figuras e objetos, que possam garantir segurança em suas vidas, defendida pelo ateísmo – eis, com efeito, o império das coisas indefiníveis e dos seres indetermináveis, que, atualmente, tem derrubado teorias da estabilidade, modelos de autoridade competente, quadros permanentes de culturas e mentalidades aparentemente seguras e inabaláveis, situações de ocorrências constantes, com seus momentos até aqui bastante definidos e com suas circunstâncias até agora muito bem comportadas.
Verdadeiramente, o princípio da indeterminação aqui e agora no meio de nós está desenhando uma nova história da humanidade, uma nova visão da realidade, uma nova interpretação dos seres e das coisas, um novo olhar sobre as sociedades humanas, um novo modo de observar os fatos cotidianos e os acontecimentos do dia a dia.
Deste modo, a partir do conceito de indeterminação e em função de sua racionalidade bastante real pode-se configurar novos modelos de Deus, de homem e mulher, de cultura e sociedade, de tempo e história, de realidade e racionalidade, de teoria e prática, de consciência e experiência, de interesses e intencionalidades.
Indeterminados, somos eternos e infinitos, plurais e universais, globais e diferenciais, gerais, particulares e singulares.
Indefinidos, superamos as barreiras do conhecimento, ultrapassamos os obstáculos dos preconceitos e superstições, transcendemos os limites da aparência e da essência.
Somos então de fato substancialmente pessoas indefinidas e indeterminadas.
Tal é o nosso outro, novo e diferente momento real, racional e intencional da atualidade presente da humanidade de hoje.

3. A Crise dos Modelos
de Autoridade Competente

Em nossa sociedade moderna, temos assistido diariamente os conflitos e as discórdias aparentemente estabelecidos entre autoridades e seus subordinados, professores e alunos, médicos e pacientes, advogados e clientes, patrões e empregados, banqueiros e bancários, empresários e funcionários, comerciantes e comerciários, juizes e serventuários da justiça, pais e filhos, padres e fiéis, e outros, o que reflete e nos revela verdadeiramente a atual crise dos modelos de autoridade competente, fruto de pensamentos indeterministas e teorias relativistas, céticas e niilistas, que questionam tais paradigmas tradicionalmente absolutos, em nome de ideais como liberdade, individualismo, ateísmo, finitude temporal, instabilidade histórica, inconstância ética e religiosa, irreverência moral, inconsistência psicológica, desordem mental, indisciplina racional e desorganização dos conhecimentos até então adquiridos, transformando as garantias e seguranças desses modelos em algo efêmero, transitório, parcial, relativo, inconstante, sem estabilidade social, política, econômica e cultural, criando ao contrário por outro lado realidades cujos fundamentos não existem, bases sem bases, princípios ausentes em sua sustentabilidade, um mundo sem regras e sem dogmas, cuja essência é a eternidade de seus valores mutáveis, a mudança constitucional e institucional, o nomadismo de pensamentos e atitudes, a metamorfose ambulante, o movimento perene de construção de contrários, que se alternam permanentemente e se mobilizam infinitamente, e que tornam suas vivências e experiências cotidianas momentos de novas e diferentes possibilidades, abrindo o ser, o pensar e o existir para outras alternativas de liberdade e felicidade.
A Crise contemporânea desses modelos demonstra a necessidade que temos de certas mudanças para melhor, para o bem e a paz das sociedades humanas espalhadas pelo mundo inteiro.
Mostra-nos sobretudo que somos nômades.
Sim, estamos na era do movimento.
E tal movimento social e seu processo constante de mudanças destroem para sempre o desejo de modelos e autoridades permanentes, as teorias e ideologias absolutas e estáveis, dando origem pois a partir de agora aos pensamentos descartáveis, aos sentimentos relativos e aos comportamentos indeterminados.
É a indefinição da vida que se faz presente, visto que essa é a sua essência, o seu mundo de possibilidades e o seu universo de alternativas, sempre novas e diferentes.
Com efeito, a indeterminação é a nossa liberdade.
Indefinidos somos felizes.
Eis a nova visão das realidades vividas pela sociedade dos dias de hoje.

4. Na Berlinda da Existência,
os Autoritarismos de Estado, os Dogmatismos Filosóficos e os Absolutismos Científicos

Em função da ascensão do pensamento indeterminista atualmente em nossas sociedades locais, regionais e globais, aqui e agora, observa-se não só a crise das instituições como ainda a queda de regimes políticos antes sustentados pelo critério da estabilidade, o desprezo por filosofias e ideologias de cunho dogmático e a relativização das “verdades” científicas, outrora consideradas absolutas, intocáveis e seguras, todavia hoje perdem o seu significado eterno para se inserir no rol dos discursos verdadeiros mas relativos, transparentes porém transitórios, autênticos entretanto provisórios, sujeitos às instabilidades da experiência real cotidiana, aos limites da história e dos acontecimentos e às finitudes temporais cujas circunstâncias diárias e noturnas refletem a insegurança dos relacionamentos humanos e seu convívio sem garantias estáveis com problemas sociais e culturais, políticos e econômicos.
Desde então, na berlinda dos valores existenciais sem sustentabilidade segura e fundamentada, a vida social se vê questionada em seus momentos aparentemente carregados de garantias psicológicas e ideológicas, tornando assim o ambiente de relações e negociações algo descartável, mutável, irrisório, inconstante e muitas vezes irreal e irracional.
A Sociedade moderna está na berlinda da existência.
Vive hoje a sua própria metamorfose ambulante e circunstancial.
Suas transformações aparentes e essenciais a levam a um novo modelo de vida sustentado agora pela estrutura da instabilidade, provocando-lhe diferentes experiências voltadas ao bem que deve fazer e à paz que deve viver, se esse for o estado de existência ou o caminho que então abraçado certamente a ajudará a ser mais livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária.
As mudanças agora propagadas e que vem se consolidando no terreno social apontam para novos paradigmas de vida e outros e diversos modelos de existência cujas bases fundamentais são a eternidade dos pensamentos instáveis, a estabilidade das mutabilidades temporárias e a constância de ideologias e experiências sempre em movimento contínuo de superação de si mesmas, ultrapassando de acordo com a situação e o momento temporal e histórico os seus limites reais e transcendendo ao mesmo tempo as suas fronteiras e bloqueios de ordem social e cultural, política e econômica.
Urge buscar outros fundamentos baseados na idéia da instabilidade de valores, símbolos e vivências, todavia que seja sustentada e garantida por princípios racionais bem orientados cuja essência seja a sua durabilidade permanente.
Precisamos da instabilidade estável.

5. A Queda das Teorias
de Estabilidade

O Contexto histórico atual nos mostra que os modelos de instituições ou de estruturas e sistemas baseados na estabilidade estão caindo, isso porque as sociedades humanas modernas, em mudança permanente, vivem o contrário em seu cotidiano de vida: o caos das ruas, a instabilidade de idéias e valores, a insegurança existencial e espiritual, a falta de garantias econômicas e financeiras, o desemprego e a ausência de trabalho, a fome e a miséria, a turbulência urbana e rural, a crise moral e religiosa, o desvio de comportamento por causa de alterações no caráter ou aberrações na personalidade, a ignorância e o analfabetismo, a confusão mental, a desordem social e política, a ética sem transparências, a relativização das certezas absolutas, a indisciplina racional, a desorganização dos conhecimentos obtidos, a violência nos campos e nas cidades, os conflitos trabalhistas e familiares, os relacionamentos discordantes e antagônicos, as situações de indiferença e insensibilidade de uns em relação aos outros, a má conduta de grupos e indivíduos, a corrupção dos poderes, o vazio da vida e o nada da existência, o desrespeito às autoridades constituidas, a irresponsabilidade e as atitudes sem compromissos de muitas organizações corporativas, o amor carente de diversos casais, a ausência de fraternidade entre as pessoas e de solidariedade entre os povos, as amizades contraditórias e a generosidade hipócrita, enfim, um complexo de circunstâncias adversas que comprovam a insistência do indeterminismo coletivo em inúmeras populações e suas comunidades de moradores e trabalhadores, antes sustentadas por ideologias estáveis e teorias seguras que punham na estabilidade de paradigmas a sua força de permanência no meio da sociedade.
Hoje, os modelos de instabilidade já são uma realidade entre nós.

6. Sociedades Temporárias,
Culturas Transitórias e Mentalidades baseadas na Instabilidade

A Era das mudanças permanentes ou dos movimentos de metamorfoses constantes, que caracteriza o nosso instante atual, em todos os locais e regiões do Globo Terrestre, aqui e agora, vem construindo uma outra, nova e diferente cultura em nosso meio de vida e existência, como também uma diversa mentalidade baseada em alternativas e oportunidades que tendem a possibilitar valores, virtudes e vivências e experiências em torno da bondade e concórdia nos relacionamentos de cada dia, o que propicia para todos nós uma sociedade maior e melhor, certamente superior ao modelo de sociedade anterior, em que se viabilizam simultaneamente o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações ricas e pobres, emergentes e em evolução temporária, o seu crescimento interior e exterior, físico e mental, material e espiritual, proporcionando assim aos seres humanos em geral mais saúde individual e coletiva, e mais bem-estar interpessoal, interdependente, onde a interatividade de pensamentos, sentimentos e comportamentos e seu compartilhamento de conteúdos de conhecimento de qualidade e excelência, geram maior dignidade humana e qualidade de vida comprovada no convivio social e cultural que estabelecem grupos e indivíduos diferentes e as novas e antigas comunidades de moradores e trabalhadores, que fazem as sociedades humanas caminharem nesse processo contínuo de transformações reais e atuais, temporais e históricas.
Esse quadro de instabilidade que hoje se verifica no meio de nós é o responsável pela construção de novos e diferentes olhares sobre a realidade, pela criação de diversos modelos de sociedade e paradigmas alternativos para o fluxo cultural que temos e o complexo de mentalidades cujo intercâmbio nos oferece oportunidades para produzir uma boa vida cotidiana e uma ótima existência fundamentada em bases psicológicas e espirituais bem consolidadas.
Hoje, o campo está fértil para o surgimento de categorias de vida e padrões de existência que encontrem no modelo de instabilidade a pedra fundamental para a construção de seu edifício físico, mental e espiritual, sustentado pelas garantias aparentemente seguras das sociedades móveis com suas mudanças estáveis e transformações mutáveis, que identificam o movimento moderno de metamorfoses ambulantes e seu processo de geração de condições de vida e trabalho, saúde e educação bem desenvolvidas.
Aqui e agora, abre-se o mundo para a renovação de suas estruturas de vida e a libertação de seus sistemas antes apegados ao absolutismo de suas representações mentais, institucionais e constitucionais.
Atualmente, um momento de abertura,
um instante de renovação interna e externa,
um cotidiano libertador de diferentes possibilidades e alternativas e oportunidades para todos e cada um.
Eis a Época da Instabilidade com seu indeterminismo cético e relativo, niilista e individualista.
Um tempo realmente de geração de novos modelos de Deus, de homem e mulher, de mundo e cultura, de sociedade e história, de natureza e universo, de vida e existência.

7. A Teoria Indeterminista

A Consciência dos Fenômenos
Indefinidos e a Realidade das
Experiências Indeterminadas

Sem teto e sem chão
Sem portas e sem janelas
Sem tempo e sem lugar

A Ordem do Caos
A Lógica do Concreto
A Eternidade das Realidades Infinitas

Um Mundo sem limites
Um Dia a dia sem fronteiras
Um Universo sem garantias
Uma Vida sem fundamentos
Um Cultura sem princípios
Uma Mentalidade sem origens
Uma Área sem seguranças
Uma Realidade sem bases
Uma Consciência sem fontes
Uma Natureza sem sustentáculos

8. A Cultura do Descartável

Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.

9. Nomadismo

Sem tempo e sem lugar,
a experiência e a consciência
de atividades cotidianas
em permanente movimento

Mundo Polivalente,
Multifuncional e Pluridimensional

Observa-se hoje em dia, como fenômeno social emergente nas sociedades contemporâneas, aqui e agora, em áreas locais, regionais e globais, a presença de um novo comportamento vivencial, experiencial e existencial, temporal e histórico, real e atual, ao qual denominamos de Nomadismo, em que o homem e a mulher, na moderna era científica e tecnológica, crítica e dialética, informática e insofismática, dentro de sua experiência real cotidiana, age, vive, atua, trabalha e se movimenta constantemente, ultrapassando mesmo o tempo necessário para realizar suas atividades ao mesmo tempo em que ignora a fixação de lugares e a imobilidade de endereços fixos, então pensando idéias e ideais realistas, sentindo sentimentos sérios, autênticos e verdadeiros, comportando-se rapida e velozmente, otimista e positivamente, com bom alto-astral e auto-estima elevada, favorecendo diferentes tendências, abrindo-se a novas possibilidades, renovando-se interior e exteriormente, libertando-se de preconceitos e superstições, progredindo material e espiritualmente, evoluindo mental e fisicamente, crescendo economica e financeiramente emergindo social e coletivamente, emancipando-se politicamente, desenvolvendo-se natural, cultural e ambientalmente, superando limites, ultrapassando barreiras e transcendendo obstáculos, criando novas amizades, apaixonando-se por novos amores, crendo mais em Deus, confiando mais em si próprio, acreditando nas boas coisas da vida, na vitória do bem sobre o mal, da paz sobre a violência, da luz sobre as trevas, do amor sobre o ódio, da vida sobre a morte, abraçando pois a cultura do bem e da paz, e a mentalidade baseada na fraternidade, na solidariedade e na generosidade, agindo com mais juizo e bom-senso, buscando mais a sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros, desejando mais a sua liberdade e a felicidade alheia, respeitando para ser respeitado, assumindo um compromisso responsável com sua ética comportamental, com sua espiritualidade natural, com sua nova mentalidade cultural cujos valores, normas e princípios fundamentam-se na prática da ordem e da justiça, do direito e da verdade.
Tudo isso, enfim, aponta para o Fundamento de todos os fundamentos, Ele, Deus e Senhor, o Criador, o Autor da Vida.
De fato, atualmente temos uma nova visão de Deus, um novo olhar sobre o homem e a mulher, uma nova interpretação da realidade.
Todo esse complexo humano, natural e cultural de limites, tendências e possibilidades caracterizam o Nomadismo, a nova humanidade dos tempos de hoje.

10. O Reino dos fluxos indefiníveis e o
Império dos complexos indetermináveis

A Filosofia indeterminista e seu mundo de ideologias sustentadoras de uma outra, nova e diferente realidade, identificada com o valor das indefinições e das representações indeterminadas, é responsável hoje pela crise de modelos de estabilidade, pela origem de opiniões céticas onde se acham a incerteza dos conhecimentos e as dúvidas sobre as verdades construídas, pelo niilismo existencial em que se verificam o nada da existência e o vazio espiritual, pela relativização dos fenômenos da experiência real cotidiana onde se privilegiam culturas descartáveis e mentalidades sem fundamentos concisos, a falta da essência na geração dos acontecimentos e dos relacionamentos e o cultivo das relações aparentes, sem substâncias filosóficas, que ignoram uma boa ética comportamental e uma ótima espiritualidade natural, assim como idéias sem sentido algum, raciocínios sem lógica nenhuma, símbolos confusos e imagens complicadas, valores sem consciência e consciências sem valores, atitudes sem respeito e irresponsáveis, juízos irreais e ausência de bom-senso nas atividades, a irracionalidade das ações e a inconsciência dos sentimentos vividos, pensamentos alienados e teorias alienadoras da realidade, distúrbios mentais e desequilíbrios emocionais, a violência e a agressividade nos intercâmbios entre as pessoas, a carência afetiva e o descontrole da cabeça com parcial domínio de si mesmo.
Esse reino de indefinições vividas revela a crise atual em que estamos.
Esse império de comportamentos indeterminados parece sugerir-nos a necessidade de buscarmos a partir de agora um novo modelo de sociedade e diferentes paradigmas de vida onde se gerem outras visões de Deus, de homem e de mulher, de tempo e de história, de mundo e de realidade, de natureza e de universo, de matéria e espírito, de corpo e de mente, de consciência e de experiência, de racionalidade e acontecimento.
De fato, o indeterminismo tem seu lado negativo porém nos apresenta um mundo de possibilidades e alternativas capazes de produzir diversas oportunidades para todos e cada um, além de nos propiciar esperanças de um mundo melhor e uma vida e existência mais pacíficas e fraternas, baseadas no bem pessoal e na solidariedade coletiva, condições de uma humanidade mais livre e feliz.
Assim, o momento presente é de expectativa para o que possa surgir de novo.
Quem sabe um novo céu e uma nova terra.
Talvez o paraíso que todos almejamos.
Possivelmente, um caminho aberto para a satisfação dos nossos desejos e anseios e realização dos nossos sonhos e necessidades.
Eis uma nova estrada de diferentes possibilidades.
Mergulhemos pois no novo.
Vivamos a diferença que agora está diante de nós.
Será a nossa liberdade que se aproxima ?
Pode ser.

11.a. Quando a realidade é cética/A

Na experiência indeterminista, a realidade é cética, carregada de dúvidas existenciais e de incertezas no conhecimento adquirido, tornando então a vida humana vazia e sem sentido, ou, na melhor das hipóteses, transformando a nossa tradicional visão da realidade e inserindo-nos pois em um olhar novo e diferente sobre esses fenômenos cotidianos e suas ocorrências reais e atuais, temporais e históricas, e seus acontecimentos transcendentais, imanentes e transcendentes.
Desse modo, a existência humana vira uma metamorfose situacional onde as circunstâncias reais e ambientais fazem-se relativas, aparentes e efêmeras, provisórias e transitórias, não admitindo idéias constantes e valores permanentes, virtudes estáveis e vivências seguras, todavia ao contrário instala entre nós a cultura da instabilidade e a mentalidade baseada nos movimentos descartáveis da natureza e na dinâmica operacional do universo que agora tem o seu entendimento aparentemente em crise, confuso e mentalmente complicado, sujeito às intemperanças da consciência e aos desequilíbrios da liberdade humana, ao descontrole de sua racionalidade e à ausência de domínio de sua inteligência.
Ocorre então que a teoria e a prática humana, natural e cultural, acham-se conturbadas, conflitantes e violentamente na berlinda de uma vida ora sem significado algum, ou então com uma compreensão parcialmente outra, nova e diferente sobre os diversos momentos e acontecimentos da realidade da experiência cotidiana.
Nesse processo de tentativas reais e abstratas de entendimento do que se passa então na vida da história e na história da vida integram-se para isso o ceticismo com suas dúvidas e incertezas, o niilismo com seu nada e vazio, o relativismo com suas indiferenças relativas e ignorâncias quanto à possibilidade do absoluto, o indeterminismo com suas indefinições temporais, o individualismo com seu isolamento exterior e sua solidão interna, e o ateísmo, que, na verdade, não ignora a idéia de Deus, mas ao contrário levanta a hipótese de um outro conceito de divindade, com novas formas de expressão e diferentes manifestações para a vida da humanidade.
Tal realidade cética aponta-nos para um novo mundo de possibilidades e alternativas variadas de compreensão dessa mesma realidade, que parece abrir-se para as diferenças da novidade permanente, capaz de nos gerar uma boa vida social, um grande engajamento político, um correto comportamento ético, um equilibrado nível de vida econômica e financeira, um conhecimento qualificado de nossas produções culturais, uma nova forma de fazer arte e ciência, uma outra visão da história das relações humanas, e quem sabe uma diferente maneira de visualizar a nossa espiritualidade natural, em que Deus tenha uma definição mais justa de quem Ele é aliada de uma reflexão mais positiva e otimista no meio da sociedade.
Logo, longe de amedrontar-nos ou nos intranqüilizar, devemos ver o ideal indeterminista como uma oportunidade verdadeira de constituição de uma realidade mais autêntica e transparente, uma possibilidade de saúde e bem-estar para nós no presente e futuro, e uma alternativa talvez de construção de melhores condições de vida e trabalho para as pessoas, com a sua conseqüente qualidade de vida e existência excelente finalmente postas em prática.
De fato, com a filosofia indeterminista se observa que uma nova realidade parece se nos apresentar.
Que ela surja com boas esperanças para a humanidade, trazendo-lhe pois de verdade maior liberdade de ação e manifestação, fundamento da verdadeira felicidade.

11.b. Quando a realidade é cética/B

Diversas vezes no dia a dia da nossa vida familiar, ou nas ocupações do trabalho e do emprego, ou nas preocupações com nossas necessidades cotidianas, ou nos nossos relacionamentos diários e noturnos em casa, na empresa, na rua, no supermercado, no jornaleiro e na farmácia, no botequim e na padaria, ou ouvindo as notícias do rádio, dos jornais e das revistas, ou assistindo à programação da televisão e do computador na internet, ou telefonando e nos comunicando com alguém, ou rezando na igreja ou visitando um amigo no hospital, ou estudando na escola e na faculdade, ou andando de trem, ônibus ou metrô, vemo-nos perturbados por dúvidas na mente e incertezas nos conhecimentos que adquirimos, incomodados com as divergências na família ou com colegas do trabalho, vivendo a instabilidade de conflitos que se criam e violências que se instalam nas localidades e ambientes por nós vividos, experimentando diálogos discordantes e conversas que contradizem nossos comportamentos comuns no dia a dia, convivendo com a contrariedade das pessoas que se dirigem a nós e as adversidades com quem nos encontramos momentaneamente,
enfim, sendo condicionados por um estado de vida constantemente em crise, incerto nas suas ações, imaginário nas suas realizações, duvidoso nas suas experiências mais decisivas e importantes, desequilibrado ainda que tentemos manter o controle da nossa vida e o domínio de nossas atitudes, quase sempre inconsciente, irreal e irracional, precisamos então reverter tal situação disciplinando a nossa razão, dominando os nossos desejos e paixões, controlando a nossa mente e as nossas emoções, equilibrando a nossa vida financeira, social e psíquica, colocando pois ordem em nosso interior, organizando as nossas idéias e valores, a fim de que tenhamos uma consciência boa e um comportamento bem razoável, com que será possível bem administrar a nossa existência, e oferecer-lhe condições de boa saúde e bem-estar, qualidade de vida elevada, felicidade no que se faz e realiza, liberdade de trabalho capaz de gerar novas alternativas de cumprimento de nossos deveres e obrigações e diferentes possibilidades de satisfação de nossos direitos e anseios e realização de nossa vida vocacional e profissional.
Com o ordenamento da nossa consciência, a disciplina de nossas atividades e a organização de nossos conteúdos de conhecimento, é possível superar essa realidade cética que procura nos envolver, ultrapassar os seus riscos e os seus medos, e transcender as suas dúvidas existenciais e incertezas espirituais, abraçando de verdade em nossa vida real e atual os fundamentos seguros que nos garantam a paz interior tão necessária, o bem que devemos fazer, a estabilidade de nossos atos diários e a consolidação dos nossos princípios de vida baseados certamente na fé em Deus que é preciso usufruir e na prática de coisas boas para o nosso instante de aqui e agora tais como construir boas amizades, ser amigo e fraterno com as pessoas, ser generoso e solidário em nossas relações humanas e sociais, e desenvolver uma política de amor em que sobressaiam o nosso otimismo, a nossa alegria e o sorriso no rosto e nos lábios, o que na realidade fará crescer a nossa auto-estima, sem a qual não teremos força suficiente para derrubarmos nossas realidades incertas, inseguras e duvidosas.
Portanto, aumentar o nosso astral é fundamental e vital para o sucesso cotidiano, condição de ordem e felicidade em nossas vidas de cada dia.

12.A Experiência Niilista

Após o auge do Romantismo do século XVIII, a crise de valores éticos e religiosos do século XIX e a ascensão do pensador alemão Nietzsche durante esse período, a revolução cultural, tecnológica e científica do século XX, o desenvolvimento da Informática, da Nanotecnologia, da Inteligência Artificial, da Robótica e dos Sistemas com circuitos integrados e sua técnica dos Chips, que nos atingem sobretudo hoje, em pleno século XXI, como uma espécie de reação natural e compensação psíquica e social, levantam-se atualmente diversas ideologias políticas, teorias científicas, filosofias existenciais e modelos espirituais de vida cujas características cotidianas se identificam com o nada da existência, o vazio do espírito, a falta de sentido para a vida, a ausência de razões para viver e existir, a idéia de que somos inúteis e não valemos nada, a carência afetiva, o isolamento exterior e a solidão interior, a alienação da realidade, os conflitos familiares e trabalhistas, os maus relacionamentos e os comportamentos descartáveis, os desvios de caráter e as aberrações da personalidade, a confusão mental e a desrazão irreal, a irracionalidade e a inconsciência dos valores, intenções e interesses da inteligência, a violência urbana e rural, a fome e a miséria, a pobreza e a ignorância, o analfabetismo, enfim, o estado crítico e dialético de vida e existência que suportamos hoje, causando-nos desequilíbrio mental e emocional, descontrole da consciência e falta de domínio de si mesmo, instabilidade social e familiar, inconstância moral e ética, insegurança espiritual, falta de garantias seguras de vida material, física e mental, tudo isso nos revela o quadro negro de uma realidade vazia e nada-nte, a qual constitui o nada e o que é inútil como fundamentos da existência humana, sem sentido algum, insignificante e absurda.
Lado a lado com o indeterminismo, a corrente niilista atravessa a história real e atual do mundo de hoje exigindo de nós uma retomada de atitude e uma revisão de comportamento que nos ofereçam condições suficientes para a superação dessa problemática presente que vem atingindo em cheio toda a conjuntura da humanidade.
Devemos rever nossas posições éticas e reavaliar nossos princípios de vida espiritual, de tal modo que possamos refundamentar as nossas realidades humanas, vivas, sociais e existenciais, a fim de que não caiamos em tal moléstia da alma com efeitos de crise patológica que vem adoecendo hoje o nosso espírito, infernizando o nosso corpo e tornando enfermas as nossas possibilidades e alternativas de ultrapassagem dessa berlinda doentia da existência que verificamos aqui e agora.
De posse desses fundamentos morais e espirituais bem orientados é possível transcendermos tal situação caótica e suas circunstâncias de morte cultural e prisão psicológica, além é claro das algemas mentais e das cadeias ideológicas que essa escravidão meta-neurótica e psicótica faz-nos viver no momento atual.
É preciso coragem!
Coragem para ir à luta, e vencermos essas contradições da vida contemporânea.
E muita fé em Deus, é óbvio.

13. Tudo é Relativo

A Corrente de vida e pensamento relativista, que prega a relatividade de todas as coisas, a ausência do absoluto, onde não existem centros definidos mas sim a indeterminação de todos os pontos de referência, fazendo dessas referências indefinidas novas centrais de relacionamento, de convergências de consciências e experiências diferentes, que concentram a diversidade de situações vividas e de circunstâncias praticadas, afirmando assim a variedade da realidade e sua rede de relações intercambiais, interativas e compartilhadas.
Sim, tudo é relativo.
Todos são partes de um todo em processo permanente de construção.
Todos comungamos e participamos de diferentes centros de debates e de discussões, de possibilidades variadas e alternativas diversas, convergentes ou divergentes, de acordo com a finalidade e o conteúdo das relações que se fazem e se realizam tendo em vista a mútua cooperação e a colaboração recíproca.
Somos relativos uns aos outros.
Dependemos.
Somos interdependentes.
Dependemos uns dos outros.
Dependemos do mesmo centro, ou de centros diferentes.
Somos pois diferença, diversidade, variedade, dependência, interatividade, compartilhamento, cooperação, colaboração, intercâmbio de culturas e mentalidades convergentes.
Não há a possibilidade de idéias ou realidades absolutas.
Somos aparências, temporalidade, historicidade, realidades transitórias e provisórias, relativas, sempre em referência a alguma coisa, momentos de instabilidade de vida e existência.
Nesse movimento relativista, a filosofia indeterminista encontra apoio e sustentabilidade, base de crescimento e fundamento para suas manifestações cotidianas na vida da sociedade.
Relativos e indeterminados, podemos construir um novo mundo de interatividades cujas possibilidades se assentam em diferentes núcleos de referência positiva, geradores de relações progressivas e evolutivas.
De fato, tudo é relativo.
Nossas idéias são relativas.
Nossas certezas são relativas.
Nossas verdades são relativas.
Nossos pontos de vista são relativos.
Ser relativo, eis o princípio da liberdade.

14. Mais indivíduos do que pessoas

Um dia desses, fui ao centro da cidade, no Rio de Janeiro, e passando pela avenida Rio Branco, observei aquela multidão indo e vindo pra lá e pra cá uns apressados e outros andando devagar, mais alguns caminhavam perdidos no meio do povo ora lendo o jornal do dia ou acessando o celular, ora preocupados com os afazeres cotidianos ou conversando aos passos rápidos com a namorada ou um amigo ou um conhecido do percurso ou um colega de trabalho, outros ainda dispersos no meio de tanta gente faziam anotações em suas agendas de papel ou eletrônicas, ou faziam um toque de batucada de samba na pasta de trabalho como que querendo animar o seu dia a dia tão conflitante e turbulento, confuso e complicado, ou pessoas executivas e trabalhadores de plantão de terno e gravata dirigindo-se a seus ambientes de emprego com uma velocidade superior ao tempo e com uma aceleração cuja rapidez ultrapassava a força do pensamento, tão céleres que se encontravam.
Eram indivíduos que passavam e não pessoas que viviam a vida.
Homens e mulheres perdidos no meio do caminho.
Empresários sem tempo para dialogar com outrem.
Executivos e advogados mais preocupados com o horário e o dinheiro, com seus trabalhos velozes e apressados, do que consigo mesmos.
Bancários e comerciantes que superavam a velocidade do pensamento e ultrapassavam a aceleração do tempo, sem oportunidades para si próprios, esquecidos e ignorados e sem identidade dentro daquele clima de transeuntes ocupados com seus problemas e aparentemente desesperados com a vida que levavam e a existência que carregavam como um peso pesado da realidade.
Ali, não havia sonhos nem esperanças.
Lá, era o lugar da bagunça mental e do caos social e ambiental da Cidade do Rio.
Pareciam máquinas.
Eram motores ligados e desregulados, perdidos e dispersos, alterados em suas emoções, desequilibrados por seus desejos, anseios e paixões, descontrolados dentro da massa e sem domínio algum da parte deles mesmos.
Era a massa, gente sem identidade, indivíduos sem personalidade, pessoas superficialmente sem caráter algum.
Sujeitos sem particularidades.
Egos sem eu.
Assim é o indeterminismo atual, que encontra no individualismo das pessoas a chance para se promover e a oportunidade para se instalar no interior da realidade cotidiana.
Indivíduos, mas não pessoas.
Porque pessoas indefinidas e indeterminadas.
Que fazem da turbulência mental e social o único caminho de existência nesta vida, uma vida sem identidade.


15. Somos de Deus,
embora ateus

O Ateísmo dos tempos modernos tem uma identidade diversa dos séculos passados onde predominava a idéia da ausência de Deus na realidade e na vida humana, ao contrário e diferente de hoje cujo entendimento é o de que precisamos de um outro modelo de Divindade, uma nova visão do Criador e uma diferente interpretação da realidade divina, eterna e infinita, transcendente e imortal, da vida sem fim e sem limites que vai além da morte física e temporal.
Pertencemos a Deus, mas tendo de Deus um olhar mais transparente, autêntico e verdadeiro.
Reconhecemo-nos criaturas do Senhor, todavia olhamos agora esse Senhor com mais consciência do que de fato Ele é e representa para nós, um Senhor amigo e amoroso, compreensivo e respeitoso, bom e pacífico, eterno e maravilhoso, poderoso e misericordioso, vivo e infinito, perfeito e excelente, fiel aos seus princípios e favorável a quem é bom e faz o bem, que oferece sempre os seus benefícios presentes a quem procura viver uma vida de direito e respeito, livre e responsável, equilibrada e sensata, tolerante e compreensiva, amiga e generosa, fraterna e solidária, justa e verdadeira.
A partir desses princípios naturais da vida e existência humanas, descobrimos um outro Deus, nos conscientizamos de que o Senhor também é natural, e não sobrenatural como afirmavam no passado.
Sim, Deus é natural.
O Senhor é humano.
O Criador compreende a gente.
É nosso amigo.
Em função dessa compreensão da atual realidade divina, o indeterminismo faz o seu jogo cotidiano tornando-se então mais racional e consciente de suas responsabilidades no interior da sociedade.
Como se observa, graças ao pensamento e à realidade indeterministas e sua visão da história e da humanidade podemos hoje nos alegrar com a possibilidade de uma outra idéia de Deus, sempre presente e insistente na realidade das sociedades humanas, porém hoje mais compreendida e pelos humanos feita mais consciente, liberta dos preconceitos de outrora e de suas superstições bloqueadoras de sua racionalidade.
Temos então o mesmo Deus de toda a história da humanidade entretanto com uma consciência maior e melhor por parte dos homens e mulheres contemporâneos, entendimento esse propiciado pelos questionamentos constantes e pela problemática existencial e espiritual erguida pela ideologia indeterminista.
Hoje somos mais conscientes de quem Deus é.
E assim mais comprometidos com Ele.
Mais fiéis a Ele.
Mais amigos dEle.
Eis o Deus da Vida como de fato Ele se dá para nós.
Eis o que Ele representa para nós hoje.


16. O Princípio da Incógnita

Aplica-se o Princípio da Incógnita em situações de conflito que precisam ser solucionadas, em casos de emergência onde se observa tensões entre os adversários e pressões entre os inimigos, em circunstâncias de perigo ou crise psicológica e espiritual, mental e existencial, vivencial e emocional, em momentos de aflição e angústia, tristeza e depressão, nos instantes mais graves da nossa vida de cada dia quando não encontramos respostas para as nossas perguntas, ou nos envolvemos em uma rua sem saída, ou não sabemos solucionar as nossas dúvidas e incertezas mais insistentes.
Nesses casos e em tais condições de vida e existência, o Princípio da Incógnita acalma os grupos e indivíduos, tranqüiliza os ambientes adversos, ameniza o clima contrário, atenua as contrariedades e as contradições internas e externas que ora encontramos em nossos relacionamentos de família e de trabalho, nas discussões sérias com conhecidos no meio da rua, nos debates nas universidades quando os raciocínios se tornam críticos e as retóricas se acham dialéticas, no bate-papo do dia a dia ao entrarmos em choque com pontos de vista diferentes, visões da realidade contrárias à nossa, interpretações antagônicas acerca dos seres e das coisas que envolvem os fenômenos da realidade, brigas e confusões entre colegas do trabalho ou vizinhos do mesmo condomínio, condições vivenciais que apontam para a maldade das pessoas e a violência contra a sociedade.
Digamos por exemplo que 2 namorados vivem discutindo noite e dia sobre a necessidade de fazer ou não sexo antes do casamento. Como resolver essa questão ? Apelando-se para o Princípio da Incógnita nota-se que passamos a encontrar um terceiro caminho de solução para essa crise de sexualidade entre um jovem moço e uma jovem garota.
Fazer sexo ou não antes do casamento ?
O Princípio da Incógnita nesse caso atuaria dizendo: “mais tarde falamos sobre isso”; ou “depois a gente conversa”; ou “não se preocupe com isso, ocupe-se sim com outras coisas”. Ou seja, o Princípio da Incógnita intenciona manter a dúvida sobre a questão, a incerteza na relação, o desconhecido como ponto de partida amenizador dos conflitos então gerados, proporcionando assim calma aos ânimos agitados e tranquilidade às pessoas briguentas, dando-lhes mais tempo para pensar sobre o assunto, mais condições de liberdade para tratar bem do problema, mais alternativas de solução para a problemática instalada, mais oportunidades para condicionar respostas e soluções para essas crises existenciais, tensões espirituais e pressões sociais e mentais, abrindo pois o caminho possibilitador de um ambiente mais agradável e favorável que realmente leve ao milagre da opção mais certa, racional e equilibrada para as circunstâncias turbulentas que ali se criaram.
O Princípio da Incógnita sempre acha uma terceira via solucionadora para os problemas existentes.
Ele, o Princípio da dúvida que acalma, da incerteza que tranqüiliza e do desconhecido que nos traz naquele momento uma paz relativa e provisória, a partir da qual se procurará a solução desejada para ambos, os agentes conflitantes.
Ele, uma alternativa razoável,
a opção talvez mais certa naquela hora,
a atitude madura de quem quer bem resolver o problema,
a certeza de que o equilíbrio tem que ser mais forte e o bom-senso a ação mais adequada em tais circunstâncias.
Ele, um caminho de solução,
uma resposta em meio a crises, pressões e tensões, doenças e enfermidades, desvios e aberrações, desesperos e aflições, inconstâncias e instabilidades, conflitos e discordâncias, contradições que propiciem comportamentos violentos e gestos agressivos.
Uma boa estrada nos instantes mais difíceis e nos momentos quase impossíveis da nossa vida cotidiana.
Um jeito diferente de resolver as coisas.


17. Às Margens do Vácuo

A Realidade da experiência humana cotidiana nos mostra que sempre estamos nesta vida entre as fronteiras da razão e da desrazão, do equilíbrio e da loucura, do sensato e ordenado e do imaginado e inconsciente, do real e do irreal, do racional e do irracional, do intencional e do acaso, ou seja, em outras palavras, às margens do vácuo, podendo ou não muitas vezes cairmos no vazio espiritual e no nada da existência ou ao contrário mantermos o controle da nossa mente e das nossas emoções, desejos e paixões, e o domínio sobre nós mesmos, equilibrando-nos no meio da realidade, agindo com juízo e bom-senso em nossas atividades diárias e noturnas e em nossos relacionamentos interpessoais e em nossos comportamentos interdependentes, refletindo assim a necessidade que temos uns dos outros, a exigência da nossa natureza por ações fraternas e solidárias e atitudes cooperativas e colaborativas.
Além dos limites da racionalidade e das fronteiras da realidade, seja no campo da ética ou do conhecimento, seja na dimensão natural ou sobrenatural, seja na condição mental ou espiritual, seja nas circunstâncias de família e trabalho ou nas situações de ordem política, econômica, social e cultural, está o mundo do vácuo, o universo do silêncio, a realidade do vazio e o ambiente do nada.
Parece mesmo que em nosso dia a dia vivemos entre o silêncio e o barulho, a vida e o nada, a existência e o vazio, o tudo e o vácuo.
Sim, viver é estar diante do abismo.
É arriscar-se a cair ou não na ausência do sentido e na falta de razões para viver e existir.
A Vida de fato é uma corda-bamba.
Nós, os equilibristas.
Se cairmos, vamos ao fundo do vazio e do abismo.
Se nos equilibrarmos bem, então teremos a vida, viveremos bem a nossa vida de cada dia.
Ora, o segredo pois de uma boa vida é o equilíbrio da mente e o bom-juizo da consciência.
Sem eles, tudo é o vazio da doença, o abismo da cultura da morte e da violência, o nada de uma existência sem sentido e razões para viver, o silêncio sem amor, a mentalidade de quem faz do vácuo a sua ideologia, a sua liberdade e felicidade.
Portanto, manter o equilíbrio e usar sempre o bom-senso em nossos comportamentos é com efeito garantir a nossa segurança existencial, fugindo dos laços da indefinição e das cadeias e prisões da indeterminação.
Conscientes de nossos limites humanos e naturais, sabemos que estamos sempre perante a realidade oca, o buraco negro da existência, o fundo sem chão de uma experiência indefinida, o mais profundo solo da indeterminação dos seres e das coisas.
Devemos pois ser equilibristas.
E tomar consciência do que està às margens da vida: o vácuo da existência, o vazio da espiritualidade, o silêncio do tempo e da eternidade, o nada de uma realidade irreal e irracional, o abismo da inconsciência imaginária total ou parcialmente alienada.
Fora de nós, por conseguinte, o fundo sem fundo.
Dentro de nós, o equilíbrio da racionalidade e o bom-senso de uma cabeça sadia e de bem com a vida.
Que Deus, o Senhor, nos ajude a ser nesta vida bons equilibristas.
Buscando sempre o bom-senso das coisas e fugindo permanentemente da loucura de uma imaginação doente que nos persegue a cada instante.
Sejamos da vida, pela vida e para a vida.
O Resto é o vazio.


18. O Ser e o Vazio

A Existência humana e sua realidade cotidiana nos apresentam os conteúdos do ser natural e universal, e os detalhes de sua essência globalizadora e as diferenças de sua substância totalizante.
À margem desses conteúdos pensantes, discernentes e cognoscentes está o vazio da vida indefinida e o nada dos ambientes indeterminados.
No vazio do ser, a irrealidade de um viver sem sentido e a irracionalidade de um existir sem razões suficientes para se constituir, se propagar, se consolidar e se estabilizar.
Ali, o nada é a presença, o vazio é a essência, o silêncio é a transparência, a ausência é a consciência, a falta é o todo, o abismo é o mais fundo da realidade e o mais profundo da eternidade.
Sim, entre as fronteiras do ser e suas manifestações simbólicas e imaginárias, eidéticas e eustáticas, intencionais e insofismáticas, vivenciais e experienciais, e os limites do nada que nada para o mergulho no oceano das coisas vazias e dos seres faltantes, das instâncias silenciosas e das aparências ausentes, se encontram as relações entre as pessoas, as suas conexões internas e externas, a sua interatividade com a realidade, o tempo e a história, o seu compartilhamento de tudo o que é bom e faz bem à vida humana, à natureza criada e ao universo gerado, a cooperação mútua entre grupos e indivíduos que comungam das mesmas idéias e conhecimentos e participam dos mesmos interesses em jogo, a colaboração recíproca entre comunidades distantes e sociedades locais, regionais e globais, o intercâmbio de atividades conscientes e de exercícios reais e racionais, temporais e históricos.
A Realidade da experiência cotidiana nos oferece essa possibilidade de vida e essa alternativa de trabalho: ser mediadores entre o ser e o vazio, intérpretes das concordâncias ou não entre a essência e o nada, visualizadores das discórdias ou não entre a substância vivente e o vácuo sem alma.
Somos pois na vida intercessores junto a Deus, realizando e construindo o ser, o pensar e o existir, e ignorando e destruindo os antagonismos da existência, as antinomias da humanidade, as contradições da vida, as adversidades da realidade e as contrariedades da consciência, da experiência e da existência, identificados com a cultura do mal, da morte e da violência e com uma mentalidade que despreza a saúde das pessoas e o bem-estar pessoal e social.
Nessas relações de vida, que fazem a conexão entre o ser e o vazio, se acha a energia vital, a dinâmica do mundo, o movimento da natureza e o processo de vida móvel do universo.
Somos relações vivas.
Vivemos em situações intercambiantes.
Existimos a partir de interatividades que se completam e em função de compartilhamentos que se enriquecem e aperfeiçoam na ajuda de uns aos outros.
Somos operações interdependentes.
Tal verdade real nos afasta de uma vida sem sentido.
Então, o vazio foge de nós e o ser se enche de conteúdo humano e natural.
Até as pedras se integram dentro dessa realidade interativa.
Tornam-se pedras vivas.
Ajudam na construção do edifício do bem e da paz, o principal conteúdo do ser.
Somos essas pedras vivas, produzindo no seio das sociedades humanas a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.
É como se Deus viesse habitar no meio de nós.
Ele, o Ser sem vazio.